Sem título Sermão (18)
tito 2.10
4103 πιστος pistos
de 3982; TDNT - 6:174,849; adj
1) verdadeiro, fiel
1a) de pessoas que mostram-se fiéis na transação de negócios, na execução de comandos, ou no desempenho de obrigações oficiais
1b) algúem que manteve a fé com a qual se comprometeu, digno de confiança
1c) aquilo que em que se pode confiar
2) persuadido facilmente
2a) que crê, que confia
2b) no NT, alguém que confia nas promessas de Deus
2b1) alguém que está convencido de que Jesus ressuscitou dos mortos
2b2) alguém que se convenceu de que Jesus é o Messias e autor da salvação
5257 υπερετης huperetes
de 5259 e um derivado de eresso (remar); TDNT - 8:530,1231; n m
1) criado
1a) remador de baixa categoria, remador subordinado
1b) qualquer que serve com as mãos: criado
1b1) no NT, dos empregados ou serventes dos magistrados como — dos empregados que executam penalidades
1b2) dos servos de um rei, criados, acompanhantes, os soldados de um rei, dos atendentes de uma sinagoga
1b3) de alguém que ministra ou presta serviços
1c) alguém que ajuda outro em algum trabalho
1c1) assistente
1c2) do pregador do evangelho
Sinônimos ver verbete 5834 e 5928
3623 οικονομος oikonomos
de 3624 e a raiz de 3551; TDNT - 5:149,674; n m
1) o administrador do lar ou dos afazeres do lar
1a) esp. um administrador, gerente, superintendente (seja nascido livre ou, como era geralmente o caso, um liberto ou um escravo) para quem o chefe da casa ou proprietário tinha confiado a administração dos seus afazeres, o cuidado das receitas e despesas, e o dever de repartir a porção própria para cada servo e até mesmo para as crianças pequenas
1b) o administrador de um fazenda ou propriedade territorial, um supervisor
1c) o superintendente das finanças da cidade, o tesoureiro da cidade ( ou do tesoureiro ou questor de reis)
2) metáf. os apóstolos e outros mestres, bispos e supervisores cristãos
3466 μυστηριον musterion
de um derivado de muo (fechar a boca); TDNT - 4:802,615; n n
1) algo escondido, secreto, mistério
1a) geralmente mistérios, segredos religiosos, confiado somente ao instruído e não a meros mortais
1b) algo escondido ou secreto, não óbvio ao entendimento
1c) propósito ou conselho oculto
1c1) vontade secreta
1c1a) dos homens
1c1b) de Deus: os conselhos secretos com os quais Deus lida com os justos, ocultos aos descrentes e perversos, mas manifestos aos crentes
2) nos escritos rabínicos, denota o sentido oculto ou místico
2a) de um dito do AT
2b) de uma imagem ou forma vista numa visão
2c) de um sonho
2147 ευρισκω heurisko
forma prolongada de uma palavra primária ευρω heuro, que (junto com outra forma cognata ευρεω heureo hyoo-reh’-o) é usada em todos os tempos exceto no presente e imperfeito; TDNT - 2:769,*; v
1) descobrir, encontrar por acaso, encontrar-se com
1a) depois de procurar, achar o que se buscava
1b) sem procura prévia, achar (por acaso), encontrar
1c) aqueles que vêm ou retornam para um lugar
2) achar pela averiguação, reflexão, exame, escrutínio, observação, descobrir pela prática e experiência
2a) ver, aprender, descobrir, entender
2b) ser achado, i.e., ser visto, estar presente
2c) ser descoberto, reconhecido, detectado; revelar-se, do caráter ou estado de alguém, de como é percebido por outros (homens, Deus, ou ambos)
2d) obter conhecimento de, vir a conhecer, Deus
3) descobrir por si mesmo, adquirir, conseguir, obter, procurar
4103 πιστος pistos
de 3982; TDNT - 6:174,849; adj
1) verdadeiro, fiel
1a) de pessoas que mostram-se fiéis na transação de negócios, na execução de comandos, ou no desempenho de obrigações oficiais
1b) algúem que manteve a fé com a qual se comprometeu, digno de confiança
1c) aquilo que em que se pode confiar
2) persuadido facilmente
2a) que crê, que confia
2b) no NT, alguém que confia nas promessas de Deus
2b1) alguém que está convencido de que Jesus ressuscitou dos mortos
2b2) alguém que se convenceu de que Jesus é o Messias e autor da salvação
Havia problemas a respeito de doutrinas e da vida cristã. A igreja tinha se dividido em vários grupos, e Paulo procura levá-los a resolverem as suas diferenças e a voltarem a ser unidos, como uma igreja de Cristo deve ser.
1. Divisão e escândalo na igreja de Corinto (1:10–6:20)
a. Divisões internas na igreja (1:10–3:23)
b. Correta compreensão do ministério apostólico (4:1–21)
c. Um caso de incesto (5:1–13)
d. Questões judiciais entregues a juízes pagãos (6:1–11)
e. Problemas de imoralidade (6:12–20)
4 Sempre dou graças a [meu] Deus a vosso respeito, a propósito da sua graça, que vos foi dada em Cristo Jesus; 5 porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento; 6 assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós, 7 de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo, 8 o qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.
4103 πιστος pistos
de 3982; TDNT - 6:174,849; adj
1) verdadeiro, fiel
1a) de pessoas que mostram-se fiéis na transação de negócios, na execução de comandos, ou no desempenho de obrigações oficiais
1b) algúem que manteve a fé com a qual se comprometeu, digno de confiança
1c) aquilo que em que se pode confiar
2) persuadido facilmente
2a) que crê, que confia
2b) no NT, alguém que confia nas promessas de Deus
2b1) alguém que está convencido de que Jesus ressuscitou dos mortos
2b2) alguém que se convenceu de que Jesus é o Messias e autor da salvação
Exortação à unidade
10 Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. 11 Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há contendas entre vós. 12 Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo
Valores de Cristo
30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, 31 para que, como está escrito:
Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.
2 1 Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. 2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. 3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. 4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, 5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.
A verdadeira sabedoria. O ensino do Espírito Santo
6 Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada; 7 mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória; 8 sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória; 9 mas, como está escrito:
Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
4 Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens? 5 Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. 6 Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. 7 De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. 8 Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho. 9 Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós
A responsabilidade dos que ensinam
10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. 11 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. 12 Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. 14 Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; 15 se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.
16 Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? 17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.
A sabedoria humana sem valor
18 Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. 19 Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito:
Ele apanha os sábios na própria astúcia deles.
20 E outra vez:
O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos.
21 Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso: 22 seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras, tudo é vosso, 23 e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus.
16 Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores. 17 Por esta causa, vos mandei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo Jesus, como, por toda parte, ensino em cada igreja
À medida que os cristãos em Corinto assumiam essas preferências, sua condição espiritual tendia para o mundanismo. Na igreja de Corinto, ser espiritual significava ser sofisticado, quer social, intelectual ou espiritualmente (i.e., em termos de dons). A transformação interna era demonstrada pela exibição ostentosa da sofisticação, em termos de capacidades e resultados. Quando a sabedoria desta era tomou conta dos membros da igreja, as pessoas começaram a procurar marcas de sucesso e espiritualidade, e se entregaram à competição, particularmente no exercício do dom de línguas. A comparação e a competição resultaram em conflito e divisões. Os processos eram levados a cortes pagãs, porque ninguém queria ser visto como perdedor. Até mesmo mulheres cristãs eram pegas na luta pelo poder, aparentemente buscando afirmar sua liberdade usurpando papéis de liderança e perturbando o andamento dos cultos para expressar suas opiniões. Talvez mulheres que tinham sido ἥταιραι (hētairai), as sofisticadas e estudadas garotas de programa do primeiro século, com quem os homens gregos e romanos discutiam filosofia e política, tivessem se tornado crentes e estavam enfrentando problemas para se adaptar a uma nova posição e realidade.
Uma vez fundada e estabelecida a igreja, Paulo mudou-se para Éfeso com Áquila e Priscila, deixou-os ali e viajou para a Judeia. Enquanto isso, em Éfeso, Áquila e Priscila encontraram e discipularam Apolo, um judeu alexandrino. Eventualmente, Apolo chegou até Corinto, onde sua eloquência gerou um entusiasmo desproporcional entre os coríntios imaturos.
Esse amor pela sabedoria mundana, com um grupo de judaizantes e o pano de fundo imoral de muitos na igreja, criou uma grande variedade de problemas, com os quais a primeira epístola lida.
Paulo inicia sua carta com saudações pessoais e de Sóstenes, que pode muito bem ter sido o antigo líder da sinagoga espancado pelos judeus por não ter conseguido que Paulo fosse condenado por Gálio (At 18.17). A introdução focaliza não naquilo que os coríntios tinham realizado por Deus (em contraste com os tessalonicenses, por exemplo), mas naquilo que Deus havia realizado por eles. Alguns dos temas tratados posteriormente são mencionados aqui, tais como dons espirituais e a esperança da ressurreição. O tema geral da carta, maturidade espiritual, é apresentado em 1.8, e a esperança de Paulo de que seria alcançada, repousa na fidelidade de Deus (1.9).
A primeira divisão principal (1.10–4.21) trata do problema das divisões. Para corrigi-las, Paulo demonstra que esse problema se origina primeiro de uma concepção errônea da mensagem do evangelho (1.10–3.4), e depois de uma concepção errônea do ministério do evangelho (3.5–4.21).
Os coríntios haviam perdido a percepção da centralidade da pessoa de Cristo (1.10–17), e lidavam tão ineptamente com opiniões diferentes que a igreja realmente havia se dividido em quatro facções, cada uma seguindo um homem e as tradições associadas a ele. Desenvolvimentos posteriores na carta sugerem que a facção de Pedro pode ter sido um grupo orientado por δύναμις [dunamis], a facção de Apolo pode ter sido orientada por σοφία [sophia], a facção de Paulo era orientada por παράδοσις [paradosis], e a facção “de Cristo” era orientada por ἐλευθηρία [eleuthēria].
Além disso, em seus conflitos internos, os coríntios haviam perdido a perspectiva da centralidade da missão de Cristo (1.18–25). Sua tentativa de parecerem sábios e sofisticados fez que perdessem a perspectiva de apresentar uma mensagem simples que poderia de fato resolver os problemas cruciais do homem - a justiça, a santidade, e a libertação da escravidão do pecado (cf. 1.30). Ao utilizar um padrão secular de medida, os coríntios deixaram de valorizar o sábio plano de Deus para a salvação.
O fato que Paulo deseja destacar no capítulo 1 é que, conforme demonstrado pela constituição humilde de sua assembleia, a sofisticação humana, não importa qual a sua capa espiritual, não é um substituto de Cristo como ponto de convergência para todos os crentes (1.26–31).
Em sua tentativa de fazer os coríntios entenderem a verdadeira natureza da mensagem do evangelho, Paulo continua descrevendo seu próprio ministério, por meio do qual eles haviam crido. Seu trabalho indicava que a sabedoria que os coríntios tanto estimavam não era a essência do evangelho (2.1–16). A eloquência, abundantemente demonstrada por Apolo, tinha um lugar secundário em relação ao poder do Espírito, como alicerce do seu ministério (2.1–5), ao passo que o conteúdo dele não era σοφία humana, mas uma sabedoria revelada diretamente aos mensageiros apostólicos por meio do Espírito (2.6–16). Essa explicação contém algumas indicações da futura defesa de Paulo e de seu ministério apostólico, em 2Coríntios, e uma indicação do que era a verdadeira espiritualidade (2.15–16), antecipando os problemas descritos nos capítulos 12 a 14.
A razão fundamental porque os coríntios estavam fracassando tão miseravelmente em reter a verdadeira natureza da mensagem apostólica era sua imaturidade espiritual (3.1–4), pela qual Paulo os repreende. O desapontamento de Paulo com seus filhos espirituais se demonstra nessa passagem, em particular por causa de sua lealdade infantil aos homens, em vez de se submeterem ao Senhor Jesus, por meio da obediência à sua palavra revelada.
Na segunda seção desta primeira divisão, Paulo promove a maturidade espiritual ao apontar para a causa básica das divisões entre os coríntios (3.5–4.16). Ele primeiro chama a atenção de seus leitores para o papel subserviente de qualquer pessoa a quem se submetessen quando comparada a Deus, Aquele que era o autor final da vida e do crescimento (3.5–9). Ao trocar as metáforas da vida vegetal para a atividade de construção, Paulo pressiona os líderes autoindicados em Corinto ao apontar para o temível juízo das obras dos cristãos (3.10–17). A qualidade do serviço de um indivíduo na terra irá determinar a natureza de sua recompensa no céu.
Depois de se dirigir aos líderes, Paulo volta-se à congregação e aponta para as riquezas disponibilizadas para eles em Cristo como uma motivação para perdoar e esquecer suas disputas sobre liderança e sabedoria humana (3.18–22). Além do mais, ele aponta para a insuficiência das avaliações humanas como base para estabelecer o valor de um indivíduo como líder (4.1–5). Paulo não está defendendo a falta de responsabilidade aqui, mas afirmando que apenas à luz da eternidade um ministério poderá ser mensurado e recompensado de forma apropriada. Portanto, ele equilibra as motivações negativa e positiva relacionadas ao tribunal de Cristo (cf. 3.10–17; 2Co 5.10).
O sarcasmo é sua próxima arma, ao contrastar os orgulhosos coríntios e seus líderes arrogantes com o estilo de vida humilde dos verdadeiros apóstolos de Deus (4.6–13). Apesar do sarcasmo, sua crítica possui um tom pastoral e um apelo fraterno, uma vez que seu desejo é que eles endireitem seus caminhos. Por isso, Timóteo seria enviado [com a carta] como representante com a autoridade de impor a disciplina apostólica (4.14–17); se mesmo isso falhasse, então o próprio Paulo teria que lidar com aqueles líderes orgulhosos ensoberbecidos (πεφυσιωμένων [pephusiōmenōn]) (4.18–21). A ameaça de Paulo não era vazia, à luz da primeira ação disciplinar apostólica do Novo Testamento (cf. At 13.9–11).
ESBOÇO SINTÉTICO
Mensagem
A verdadeira maturidade espiritual na vida de uma igreja desenvolve relacionamentos de amor sob o poder libertador e a graça unificadora de Cristo.
I. Introdução (1.1–9).
A. Os escritores são identificados (1.1).
B. Os leitores são identificados (1.2).
1. … por seu relacionamento (1.2a).
2. … pela sua posição (1.2b).
3. … pelo seu chamado (1.2c).
C. A saudação aos leitores (1.3).
D. A oração de Paulo em favor dos crentes de Corinto expressa sua gratidão pela obra de Cristo entre eles (1.4–9).
1. As razões para a gratidão de Paulo são encontradas na obra de Cristo pelos coríntios e entre eles (1.4–6).
• Ele os colocou sob a graça (1.4).
• Ele lhes deu a capacitação espiritual (1.5).
• Ele realizou a sua conversão espiritual (1.6).
2. A razão para a carta é sugerida (1.7–9).
• Lidava com a questão dos dons (1.7a).
• Lidava com a questão da volta de Cristo (1.7b).
• Lidava com a questão da maturidade (1.8).
• A expectativa de Paulo estava alicerçada na fidelidade de Deus (1.9).
II. A maturidade espiritual verdadeira não busca a divisão, mas a unidade do corpo (1.10–4.21).
A. O problema das divisões vem de uma percepção errônea da mensagem do evangelho (1.10–3.4).
1. Os coríntios haviam perdido a percepção da centralidade da pessoa de Cristo (1.10–17).
• O problema é definido como falta de unidade (1.10–11).
• O tratamento inadequado das diferenças de opinião levou à formação de grupos rivais (1.12).
• O fato de que todas as bênçãos cristãs estão centradas em Cristo, e não no homem e em suas tradições, argumenta em favor da unidade da igreja (1.13–17).
2. Os coríntios haviam perdido a percepção da centralidade da missão de Cristo (1.18–25).
• A missão de Cristo revela a sabedoria e o poder de Deus (1.18).
• As Escrituras provam que a natureza do homem é reagir contra a simplicidade do plano de Deus (1.19).
• A missão de Cristo foge do critério pelo qual os homens não salvos avaliam sucesso e valor (1.20–25).
• Nem a sofisticação religiosa nem a intelectualidade secular podem apropriar-se da sabedoria de Deus (1.20–21).
• Os instrumentos humanos de medição são inadequados para o plano de redenção do homem (1.22–23).
• Apenas os homens salvos podem perceber como a missão de Cristo realiza as maiores aspirações da humanidade (1.24–25).
3. Os coríntios haviam perdido a percepção do padrão do chamado de Cristo para eles (1.26–31).
• A constituição de sua assembleia deveria ter-lhes ensinado que a sofisticação não é o que agrada a Deus (1.26).
• O chamado deles como povo de Deus servia para mostrar quão inútil é a sofisticação humana como base de vanglória (1.27–29).
• Os privilégios que o chamado de Cristo lhes dava apontavam para ele como seu ponto de convergência (1.30–31).
4. O ministério de Paulo em Corinto era a prova de que a essência do evangelho não é encontrada na sabedoria humana (2.1–16).
• A base de seu ministério não era a eloquência, mas o poder do Espírito de Deus (2.1–5).
• O conteúdo de seu ministério não era a sabedoria humana, mas uma sabedoria sobrenatural ensinada pelo Espírito para os agentes da revelação (2.6–16).
5. A imaturidade espiritual dos coríntios evita que eles percebam a verdadeira natureza da mensagem apostólica (3.1–4).
B. O problema das divisões vem de uma concepção errônea do ministério cristão (3.5–4.21).
1. Os coríntios estavam apegando-se a homens e abandonando sua lealdade mais importante, ao Senhor da obra (3.5–9).
2. Aqueles que reivindicavam a liderança com base em seu pregador favorito demonstravam não se importar com a grande responsabilidade, à luz do juízo de Cristo (3.10–17).
3. A divisão da igreja com base na sabedoria humana ou no nome dos mensageiros do evangelho é tolice, à luz das riquezas que Cristo torna disponíveis para os crentes (3.18–22).
4. As divisões com base na avaliação humana dos mensageiros do evangelho são incorretas porque apenas o juízo de Deus é perfeito e definitivo (4.1–5).
5. As divisões alicerçadas em preferências pessoais revelam a imaturidade dos coríntios com relação aos ministros que eles diziam seguir (4.6–13).
6. A correção iria vir apenas se a igreja se submetesse à reprovação apostólica (4.14–21).
• Timóteo traria uma repreensão terna (4.14–17).
• Paulo iria trazer uma disciplina mais dura para os coríntios insubordinados (4.18–21).
1.10–4.21
A. Divisões na igreja
1. Facções
1.10–17
2. A loucura da Cruz
1.18–2.5
3. Sabedoria do Espírito
2.6–16
4. Cooperadores de Deus
3.1–23
5. Servos de Cristo
4.1–21
Ele usa a expressão um apóstolo de Jesus Cristo como uma fórmula de introdução padrão que caracteriza suas epístolas. Sabe também que um apóstolo age como o representante daquele que o enviou, Jesus Cristo, cuja mensagem precisa comunicar corretamente. De certo modo, um apóstolo pode ser comparado a um embaixador (2Co 5.20) que representa em outro país o presidente ou primeiro ministro de seu governo.
No entanto, o conceito igreja pode ser compreendido apenas em relação a Jesus Cristo, pois a Igreja de Deus está nele.
“Chamados para ser santos.” Santidade é mais do que um estado. Para os que creem, a santificação é tanto um ato definitivo de Deus quanto um processo ao longo da vida. O ato gracioso de Deus, pelo qual ele santifica os crentes, inclui a responsabilidade destes de serem santos.
Não. O coração de Paulo está repleto de gratidão porque Deus quis chamar seu povo para fora do ambiente imoral e idólatra de Corinto. Até mesmo ali Deus estabeleceu a igreja em comunhão com Jesus Cristo (v. 9). Por essa razão ele pode agradecer a Deus sem cessar.
Paulo dá graças pela fidelidade de Deus aos crentes de Corinto, mas ele não menciona coisa alguma sobre quaisquer virtudes próprias dos coríntios. Além disso, Paulo afirma que a graça de Deus foi dada em Jesus Cristo, isto é, em Cristo, os beneficiários desta graça foram redimidos e estão agora separados do mundo pagão no qual vivem.
Deus tem incontáveis riquezas espirituais que deseja dar aos remidos por meio de Cristo. De acordo com as Escrituras, Deus é rico em bondade, paciência, misericórdia e graça (Rm 2.4; 9.23; Ef 1.7; 2.4). Cristo possui riquezas insondáveis (Ef 3.8), pois nele se ocultam todos os tesouros do conhecimento e da sabedoria (Cl 2.3). Das gloriosas riquezas que estão em Cristo Jesus, Deus supre as necessidades daquele que crê (Fp 4.19).
Nesse pequeno versículo, ele acentua as palavras todas e todo/toda para indicar que aqueles que recebem as bênçãos de Deus são, sem medida, espiritualmente ricos.
Paulo ilustra em que sentido os coríntios receberam riquezas espirituais: “em toda a palavra e em todo o conhecimento”. Ele apresenta a fala e o conhecimento como dois desses dons especiais. O termo grego logos refere-se à expressão do conhecimento evangélico (evangelho) que eles tinham.
O interesse dos coríntios no retorno iminente do Senhor parece ter diminuído (comparar com 15.12,33,34); à vista disso, Paulo, logo no início de sua epístola, quer encorajar sua audiência a aguardar ardentemente o retorno de Cristo.
A locução verbal aguardam ansiosamente é, no grego, uma palavra composta com conotação de intensidade e zelo em relação à esperança cristã, como revela o emprego dela por Paulo em outras epístolas:
“A criação aguarda em ansiosa expectativa” (Rm 8.19)
“Esperamos ansiosamente por nossa adoção como filhos” (Rm 8.23)
“Com paciência aguardamos por isso” (Rm 8.25)
“Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé” (Gl 5.5)
“E nós esperamos ansiosamente um Salvador do (céu)” (Fp 3.20)
Esse verbo em particular geralmente ocorre no Novo Testamento em relação aos crentes que expressam um genuíno desejo escatológico pela restauração de todas as coisas.
a. “Fiel é Deus.” Na hipótese de alguém duvidar da veracidade dos versículos precedentes, Paulo afirma incondicionalmente que Deus é fidedigno no cumprimento de suas promessas. Para enfatizar o conceito fiel, Paulo inicia a sentença com essa palavra, “fiel é Deus”, que resolutamente sustenta o seu povo até o fim (v. 8). O eco dessa verdade ressoa do começo ao fim das Escrituras. Podemos confiar inteiramente em Deus.
A proclamação do evangelho, aceita com fé verdadeira, diz João, conduz à comunhão com o Pai e o Filho (1Jo 1.3).
A igreja era abençoada com um grupo de pessoas excepcionalmente talentosas (12.7–11, 27–31) mas sofria de rivalidade, divisões, problemas morais e irregularidades na condução do cultos.
De uma forma positiva, relembrou os coríntios de seu compromisso com Cristo e os conclamou a ascenderem a um nível mais elevado de serviço a ele na igreja e na sociedade. Em sua ação de graças a Deus, ele dirigiu-se positivamente às pessoas, apesar da falta de amor delas a Deus e seus semelhantes. Obteve, assim, sua confiança e interesse.
A. Divisões na igreja
1.10–4.21
Jesus disse que um reino dividido contra si mesmo ficará deserto e toda casa dividida contra si mesma cairá (Mt 12.25; Mc 3.24,25; Lc 11.17). Quando ouviu falar das divisões dentro da igreja de Corinto, Paulo sabia que devia confrontar os leitores de sua carta quanto a suas facções, contendas e ostentações para que, então, pudesse lhes ensinar princípios de conduta espiritual.
Quando apela ao nome de Jesus Cristo, Paulo exorta os que creem a serem um no Senhor.
Devem estar em paz uns com os outros. Paulo não está pedindo uniformidade de opinião mas, sim, uma atitude de amor que se empenha por harmonia e paz (Fp 2.1,2).
Embora Paulo deseje livrar a igreja de divisões, não está pedindo aos coríntios uniformidade de pensamento. Em vez disso, ele permite, no seio do povo de Deus, diversidade na unidade. Conforme colocou Rupert Meldenius, um escritor do século 17:
Nas coisas necessárias – unidade;
Em coisas não essenciais – tolerância mútua;
E, em todas as coisas, amor.
Mas Paulo não estava interessado em ser reconhecido pelo trabalho realizado; ao contrário, seu objetivo era o de confirmar os coríntios em Cristo (ver v. 6). Ele não queria que olhassem para ele, mas para o Senhor.
Algumas pessoas na igreja ficaram impressionadas por esse orador, especialmente porque consideravam Paulo uma pessoa fraca cuja apresentação oral não primava pela eloquência (2.1; 2Co 10.10; 11.6). De um ponto de vista humano, Paulo estava diante de um rival que o havia superado no púlpito em Corinto. Mas tanto Paulo como Apolo se recusavam a verem-se como rivais. Eram cooperadores na proclamação do evangelho de Cristo.
Sabine Baring-Gould escreveu o magnífico hino “Onward Christians Soldiers” [Avante, Soldados Cristãos] e, comparando a Igreja com um exército poderoso, disse:
Irmãos, estamos marchando
Onde os santos marcharam;
Nós não estamos divididos,
Somos todos um só corpo,
Um, na esperança e na doutrina,
Um, na caridade.
b. Segunda pergunta. “Paulo foi crucificado por vocês”? Os coríntios devem ter imediatamente percebido o absurdo dessa pergunta. Não Paulo, mas Cristo, foi crucificado por eles. Alguns
“[Para] que a cruz de Cristo não seja anulada.” Quando proclamava a mensagem da morte de Cristo na cruz do Calvário, Paulo sofreu o escárnio do mundo greco-romano. Esse mundo rejeitou a mensagem de uma morte ingnominiosa na cruz. Se Paulo, contudo, tivesse adotado a prática grega e tivesse apresentado sua mensagem com retórica eloquente, a mensagem da cruz teria sido esvaziada de seu poder e glória. Então teria sido vã a sua mensagem e em consequência não teria havido conversões e não aconteceriam batismos.
Os coríntios sabiam que Paulo tinha pregado o evangelho da morte de Cristo sem recorrer à oratória ou à sabedoria humana (ver 2.1). Em humildade, ele os tinha chamado ao arrependimento e fé em Jesus Cristo. Havia indicado a vergonhosa cruz de Cristo pela qual eles foram salvos do pecado e da morte.
“É o poder de Deus.” Paulo diz confiantemente aos seus leitores: “a nós pertence o poder de Deus”. Essa linguagem lembra a que Paulo usa em sua epístola aos Romanos: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (1.16). O poder de Deus torna-se efetivo quando o evangelho de Cristo é proclamado e as pessoas aceitam essa mensagem com fé. “A palavra da cruz” tem poder para ressuscitar o pecador da morte espiritual e para dar novidade de vida. Em essência, Deus está dinamicamente oferecendo a salvação ao seu povo.
Gordon D. Fee observa com propriedade: “Contudo, é na loucura de nossas maquinações humanas que imaginamos poder ludibriar a Deus ou que nos faz pensar que Deus deve ser tão esperto quanto nós”.
O mundo ora ignora propositadamente, ora ridiculariza mordazmente a pregação do evangelho porque para a mente humana pecaminosa ele é loucura. Mas o povo de Deus continua crendo nesse evangelho louco e o aclama como sabedoria de Deus.
A pregação não é apenas a apresentação eloquente de um sermão (embora uma apresentação eficiente também tenha a sua importância), mas também o conteúdo da mensagem. Os crentes aceitam o conteúdo divino com fé e respondem à sabedoria de Deus, os incrédulos, porém, rejeitam essa sabedoria e a chamam de loucura. O resultado é que, enquanto a pessoa do mundo se recusa a conhecer a Deus e se perde eternamente, o crente conhece a Deus e é salvo eternamente.