A história de Jefté
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Introdução
Introdução
Vimos na última semana a história se repetindo mais uma vez com o povo de Israel. Eles se desviam, se afastam do Senhor e são subjulgados por um povo inimigo como resultado da sua desobediência.
O povo clama a Deus por socorro e recebe primeiramente uma negativa, pois era apenas um clamor de desespero, uma busca por livramento mas sem arrependimento. Então essa negativa do Senhor leva o povo a se arrepender e reconhecer os seus próprios pecados e clamar não simplesmente por socorro, mas por salvação. Após ouvir a confissão de Israel o Senhor tem misericórdia do seu povo. Então o Senhor levanta um novo salvador chamado Jefté. Qual era o perfil deste novo salvador?
1 Jefté, o gileadita, era um guerreiro valente. Sua mãe era uma prostituta; seu pai chamava-se Gileade. 2 A mulher de Gileade também lhe deu filhos, que, quando já estavam grandes, expulsaram Jefté, dizendo: “Você não vai receber nenhuma herança de nossa família, pois é filho de outra mulher”. 3 Então Jefté fugiu dos seus irmãos e se estabeleceu em Tobe. Ali um bando de vadios uniu-se a ele e o seguia.
Jefté era um guerreiro valente, experiente, mas com uma história difícil. Um exemplo de superação e a forma como Deus pode usar pessoas que possuem um histórico complicado, alguém que tinha tudo para dar errado. Aquele que foi marginalizado quando criança, agora sé levantado como líder. Mas o escolhido para liderar o povo, agora tem um diálogo interessante por aqueles que o rejeitaram.
4 Algum tempo depois, quando os amonitas entraram em guerra contra Israel, 5 os líderes de Gileade foram buscar Jefté em Tobe. 6 “Venha”, disseram. “Seja nosso comandante, para que possamos combater os amonitas.”
7 Disse-lhes Jefté: “Vocês não me odiavam e não me expulsaram da casa de meu pai? Por que me procuram agora, quando estão em dificuldades?”
8 “Apesar disso, agora estamos apelando para você”, responderam os líderes de Gileade. “Venha conosco combater os amonitas, e você será o chefe de todos os que vivem em Gileade.”
9 Jefté respondeu: “Se vocês me levarem de volta para combater os amonitas e o Senhor os entregar a mim, serei o chefe de vocês?”
10 Os líderes de Gileade responderam: “O Senhor é nossa testemunha; faremos conforme você diz”. 11 Assim Jefté foi com os líderes de Gileade, e o povo o fez chefe e comandante sobre todos. E ele repetiu perante o Senhor, em Mispá, todas as palavras que tinha dito.
O diálogo de Jefté com seus irmãos se parece com o diálogo do Senhor com o seu povo. Ao ouvir o primeiro pedido de ajuda, ele nega, assim como o Senhor fez, e o povo novamente reforça o pedido e ouve uma condição de Jefté. Ele aceita ser o salvador do povo, se o povo também o aceitace como lider/senhor. Isso aponta para a nossa relação com o próprio Cristo que além de nosso Salvador, Ele quer ser o nosso Senhor. Não tem como ser salvo por Jesus sem tamb;em aceitar o seu governo. A evidência de que somos salvos por Jesus é o seu governo. A história de Jefté aqui neste momento aponta para um Deus que não quer ser apenas o nosso salvador, mas tmbém o nosso Senhor, a história de Jefté não sobre ele mesmo mas sobre Jesus. E Jefté então assume sua posição de líder e tem sua primeira atitude.
12 Jefté enviou mensageiros ao rei amonita com a seguinte pergunta: “Que é que tens contra nós, para teres atacado a nossa terra?”
13 O rei dos amonitas respondeu aos mensageiros de Jefté: “Quando Israel veio do Egito tomou as minhas terras, desde o Arnom até o Jaboque e até o Jordão. Agora, devolvam-me essas terras pacificamente”.
Jefté começa um diálogo e neste momento ele estabelece uma solução prátrica, mas encontra resistência, e o que vemos nos próximos versículos até o 27, é Jefté apreentando argumentos para libertar o povo.
Jefté relembra a história para justificar que a terra pertencia ao povo de Israel, fala a respeito do próprio Deus que deu aquela terra a Israel e por último usa argumentos legais. Jefté opta primeiramente por uma atitude pacífica antes de travar uma guerra. No versículo 28 vemos que o Rei de Amom não deu ouvidos aos argumentos de Jefté.
29 Então o Espírito do Senhor se apossou de Jefté. Este atravessou Gileade e Manassés, passou por Mispá de Gileade, e daí avançou contra os amonitas.
Jefté é cheio do Espírito para guerrear contra os amonitas, mas logo em seguida vemos uma atitude estranha de alguém que tinha começado tão bem.
30 E Jefté fez este voto ao Senhor: “Se entregares os amonitas nas minhas mãos, 31 aquele que estiver saindo da porta da minha casa ao meu encontro, quando eu retornar da vitória sobre os amonitas, será do Senhor, e eu o oferecerei em holocausto”.
Josué faz um voto estranho com o Senhor, oferece sacrifício humano pela sua vitória. Mas o Senhor já havia falado no livro de levítico que ele reprovava esse tipo de voto, mas essa era uma prática pagã. Jefté embora estivesse se relacionando com Deus, ele age como se o Senhor fosse um ídolo. Embora Jefté estivesse próximo de Deus, o seu coração estava distante. Ele estava com seu coração imerso em uma culura pagã, secular, e fez um voto com o Senhor de uma forma que Ele mesmo reprovava. Por isso ele colhe consequências trágicas.
32 Então Jefté foi combater os amonitas, e o Senhor os entregou nas suas mãos. 33 Ele conquistou vinte cidades, desde Aroer até as vizinhanças de Minite, chegando a Abel-Queramim. Assim os amonitas foram subjugados pelos Israelitas.
34 Quando Jefté chegou à sua casa em Mispá, sua filha saiu ao seu encontro, dançando ao som de tamborins. E ela era filha única. Ele não tinha outro filho ou filha. 35 Quando a viu, rasgou suas vestes e gritou: “Ah, minha filha! Estou angustiado e desesperado por sua causa, pois fiz ao Senhor um voto que não posso quebrar”.
36 “Meu pai”, respondeu ela, “sua palavra foi dada ao Senhor. Faça comigo o que prometeu, agora que o Senhor o vingou dos seus inimigos, os amonitas.” 37 E prosseguiu: “Mas conceda-me dois meses para vagar pelas colinas e chorar com as minhas amigas, porque jamais me casarei”.
38 “Vá!”, disse ele. E deixou que ela fosse por dois meses. Ela e suas amigas foram para as colinas e choraram porque ela jamais se casaria. 39 Passados os dois meses, ela voltou a seu pai, e ele fez com ela o que tinha prometido no voto. Assim, ela nunca deixou de ser virgem.
Daí vem o costume em Israel 40 de saírem as moças durante quatro dias, todos os anos, para celebrar a memória da filha de Jefté, o gileadita.
Deus dá a vitória ao povo apesar de Jefté, porque o Senhor prometeu ao seu povo. Mas Jefté sofre as consequências de um voto errado , do seu coração secularizado e distante do Senhor.
Aplicação:
1- Bons começos não garantem um final feliz.
Paulo foi exemplo de alguém que começou mal e terminou bem (completou a carreira e guardou a fé).
2- Não adianta parecer estar perto do Senhor, precisamos nos relacionar de faco com quem Ele é.
Não basta adorar a Deus, temos que adorá-lo da forma como Ele quer ser adorado (atitudes estranhas de adoração que não tem sustentação bíblica).
3- Precisamos guardar o nosso coração para não perder a referência da Palavra de Deus.
Jefté abraçou práticas erradas porque começou a chamar de certo aquilo que é errado. Como isso continua acontecendo nos dias de hoje? Quando achamos certo aquilo que Deus abomina, e pior afirmamos que Deus está chancelando essas nossas atitudes e pensamentos. Isso que nós podemos chamar de secularização, quando perdemos a referência de Deus, mesmo ainda "crendo" Nele. Transformamos o Senhor eum deus a nossa imagem e semelhança (ideologia política).
A história de Jefté termina no capítulo 12 quando ele retorna até a tribo de Efraim e é surpreendido. Após conquistar uma grande vitória, o povo é ingrato e responde de forma hostil. Reclama porque não os convocou para também ter lutado. Jefté então guerreia contra o próprio povo e fere, mata os Efraimitas. O libertador que slava o povo é o mesmo que mata o povo. O que isso signfica? Que precisamos de um salvador melhor que Jefté, assim como o povo precisava de um salvador melhor que GIdeão. Josué não conseguiu ser o salvador perfeito. GIdeão não conseguiu, Débora não conseguiu, porque todos eles também precisavam de um salvador que os livrasse deles mesmos.
Todos nós precisamos desse salvador , imaginamos que os nossos maiores inimigos estão ao nosso redor, equanto na verdade o nosso maior inimigo está no nosso próprio coração. Foi o coração pecador que fez com que o povo de Israel pecasse, também foi ocração pecador de Jefté que o fez fracassar após vencer.
Conclusão
A boa notícia é que mais tarde, após Jefté viria aquele que o Senhor estava preparando para ser o salvador não só do povo de ISrael, de Jefté, e também meu e seu. Aquele que é o unico que pode nos salvar de nós mesmos, o unico e perfeito salvador que Jefté e mais ninguém ou coisa alguma consegue ser, aquele que nos salva de nós mesmos. Em que salvador você tem confiado para sua salvação e para a salvação dos seus filhos?
A história de Juizes não aponta para esses lideres que vimos até aqui, mas aponta para o único, melhor e perfeito salvador que pode salvar o nosso próprio coração.