Ceia do Senhor

Os três evangelhos sinópticos narram a última refeição de Cristo com os discípulos. O evento ocorreu na véspora da crucificação do Senhor. Jesus parte o pão alegorizando seu próprio corpo que seria "partido" e em seguida toma o cálice com vinho simbolizando seu próprio sangue que seria derramado, instituindo a Nova Aliança a partir daquele momento.

O evento é conhecido hoje como Ceia do Senhor, Santa Ceia, Eucaristia, Comunhão e Missa. Existe muita controvérsia no meio cristão a respeito de como a ceia deve ser feita, de quanto em quanto tempo, se o pão e o vinho se transformam no corpo e sangue de Cristo, etc. Existe um debate sem fim atualmente entre as igrejas a respeito disso. Porém, como muitos acreditam, essas divergências não são recentes.

No livro de atos, temos a clara noção de que os cristãos se reuniam para partilhar o pão e o vinho (Havia ali também o aspecto da comunhão). A igreja primitiva já tinha adotado como um dos pilares da fé cristã a Ceia do Senhor. Mas já na igreja primitiva começou a surgir problemas entre cristãos a cerca da ceia (1 Co 11.17-33). Desde então, divisões acerca da ceia foram crescendo ao longo do tempo e atingiu até mesmo os nossos queridos protestantes. Zwínglio e Lutero concordavam em quase tudo teologicamente mas divergiam em relação a ceia. Zwínglio acreditava que a ceia era simbólica e argumentava que o corpo de Cristo tinha subido ao céu. Já Lutero acreditava na a presença de Cristo era acrescentada ao pão e ao vinho ("consubstanciação"). Nós como batistas, somos inclinados a adotar a visão de Zwínglio. Os Católicos acreditam que o pão e o vinho em sua essência se transformam no corpo e no sangue de Cristo após a oração de benção feita pelo padre. O momento da ceia católica é chamado de Missa, mas é rejeitado pelo meio evangélico pelo que Missa significa "sacrifício" e Cristo já foi crucificado uma única vez por nós.

Outras questões como "Quem deve ministrar? Com que frequência deve-se ministrar?" também são alvo de debate entre os cristãos. A Bíblia não nos traz um ensino claro sobre isso, por isso cabe a nós decidir com sabedoria e discernimento, levando em conta que tudo deve ser para a Glória do Senhor.

A ceia deve ser um memorial, mas também um momento de autoexame, louvor, gratidão e humildade.

Novamente

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