A tentação de Jesus (parte 2)

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Jesus: em tudo tentado, mas sem pecado

Hebreus 4.15 RA
15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
Antes de tudo é necessário e importante estabelecermos duas verdades:
Jesus é impecável.
Jesus é foi realmente tentável (tentável).

Jesus é impecável

Jesus cumpriu sua obra sem pecar, mas sua impecabilidade não apenas por Ele não pecou jamais, mas porque Ele não podia pecar. A “não poder pecar” é causa de Ele ser obediente e perfeito mediador da nova aliança.
Neste sentido, Jesus é diferente de Adão e de todos nós, uma vez que não se pode cogitar pecado na vida de Jesus e nas qualquer inclinação para o pecado em sua alma. Como Adão antes da Queda, Jesus “pode não pecar”, mas diferente de Adão, “não pode pecar”.
Como homem Jesus foi cheio do Espírito Santo como nenhum outro, certamente isso fortaleceu sua natureza humana contra o pecado, mas o fato é Jesus é verdadeiro homem e verdadeiro Deus e a união da natureza divina à natureza humana faz com que Jesus seja impecável.

Jesus é foi realmente tentado (tentável)

Jesus sendo impecável pode realmente ser tentado. A reposta está na Bíblia como lemos em Hebreus 4.15:
Hebreus 4.15 RA
15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
Jesus é homem à nossa semelhança, diz o escritor de Hebreus e, segundo este, também experimentos o passar por tentações.
Jesus tem um natureza humana. Essa natureza humana, como a nossa, é caída, ou seja, sujeita a enfermidades e sofrimentos. Mas como a de Adão antes da queda, ela é moralmente perfeita, ou seja, ela não tem a si a mancha do pecado. Jesus como homem não encontra qualquer resposta às tentações em dentre de si. Ele não foi tentado interiormente, mas apenas externamente
Essa natureza humana (talvez) poderia por si mesma pecar, mas ela está indissoluvelmente unida à natureza divina de Cristo. Essa união hipostática fez com que Jesus fosse realmente e tentado, mesmo sento impecável. Uma pessoa santa com uma natureza tentável.
As tentações de Jesus foram reais e sérias. Elas o levaram a oração e angústias terríveis como as experimentadas no Getsêmani. É um erro pensar o contrário disso! Embora, tudo que envolva a pessoa e as duas naturezas do nosso Redentor nem sempre seja claro para nós, devemos humildemente crer nas Escrituras que foram escritas para nosso consolo e, neste caso, para nos assegurar a vitória de Cristo sobre Satanás e suas tentações e que em Cristo nós tebém podemos vencê-los.
William G. T. Shedd falando defendo a impecabilidade e a tentabilidade de Jesus afirma: “porque um exército não pode ser conquistado, ele não pode ser atacado”.
Warren P. (Pagán), J. (2018). Impecabilidade de Jesus. In B. Ellis, M. Ward, & J. Parks (Orgs.), Sumário de Teologia Lexham. Bellingham, WA: Lexham Press.

As tentações de Jesus

“Se tu és o Filhos de Deus”

Aqui não há uma dúvida sobre Jesus ser ou não o Messias. Nem Jesus nem Satanás duvidam disso. Porém, o que o Diabo pretende é usar quem Jesus é como um argumento de sua tentação. “Uma vez que tu és Filho de Deus, aja como tal”.
Uma das artimanhas de Satanás é de nos fazer acreditar que nossas identidades nos conferem direito ou são mais importantes que a obediência a Deus. Ele fez isso com Adão e Eva e faz isso conosco também, sobretudo como nossas identidades estão definidas de forma errada.
Jesus, porém, não usou como usurpação ser o “Filho de Deus” nem ser igual a Deus, mas se humilhou e foi obediente até a morte (Fp 2.5ss).

Uma tentação sobre a confiança em Deus

Mateus 4.2–4 RA
2 E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. 3 Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. 4 Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.
Depois de jejuar 40 dias e noite, Jesus teve fome: esse foi o momento oportuno para Satanás segundo Mateus. Jesus está em um momento de fragilidade física e passando por uma necessidade real, Ele estava com fome.
Não há pecado em saciar a fome. Legitimo fazê-lo. Mas Jesus foi levado pelo deserto pelo Espírito e sabia que naquele momento seria sustentado por Ele.
A mente de Jesus estava voltada para a experiência vivida por Israel no deserto. Assim Ele sabia que em seu próprio tempo no deserto Ele precisaria confiar em Deus:
Deuteronômio 8.2–3 RA
2 Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. 3 Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem.
Ele resiste a Satanás com as palavras de Moisés em Deuteronômio e afirma sua confiança em Deus.
Adão e Eva também foram tentados com comida, o fruto proibido. Não que eles estivessem famintos, pois Deus lhes um jardim de farturas e delícias. Não caíram porque estavam com fome, mas porque não estavam satisfeitos. Eles não confiaram em Deus e que Ele lhes seria suficiente, por isso atenderam a Satanás e comeram daquilo que Deus não lhes tinha dado e morreram.
As tentações sempre lançam dúvidas sobre Deus. Se Ele pode nos sustentar, seja num jardim ou num deserto. Não é teste sobre se cremos em Deus, mas se confiamos Nele.

Uma tentação sobre se Deus é confiável

Mateus 4.5–7 RA
5 Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo 6 e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. 7 Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.
Agora, Satanás usa a Palavra e as promessas de Deus:
Salmo 91.9–13 RA
9 Pois disseste: O Senhor é o meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. 10 Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. 11 Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos. 12 Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. 13 Pisarás o leão e a áspide, calcarás aos pés o leãozinho e a serpente.
O argumento de Satanás: “Você confia em Deus? Então, vamos “prová-lo” para ver se Ele é confiável. Vamos: teste suas promessas e veja se Ele é verdadeiro”.
Se Jesus tivesse cedido a esta tentação Ele mostraria que também tinha caído na primeira, posto que de fato não confiava em sua Palavra, mas precisa de provas de que Ele é verdadeiro. Fazer tal coisa não era mostrar confiança em Deus, mas tentá-lo.
Jesus reponde com a Palavra mais uma vez.
Deuteronômio 6.16 RA
16 Não tentarás o Senhor, teu Deus, como o tentaste em Massá.
Êxodo 17.7 RA
7 E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel e porque tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós ou não?
Se Deus disse não precisamos tentá-lo a cumprir. Isso é por dúvida sobre o caráter perfeito de Deus.
Deus não se intimidará com a expressão “Se tu és Deus, prova-me”. Deus já fez sua reputação e ela é inquestionável. Ele é plenamente confiável, pois bom, fiel e misericordioso.
Ele nos chama a confiar e buscarmos refúgio Nele. Diz o salmista:
Salmo 34.8 RA
8 Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia.

Uma tentação sobre os métodos de Deus

Mateus 4.8–10 RA
8 Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles 9 e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.

Primeiro aspecto - Satanás tenta Jesus com glória (v. 8)

“Os reinos do mundo e a glória deles”, “tudo isto te darei”, disse o diabo a Jesus. Essa é uma tentação que de alguma forma encontra o coração de Jesus:
Jesus esvaziou-se de sua glória (Fp 5) e desejava tê-la de volta (Jo 17)
Filipenses 2.7 RA
7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,
João 17.1–5 RA
1 Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, 2 assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. 3 E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. 4 Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer; 5 e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.
Seu próprio Deus e Pai lhe havia prometido isso (Sl 2.8-9)
Salmo 2.8–9 RA
8 Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. 9 Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro.
O final do plano de Deus para Ele era que todas as coisas fossem colocadas debaixo de seus pés (1Co 15.24-28)
1Coríntios 15.24–28 RA
24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. 25 Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. 26 O último inimigo a ser destruído é a morte. 27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. 28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.
Apocalipse 11.15 RA
15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
Satanás oferece a Jesus que Ele deseja. Não com um desejo pecaminoso de domínio e poder por si mesmos, mas porque este é o plano de Deus: estabelecer o seu reino no mundo. Jesus veio mesmo para isto: anunciar o Reino - o Reino de Deus está próximo, convertam-se e creiam” - Ele dizia a todas as pessoas em todos os lugares por onde pregou o evangelho do Reino. Sua última ordem aos seus discípulos foi: “vão e façam discípulos de todas as nações” (Mt 28.19). O reino e glória eram desejos legítimos de Jesus e eram seu direito tê-los, pois lhe pertencem.

Segundo aspecto - O diabo tenta Jesus a evitar a cruz (v. 9)

“Se, prostrado, me adorares”. A condição do Diabo para dar o reino do mundo e sua glória a Jesus era que Jesus se curvasse diante dele e lhe prestasse culto. Satanás convida Jesus a literalmente fazer um pacto com o Diabo.
Antes de irmos adiante, o Diabo poderia entregar o que estava prometendo a Jesus? Ele podia dar os reinos do mundo e a sua glória a Jesus? A resposta é sim:
João 14.30 RA
30 Já não falarei muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim;
João 12.31 RA
31 Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso.
João 16.11 RA
11 do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.
1João 5.19 RA
19 Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno.
2Coríntios 4.4 RA
4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.
Efésios 2.2 RA
2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
Essas passagens nos mostram que Satanás tem autoridade sobre este mundo e sobre as pessoas que aqui habitam. Não é um autoridade absoluta nem legítima! Mas é real. O diabo controla as pessoas, a política, a cultura, a economia e o negócios das nações de forma geral. O mundo não é seu, mas está debaixo de seu domínio até que Jesus faça novas todas as coisas - “Venha o teu Reino”.
A proposta do Diabo é que Jesus evite a cruz: você terá a glória que Deus lhe prometeu, você cumprirá o plano de Deus, mas sem precisar passar pela cruz. Tudo que você tem que fazer é me adorar de joelhos.
Glória e cruz: Jesus sabia que jamais haveria glória sem a cruz. Ir a cruz era glorificar a Deus (Jo 17.1-5). A cruz não apenas sobre a salvação dos eleitos ou ter o mundo sob seus pés. A cruz para Jesus era sobre a glória de Deus. Se Deus não fosse glorifica na cruz, nenhuma glória restaria só o fracasso.
Uma tentação que se repete: a tentação de evitar a cruz acompanhou Jesus até a cruz:
Primeiro o Diabo o tentou dessa forma.
Pedro, seu discípulo e amigo, foi o segundo a lhe tentar da mesma maneira (Mt 16.21-23).
Finalmente, na cruz, as pessoas lhe tentavam a descer da cruz (Mt 27.40).
Glorificado seja Jesus por ter resistido à tentação de evitar a cruz.
Satanás tenta Jesus oferecendo o mesmo resultado, mas por um método diferente. Deus enviou o Filho para morrer, para sofrer a ignomínia em trova da alegria. Satanás lhe oferecia um “glória” sem cruz. Estabelecida em desobediência e fadada a vexame de ter Satanás como mestre. Contudo, Jesus sabia, a parte de Deus não há glória, pois toda glória pertence a Deus e só a Ele é devida.
Em todas as vezes que foi tentado dessa forma, Jesus mostrou que Senhor sobre Satanás. Ele brada gloriosamente: “Retira-te, Satanás”. E acrescenta (Dt 6.13) :
Mateus 4.10 RA
10 Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.

Aplicações

Nós também somos tentados sobre nossa confiança os métodos de Deus sobre a nossa glória. Somos por natureza pessoas que roubam glória e estão dispostas a conquistá-la de qualquer maneira. Sim, Satanás pode providenciar isso para nós. Ele têm métodos interessantes para nos dar alegria e prosperidade. Ele nos promete exaltação e nos pede adoração.
O método de Deus para a glória envolve “negar a si mesmo, tomar diariamente a cruz e seguir a Cristo”. Por isso é um caminho estreito e impopular. Mas é o único que nos leva a Deus e a glória.
Jesus nos ensina a vencer tentações:
Tentações são vencidas quando o desejo de obedecer a Deus é maior que desejo de termos satisfação pessoal. Quando nossas afeições estão em Deus e não no mundo.
Tentações são vencidas quando confiamos em Deus e sabemos que Ele é planamente confiável. Ele prometeu que vai nos suprir de tudo que necessitamos e Ele é fiel para cumprir. Ninguém pode nos satisfazer, senão Deus.
Tentações são vencidas quando confiamos na Palavra de Deus. Está escrito é mais importante do que “eu quero”, “eu sinto” ou “eu preciso”.
Tentações são vencidas com oração vigilante.
São com Jesus podemos vencer as tentações.
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