Sem título Sermão (6)

Deuteronômio  •  Sermon  •  Submitted
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SERMÃO

Referência: Deuteronômio 13
ICT - Israel deveria amar somente o Senhor, rejeitando qualquer sugestão à idolatria, condenando quem buscasse desviá-los do Senhor.
TESE - Devemos amar somente o Senhor, rejeitar todo convite à idolatria e os que tentam nos desviar do Senhor.
PROPÓSITO BÁSICO - Devocional
PROPÓSITO ESPECÍFICO - Convidar os crentes a um relacionamento mais profundo com Cristo, amando acima de todas as coisas.
INTRODUÇÃO
ELUCIDAÇÃO
Na preparação para que o povo de Israel pudesse entrar na terra prometida, Moisés escreve este trecho da repetição da Lei que faz parte do deuteronômio, como uma advertência muito séria sobre como eles deveriam se portar em relação aos deuses das outras nações que seriam expulsas de diante deles. Moisés está se dirigindo a uma nova geração de israelitas, pois os que foram libertos do Egito já não viviam, por isso, seus filhos precisavam daquela repetição da Lei para que servissem ao Senhor e não se desviassem de seus mandamentos.
A ordem do Senhor é que eles não se entregassem à idolatria como fizeram as nações cananitas, eles nem deveriam buscar informações sobre aqueles deuses pagãos, mas deveriam render adoração ao Único Deus, o Deus dos seus pais, o mesmo que os tirou da terra do Egito, 40 anos antes. Portanto, Moisés levanta três situações hipotéticas que poderiam acontecer quando o povo adentra-se na terra que receberiam por herança.
TEMA: AS MARCAS DE UM POVO QUE AMA A DEUS
1º A FIDELIDADE A PALAVRA DE DEUS (V.1-5)
1.1. O evento. (V.1-2)
A primeira situação registrada a partir do versículo 1, remete às tentações que o povo passaria quando se levantassem profetas ou sonhadores para os seduzir com sonhos, visões e até mesmo sinais (V.1-5). Esse era o modo comum de Deus se revelar ao seu povo, até que toda a Palavra de Deus fosse escrita e viesse o Senhor Jesus, ele falou de muitas maneiras aos pais pelos profetas (Hb 1.1), seja por profecias diretas, pela aparição do Senhor, seja por um sonho, que era um modo muito comum dos profetas ouvirem a revelação de Deus.
Segundo as palavras de Moisés, poderia haver uma situação em que o profeta ou sonhador anunciaria um sinal ou milagre e aquele sinal se realizaria, bem como as palavras do profeta. E uma das marcas de que um profeta era verdadeiro, segundo o próprio livro de Deuteronômio, era o próprio cumprimento de sua profecia. Se a profecia se cumprisse, isso poderia ser uma indicação de que aquele homem falava em nome de Deus. Por meio da realização desses sinais, muitas pessoas seguiriam e dariam ouvidos a esse profeta.
Mas é aqui que entra a advertência do Senhor para Israel, pois não bastava apenas que a profecia se cumprisse, mas existia um padrão muito maior para provar que alguém estava falando em nome de Deus, que era o conteúdo da mensagem daquele profeta. Veja, então, o que esses homens pregariam: V.2- “Vamos após outros deuses, que não conhecestes, e sirvamo-los”. Esses mesmos homens convidariam Israel a seguir deuses que não conheceram e adorar divindades diferentes do seu Deus, o verdadeiro Deus. A maior prova de que esse era um falso profeta é que ele buscava afastar Israel de seu próprio Deus.
1.2. O motivo para aquele evento. (V.3)
Como se explicaria, então, aquele acontecimento? Como alguém que não falava da parte de Deus poderia realizar um milagre ou um sinal extraordinário? A resposta para isso está no versículo 3: Não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o Senhor Deus, vos prova, para saber se amais o Senhor, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma”. O próprio Deus explica que a realização daqueles sinais não vinha da parte dele, mas o Senhor estava provando seu povo para saber se amavam de fato o SENHOR com a totalidade de seu ser. Aquele evento era permissão de Deus, seja aquele profeta usado pelo próprio diabo para enganar aqueles que não serviam a Deus e provar os que de fato o amavam de todo o coração.
1.3. A vontade do Senhor referente a essa situação. (V.4,3a)
Veja que situação Israel precisaria enfrentar, Deus poderia permitir que algum milagre ou evento sobrenatural viesse a acontecer, por parte de um falso profeta para provar a fidelidade deles para com o Senhor. Diante dessa situação eles deveriam tomar uma decisão, a ordem do Senhor ao povo em meio a essa situação é de que eles deveriam rejeitar as palavras desses profetas e como diz o versículo 4: “Andareis após o SENHOR, vosso Deus, e a ele temereis; guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos achegareis”.
A ordem do Senhor é que eles jamais deveriam seguir outros deuses, mas andar somente após o Senhor, temendo unicamente a ele. Não deveriam servir a nenhum outro deus, mas prestar adoração ao Único Deus verdadeiro, se achegando a ele e buscando sua face. Mas há um elemento aqui que precisa ser destacado sobre a atitude de Israel para com essa situação: O início do versículo 3 diz: “Não ouviás as palavras desse profeta ou sonhador”, e a parte b do versiculo 4 completa: “guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz”. Há um contraste claro por meio dessas palavras, com o qual o Senhor estava ensinando seu povo que a única voz que eles deveriam ouvir era a voz do seu Deus. Eles não poderiam dar ouvidos a nenhuma voz que tentasse se opor ao Senhor e a sua Palavra, mas apenas a ele.
Veja que há uma relação neste versículo entre a ordem de ouvir a voz de Deus e guardar os seus mandamentos. Os mandamentos se referem a Lei de Deus, ou seja a sua Palavra. Portanto, se Israel quisesse ouvir a voz de Deus, deveriam atentar para a Palavra de Deus, a sua Lei, os seus mandamentos. Um verdadeiro profeta a quem eles deveriam ouvir era aquele que pregava a obediência ao Senhor por meio de sua Palavra. Qualquer outra mensagem deveria ser rejeitada.
1.4. A pena para o sedutor e os motivos de sua destruição (V.5)
Por isso, quanto ao profeta ou sonhador que buscou levar Israel para a idolatria, a pena é muito clara e severa, o Versículo 5 diz que esse profeta deveria ser morto, a pena capital deveria ser executada sobre esse malfeitor. Não há perdão para os que buscam afastar do Senhor os seus servos. O autor dá também alguns motivos pelos quais aquele profeta deveria ser morto:
Primeiro, o versículo termina dizendo que este pregou rebeldia contra o Senhor. Este buscou fazer com que o povo que era propriedade exclusiva de Deus se revoltasse contra seu dono;
Segundo, há uma expressão que é usada aqui e repetida no texto, que fala sobre o Senhor que os libertou da casa da servidão do Egito. Além de pregar rebeldia, aquele falso profeta buscou fazer com que Israel fosse ingrato para com o que Deus fez em suas vidas em sua obra de libertação;
Terceiro, ele deveria ser morto pois buscou apartar Israel do caminho que deveria andar, que era o caminho revelado por Deus em sua Palavra;
Quarto, aquele profeta deveria ser morto para que o mal fosse arrancado do meio do povo de Deus. O pecado deveria ser retirado pela raiz.
APLICAÇÃO
Meus amados irmãos, o que o Senhor nos ensina por meio deste texto é que devemos ser fieis a ele. O Senhor nos escolheu como seu povo de propriedade particular, você foi comprado pelo sangue de Cristo, assim como Israel, você foi liberto da escravidão do seu pecado e transportado para o Reino de Cristo. Você é o novo Israel de Deus, amado por Deus e separado deste mundo de corrupção. Deus realizou em sua vida uma obra que niguém poderia realizar.
Ele fez isso para que você vivesse uma vida de santidade e fidelidade a ele, assim como ele é um Deus fiel, ele exige que seu povo seja semelhante a ele em fidelidade e amor. O Senhor não adimite que venhamos trocá-lo por outros deuses ou ídolos do nosso próprio coração, mas o nosso coração deve ser devotado unicamente a ele. Por isso, em nossa trajetória cristã, em todo o tempo somos provados pelo Senhor para que ele veja em nós se de fato temos sido fieis a ele.
E meus irmãos,Deus nos ensina por meio destes versículos que lemos, é que a nossa fidelidade a ele é medida pela nossa fidelidade a sua Palavra, se temos ouvido unicamente a voz de Deus que fala conosco pela sua Palavra, ou se temos ouvido outras vozes que se levantam contra os mandamentos do Senhor.
Obviamente vivemos em outro contexto do que viveu Israel quando estavam para entrar na terra prometida, nós não temos em nossa cultura ou em nossas igrejas nenhum profeta, sonhador ou pregador dizendo abertamente para deixarmos o Senhor e adorarmos outros deuses. Você já ouviu alguma mensagem assim? Eu particularmente não. Mas há um princípio aqui que não falha, não importa a época em vivamos. Que sempre se levantarão falsos pregadores buscando afastar o povo de Deus de sua Palavra.
Isso tem sido perfeitamente comum em nossos dias, quando homens se levantam afirmando falar em nome de Deus, quando não foi Deus não os enviou a pregar. Estes tem se tornado conhecidos no meio evangélico, pregando mensagens que atraem multidões, pelo seu carisma ou pelas palavras doces que agardam os ouvidos. Muitos se levantam como profetas, e de fato, muitas das suas supostas profecias têm se cumprido. Outros se levantam afirmando que podem realizar grandes sinais e curas, e milhares de pessoas vão em busca desses homens afirmando que os viram realizar milagres.
Mas o que prova se esses pregadores que têm surgido em nossos dias vem da parte de Deus não são as suas obras ou sua aparência de piedade, mas o conteúde de sua mensagem. O que prova um verdadeiro servo de Deus é a sua fidelidade à Bíblia, a pregação fiel do Evagelho de Cristo. E não é isso que temos visto na vida desses homens que tem afirmado que receberam poder de Deus para realizar grandes sinais e milagres. Pois têm distorcido o Evangelho de Cristo pregando doutrinas anti-bíblicas, doutrinas que visam apenas a prosperidade e o lucro, doutrinas que tentam enganar as multidões que pensam que estão servindo a Deus, mas na verdade nunca conheceram a Deus.
Como podemos explicar, diante disso, as obras que esses homens tem realizado? Da mesma forma como o Senhor explicou no versículo 3, o Senhor está provando o seu povo para saber se de fato o amamos de todo o nosso coração. Esses falsos profetas dos nossos dias agem pela permissão de Deus para que o Senhor peneire na sua Igreja os que são fieis a ele e os que não são.
Meu querido, você ama a Deus? Não são somente as suas palavras que provam isso, mas a sua atitude. Você só pode amar a Deus se você amar a sua Palavra, se você tem sido fiel a Deus, dando ouvidos apenas a sua voz. Por isso, o Senhor exige algo da sua vida neste dia, primeiro, que você ponha a prova aqueles que afirmam pregar em nome de Deus, analise se sua mensagem tem sido baseada de fato na Palavra de Deus, ou se tem usado a Bíblia apenas como pretexto para pregar uma mensagem inventada em seu próprio coração.
Segundo, o Senhor nos manda rejeitar todo aquele que tem distorcido a mensagem do Evangelho, rejeitar de tal forma que não devemos nem perder tempo dando ouvido a suas mentiras. Estes devem ser excluídos da igreja do Senhor, separados do meio do povo de Deus, este mal deve ser arrancado da igreja de Cristo, a fim de que não venham perverter o coração dos crentes. O apóstolo Paulo nos ensina que: “ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema”.Gl 1.8. Aqueles que pervertem a mensagem do Evangelho estão debaixo da condenação de Deus.
Talvez você esteja ainda em dúvida sobre como saber se algum pregador é de fato um servo de Deus ou um impostor, por isso quero dar um método eficaz: Observe o quanto esse pregador se parece com Jesus. o verdadeiro pregador, profeta do Senhor se parece com Jesus no valor que ele dá a Palavra de Deus. O que vemos na vida do Senhor Jesus é o seu profundo amor e zelo pela Lei de Deus. Ele mesmo, que recebeu toda autoridade do Pai não veio a este mundo para fazer uma revolução com a Lei de Deus, mas ele mesmo disse que não veio para mudar a Lei, mas sim para cumprí-la. Ele cumpriu plenamente a Lei de Deus, ele guardou perfeitamente os mandamentos de Deus. Por isso ele é o verdadeiro profeta, ele cumpriu a profecia de Moisés nesse próprio livro de Deuteronômio que dizia que um dia Deus levantaria um grande profeta a quem Israel deveria ouvir, pois o Senhor colocaria suas Palavras em sua boca. Cristo foi o verdadeiro Profeta aprovado por Deus, por isso o Próprio Pai falou do céu: “Este é o meu Filho, a ele ouvi”.
Se você deseja provar os servos que tem sido fieis ao Senhor na pregação da Palavra, como verdadeiros profetas de Deus, compare-os a Cristo. Analise o quanto eles amam os mandamentos do Senhor.
Terceiro, busque ao Senhor com toda a sua vida e de todo o seu coração por meio de Sua Palavra, se agarre a Palavra de Deus, conheça a Palavra de Deus, pois só podemos amar aquilo que conhecemos. Se seu conhecimento de Deus é fraco, da mesma forma será o seu amor para com ele. Se você quer amar mais o seu Senhor, não se conforme com uma leitura mediocre da Bíbla todos os dias, mas se aprofunde na Palavra do Senhor e o ame verdadeiramente.
2º O AMOR PARA COM DEUS ACIMA DE TODAS AS COISAS (V.6-11)
2.1. O evento. (V.6-7)
Deuteronômio 13.6-11, trata de uma situação hipotética ainda mais dura, que é a possibilidade de alguém íntimo, do próprio povo do Senhor, deixá-lo para servir a outros deuses e incitar seus entes queridos a cometer esta mesma abominação. A ordem do Senhor ao povo diante dessa situação é ainda mais enfática e prova a visão do Senhor sobre a idolatria.
O Texto diz que mesmo que o próprio irmão, filho de sua mãe, ou seja, se irmão de sangue; seu próprio filho ou filha; seu conjuge, muito amado por este indivíduo, tanto é que o texto deixa claro que é a mulher do teu amor, ou a mulher que deita a cabeça sobre teu peito; ou até um amigo chegado, a quem se ama muito. te incitar em segredo, ou seja buscar seduzir de um modo oculto a deixar de adorar o Senhor para adorar deuses que eles não conheciam.
Existem alguns elementos que talvez fossem muito tentadores a Israel para que praticassem a idolatria. O fator que poderia seduzir o povo à idolatria seria o amor pelos entes queridos. Seria difícil ceder aos argumentos e seduções de um familar ou amigo por quem se tinha grande consideração. Outro fator é o modo como isso é oferecido, em segredo, em particular, ninguém saberia que aquele ato de idolatria foi cometido, isso poderia levar o coração daquela pessoa a pensar que poderia fazer aquilo, já que estaria longe das vistas do restante do povo e daqueles que poderiam puní-lo pelo seu ato.
2.2. A gravidade do evento. (V.7)
Se atentarmos para o versículo 7 poderemos conhecer a profundidade desse pecado, estre trecho nos diz que o convite era para adorar deuses que nem eles nem seus pais conheceram, deuses que eram adorados nas terras que eles iriam herdar como promessa de Deus em Canaã. deuses criados pelos pagãos a quem os povos ofereciam os cultos mais terríveis que se possa imaginar, deuses aos quais os povos queimavam seus próprios filhos em adoração. E o convite desses familiares era para que deixassem o Senhor para adorar essas divindades.
2.3. A vontade do Senhor referente a essa situação. (V.8)
Mas o Senhor dá uma ordem expressa para a atitude de Israel quando tal situação viesse a acontecer. Primeiro, não se deveria concordar com ele, segundo, não se deveria dar ouvidos a esse perversor, assim como não devemos dar ouvidos aos falsos pregadores, devemos tratar do mesmo modo qualquer um que tentar nos afastar do Senhor, mesmo que sejam pessoas próximas. Como disse o apóstolo Paulo: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. 1Co 15.33. O Senhor sempre está advertindo o povo a nem Terceiro, não se deve olhar com nenhuma piedade para alguém que tente desviar o povo do Senhor do seu Deus; Quarto, não o pouparás; Quinto, nem o esconderás para que não seja morto por causa do seu pecado. A Lei era clara, o idólatra deveria ser morto, mas o Senhor faz uma advertência aqui, de que não se tivesse piedade nem escondesse o pecador, essa é a atitude comum de alguém para com seu ente querido, tentar livrá-lo de sua condenação.
2.4. Os motivos e a condenação do idólatra. (V.9-10)
Mas o Senhor pede do seu povo uma atitude ainda mais enfática, certamente o matarás, o Senhor ordena que aqueles que buscam seduzir o povo do Senhor sejam mortos, mesmo que sejam pelos seus próprios parentes. O modo como ele deveria fazer isso está muito relacionado ao julgamento em Israel, no qual as testetunhas contra algum crime deveriam ser as primeiras a lançar as pedras para matar o criminoso. Os próprios familiares deveriam ser testemunhas de acusação contra os transgressores.
Ele repete o motivo pelo qual essa atitude era necessária, no versículo 10 o Senhor diz que este tentou apartar o povo do seu Deus, que o tirou da terra do Egito. Mais uma vez ele lembra a Israel a eterna dívida que tinham para com o seu Deus pela libertação que realizou no egito. E levanta o motivo maior para que isso fosse feito.
No versículo 11 ele diz que isso deveriam acontecer como exemplo para todo o povo, a fim que em Israel isso nunca se repetisse. O exemplo de um familiar tendo a coragem de entregar outro para ser morto pelo seu pecado é exemplo suficiente para que em toda a terra tema e não faça o mesmo.
APLICAÇÃO
Talvez você me pergunte se isso não parece uma atitude muito radical que Deus está exigindo do seu povo, isso nos deixa até perplexos, mas porque o Senhor é capaz de pedir isso? Existe um princípio aqui, que é ensinado pelo Senhor em todo o Livro. Especialmente no capítulo 6.4-5 que diz:?4Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.
Deus fez uma aliança com Israel, um pacto, no qual ele seria seu Deus e eles seu povo. A relação de Israel com o Senhor deveria estar acima de qualquer outra relação. O relacionamento de Israel com Deus estava acima de qualquer reação familiar, estava acima do relacionamento entre pais e filhos, irmãos ou irmãs, marido e mulher, ou qualquer laço de amizade. Deus exigia de seu povo que eles amassem a ele sobre todas as coisas, o amor do povo para com o Senhor não poderia ser dividido com o amor por nada mais neste mundo.
A relação do povo de Israel como o Senhor é relembrada como em todo livro, por meio de um amor pactual, no qual Deus escolheu Israel por sua Graça e não porque era algum povo especial. Este amor é relembrado no versículo 3, no qual o Senhor prova o amor de seu povo para com ele, se de fato eles o amavam de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Esse é o sentido de toda passagem, o amor de Israel pelo Senhor, a fim de rejeitar todos os falsos profetas que buscassem seduzí-los, bem como a seus próprios entes queridos, amando ao Senhor acima de todos eles. O pacto de Deus como seu povo está acima de toda aliança e relacionamento humano.
Essa exigência que Deus faz ao seu povo não se dirige apenas a Israel, mas também a nós que somos parte da Igreja do Senhor. O próprio Senhor Jesus nos ensinou isso como o primeiro grande mandamento: “Amarás a Deus sobre todas as coisas”. Este é um mandamento que ainda vale para nós, Cristo nos ensina que o nosso amor para com Deus deve estar acima do amor que temos por qualquer outra coisa ou pessoa neste mundo.
Fomos salmos pelo sangue de Cristo, por meio de sua morte Deus estabeleceu em seu sangue uma aliança conosco que está acima de qualquer relação que tenhamos. Afinal, qualquer relação que venhamos desfrutar neste mundo, seja com familares, amigos, filhos, marido, mulher, tem vínculos apenas neste mundo, mas nossa aliança com Cristo é uma aliança eterna. Talvez o que Deus exige pareça muito difícil, mas essa é a prova de que de fato amamos a Deus, quando somos capazes de sacrificar nossas próprias relações com pessoas queridas por amor ao Senhor.
Então, o que o Senhor exige das nossas vidas diante de uma situação como essa, se pessoas próximas a nós buscarem nos induzir a deixar de servir ao Senhor para voltarmos a nossas antigas vidas de pecados? Obviamente, o contexto é diferente, nossas leis são diferentes, o Senhor não exige a mesma punição para essas pessoas. Mas precisamos estar atentos ao princípio que permanece neste texto. De que é melhor sacrificar relacionamentos que nos levam para longe do nosso Salvador, que sacrificar nossa relação com ele.
O Senhor não nos colocou neste mundo para nos relacionar apenas com cristãos, como se fossemos um gueto que vive isolado do mundo. Somos o sal da terra e a luz do mundo, fomos chamados para nos relacionar com descrentes a fim de levar Cristo a eles, fomos chamados a levar Cristo a nossos familiares que não o conhecem, a nossos amigos que ainda estão longe do Senhor. Mas a Palavra do Senhor é clara sobre aqueles que ao invés de serem influenciados pela nossa vida, tem um propósito, que é nos afastar do Senhor. Pessoas que tem o desejo maligno de nos seduzir ao pecado.
Sobre esses, a Palavra do Senhor diz que não devemos concordar com eles, não devemos abrir mão de nossas convicções a fim de agradar aqueles que pensam diferente de nós. Não devemos nem gastar nosso tempo ouvindo seu ponto vista, pois por meio de suas palavras podemos colocar dúvidas em nossas mentes. Não se discute com aqueles que tentam nos seduzir a idolatria.
Existem momentos em nossa vida que o Senhor nos leva a nos relacionar com incrédulos a fim de levar sua luz para libertá-los. Mas existem momentos em que o Senhor nos prova, para saber se o amamos de fato, ou se amamos as pessoas que estão em nossa volta mais do que a ele. O que ele exige de nossas vidas é que nosso amor para com ele não seja nem de perto comparado a qualquer outro sentimento que tenhamos neste mundo. Se você tiver de escolher entre o Senhor e algo mais neste mundo, que jamais seu coração esteja dividido nesta escolha.
Importa agradar ao Senhor que agradar aos homens!
3º A DISCIPLINA PARA COM OS DESOBEDIENTES (V.12-18)
3.1. O evento. (V.12-13)
Deuteronômio 13.12-18- Neste último trecho o Senhor adverte a Israel sobre outra situação que porventura também poderia acontecer quando adentrassem a terra de Israel. O Senhor os prepara para quando homens malignos tentassem sorrateiramente levar toda uma cidade das em que habitavam o povo se Israel, para deixar o Senhor pelos deuses das outras nações. Há uma expressão que se repete nos três casos, a de que esses deuses não eram conhecidos deles nem de seus pais. Assim como ele lembra que o Senhor os tirou da terra do Egito, o Senhor também deseja lembrar-lhes que ele foi o único Deus de Isarel, desde os seus antepassados, o Único a quem eles deveriam prestar culto.
3.2. A gravidade do evento. (V.12)
A gravidade deste fato se dá mais uma vez pela atitude desses homens, que tentam levar toda uma cidade, não apenas uma família ou uma pessoa, mas uma cidade inteira para longe do Senhor. Em uma atitude de total ingratidão, pois o texto deixa claro que eles tentariam desviar toda uma das cidades que o Senhor Deus os deu. O povo que não tinha terra para morar, que recebeu das mãos do Senhor cidades que eles não construíram, uma terra que manava leite e mel agora estava desviando toda uma dessas cidades para adorar deuses diferentes do Senhor.
3.3. A vontade do Senhor referente a essa situação. (V.15-17)
Eles deveriam tomar uma atitude diante dessa afronta contra o Senhor. Há uma repetição mais uma vez sobre o modo que Israel deveria procedecer em um julgamento, sendo justos, não condenando injustamente nenhum réu. A atitude registrada no versículo 14 deveria ser a de uma acurada investigação, inquirindo os fatos, usando toda diligência para colher as informações, perguntando ás testemunhas. A fim que de que o julgamento desses perversores fosse justa, como também deveria ser justa a sua condenação.
Depois de investigados e julgados como condenados os culpados, Deus exigia de seu povo uma completa obediência ao que deveria ser feito: No versículo 15 e seguintes o Senhor diz que os moradores daquela cidade deveriam ser mortos a fio de espada. O curioso é que o Senhor não ordena a morte dos homens malignos que incitaram o povo ao pecado apenas, mas tanto os que seduziram o povo a pecar, como os que deram ouvidos e se prostituiram com outros deuses deveriam ser inteiramente destruídos.
O Senhor é claro quando ordena que não apenas os moradores daquela cidade deveriam morrer, mas até os animais. Tudo o que tivessem deveria ser queimado no centro da cidade, na praça principal, todas as casas deveriam ser destruídas para nunca mais se edificar. O povo não poderia tomar nada que fosse de bens e riqueza para si, mas destruir tudo, a fim de que o Senhor apartasse sua ira de Israel.
Diante dessa ordem que Deus dá ao seu povo, quero destacar algumas palavras que são muito importantes no entendimento desses versículos: No versículo 15 Deus ordena que seja destruída COMPLETAMENTE a cidade, e TUDO o que nela houver. Deveriam ajuntar TODO o despojo, oferta TOTAL; no versículo 17 diz que não deve ficar NADA em suas mãos. Observe que em todos os versículos Deus dá uma ordem e exige obediência completa dessa ordem, essas palavras apresentam ideia de completude. Quando o Senhor exige obediência de seu povo, ele exige que ela seja total.
3.4. O motivo da exigência Divina. (V.17-18)
Essa exigência provavelmente foi feita por alguns motivos como por exemplo que eles não destruissem toda a cidade por compaixão, ou que não matassem os animais a fim de ficar para eles, ou que não destruissem as riquezas daquela cidade para tomar para si. Mas Deus ordena que tudo fosse destruído a fim de que Israel não se contaminasse com a idolatria daquela cidade, pois tanto aquele povo como os seus bens se tornaram abomináveis aos olhos do Senhor.
Outro motivo é que caso isso não fosse feito, o pecado que aquela cidade cometeu estaria sobre toda a nação, de modo que o único meio para que o Senhor tivesse piedade deles seria a completa obediência e destruição dos malfeitores. Agindo assim seriam perdoados pelo Senhor. Deus só perdoaria Israel que se eles fossem completamente aos seus mandamentos, ao contrário, estariam debaixo do mesmo castigo que aquela cidade cometeu.
ILUSTRAÇÃO
Ai, Acã.
APLICAÇÃO
O povo de Deus é o povo da Aliança, os pecados no meio da igreja trazem consequência a toda comunidade Cristã, por isso o Senhor ordena que o povo do Senhor discipline os faltosos a fim de que a igreja seja fortalecida e o pecado tratado a fim de que aconteça o arrependimento no coração dos pecadores. Pecado não tratado na vida da Igreja gera morte espiritual, atrai sobre toda a igreja a ira de Deus e a desaprovação do Senhor.
Muitas vezes nos perguntamos os reais motivos do esfriamento espiritual na vida da igreja, a falta de vigor da igreja, a apatia, e até mesmo a morte de muitas comunidades, o Senhor nos responde por meio deste texto. O verdadeiro motivo da situação em que nos encontramos em nossas igrejas é o pecado não confessado e não tratado. Ninguém fala mais em disciplina bíblica, qual foi a última vez que alguém foi disciplinado? A não ser por adultério e fornicação, quando isso aconteceu? A disciplina pode não existir, por isso também não existem mais igrejas saudáveis como antigamente.
O Senhor convida seu povo a tratar o pecado e repreender os faltosos, a igreja do Senhor não pode jamais fazer vista grossa para o pecado, ou estará trazendo o juízo de Deus sobre si própria. A igreja não pode fazer distinção entre pecados e pecados, entre pessoas e pessoas, mas deve obedecer completamente ao Senhor, a fim de que possa fazer a vontade de Deus como ele determina em sua Palavra.
Aplicando isso a nossa vida espiritual, outra exigência que o Senhor faz do seu Povo é exatamente a completa obediência aos seus mandamentos, o Senhor prova que de fato o amamos quando todo o nosso coração estiver disposto a obedecer ao Senhor. Como já falei anteriormente, a prova de que amamos a Deus não é retirada somente das nossas Palavras. Mas como no ensinou o Senhor Jesus: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama”. Jo 14.21. O Senhor exige de nossas vidas um coração totalmente disposto a fazer aquilo que ele ordena em sua Palavra.
O Senhor não nos chama a negociar com o pecado, cortando da nossa vida apenas os prazeres que podemos abrir mão com facilidade, mas o Senhor nos ordena a retirar do nosso coração todas as práticas ou pensamentos que nos levam para longe dos seus mandamentos. Ou o Senhor tem a totalidade do nosso ser entregue a ele em santidade e obediência ou ele não deseja nada das nossas vidas. Se você é um servo de Deus e deseja amar mais ao Senhor, disponha todo o seu coração em serví-lo! Para isso é necessário sacrificar coisas ou prazeres que levam a sua vida ao pecado, a fazer aquilo que desagrada a Deus
APLICAÇÕES FINAIS
CONCLUSÃO
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