SANTIDADE

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13 Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. 14 Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; 15 pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, 16 porque escrito está:

Sede santos, porque eu sou santo.

1Pedro 1.13–16 NVI
13 Portanto, estejam com a mente preparada, prontos para agir; estejam alertas e coloquem toda a esperança na graça que lhes será dada quando Jesus Cristo for revelado. 14 Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. 15 Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, 16 pois está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo”.
1 - POR ISSO
Primeira Carta de Pedro Vivam em concordância com sua esperança – 1Pe 1.13-21

somente é possível desafiar pessoas para uma conduta consagrada se elas já renasceram antes. Contudo, se não o fizeram, decorre desse fato a obrigatoriedade de uma nova configuração de vida. Quem alcançou a fé precisa ser impreterivelmente instruído para também viver uma vida que corresponda à fé.

2- CINGINDO VOSSO ENTENDIMENTO

Para as pessoas do século 1°., um chamado para cingir-se não costumava envolver uma atividade ou um processo mental. A metáfora é baseada nas roupas que as pessoas do século 1°. costumavam usar. Tanto homens como mulheres tendiam a vestir longas túnicas esvoaçantes. Até mesmo os soldados costumavam usar esse tipo de vestimenta. Mas, quando chegava a hora de ir à batalha, as longas túnicas impediam os soldados de se movimentarem com agilidade, de modo que cingiam suas roupas no quadril. Eles as levantavam sobre os joelhos e as prendiam com um cinto, o que liberava suas pernas para correrem para a batalha. Pedro usa essa metáfora simples para desafiar seus leitores a prepararem a mente para reflexões profundas.

Explicaçao/ilustração da palavra cingir.
3- COMO FILHOS DA OBEDIÊNCIA

Primeiramente por meio de uma ligação clara com o Senhor como filhos da obediência. Vida santa começa pela obediência (cf. o comentário ao v. 2). Na obediência expressa-se o vínculo do ser humano com Deus. Por isso a fé está estreitamente ligada à obediência (Jo 3:36; Rm 1:5). Somente na obediência pode ser cumprido o chamado para ser filho de Deus e servo de Deus. “Filhos da obediência” é um linguajar semita. Significa algo como: pessoas que são cunhadas integralmente pela obediência. Assim como um “filho da morte” é determinado pela morte, um “filho da ira” é determinado pela ira (Ef 2:3),51 assim os “filhos da obediência” são marcados pela obediência. Quem deseja obedecer, tem de ouvir. Somente pelo ouvir e obedecer constituem-se a abertura para Deus e a disposição de sermos determinados por ele e instruídos para uma vida santa

Explicação Filhos da Obediência.
4 - SANTIDADE
Teologia Sistemática 2. A Santidade de Deus

2. A SANTIDADE DE DEUS. A palavra hebraica para “ser santo”, qadash, deriva da raiz qad, que significa cortar ou separar. É uma das palavras religiosas mais proeminentes do Antigo Testamento, e é aplicada primariamente a Deus. A mesma ideia é comunicada pelas palavras hagiazo e hagios, no Novo Testamento. Disso já se vê que não é correto pensar na santidade primariamente como uma qualidade moral ou religiosa, como geralmente se faz. Sua ideia fundamental é a de uma posição ou relação existente entre Deus e uma pessoa ou coisa.

a. Sua natureza. A ideia escriturística da santidade de Deus é dupla. Em sentido original denota que ele é absolutamente distinto de todas as suas criaturas, e é exaltado acima delas em majestade infinita. Assim entendida, a santidade de Deus é um dos seus atributos transcendentais e às vezes é mencionada como a sua perfeição central e suprema. Não parece próprio falar de um atributo de Deus como sendo mais central e mais fundamental que outro; mas, se isso fosse permissível, a ênfase da Escritura à santidade de Deus pareceria justificar a sua escolha. Contudo, é evidente que, nesse sentido da palavra, a santidade não é realmente um atributo moral, que possa ser coordenado com outros, como o amor, a graça e a misericórdia, mas é antes uma coisa de amplitude igual à de todos os predicados de Deus e a eles aplicável. Ele é santo em tudo aquilo que o revela, em sua graça e bondade como também em sua ira e justiça. Pode-se lhe chamar “majestade-santidade” de Deus e passagens como Êx 15.11; 1Sm 2.2; Is 57.15 e Os 11.9 se referem a ela. É essa santidade de Deus que Otto, em sua importante obra sobre o Santo (Das Heilige),30 considera como aquilo que é mais essencial em Deus, e que ele designa como “o numinoso”.31 Ele a considera como parte do não-racional em Deus, em que não se pode pensar conceitualmente, e que inclui ideias como “inacessibilidade absoluta” e “domínio absoluto” ou “majestade temível”. Desperta no homem um sentimento de nulidade absoluta, uma “consciência” ou “sentimento de condição de criatura” que leva a um autorrebaixamento absoluto.

Mas a santidade de Deus tem também um aspecto especificamente ético na Escritura, e é nesse seu aspecto que estamos mais interessados nessa conexão. A ideia ética da santidade divina não pode ser dissociada da ideia da majestade-santidade de Deus. Aquela desenvolve-se a partir desta. A ideia fundamental da santidade ética de Deus também é a de separação, mas, neste caso, a separação é do mal moral, isto é, do pecado. Em virtude da sua santidade, Deus não pode ter comunhão com o pecado, Jó 34.10; Hc 1.13. Empregada nesse sentido, a palavra “santidade” indica a pureza majestosa de Deus, ou a sua majestade ética. Mas a ideia de santidade não é meramente negativa (separação do pecado); tem igualmente um conteúdo positivo, a saber, o de excelência moral, ou perfeição ética. Se o homem reage à santidade majestosa de Deus com um sentimento de completa insignificância e temor, sua reação à santidade ética revela-se num senso de impureza, numa consciência de pecado, Is 6.5. Otto reconhece também esse elemento na santidade de Deus, embora acentue o outro, e a respeito da resposta a ele diz: “O simples temor, a simples necessidade de refúgio face ao ‘tremendum’, elevou-se aqui ao sentimento de que o homem, em sua condição de ‘profano’, não é digno de ficar na presença do Santo, e de que a sua inteira indignidade pessoal poderia contaminar até mesmo a própria santidade”.32 Esta santidade ética de Deus pode ser definida como a perfeição de Deus, em virtude da qual ele eternamente quer manter e mantém a sua excelência moral, aborrece o pecado, e exige pureza moral em suas criaturas.

b. Sua manifestação. A santidade de Deus é revelada na lei moral implantada no coração do homem e que fala por meio da consciência e, mais particularmente, na revelação especial de Deus. Expressa-se proeminentemente na lei dada a Israel. Essa lei, em todos os seus aspectos, foi planejada para imprimir em Israel a ideia da santidade de Deus, e para levá-lo a sentir fortemente a necessidade de levar vida santa. A esse propósito atendem símbolos e tipos como a nação, a terra santa, a cidade santa, o lugar santo e o sacerdócio santo. Além disso, foi revelada na maneira como Deus recompensava a observância da lei e visitava os transgressores com terríveis punições. A suprema revelação da santidade de Deus foi dada em Jesus Cristo, que é chamado “o Santo e o Justo”, At 3.14. Ele refletiu em sua vida a perfeita santidade de Deus. Finalmente, a santidade de Deus é também revelada na Igreja como o corpo de Cristo. É um fato notável, para o qual muitas vezes se chama a atenção, que se atribui santidade a Deus com muito maior frequência no Antigo Testamento que no Novo, conquanto isto seja feito ocasionalmente no Novo Testamento, Jo 17.11; 1Pe 1.16; Ap 4.8; 6.10. Isso se deve provavelmente ao fato de que o Novo Testamento destina mais particularmente o termo para qualificar a terceira Pessoa da Trindade Santa como aquela cuja tarefa especial, na economia da redenção, consiste em comunicar santidade ao seu povo.

Santidade como atributo de DEUS 4.
CONCLUSÃO

Apesar de serem esparsas, elas descrevem de maneira ampla a obra do Espírito Santo. Essa obra vai da santificação do eleito (1.2) e previsão do sofrimento de Cristo e “sobre as glórias que o seguiram” (1.11) até a orientação àqueles que “vos pregaram o evangelho” (1.12). O Espírito Santo não apenas assume um papel ativo na ressurreição de Cristo (3.18), como também, na forma de Espírito de glória, repousa sobre os cristãos que sofrem (4.14).

Obra do Espírito Santo na Santificaçao.
Levítico 19.1–2 RA
1 Disse o Senhor a Moisés: 2 Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo.
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