A grande tentação de Jesus
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38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. 39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; 40 e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. 41 Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. 42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes. 43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. 46 Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? 48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.
mateus que nos mostrar que Jesus é o Messias prometido;
os acontecimentos do nascimento de Jesus mostram que Ele é filho de Deus;
mesmo com toda perseguição, ninguém pode tocar sua vida, pois o próprio Deus o protegia;
João Batista um grande profeta, anunciado pelos profetas, tem um ministério marcante, atraindo muitas pessoas com sua mensagem; Esse importante profeta, reconhecido pelo povo, testifica que Jesus é o Messias prometido;
durante o Batismo o Espírito Santo vem sobre Jesus, e o próprio céus se abrem e Deus testifica que Jesus é o Filho amado de Deus;
Jesus é tentado pelo diabo no deserto, a semelhança de Adão e Eva, bem como Israel. Porém diferente destes Ele vence, obedecendo a Palavra de Deus;
apos sair vencedor, inicia seu ministério:
12 Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galileia; 13 e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali; 14 para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: 15 Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios! 16 O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz. 17 Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.
Jesus começa a chamar seus discípulos;
Mateus testifica que Jesus é messias mostrando seu poder de curar enfermos, e expulsar demônios;
No capitulo 5 inicia o Sermão do monte: A vida imita o pai celeste
este sermão traz semelhanças de moisés dando a lei de Deus no monte Sinai; porém aqui esta aquele que é maior que moisés;
1 Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. 2 Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, 3 como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; 4 dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade. 5 Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando;
O Rei proclama sua mensagem autorizada à nação – Acesso ao Reino depende de uma verdadeira justiça interior baseada na fé no Rei, expressa por obediência à sua palavra (5.1–7.29).
Voltamo-nos, agora, para o grande Sermão do Monte de Jesus a fim de observar que tipo de vida Ele quer que seus discípulos abracem. Essa leitura é sobre as declarações de Jesus acerca do caráter do verdadeiro cristão — as bem-aventuranças.
Certa vez, ouviram uma senhora exclamar: “As bem-aventuranças não são encantadoras?”. Se ela conhecesse a intenção revolucionária de Jesus não teria dito “encantadoras”! Jesus quer que os discípulos virem o mundo de cabeça para baixo sendo radicalmente distintos do mundo.
O mundo diz: “Afirme-se se quiser progredir! Agarre o prazer de qualquer maneira, mesmo que isso signifique desobedecer às leis de Deus quanto à vida correta. Passe por cima das outras pessoas na competição da vida diária. Esqueça o bem-estar dos outros se quiser ter sucesso. Seja duro; não ceda a sentimentos suaves como misericórdia ou as pessoas acabarão por atropelar você.”
Jesus nos ensina um caminho totalmente contrário ao mundo, a natureza humana. Um caminho humanamente impossível;
Quem está certo — o mundo ou Jesus?
As perseguições e as promessas
A bem-aventurança do versículo 10 é o ponto máximo de toda progressão das atitudes cristãs do versículo 3 ao 9. Ele contém a mesma promessa do primeiro. Todas as outras promessas dos versículos 4 a 9 são diferentes aspectos dessa grande promessa!
A. Os verdadeiros súditos do Reino desfrutarão das bênçãos prometidas do Reino à medida que desempenham seu papel vital na sociedade pré-Reino (5.1–16).
1. Os verdadeiros súditos do Reino, que demonstram o caráter justo do Rei, serão recompensados de acordo com a Palavra de Deus no Reino vindouro (5.1–12).
• Os humildes entrarão no Reino (5.1–3; cf. Is 57.15; 66.2; Sl 51.17).
• Os verdadeiros lamentadores serão consolados (5.4; cf. Is 61.2–3; Zc 12.10–14).
• Os mansos herdarão a terra (5.5; cf. Sl 37.11; Is 29.18–20).
• Os que anseiam por justiça serão satisfeitos (5.6; cf. Is 55.1; 66.1–2).
• Os misericordiosos receberão misericórdia (5.7; cf. Sl 18.25).
• Os puros de coração verão a Deus (5.8; cf. Sl 15.2–3; 24.3–5).
• Os pacificadores desfrutarão da paz do Reino (5.9; cf. Is 32.17–18).
• Os que forem perseguidos por amor ao Reino receberão pleno galardão (5.10–12; cf. Dn 7.25–27).
2. Os verdadeiros súditos do Reino agirão na sociedade como motivadores de uma ânsia pela manifestação do Reino mateus 5.13–16
13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
B. A justiça exigida para entrada no Reino é de acordo com a Lei divina, mas se encontra na obediência de coração ao espírito da Lei, não numa pretensa conformidade externa à letra da Lei (5.17–7.12).
1. Os requisitos éticos do Rei não estão em contradição com a Lei, oferecendo, isto sim, seu verdadeiro cumprimento (5.17–20).
o cidadão do reino deve relacionar-se adequadamente com a lei, tendo uma vida justa que exceda a justiça dos religiosos.
2. A justiça do Reino é exemplificada pela interpretação que o Rei oferece de seis princípios da Lei, em contraste com tradições judaicas a seu respeito (5.21–48).
• O homicídio acontece quando o coração abriga o ódio deliberadamente (5.21–26).
O cidadão do reino deve ter uma vida de paz com todos, ao invés de irar-se contra seu irmão. Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento… (v. 22), significa que ao invés de termos sentimentos de ira e xingarmos os outros devemos buscar a reconciliação, a harmonia, a vida de comunhão. Nossa atitude deve ser de ir ao encontro daqueles que possam ter alguma reclamação contra nós e acertarmos o relacionamento.
• O adultério acontece quando os olhos disparam a cobiça no coração (5.27–30).
Dos versos 27 a 30 extraímos que o cidadão do reino deve ter controle sobre sua vida sexual sabendo que o importante é o que vem do coração. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela… (v. 28), significa que temos que combater a tentação que ocorre primeiro em nossa mente. Mesmo com olhos vazados ou perdendo as mãos é possível ter desejos impuros. Portanto, o interior é o que importa, é o que deve ser renovado.
• O casamento não é um contrato que termina com uma carta de divórcio, mas um compromisso de buscar o bem do cônjuge em lugar de expô-lo ao mal (5.31–32).
Os versos 31 a 32 dizem que o cidadão do reino deve desenvolver a fidelidade no lar, pois o alvo do casamento é que os cônjuges sejam sempre uma só carne, conforme 19.3–9. Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério… (v. 32), significa que só havia uma razão para o divórcio, mas não era essa a vontade de Deus desde o princípio (Mt 19.9). Mesmo o pecado mais horrendo é perdoável (Jo 8.1–11) quando deixamos o Espírito Santo agir em nós, fazendo-nos exceder a justiça dos legalistas, conforme o exemplo de Oséias 3.1.
• A veracidade não é questão de quão solenes sejam os votos, mas de coerência entre as ações e as palavras do indivíduo (5.33–37).
Os versos 33 a 37 falam que o cidadão do reino, sem necessitar de juramentos, deve desenvolver total honestidade, objetividade e transparência no seu falar. Eu, porém, vos digo: de modo nenhum jureis… (v. 34), significa que a palavra empenhada de um filho de Deus deve ser cumprida integralmente. Não podemos ser pessoas que ficam mudando de palavra de acordo com as circunstâncias.
O versículo 33 resume a lei mosaica quanto à seriedade de quebrar um juramento. Uma tradição farisaica ensinava que se um juramento usasse outra fórmula que não fosse o nome de Deus, então quebrá-lo não era um problema sério. Veja nos versículos 34 e 35 as quatro fórmulas comuns nomeadas por Jesus para mostrar como a interpretação literal dos fariseus era ridícula: as três primeiras eram referências judaicas a Deus, e até mesmo a cabeça da pessoa é criação de Deus.
O ponto de Jesus é que os discípulos não devem usar nenhum juramento para convencer os outros de que falam a verdade. Antes, a credibilidade deles deve repousar em seu caráter.
Chegamos ao nossa texto:
38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. 39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; 40 e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. 41 Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. 42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.
38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente.
24 olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, 25 queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, golpe por golpe. 26 Se alguém ferir o olho do seu escravo ou o olho da sua escrava e o inutilizar, deixá-lo-á ir forro pelo seu olho. 27 E, se com violência fizer cair um dente do seu escravo ou da sua escrava, deixá-lo-á ir forro pelo seu dente.
19 Se alguém causar defeito em seu próximo, como ele fez, assim lhe será feito: 20 fratura por fratura, olho por olho, dente por dente; como ele tiver desfigurado a algum homem, assim se lhe fará.
21 Não o olharás com piedade: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.
Esta era uma lei para os tribunais civis, estabelecida com o fim de desencorajar a prática da vingança privada.
• Vingando-se: Essa distorção farisaica de outra lei é de Êxodo 21.24, que os juízes usavam como um limite para reprimir a vingança. Mas os fariseus tiraram a lei de seu contexto civil e a aplicaram aos relacionamentos pessoais. Isso lhes permitia tomar a vingança nas próprias mãos.
o princípio da interpretação dos fariseus de “olho por olho dente por dente” rege as relações humanas no mundo caído. A vingança é a reação natural a toda afronta, perseguição, injustiça; No minimo queremos fazer o mesmo que nossos ofensores nos fizeram, para que eles aprendam;
queremos nos vingar na mesma altura;
quando as condições não permitem: nos vingamos denigrindo, guardando rancor, desejando o mal;
agimos como juízes decidindo qual sentença o ofensor merece. é assim que o mundo age, pensa; porem no Reino de Deus é diferente;
Nosso “Eu” deve ser protegido. O Egoísmo nos torna reativos, vingativos, hipersensíveis;
O Antigo Testamento, repetidamente, proíbe a vingança pessoal:
18 Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.
22 Não digas: Vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor, e ele te livrará.
29 Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra.
Esta era uma lei para os tribunais civis, estabelecida com o fim de desencorajar a prática da vingança privada. As passagens do Antigo Testamento não dizem: “Vinga-te pessoalmente quando te fizerem dano”. Significam exatamente o oposto: “Não te vingues por ti mesmo, porém deixa que a justiça seja administrada publicamente”.
14 Tira o que blasfemou para fora do arraial; e todos os que o ouviram porão as mãos sobre a cabeça dele, e toda a congregação o apedrejará.
15 Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniquidade ou por qualquer pecado, seja qual for que cometer; pelo depoimento de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o fato. 16 Quando se levantar testemunha falsa contra alguém, para o acusar de algum transvio, 17 então, os dois homens que tiverem a demanda se apresentarão perante o Senhor, diante dos sacerdotes e dos juízes que houver naqueles dias. 18 Os juízes indagarão bem; se a testemunha for falsa e tiver testemunhado falsamente contra seu irmão, 19 far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e, assim, exterminarás o mal do meio de ti; 20 para que os que ficarem o ouçam, e temam, e nunca mais tornem a fazer semelhante mal no meio de ti. 21 Não o olharás com piedade: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.
38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. 3939 Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; 40 e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. 41 Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. 42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.
O que, pois, Jesus quis dizer quando declarou: “Não resistais ao perverso? Precisamos ler este texto quem vem imediatamente depois:
43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. 46 Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? 48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.
a passagem-chave, idêntica em ambos os Evangelhos, é “amai os vossos inimigos” .....”para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste”.... “sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.”
não pense que o mundo pode obedecer as palavras de Jesus. Eles não podem nem mesmo entender. Somente aqueles que nasceram de novo, nasceram do alto, nasceram de Deus podem entender e viver estas palavras. Somente pela graça, pelo poder da Cruz, através do Espírito Santo;
Jesus te chama para andar por um caminho santo, subline, celeste....andar como Filho de Deus. Pra isso teremos que negar a nos mesmos, nossa carne corrupta, a voz do mundo, de satanas;
6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Jesus aqui em nosso texto está condenando o espírito de desamor, de ódio e de desejo de vingança. Ele está dizendo: “Não resistais ao perverso com medidas que emanem de uma disposição que é o oposto do amor, do perdão, da brandura, da tolerância”.
Isso uma vez compreendido, faz-se evidente que “voltar a outra face” significa mostrar em palavras, atitudes e atos que alguém está cheio não do espírito de rancor, e, sim, de amor. Rm 12.19–21 oferece um excelente comentário.
19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. 20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. 21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
Algo semelhante é válido com respeito à pessoa que ameaça por meio de uma ação judicial tirar de alguém a “camisa”, a roupa mais íntima do corpo, como pagamento por uma pretensa dívida. Note-se que Jesus está falando não à pessoa que está movendo a demanda, e, sim, ao seu oponente (1Co 6.1). Em vez de responder com ressentimento a esse processo judicial, diz Jesus, permite que o queixoso fique também com a roupa externa. Não podemos deixar que nosso coração seja contaminado pelas coisas que nos acontecem neste mundo caído. Pois aqui sofreremos muitas injustiças, aflições....
33 Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
15 atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados;
40 e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. 41 Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. 42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.
Essa roupa externa (túnica) era considerada tão indispensável que quando era tomada como penhor devia ser devolvida antes do pôr-do-sol, visto que ela também servia como roupa de cama – às vezes ela era a única roupa do pobre – durante o sono (Êx 22.26,27; Dt 24.12,13; Ez 18.7; e Am 2.8). Resumindo: não temos o direito de odiar a pessoa que tenta privar-nos de nossas posses. Nosso coração deveria encher-se de amor para com tal pessoa, e este amor deveria revelar-se em nossas ações.
O primeiro verbo em “E quem te forçar a andar uma milha […]” refere-se à autoridade de convocação, de forçar ao serviço. É uma palavra tomada do idioma persa, que com toda probabilidade foi tomada do babilônico. O famoso correio real persa autorizava que os seus condutores, sempre que necessário, obrigassem ao serviço alguém disponível e/ou o animal deste. Não devia haver demora no despacho e na entrega dos decretos reais, etc. Cf. Et 3.13,15; 8.10. Compelir alguém a prestar qualquer tipo de serviço. Ele é empregado em conexão com Simão de Cirene que foi obrigado a carregar a cruz de Cristo (Mt 27.32; Mc 15.21). Ora, o que Jesus está dizendo é que em vez de revelar um espírito de amargura ou tristeza para com aquele que força uma pessoa a levar uma carga, esta deveria assumir tal posição com um sorriso. Alguém te pediu que o acompanhasse levando sua carga ao longo de uma milha? Então vai com ele duas milhas!
Semelhantemente, se alguém se sente em apuros e te pede auxílio, não te faças de surdo. Ao contrário, diz Jesus, dá-lhe, não de má vontade nem murmurando, mas generosamente; empresta, não egoisticamente, com intenção usurária (Êx 22.25; Lv 25.36,37), porém liberalmente, magnanimamente. Não só revela bondade, mas ama a bondade (Mq 6.8; cf. Dt 15.7,8; Sl 37.26; 112.5; Pv 19.17; At 4.36,37; 2Co 8.8,9).
estamos diante de pessoas escrava de satanás , escravas do pecado, cegas, mortas espiritualmente. Não conhecem a Deus, nem a salvação em Cristo. Não sabem que podem descer ao inferno a qualquer instante. Nos podemos ver elas não. Verdadeiro sofrimento é o que elas vão sofrer, sofrimento eterno. Nosso sofrimento é passageiro.....
Jesus disse que somos sal da terra, luz do mundo. É agindo totalmente diferente das pessoas ao nosso redor que seremos sal-luz. A todo instante viveremos circuntancias que nos daram opotunidade de mostrar o poder do evangelho. A grandeza de Deus e da salvação do mundo. Precisamos ser um enigma para pessoas ao nosso redor.
9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 10 vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia. 11 Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, 12 mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação. 13 Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano, 14 quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem. 15 Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos; 16 como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus. 17 Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei. 18 Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso senhor, não somente se for bom e cordato, mas também ao perverso; 19 porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus. 20 Pois que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais com paciência? Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus. 21 Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, 22 o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; 23 pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, 24 carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. 25 Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa alma.
Ilustrações bíblicas do espírito que Jesus aqui recomenda:
a. Abraão, que se apressa a libertar seu “irmão” Ló (Gn 14.14ss), embora este se revelasse anteriormente como um sobrinho muito cobiçoso (Gn 13.1–13).
b. José, que generosamente perdoa seus irmãos (Gn 50.19–21), os quais não o haviam tratado com muita amabilidade (37.18–28).
c. Davi, que duas vezes poupa a vida de seu perseguidor, o rei Saul (1Sm 24 e 26).
d. Eliseu, que põe pão e água diante dos sírios invasores (2Rs 6).
e. Estêvão, que intercede em favor daqueles que o apedrejaram até a morte (At 7.60).
f. Paulo, que depois de sua conversão escreve Rm 12.21; 1Co 4.12; e 1Co 13, e o põe em prática.
g. Acima de tudo, o próprio Jesus, que ora: “Pai, perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem” (Lc 23.34; cf. Is 53.12, última frase; Mt 11.29; 12.19; e 1Pe 2.23).
conclusão:
Mansidão não é questão de obedecer à lex talionis(lei da retribuição), mas de abrir mão de direitos pessoais [dependendo da ação de Deus] (5.38–42).
A lei de talião, também dita pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. A perspectiva da lei de talião é o de que uma pessoa que feriu outra pessoa deve ser penalizada em grau semelhante, e a pessoa que infligir tal punição deve ser a parte lesada
Os versos 38 a 42 apontam que o cidadão do reino deve desenvolver um controle rigoroso sobre suas reações, sabendo que Deus é o retribuidor e o justo juiz da terra. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra… (v. 39), significa que pagar com a mesma moeda ou revidar é apenas uma atitude humana. A atitude que brota do interior gerado pelo Espírito Santo será vista ao oferecermos a outra face, ao entregarmos também a capa, ao caminharmos a segunda milha e ao darmos a quem nos pede.
É covardia não resistir à “pessoa má” que tira vantagem de você? Não, isso é a coragem de amor, que é mais provável de impedir o mal da pessoa que a vingança. A vingança tende a piorar os relacionamentos e a fomentar nossas emoções não saudáveis.
• O amor não é um sentimento limitado aos que também nos amam, mas um dever a ser estendido até os inimigos (5.43–48).
Nos versos 43 a 48 vemos que o cidadão do reino deve desenvolver uma vida de amor desinteressado em relação ao próximo. Eu, porém, vos digo; amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem… (v. 44), Jesus sabia que embora a lei falasse do amor (Lv 19.18,33–34), a tradição dos homens tinha imposto o ódio aos inimigos. Porém, conforme Jesus, o espírito da lei proclamava o amor aos inimigos e oração pelos perseguidos. Os discípulos deveriam desenvolver a natureza do Pai. Assim como o Pai era totalmente diferente, os seus filhos deveriam ser diferentes, isto é, deveriam responder o ódio com amor e responder à perseguição com oração. Nas palavras de Carson (2000, p. 58), no coração de Jesus havia:
… uma demanda ardente por uma pureza, uma santidade, uma justiça que sobrepuja todo fingimento e condena a casuística barata. É por essa razão que a seção termina com a perturbante exigência Sede vós, perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste (v. 48). A verdadeira direção para a qual a lei e os profetas apontavam e a essência ética do Reino que o Senhor Jesus pregou e introduziu é a perfeição moral do próprio Deus.
O amor extraordinário: Jesus, nos versículos 43–48, agora confronta uma das piores tradições de perverter as Escrituras. Os rabis, ao se referirem a Levítico 19.18, omitiam a expressão “a ti mesmo” de “amarás o teu próximo” e, a seguir, acrescentavam: “aborrecerás o teu inimigo”! Jesus interpretou esse ensinamento conforme sua origem e ordenou que os discípulos amassem seus inimigos e orassem por eles.
Quando Jesus apresentou os contrastes entre a interpretação farisaica e a sua interpretação, revelou o significado real da vontade de Deus. Fica claro, então, que Ele:
1. Não estava contradizendo a lei mosaica.
2. Colocou-se contra a interpretação legalista que os homens fizeram da lei.
3. Chamou a atenção apenas e somente para aquilo que a lei dizia, como por exemplo, “amarás o teu próximo” (v. 43 com Lc 19.18).
4. Combateu e rejeitou os acréscimos que os homens fizeram à lei, como por exemplo, “odiarás o teu inimigo” (v. 43).
5. Ao proferir as palavras “Eu, porém, vos digo”, Jesus estava explicando e exemplificando o que era exceder em muito a justiça dos religiosos, pois Deus se importa em ver o nosso interior.
Jesus, portanto, exemplificou claramente o que significava exceder em muito a justiça dos escribas e fariseus. Mostrou que somente um coração transformado e cheio do Espírito Santo deixa a religiosidade de lado e vive em sinceridade, agradando a Deus! É essa a maneira que você tem vivido diante de Deus? Sua vida agrada a Deus ou apenas aos homens?