A Lei de Cristo e dos cristãos

Princípios éticos do cristianismo  •  Sermon  •  Submitted
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O fundamento ético do evangelho é o decálogo.

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A Lei de Cristo e dos Cristãos

Texto chave: Jo 14:15

"Se me amais, guardareis os meus mandamentos."

Verdade central: Jesus viveu uma vida de legalidade e não à margem da lei. Ele cumpriu a Lei e devemos viver pautados em sua conduta ética e exemplo.

A. PRINCÍPIOS ÉTICOS REGIAM O CARÁTER E A CONDUTA DE JESUS

1. Jesus era uma pessoa ética

a) Jesus declarou no Sermão do Monte que viera para cumprir (obedecer, praticar) a Lei e não para revogá-la - Mt 5: 17.

b) Ele afirmou "Eu tenho guardado os Mandamentos de Meu Pai" - Jo 15: 10.

c) João reafirma o padrão moral-espiritual tanto do Velho quanto do Novo Testamento - a Lei de Deus - definindo: "o pecado é a transgressão da Lei"- I Jo 3:4.

d) Ele desafiou os seus opositores: "quem de vós me convence de pecados?" Jo 8: 46.

e) "aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim" - Jo 14: 30.

2. As contendas dos inimigos com Cristo

a) Diante do Sinédrio, Supremo Tribunal Judeu de seu tempo, em um julgamento bastante "doméstico"e ilegal, onde acusações contra qualquer dos 10 Mandamentos, redundariam em condenação à morte, não foi comprovada nenhuma transgressão aos mesmos.

a.1. Esta seria a grande e ímpar ocasião de provar que Jesus era de fato um quebrantador da Lei! A melhor e maior delas.

a.2. Caso fosse atacada uma das três grandes instituições do Judaísmo - o sábado, o Templo e o sacerdócio - o trabalho de tipificar o pecado de Jesus seria simplificado e uma pena lavrada sem maiores problemas.

a.3. A primeira e a última, das três instituições principais (sábado e sistema levítico-sacerdotal) não puderam sequer serem listadas pelas testemunhas, como possíveis delitos de Jesus.

a.4. Esta não era hora de deixar passar nenhuma transgressão, muito menos atos de gravidade extrema como o quebrantamento do sábado e desrespeito e/ou rivalidade com o sacerdócio.

b) Jesus foi respeitoso com o sacerdócio.

c) Jesus guardava o sábado - Lc 4: 16 - era "seu costume"guardar o sábado.

c.1 Sua discussão nunca foi se era lícito ou não guardar o sábado

c.2. Sua discussão era o como guardar o sábado. Ele interrogou os seus adversários: "É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la?" Mr 3: 4.

c.3. Ele não fazia coisas ilícitas aos sábados. Já os seus oponentes faziam - Mr 3: 6 - "Retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida." Começaram a Planejar a sua morte em pleno sábado.

c.4. Os que mataram a Jesus não eram guardadores do sábado, mas transgressores, não apenas do sábado más de toda a Lei, que é orgânica.

"Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.

Porquanto, aquele que disse:

Não adulterarás

também ordenou:

Não matarás" Tg 2: 10 e 11.

d) Os doutores haviam imposto normas adicionais ao quarto mandamento, que feriam o princípio básico da criação (Gn 2:1-3) que era a felicidade do ser humano. Tornaram a guarda do sábado um peso esmagador de toda felicidade que originalmente Jesus pretendia ao criá-lo.

e) Jesus denunciou estes acréscimos comprometedores: ”Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com seu dedo querem movê-los;" - Mt 23: 4; "Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição." - Marcos 7:9

f) Jesus reprovou estas exigências espúrias simplesmente descumprindo a tradição meramente humana, que criara um outro sábado, inteiramente diverso do sábado edênico. Permitiu aos discípulos tomarem uns bocados de grãos de trigo verde à mão e saciarem a fome, o que era proibido PELOS JUDEUS e não por Ele, não por Deus (Mr 2: 23); curou pessoas (Mr 3:5; Jo 9: 6 e 7, etc); ordenou ao paralítico que fora curado carregar sua liteira de volta para casa (Jo 5: 11). Nenhum destes casos se constitui uma violação da norma bíblica, e sim da tradição. Colher e carregar, nestes casos não eram atividades comerciais, trabalhistas, mas fortuitas satisfação de uma necessidade humana.

g) Insatisfeitos e enciumados, seus inimigos o acusavam falsamente dizendo "esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado” Jo 9: 16; o perseguiam porque que Jesus “violava o sábado” (Jo 5:18) deles, o da tradição.

g.1. Como fez com os demais acréscimos espúrios à Lei, Jesus rejeitou a tosca tradição humana. Jesus operou uma reforma da guarda do sábado e não uma revogação do mesmo.

G.2. Corrigiu as distorções ao afirmar: "O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado." Mr 2:27.

3) Jesus criou o sábado.

a) O Evangelho de João afirma categoricamente que Jesus é o agente da criação 1:1 e 2. e no verso 3 ele mostra quão abrangente foi a participação de Jesus na criação: "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele". A primeira narrativa da criação termina com a criação do sábado no sétimo dia, como tempo sagrado (Gn 2:1-3), criado por Cristo portanto.

b) É por isso que Cristo afirmou sem ser pecado que "o Filho do Homem é senhor também do sábado.” Senhor aqui, equivale a autor.

c) O episódio dos bocados de grãos de trigos de Marcos 2, revela que o sábado é uma instituição de Cristo, que Ele é o autor do sábado, que Ele é o Senhor do sábado, e que o sábado é para o bem do homem.

4. Jesus não apenas afirmou que é o criador como também o defensor do sábado e de toda a Lei.

a) Pronunciou uma maldição sobre quem quebra o sábado ou outro qualquer mandamento da Lei e ainda incentivar os homens a transgredirem-no "Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus." Mt 5:19.

b) Jesus não foi condenado pelos judeus por fazer o que não devia. Jesus não foi condenado pelo que ele fez nem pelo que ele disse, mas pelo que ele é - o Filho de Deus - Deus Filho - Divino - membro da Trindade. Eles se negaram reconhecer Sua divindade.

5. Ele é nosso substituto - Salvador

a) Ele venceu onde fracassamos, obedeceu onde falhamos e isto como ser humano em inteira dependência de Deus, Jesus condenou "na carne o pecado" Rm 8:3.

b) Sua vida de perfeita obediência o credenciou a ser nosso substituto e sacrifício vicário na cruz - 2 Co 5: 21.

c) Fosse Jesus um transgressor da lei não serviria para ser nosso substituto, redentor, salvador. Seria apenas mais um transgressor da Lei e digno de morte como qualquer um de nós, pois "o salário do pecado é a morte" - Rm 6: 23

B. O DISCIPULADO É UM IMPERATIVO

1. Embora seja sua perfeição inalcançável, seus princípios éticos são imperativos a quem deseja seguí-lo. Jesus disse "Porque me chamais Senhor Senhor e não fazeis o que vos mando?" - Lc 6: 46; "vós sois meus amigos se fizerdes o que eu vos mando" - Jo 15: 14; "Se guardardes os meus mandamentos permanecereis no meu amor" - Jo 15: 10; "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" Jo 13: 15.

2. A santificação nada mais é que seguir a Jesus

3. Somos salvos pela graça. De que Jesus nos salva? Do pecado. Não no pecado. De que Jesus nos liberta? Da escravidão ao pecado. Ele não nos salva para continuarmos escravos do pecado. "Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas."Ef 2: 10.

Conclusões:

1. Jesus foi coerente em sua conduta ética com os Dez Mandamentos, e principalmente com o sábado, razão pela qual não pode ser condenado pelos Judeus como um transgressor da Lei.

2. Ao aceitá-lo como nosso Salvador, temos seus méritos a nosso favor.

Estes méritos nos justificam, mas também nos transformam, nos libertam da desobediência, nos santificam, nos possibilitam seguir o exemplo de Jesus, ser imitadores dEle, andar como Ele andou. Guardar e viver os mesmos princípios éticos de Jesus. E isso inclui o sábado como tempo para adorar, meditar, servir a Jesus ajudando o próximo. É assim que Jesus realmente se torna Senhor e Salvador para e em nós.

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