Magnificat - O Cântico de Maria (Lucas 1.46-56)
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Introdução
Introdução
Lucas: o evangelista dos Cânticos.
Por causa de Jesus, o Natal é musical. A poesia exige contemplação. O registro dos cânticos nos ensina a louvar (natural dos remidos). O registro de Lucas, juntamente com os outros registros evangélicos, nos mostra que a poesia é uma expressão e testemunho de fé tão importante quanto os relato em prosa [vide Salmos].
O Cântico de Maria nos ensina como nossas vidas devem ser uma expressão de louvor ao Senhor.
Exposição
Exposição
O contexto é de uma interação entre as mulheres ali. “Então, disse” - Maria responde ao Cântico de Isabel (Beatitude) com outro cântico - porém, esse, com uma expressão mais sóbria, diferentemente das palavras de Isabel “em alta voz”.
1. Como Louvar
1. Como Louvar
“alma engrandece” - psyche (vida), inclusive o aspecto de ser desejante. Ama a Deus sobre todas as coisas (por isso pode amar)
“espírito se alegrou” - alma e espírito (vontade), em paralelo, apontam para o louvor integral de Maria. Não é apenas louvor de lábios. E quem não louva apenas de lábios e louva com a vida pode deixar alguma área da sua vida fora do processo de exaltação e magnificação de Deus? Jamais!
A relação paralela entre “engrandecer” e “alegria”. Essa é a santa relação entre alegria e louvor: como diz Piper: Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nele. O louvamos mais quando estamos mais alegres nele. Entedemos, portanto, que louvor excede a honra - envolve prazer nele. E esse prazer completa nosso louvor.
Veja que Maria se descreve como “serva” e “bem-aventurada” (48) e isso tudo exalta a majestade de Deus (49 Santo é o seu nome). Servos que são agraciados devem santificar e engrandecer o nome de Deus.
Veja que Maria nos dá a dimensão desse louvor nestes versos 48 e 49”. Seu louvor não vem de sua condição humilde (48) por si, mas como resultado de sua bem-aventurança. Deus não colocou como condicionante qualquer coisa em Maria, mas sua bem-aventurança vem dela ser agraciada - é graça! Ela é bem-aventurada porque o Senhor lhe fez grandes coisas [grandes coisa apesar de sua humildade].
2. Conteúdo
2. Conteúdo
Dos versos 50 a 55 podemos observar a boa teologia de Maria - Seu cântico está permeado e regado totalmente pela Palavra de Deus. Seu contato com a Palavra, seu enchimento do Espírito Santo é tal que ela passar a pensar e se expressar biblicamente - diversos livros e dezenas de passagens estão direta ou indiretamente citados (ex.: Salmos 136, 34.1-3; 102.17; Dt 10.21 - e de forma estampada o Cântico de Ana em 1Sm 2.1-10). Teologia gera louvor (resultado).
O louvor de Maria é totalmente bíblico. Grandes expressões teológicas nas Bíblia estão em cânticos, como Cl 1 .13-20 ou mesmo Fp 2.6-11. A fé de Maria está em perspectiva histórica: ela se alegra nos feitos de Deus no passado (50). Ela vê além os feitos de Deus através do Messias ao longo da história da Redenção (51-53). Ela vê Deus cumprindo sua promessa no passado e no futuro, incluíndo percebendo que Deus é fiel ao seu servo Abraão (Gn 12.1-3). A loucura e o poder do Evangelho são proclamadas. Como José aprenderia, Maria age e pensa pela fé. Mais que piedosos que buscam agradar a Deus por seguir a Lei, eles creem na Palavra.
3. Alvo
3. Alvo
O louvor de Maria é revelado em fé - ela sabe quem ela é, quem Deus é e o que ele fará através de Cristo (pelo menos de forma geral Lc 1.31-33, 35; Mt 1.21,23) . E esta fé é no “Senhor, em Deus, seu Salvador”. Se seu coração é agradecido por Deus tê-la redimido, resgatado, salvo… Ela louva a Deus naquilo que Ele é: Salvador gracioso, bendito. Ó, Maravilhoso Deus! Aquilo que Deus é tem a primazia sobre aquilo que Deus lhe dá. Nada que ela viesse a perder poderia ameaçar seu louvor que está no inabalável Deus.
S.D.G