Uma nação sem Rei
Um só Deus • Sermon • Submitted
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Transcript
Introdução
Introdução
O que vimos até aqui foi um ciclo repetitivo na história do povo de Israel durante o período de juízes. Esseperíodo durou aproximadamente 400 anos, onde o povo de Israel estava sem um rei e o Senhor levantou alguns líderes militares, conhecido como juizes, para conduzir o povo. Mas, o que nós vimos até aqui? Todos os juizes de alguma forma falhavam, a libertação era incompleta, e a escravidão sempre voltava a ocorrer. O que acontece nos capítulos 19, 20 e 21 é o desfecho desse período que retrata bem a situação do povo da aliança naquele período.
1 Naquela época não havia rei em Israel. Aconteceu que um levita que vivia nos montes de Efraim, numa região afastada, tomou para si uma concubina, que era de Belém de Judá. 2 Mas ela lhe foi infiel. Deixou-o e voltou para a casa do seu pai, em Belém de Judá. Quatro meses depois, 3 seu marido foi convencê-la a voltar. Ele tinha levado o seu servo e dois jumentos. A mulher o levou para dentro da casa do seu pai, e quando seu pai o viu, alegrou-se.
O autor começa esse capítulo enfatizando uma coisa: Não existia rei em Israel. Em outros capítulos o autor começa enfatizando: Mais uma vez o povo fez aquilo que era reprovável aos olhos do Senhor. O livro de Juízes encerra falando que cada um fazia o que era certo aos seus próprios olhos, e essas três afirmações estão interligadas e retratada nessa atitude do levita.
Quem era o levita?
Com a atitude do levita podemos ver uma primeira marca da realidade do povo de Deus naquela época: Uma liderança espiritual corrompida. Aquele tipo de relação nao era apropriada para um levita, mas ainda assim ele permanecia exercendo suas funções religiosas. O fazer em detrimento do ser é uma marca de um povo que está caminhando distante do Senhor.
Mas o problema não para por aí, diante da cegueira espiritual, de atitudes contrárias a vontade de Deus e a ausência de arrependimento um novo ciclo se inicia na vida de qualquer pessoa que caminhe assim. O levita após passar alguns dias na casa do pai da sua concumbina segue viagem de retorno e precisa fazer uma parada no caminho, é recebido por um homem, e a boa hospitalidade era uma tradição daquela cultura. Em seguida, veremos os acontecimentos seguintes.
22 Quando estavam entretidos, alguns vadios da cidade cercaram a casa. Esmurrando a porta, gritaram para o homem idoso, dono da casa: “Traga para fora o homem que entrou em sua casa para que tenhamos relações com ele!”
23 O dono da casa saiu e lhes disse: “Não sejam tão perversos, meus amigos. Já que esse homem é meu hóspede, não cometam essa loucura. 24 Vejam, aqui está minha filha virgem e a concubina do meu hóspede. Eu as trarei para vocês, e vocês poderão usá-las e fazer com elas o que quiserem. Mas, nada façam com esse homem, não cometam tal loucura!”
25 Mas os homens não quiseram ouvi-lo. Então o levita mandou a sua concubina para fora, e eles a violentaram e abusaram dela a noite toda. Ao alvorecer a deixaram.
Vemos aqui uma segunda marca de um povo que está distante de Deus: Perda de referência. O povo havia perdido completamente a referência do que é certo ou errado, eram indiferentes com a maldade fruto de um povo que abraçou completamente uma cultura caída. A proposta que aquele homem faz é igual a de Sodoma e Gomorra, mas agora sendo praticada pelo povo da aliança.
26 Ao amanhecer, a mulher veio e caiu à porta da casa do homem, onde o seu senhor estava hospedado. E ela ficou ali até o clarear do dia.
27 De manhã, quando o seu senhor se levantou e abriu as portas da casa, para continuar a viagem, eis que a mulher, sua concubina, jazia à porta da casa, com as mãos sobre a soleira. 28 Ele lhe disse:
— Levante-se, e vamos embora!
Porém não houve resposta. Então o homem a pôs sobre o jumento e foi para a sua casa. 29 Chegando a casa, pegou uma faca e cortou o corpo da concubina em doze pedaços. E enviou os pedaços para todas as regiões da terra de Israel. 30 Todos os que viram isso diziam:
— Nunca se fez uma coisa dessas, nem se viu nada semelhante desde o dia em que os filhos de Israel saíram da terra do Egito até o dia de hoje. Pensem nisso, discutam entre si e digam o que se deve fazer.
O que vemos aqui é o retrato de até onde a humanidade é capaz de ir quando caminha sem Deus. Quando agimos assim o curso natural é sempre tentar corrigir um erro com outro erro.
1 Então todos os israelitas, de Dã a Berseba, e de Gileade, saíram como um só homem e se reuniram em assembléia perante o Senhor, em Mispá. 2 Os líderes de todo o povo das tribos de Israel tomaram seus lugares na assembléia do povo de Deus, quatrocentos mil soldados armados de espada. 3 (Os benjamitas souberam que os israelitas haviam subido a Mispá.) Os israelitas perguntaram: “Como aconteceu essa perversidade?”
4 Então o levita, marido da mulher assassinada, disse: “Eu e a minha concubina chegamos a Gibeá de Benjamim para passar a noite. 5 Durante a noite os homens de Gibeá vieram para atacar-me e cercaram a casa, com a intenção de matar-me. Então violentaram minha concubina, e ela morreu. 6 Peguei minha concubina, cortei-a em pedaços e enviei um pedaço a cada região da herança de Israel, pois eles cometeram essa perversidade e esse ato vergonhoso em Israel. 7 Agora, todos vocês israelitas, manifestem-se e dêem o seu veredicto”.
8 Todo o povo se levantou como se fosse um só homem, dizendo: “Nenhum de nós irá para casa. Nenhum de nós voltará para o seu lar. 9 Mas é isto que faremos agora contra Gibeá: separaremos, por sorteio, de todas as tribos de Israel, 10 de cada cem homens dez, de cada mil homens cem, de cada dez mil homens mil, para conseguirem provisões para o exército poder chegar a Gibeá de Benjamim e dar a eles o que merecem por esse ato vergonhoso cometido em Israel”. 11 E todos os israelitas se ajuntaram e se uniram como um só homem contra a cidade.
12 As tribos de Israel enviaram homens a toda a tribo de Benjamim, dizendo: “O que vocês dizem dessa maldade terrível que foi cometida no meio de vocês? 13 Agora, entreguem esses canalhas de Gibeá, para que os matemos e eliminemos esse mal de Israel”.
Mas os benjamitas não quiseram ouvir seus irmãos israelitas.
O que vemos é uma nação choicada por um lado, mas por outro lado completamente sem arrependimento, um povo que não consegue ver que aquele levita não poderia representar o povo, que o que estava acontecendo era apenas resultado do problema. A degradação espiritual do povo já estava acontecendo há muito tempo, e o fato presente era resultado disso. Daí para frente outra série de erros subsequentes onde um povo que estava no buraco tenta sair desse buraco sem Deus e o que acontece é que eles se afundam ainda mais. O povo da aliança começa guerrear contra si mesmo, e o que vemos é o próprio povo de Deus se matando. E depois disso tudo, tentando resolver um erro com outro erro, após deixar apenas 600 solddos vivos perceberam que criaram um grande problema, a tribo de Benjamin acabaria por conta disso. Eles percebem que eles precisariam de arruamar esposas para aqueles sobreviventes para que eles se perpetuassem, mas ao mesmo tempojuraram em não deixar que suas mulheres se casassem com eles, e assim desenvolvem outro plano tentando corrigir um erro com outros erros.
25 Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo.
Aplicação
Aplicação
O que de fato o povo precisava? Talvez você esteja pensando que o livro de Juízes exista com o propósito de defender a necessidade de uma monarquia. O que vemos após esse período é que os reis que foram levantados posteriormente também falharam e em alguma proporção o povo voltou a se perder em seus caminhos, mesmo tendo um rei. O livro de juíze é um retrato do povo de Deus - que hoje é a igreja. Nenhum povo pagão foi culpado de opresão, estupro, matança, carnificina e sequestro. Tudo foi obra de Israel. No livro de juízes inteiro, especialmente no final dele, o pior inimigo de Israel é Israel. Muitas vezes, infelizmente, a mesma coonclusão se aplica ao povo de Deus hoje: Esse livro nos alerta para os nossos próprios feitos, quando deixamos que Cristo seja verdadeiramente Senhor da igreja e passamos a fazer aquilo que julgamos correto aos nossos próprios olhos.
O livro de juizes mostra que, embora sejamos o problema, não podemos ser a nossa própria soluçao. Temos que encontrar um Rei exatamente como Israel fez. Não estou falando do Rei Davi, o livro de Juizes não é uma apologia a uma monarquia davídica. É como se esse livro gritasse para nós: Reparrem a insuficiência da natureza humana, precismos de mais do que comandantes esporádicos e carismáticos - precisamos de um Rei permanente.
Conclusão
Conclusão
Quando chegamos ao fim do livro de juizes, notamos que precisamos de um libertador que venha sem ser chamado, uma vez que os seres humanos não estão buscando a Deus.
11 não há quem entenda,
não há quem busque a Deus.
Que não somos capazes de fazer essa escolha, mas que sim, Ele pode nos escolher.
16 Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, eu os escolhi e os designei para que vão e deem fruto, e o fruto de vocês permaneça, a fim de que tudo o que pedirem ao Pai em meu nome, ele lhes conceda.
Que esse libertador fará sozinho aquilo que não podemos fazer.
4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossas transgressões, nos deu vida juntamente com Cristo — pela graça vocês são salvos —
Que esse Rei é o único capaz de eliminar o mau em nosso coração que é a verdadeira fonte da maldade e não simplesmente acabar com o mau da sociedade. A mensagem de Juízes é a mensagem do evangelho, que fala que devemos buscar o Rei mais poderoso - ou serviremos a um rei falso.