O CORDEIRO DAS FAMÍLIAS

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INTRODUÇÃO

Quando vejo o Monumento em homenagem a Ayrton Senna em Ímola, na Itália, perto da curva Tamborello, onde houve seu acidente fatal, minha mente viaja em segundos até a manhã de domingo de 1º de maio de 1994. Eu estava na EBD e uma irmã me parou na saída da Igreja com a notícia que Senna havia sofrido um acidente muito feio. Contudo, imaginei que alguns dias depois ele estaria de volta. Fui para casa da minha irmã, almoçar lá, e a notícia da morte do Senna chegou em uma edição extraordinária na TV. Difícil descrever o sentimento! Parecia luto por uma pessoa muito próxima, pois todos ficamos perplexos diante daquela trágica notícia. O dia estava nublado, e eu meditei naquele cenário e constatei, com a mente do coração, que a tristeza de nossa alma estava também na natureza. Todo esse enredo foi rememorado por mim, simplesmente pelo fato de bter visto a imagem do Monumento erigido em homenagem ao ídolo brasileiro. A prática de levantar um altar ou usar símbolos memoriais era amplamente exercida entre os Hebreus, e a Páscoa era a festa mais importante deles, pois os fazia rememorar o dia que o Senhor “passou” por cima deles, preservando-os da última praga da morte dos primogênitos, e os livrando da escravidão do Egito. Hoje , iniciamos uma série de mensagens sobre a relação disso conosco. Vamos estudar desde a instituição da Páscoa no AT, até a ressurreição de Jesus, o Cordeiro Pascal, que nos amou até o fim. Nosso tema de hoje é UM CORDEIRO PARA CADA FAMÍLIA, à luz de Êxodo 12.1-3.
Êxodo 12.1–3 RA
Disse o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.
O texto é introduzido com a fala de Deus a Moisés e Arão quando estavam no Egito. Estar no Egito implica em sabermos que estavam debaixo da amargura do sofrimento e da escravidão.
A AMARGURA DA ESCRAVIDÃO ESTAVA SOBRE AS FAMÍLIAS
Mas, como essas famílias chegaram ali? Cerca de quatrocentos anos antes do trecho que lemos, e que é nosso texto base, Deus disse a Abraão que seus descendentes seriam escravizados e viveriam sob a amargura da escravidão.
Gênesis 15.13 RA
então, lhe foi dito: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos.
Após esse decreto de Deus, a descendência de Abraão cresceu e chegamos em Jacó. Seus filhos, com ciúmes da maneira como o pai tratava a um de seus irmãos, chamado José, tramaram sua morte, mas Deus o livrou e ele foi vendido ao Egito. José prosperou na terra do Egito chegando a um ponto tão elevado que acima dele só vinha Faraó. Em tempos de seca, as nações vinham ao Egito, pois lá existia fartura, e Jacó enviou seus filhos para conseguirem mantimento. Depois de um drama enorme no reencontro de José com os irmãos que tramaram sua morte, tudo acaba bem e eles vão morar no Egito. A família de Israel, o nome de Jacó, fixa residência no Egito em um pedaço de terra que ganharam.
O livro de Êxodo começa quando um novo Faraó, que não havia conhecido José, assume o poder, e se sente ameaçado com o crescimento numérico e em prosperidade das famílias de Israel.
Êxodo 1.8–9 RA
Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós.
Êxodo 1.13–14 RA
então, os egípcios, com tirania, faziam servir os filhos de Israel e lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o serviço em que na tirania os serviam.
Até ordem para matar os recém-nascidos machos foi dada por aquele perverso Faraó. As famílias de Israel estavam experimentando o fel da amargura da escravidão. Seu dia a dia era enfrentar a tirania Egípcia, carregar pesados tijolos e se desgastarem em pesados trabalhos no campo. Viram a palha para produção dos tijolos ser retirada deles. Teriam que, eles mesmos, ajuntarem a palha para produção e entregarem a mesma quantidade. Os açoites eram frequentes, e a dor cada vez maior. A amargura da escravidão estava sobre aquelas famílias, como A TIRANIA DO PECADO ESTÁ SOBRE NOSSAS FAMÍLIAS.
Basta olharmos ao redor para vermos que as marcas dessa tirania da escravidão do pecado está por toda parte, e tem minado nossas casas, e pior, ganhado o coração do homem. Violências verbais gratuitas, abuso de menores e incapazes, violência contra a mulher, alcoolismo, drogas ilícitas, desmanche da família tradicional, trivialidade dos valores. Nossas famílias estão expostas a toda essa tempestade de calamidades, fruto da tirania do pecado sobre nós, e da entrega do homem às ordenanças da carne, pecado e mundo.
ILUSTRAÇÃO
Toda essa opressão está escravizando e levando nossas famílias à morte. Precisamos clamar em família, como clamaram as famílias de Israel. Deus está nos contemplando, vendo nossa aflição, como via o sofrimento das famílias de Israel.
Êxodo 3.9–10 RA
Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo. Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito.
O Deus de Israel, a Seu tempo, providenciou a libertação. O SANGUE DO CORDEIRO DE CADA FAMÍLIA É SINAL DA LIBERTAÇÃO
Deus levantou Moisés para comandar a tarefa de libertação, mas deixou claro que não seria fácil, pois Ele mesmo endureceria o coração de Faraó, para multiplicar Seu poder com sinais e maravilhas.
Êxodo 7.3 RA
Eu, porém, endurecerei o coração de Faraó e multiplicarei na terra do Egito os meus sinais e as minhas maravilhas.
Deus fez isso para que Seu nome fosse glorificado na terra do Egito, e para que ficasse claro que a libertação viria Dele, e não de uma ordem “bondosa” de Faraó. Nove pragas são lançadas e a última praga e definitiva era a morte dos primogênitos na terra do Egito. O Anjo da morte, símbolo da ira de Deus sobre aquela terra, passaria e dizimaria todos os primogênitos. Porém, aos da família de Israel, Deus reservou uma forma de não serem alcançados pela morte.
Êxodo 12.3 RA
Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.
Êxodo 12.5 RA
O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito;
Êxodo 12.7 RA
Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem;
Êxodo 12.13 RA
O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito.
Pronto! Cada família tome seu cordeiro, sem defeito, e o sacrifiquem, tomando seu sangue e passando nas ombreiras e na verga da porta. Esse é o sinal para serem livres da morte, e assim partirem com vida para adorarem ao Senhor em liberdade no deserto. Eles foram livres da ira de Deus, pelo sinal do sangue do cordeiro. Um grande livramento, lembrado até hoje por esse povo, porém, com sangue de animal irracional, escolhido pelas famílias. A diferença para a Páscoa definitiva projetada por Deus para o homem, é que o sangue derramado foi de alguém que se ofereceu de forma voluntária para ser imolado e assim realizar a libertação do homem. Esse alguém é Jesus, nosso Cordeiro Pascal, enviado pelo Pai e entregue para libertação das famílias. Se tivermos nas portas dos nossos corações o sinal de Seu sangue, estaremos livres da ira de Deus sobre nós.
Mateus 26.2 RA
Sabeis que, daqui a dois dias, celebrar-se-á a Páscoa; e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado.
Ele se entregou, voluntariamente, por amor. Ele nos amou até o fim!
JESUS É O CORDEIRO PERFEITO PARA CADA FAMÍLIA
As famílias modernas, entregues à tirania do pecado, aclimatadas no ambiente de pecado, e sentenciadas à ira de Deus, têm uma esperança: Entregarem-se, sem reservas, a Jesus, o Cordeiro perfeito. Mas existe uma diferença muito clara entre a Páscoa dos Hebreus e agora. Naquela, o sangue foi sinal para salvar a família toda, e na Nova Aliança a Salvação em Cristo é individual. Cristo é a casa que devemos nos abrigar, Ele é o sacrifício eficaz, Dele é o sangue para nos salvar, Dele vem toda salvação, e nessa casa só cabe uma pessoa. Uma vez salvo, o crente passa a ser da família de Deus, formada por todos os que creram no Seu nome. Quantos em nossas casas fazem parte da família de Deus? O que temos feito para que nossas casas sejam alcançadas pela salvação em Cristo Jesus?
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