SERMÃO-ROMANOS 4.1-25

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SERMÃO-ROMANOS 4.1-25

ICT- Abraão foi justificado pela fé, assim como sua descêndencia e todos os eleitos que creem em Cristo.
TESE- A Justificação é imputada ao pecador por meio da fé, alcançando a todos os eleitos que creem em Cristo.
PROPÓSITO BÁSICO - Doutrinário/Evangelístico
PROPÓSITO ESPECÍFICO - Instruir os crentes sobre a justificação pela fé, bem como convidar o pecador a descansar em Cristo para sua salvação, recebendo o perdão de seus pecados.
INTRODUÇÃO
Somente Ponho a minha fé
Na graça excelsa de Jesus
No sacrifpicio Remidor
No sangue do Bom Redentor
A Minha fé e o meu amor
Estão Firmados no Senhor
ELUCIDAÇÃO
O capítulo 4 de Romanos é a continuação do argumento do apóstolo Paulo a partir do versículo 21 do capítulo 3, no qual ele diz que o homem é justificado pela sua fé e não pelas obras da lei. Que as obras não têm nenhum poder de dar ao pecador perdido a garantia de salvação, pois elas apenas nos mostram o nosso pecado, revelando nossa incapacidade de nos salvar por mérito próprio. A Lei diz: Você precisa de um salvador! A Lei não foi dada para dar ao homem a vida eterna, mas aponta o caminho da Vida Eterna que é Cristo. O sacrifício de Cristo é a única maneira de obtermos perdão para os nossos pecados. E o caminho para Cristo é a fé.
Com essa argumentação, o apóstolo começa a usar vários exemplos bíblicos pra provar que toda a Palavra de Deus já indicava que a justificação do pecador acontece por meio da fé. Desde o princípio, toda a Escritura já declarava isso. O primeiro exemplo que ele usa é o exemplo de Abraão, o pai da fé, o pai de todos os judeus, aquele de quem veio toda a descendência do povo de Deus do Antigo Testamento. O propósito de Paulo em usar o exemplo de Abraão é convencer os judeus que eram crentes em Roma, de que não era o mero cumprimento da Lei, ou simplesmente por serem descendentes de Abraão que seriam salvos, mas que assim como seu patriarca foi justificado pela fé, do mesmo modo sua fé precisava ser depositada em Jesus Cristo.
Além de falar aos judeus, por meio dessas Palavras Paulo também trouxe esperança aos gentios, pois a fé salvadora não é aplicada apenas a um povo específico como os judeus, mas a todos os povos que colocam sua fé em Jesus como o seu salvador, sendo feitos descendentes de Abraão pela fé. A mesma fé de Abraão que confiou nas promessas de Deus e por isso foi justificado por Deus, seria também a fé dos eleitos de Deus em todos os cantos da terra.
Diante disso, percebemos que a fé é a temática principal desta passagem. Que em toda história, Deus planejou um meio gracioso para que o homem posssa ser salvo e justificado de sua terrível condição de culpa e condenação eterna, que é únicamente confiando em Jesus como seu único Salvador e Senhor que podemos obter o perdão para os nossos pecados. E o mais glorioso disto, é que essa salvação é estendida a todos os que creem em Cristo em todos os lugares da terra, em todos os tempos.
Transição
Diante das verdades contidas neste texto da Palavra do Senhor, quero convidar você a meditar comigo sobre o seguinte...
TEMA: A FÉ QUE SALVA O PECADOR
PERGUNTA SERMONÁRIA: Como se revela a fé salvadora?
1º É O ÚNICO MEIO DE JUSTIFICAÇÃO. (V.1-8)
EXPOSIÇÃO
1.1. O primeiro argumento sobre Abraão: A Escritura (V.1-3)
Usando o exemplo de Abraão, Paulo discorre sobre a maneira que o patriarca teria obetido a justificação diante de Deus. No versículo 1 o apóstolo faz uma pergunta que foi diririda aos judeus, pois este pergunta o que eles diriam sobre Abraão o seu Pai segundo a carne. Pois se Abraão foi justificado pelas suas obras, teria de que se gloriar diante de Deus. E isso provavelmente é uma referência a crença que os judeus tinham por causa de uma tradição rabínica antiga que dizia que Abraão foi salvo por causa de sua elevada moralidade e sua obediência a Deus. Para os judeus do tempo de Paulo, Abraão era o exemplo máximo de santidade e obediência, era o exemplo máximo a ser seguido como alguém que alcançou a justificação pela sua vida justa, Abraão foi aquele sobre quem disse o profeta Isaias a quem Deus o considerou como seu amigo .
Mas para derrubar esse argumento dos judeus, Paulo recorre a uma autoridade maior que qualquer tradição dos homens, que é a autoridade da Palavra de Deus. É isso que ele faz em vários momentos ao longo da passagem, ele cita a Palavra de Deus, sabendo que nenhuma tradição, história ou opinião dos homens poderia com o poder da Palavra de Deus. No versículo 3 ele diz que os que está registrado na Escritura pelo exemplo de Abraão em Gênesis 15.6 que diz que Abraão creu e isso lhe foi imputado para justiça. A Palavra do Senhor não atribui a qualquer mérito de Abraão a sua Salvação, mas únicamente na fé que este depositou no Senhor.
Isso tem uma implicação muito clara para os judeus, pois se até mesmo o seu pai na fé, este exemplo de homem de Deus, não pôde obter a salvação pelos seus próprios esforços, homem algum poderia ser salvo a não ser depositando sua fé no Senhor. O exemplo de Abraão aponta para a necessidade até do homem mais religioso de um Salvador que possa resgatá-lo de seu pecado.
1.2. O segundo argumento sobre Abraão: O trabalho. (V.3-4)
O segundo argumento que Paulo usa para defender a fé como meio de justificação é o do trabalho nos versículos 3 e 4, sua lógica está baseada no fato de que o salário não é um favor para quem trabalhou, mas uma dívida. A Palavra de Deus diz que o trabalhador é digno de seu salário, portanto o patrão não paga a seu funcionário se quiser, mas é sua obrigação pagar um salário digno.
Mas no versículo 5 Paulo diz que o que não trabalha, recebe algo por favor, por graça. Com isso ele se refere a nossa salvação, a partir da salvação de Abraão, pois se Abraão não trabalhou para sua própria salvação, ela foi recebida pela Graça de Deus somente e não por mérito seu. E partindo do caso específico de Abraão para nós, entendemos que do mesmo modo, nós não trabalhamos para nossa salvação, pois ela nos foi dada por Deus pela Sua Imensa Graça, como um ato de bondade e misericórdia.
1.3. O terceiro argumento sobre Abraão: A Escritura em Davi. (V.6-9)
O próximo argumento de Paulo sobre a justificação pela fé mais uma vez está pautado nas Escrituras, ele recorre ao que disse Davi no Salmo 32, mostrando que feliz é o homem a quem Deus atribui justiça independente das suas obras. Estes versículos citados por Paulo fazem parte desse salmo que faz parte da confissão dos pecados desse homem segundo o coração de Deus. Se observarmos todo o salmo veremos que Davi não atribui o perdão de seus pecados a suas obras ou mesmo a sua confissão, mas à Graça de Deus.
Quando Davi escreve este salmo, ele o faz com muita propriedade sobre o perdão dos seus pecados. Seu adúlterio com uma mulher chamada Bateseba e o perdão de Deus ao seu pecado é a prova da consciência desse rei de que não há nada em nós que mereça o perdão do Senhor, só Deus pode oferecer ao pecador a salvação para sua condição de desobediência a Deus. São mais que felizes que encontraram a Graça de Deus para os seus pecados.
ILUSTRAÇÃO
O líder que discutiu comigo quando eu disse que seriam salvos apenas os que colocaram sua fé em Cristo. Ele argumentou que todas as pessoas, de qualquer religião que vivessem uma vida moralmente correta poderiam ser salvas.
APLICAÇÃO
Não importa quem nós somos, não importa quão religiosos e disciplinados somos diante de Deus. Esse texto nos prova mais uma vez que não é por meio das nossas obras jamais que podemos obter a salvação. Não é por meio de uma vida íntegra diante da sociedade, não é por meio de uma moral honrosa ou de uma família exemplar. Não é por meio de nosso esforço particular em sermos mais santos, não é por meio de nada que há em nós que Deus nos salva.
O exemplo de Abraão nos prova que nem o homem mais religioso ou aparentemente piedoso pode ser salvo à parte da sua fé no Salvador. Enquanto não colocarmos nossa fé plenamente em Cristo e confiarmos apenas em nós mesmos estaremos terrívelmente perdidos. Sua salvação não é conquistada pelo seu trabalho, você não precisa mais trabalhar para obter a vida eterna, pois Cristo já trabalhou por ela na cruz. Ele já realizou o penoso trabalho de sua alma. Não há mais preço a ser pago.
Assim como Davi, meu querido, não confie em você para obter o perdão dos seus pecados, não confie nem mesmo na sua confissão diante de Deus, mas confie somente na Graça de Deus que pode perdoar seus pecados e apagar as suas ofensas contra ele. É somente pela sua misericórdia que Deus apaga as nossas transgressões.
2º É A GARANTIA DE SALVAÇÃO PARA TODOS OS PECADORES. (V.9-17)
EXPOSIÇÃO
2.1. O primeiro argumento: A circuncisão. (V.9-10)
Em seguida, Paulo argumenta sobre o alcance da justificação pela Fé. Ele mostra que a salvação não é oferecida por Deus somente a um povo, o povo de Israel, mas que através da fé, todos os homens, de todas as nações da terra, perto ou longe poderiam ser salvos crendo em Jesus Cristo.
Esta é a temática do versículo 9, onde o apóstolo faz mais uma pergunta aos seus leitores: Se a salvação, ou a bem-aventurança eram oferecidas apenas aos circuncisos, ou seja, os judeus, ou também aos incincuncisos, ou seja os gentios, os outros povos. Mas uma vez ele recorre a Abraão, perguntando se sua justificação aconteceu antes ou depois da circuncisão, e sua resposta no versículo 10 é que Abraão foi salvo antes de ser circuncidado.
Se observarmos o livro de Gênesis veremos que Deus chamou Abraão para serví-lo no capítulo 12, fez a promessa que lhe nasceria um filho no capítulo 15, mas só foi cincuncidado no capítulo 17. Alguns comentaristas dizem que desde o momento que Abraão creu em Deus até sua cincuncisão demoraram cerca de 29 anos e da promessa até a cincusição cerca de 14 anos. Ou seja, ele não foi salvo por causa de um sinal que recebeu na carne, ou por ser obediente a qualquer lei. Mas Deus o salvou apenas por sua Graça, independentemente de sua obediência aos ritos da Lei.
2.2. A primeira implicação sobre a salvação dos eleitos. (V.11-12)
Qual a implicação disso para a vida dos salvos em Cristo? Ele diz no versículo 11 que houve um motivo pelo qual Abraão não recebeu o sinal da circuncisão antes de crer, mas muito tempo depois. Pois se tivesse recebido primeiro o sinal e depois a salvação, somente os que receberam o sinal da cincucisão poderiam ser salvos e justificados por Cristo. Mas Deus salvou Abraão pela fé, para que todos os que creem, mesmo sem a circuncisão pudessem ser justificados dos seus pecados.
Por isso, Abraão não é pai apenas dos que são filhos de sangue, segundo a carne, mas filhos de todos os que creem. O versículo 12 diz que ele é pai na fé de todos os que andam nas suas pisadas, ou seja, todos os que seguem seu exemplo de fé, todos os que seguem seus passos. Não importa que não sejam judeus, essa fé se aplica a todos os que creem em Cristo, de todos os lugares da terra, perto ou longe, de todas as tribos, línguas e nações.
2.3. O segundo argumento: A Lei. (V.13-15)
No versículo 13 Paulo usa outro argumento, o argumento da Lei. Primeiro Paulo apelou para circunsição, agora ele apela para o exemplo da Lei. Mostrando que Abraão não foi salvo pela obediência à Lei, mas antes da Lei. Se observamos mais além, para o tempo entre a salvação de Abraão e o tempo que a Lei foi dada a Israel, se passaram cerca de 500 anos. Portanto, não seria possível que tivesse obedecido qualquer lei para a salvação.
Isso indicava também que assim como Abraão, sua descedência também não foi salva por meio da obediência à Lei, mas até os próprios judeus deveriam ser salvos por meio da Fé, assim como foi o seu Pai Abraão. A argumentação de Paulo gira em torno do fato de que se Abraão foi salvo pela fé e se sua descendência foi salva pela Lei, então a promessa de Deus a Abraão foi invalidada, perdeu o seu valor. No versículo 15 ele diz que o propósito da Lei não era salvar, mas revelar a ira de Deus por causa dos pecados homens. Portanto, nem Abraão, nem homem algum recebeu salvação pela Lei, mas só pela fé.
2.4. A segunda Implicação. (V.13,16-17)
A partir desse segundo argumento, Paulo mostra que há mais implicações sobre o fato de Abraão e sua descendência serem justificados pela fé. A implicação está baseada em uma promessa relatada no versículo 13, de que Abraão seria herdeiro do mundo, isso consiste no que está no versículo 16 e 17, que Diz que Deus constituiu Abraão por Pai de todos os que creem e repetido quando fala que Abraão seria Pai de muitas nações. Por meio disso vemos não por meio de Lei, mas por meio da fé, Deus cumpriu sua promessa a Abraão, salvando homens de todo o mundo.
ILUSTRAÇÃO
Em nossa cultura as pessoas pensam que a salvação é garantida pelo ato do batismo. A pessoas antigamente batizavam seus filhos com pressa por causa da mortalidade infantil para que elas não sofressem no Limbus Infantus. Essa crença é desconstruida por Paulo.
APLICAÇÃO
Isso implica que por meio da fé, não importa em qual condição nos encontramos, não importa a qual povo nos aparentamos, não impota se somos judeus circuncidados, ou se somos brasileiros, russos, americanos, indígenas, aborígenes. A nossa salvação não é obtida por nacionalidade, a nossa fé não é obtida por meio de um sinal, seja de circunsição, seja de batismo ou qualquer outro. A nossa salvação é obtida unicamente pela Graça de Deus mediante a fé, oferecida a todas as nações da terra.
Quando Deus fez a Promessa a Abraão de que nele seriam benditas todas as famílias da terra, você fazia parte dessas famílias. Se você é um crente em Jesus Cristo, Deus pensou em você quando fez essas promessas a Abraão. Sua segurança não deve estar em nada de uma religiosidade visível, mas somente na Graça de Deus. Sua salvação foi adquirida por meio de Cristo na Cruz. Você faz parte daqueles que estarão diante do Cordeiro por toda eternidade por causa do seu sacrifío a todas as nações.
Isso destrói qualquer argumento que tem se levantado em nossos dias de que os judeus até hoje são o povo de Deus, que os judeus são mais especiais do que nós. Não! Os únicos judeus que são especiais diante de Deus são aqueles que creram em Cristo como seu salvador. O verdadeiro povo de Deus é a sua Igreja, comprada e lavada com o seu sangue. Isso também destrói a ideia de que no Antigo Testamento o homem era salvo pelas obras e hoje pela Graça. Não, em todos os povos, em todos os tempos, Deus só escolheu um meio de salvar o homem, que é a sua Graça.
3º É ALICERÇADA NA PROMESSA DE DEUS. (V.16-25)
EXPOSIÇÃO
3.1. A fé é depositada no Deus que faz a promessa
Depois de argumentar sobre a salvação pela fé e os que recebem a salvação pela fé, Paulo fala também sobre a natureza da fé. A partir deste versículo 16 Paulo foca em mostrar que a fé salvadora está baseada em uma promessa. A promessa é a base para justificação. Ele cita essa promessa no versículo 16 e apresenta a promessa no versículo 17 citando Gênesis 17.5, a qual diz que Deus o constituiu por Pai de muitas nações.
Essa promessa foi feita a Abraão bem antes, no capítulo 12, quando ele disse que em Abraão seriam benditas todas as famílias da terra. E no capítulo 15, quando Deus prometeu a Abraão um filho, quando ele já era idoso e não tinha ainda descendência. Deus conduziu Abraão para fora da sua tenda e mandou que ele olhasse para o céu para contar as estrelas. O Senhor prometeu que sua descendência seria tão grande como é grande a soma das estrelas do céu.
O texto diz que Abraão foi justificado quando creu no Deus que fez a ele essa promessa. Foi a fé na promessa de Deus, e a confiança no Deus que é poderoso para cumprir a promessa que deu a Abraão a Justificação. Esse Deus em quem Abraão creu é descrito por Paulo como o Deus do impossível. Primeiro, o Deus que vivifica os mortos, segundo, o Deus que chama à existência as coisas que não existem. Segundo a maioria dos comentaristas, essa última expressão é uma referência à Criação de todas as coisas, quando Deus fez tudo a partir do nada. Segundo Paulo, este é o Deus todo poderoso, que é capaz de fazer e refazer todas as coisas conforme sua vontade por meio da ressurreição. Abraão não foi salvo pela fé em uma simples promessa, mas pela fé no Deus que fez a promessa.
3.2. A fé é a certeza diante da impossibilidade. (V.18-20)
Paulo faz questão de deixar mais clara a profundidade da fé de Abraão. A partir do versículo 18 Paulo fala que Abraão creu que seria pai de uma grande nação contra a esperança, isso indica a situação de Abraão quando recebeu a promessa, sendo já idoso, e sua mulher também idosa. Humanamente falando não existia nenhuma esperança para que eles pudessem crer nessa promessa. No versículo 19 Paulo diz que Abraão não esmoreceu na fé, mesmo sabendo de sua condição. Diz que seu corpo estava amortecido, ou seja, ele não tinha mais vigor ou capacidade de gerar uma criança. Mas não apenas ele, para Sara sua mulher a condição era ainda mais dramática, pois uma mulher com mais de 90 anos não tem mais condições de conceber uma criança. A expressão aqui usada indica que o ventre de sara já estava amortecido, ela já tinha passado pelo período de fertilidade da mulher, não havia esperança para sua condição. Abraão creu no Deus que podia ressucitar seu corpo e o ventre de Sara para gerar o filho da Promessa.
Mas mesmo assim o versículo 20 diz que ele não duvidou por incredulidade da promessa, mas creu, embora levasse em conta a impossibilidade disso acontecer de modo natural. É nisto que está a base da fé, a fé não é superotimista, a fé não despreza as impossibilidades, mas a fé descansa na certeza de que Deus é poderoso para fazer todas as coisas, apesar das imposibilidades. A fé não é a certeza em algo que é possível ou provavel. A fé não é a certeza em algo que tem 50% de chances de acontecer, ou mesmo 1% de chances de acontecer. A fé é a certeza de que mesmo que não exista nem 1% de chances, Deus é capaz de fazer todas as coisas.
3.3. A fé se fortalece nas promessas de Deus. (V.19,20)
O versículo 19 diz que Abraão não enfraqueceu na fé enquanto esperava a promessa. Mesmo diante das impossibilidades, quando as dúvidas assolam o coração do crente e a tendência é que a fé se enfraqueça, o versículo 20 completa dizendo que crendo no cumprimento da promessa, Abraão se fortaleceu na fé. A fé genuína no Senhor não se abala ou é movida pelas circunstâncias. Uma fé depositada nas promessas de Deus garante segurança e força, mesmo em meio a deseperança. A fé se alimenta na promessa de um Deus fiel.
3.4. A fé glorifica a Deus. (V.20)
Por meio dessa atitude de Abraão, de se fortalecer na fé através da promessa, o texto diz que ele deu glória a Deus por meio dessa fé. Essa é a marca da fé salvadora, ela leva a Glória para Deus. Quando um crente deixa de confiar em seus esforços e descansa plenamente nas promessas de Deus, o Senhor é glorificado por esta fé.
3.5. A fé é uma convicção plena. (V.21-22)
O versículo 21 diz que Abraão estava plenamente convicto na promessa de Deus. Ele estava plenamente convicto de que Deus era poderoso para cumprir o que prometera. A Palavra convicto indica que não havia qualquer sombra de dúvidas no coração de Abraão. Ele tinha tanta certeza de que isso iria acontecer que ele age totalmente de acordo com esperança na promessa. Alguns comentaristas dizem que se Abraão vivesse em nossos dias, sua convicção seria tão clara como a de um idoso que juntamente com sua mulher de quase 100 anos, comprassem o quarto do bebê com toda certeza quem em breve teriam um filho. Essa ideia parece ser ridícula, não é verdade? Mas isso é fé, a fé não é uma crença que duvida, pelo contrário. É por causa dessa convicção que o versículo 22 declara que isso lhe foi imputado para justiça. Mais uma vez ele lembra que é essa plena convicção na promessa que salva e justifica a Abraão.
3.6. A Aplicação da fé de Abraão. (V.23-25)
A partir do versículo 23 Paulo faz a aplicação final do seu discurso sobre Abraão, ele não fica apenas na história de Abraão, 2 mil anos antes deles existirem, mas ele aplica para a vida dos crentes de Roma o que aquilo que ele havia declarado implicava na vida deles. No versículo 23 o apóstolo fala que essa fé de Abraão não teve influência apenas sobre o próprio Abraão ou a sua família, mas no 24 ele diz que essa fé de Abraão tem implicações também para nós, os que cremos.
Pois assim como Abraão foi justificado pela fé em uma promessa, nós também somos justificados pela fé na Promessa de Deus. Abraão creu que Deus poderia ressucitar seu corpo amortecido pela idade, para gerar a descendência do Salvador. Nós cremos no Deus que ressucitou o Salvador para nos dar a vida eterna.
A promessa de Deus, na qual cremos é que a morte e a ressurreição de Cristo é suficiente para nos dar a justificação dos pecados. O versículo 25 faz um breve resumo dessa obra de Cristo, na qual os crentes devem confiar para sua salvação. Ele diz que Cristo foi entregue, ou foi morto por causa dos nossos pecados. Cristo pagou a nossa dívida para com Deus na cruz. Se nós somos justificados é porque Cristo encravou na cruz a dívida que constava contra nós.
Mas não apenas na morte de Cristo, mas também na sua ressurreição. Muitas vezes focamos muito na morte de Cristo e esquecemos que sua ressurreição é tão importante quanto a morte. Pois o fato de Cristo ter ressucitado é a garantia de que seu sacrifício foi aceito pelo Pai. Se Cristo tivesse permanecido morto, isso significava que seu sacrifício foi rejeitado, mas porque ele ressuscitou, nós temos a certeza que nossos pecados foram pagos. A garantia de nossa justificação está no túmulo vazio.
Portanto, a fé salvadora é a confiança clara nessa promessa de Deus, que Jesus Cristo se entregou por nós, mas que ressuscitou dos mortos para que nós tenhamos a vida eterna. Essa fé é a única que pode nos dar a vida eterna.
ILUSTRAÇÃO
APLICAÇÃO
Meus amados irmãos, não basta ter fé. Todo e qualquer homem tem fé, fé em várias religiões, fé no estado, fé na política e nos políticos, fé no dinheiro, fé em um mundo melhor. O ser humano é crédulo por natureza. Mas isso não implica em uma fé salvadora! Ninguém pode ser salvo em uma fé qualquer, mas o Senhor faz questão de declarar qual a fé que pode salvar o homem de seu pecado. E essa fé é somente a fé na pessoa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A prova de que alguém é salvo não é sua religiosidade, não é sua fé em algum tipo de religião, mas é se a sua fé está na promessa de que Deus enviou seu Filho ao mundo para morrer em nosso lugar e garantir a vida eterna em sua ressureição. Qualquer fé que esteja fora disso, ou que acrescente algo a isso é uma fé mentirosa que condenará os que nela depositam sua confiança.
Se você deseja ser salvo de seus pecados, só há uma esperança para a sua vida, que é confiar nas promessas de Deus e no Deus que fez a promessa! Se você deseja ser salvo, creia sem duvidar, sem colocar empecilhos em sua fé. Uma fé verdadeira é uma fé que descansa em Deus crendo que ele é poderoso para sustentar e salvar sua vida. Descanse nos braços do Senhor como uma criança dorme despreocupada nos braços de sua mãe. Confie no Senhor e descanse na promessa de Deus.
APLICAÇÕES FINAIS
1º AOS CRENTES: O Senhor nos ensinou nesta noite sobre a fé que nos salva dos nossos pecados. Oh meu irmão, que estas verdades permaneçam em sua vida e que você não se esqueça delas. Você que já entendeu que é só pela sua Graça, você que já entendeu que é pela promessa de Deus. O Senhor te chama a ser alimentado todos os dias por essa promessa que é o Evangelho. Se você quer forças para não esmorecer na fé e continuar firme, não olhe para o exemplo de Abraão somente, olhe para Cristo que morreu e ressuscitou por você. Quando sua fé estiver olhando para Cristo ela estará segura. Enquanto seus olhos estiverem fixos em Cristo sua fé será inabalável.
2ºAOS DESCRENTES: Você que ainda tem confiado em suas próprias forças, você que tem se confiado em sua condição como um cristão que recebeu um sinal externo, saiba que não há segurança para sua vida enquanto sua confiança não estiver na promessa de Deus você estará perdido. Confie no Evangelho!
CONCLUSÃO
Somente Ponho a minha fé
Na graça excelsa de Jesus
No sacrifpicio Remidor
No sangue do Bom Redentor
A Minha fé e o meu amor
Estão Firmados no Senhor
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