Sem título Sermão (5)
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Em nossa última mensagem vimos o grande livramento efetuado por Deus no Egito. O anjo da morte passou por cima das casas das famílias que tinham o sangue do cordeiro nas portas, instituindo assim a primeira Páscoa (passagem) e a libertação do povo da amargura da escravidão. Hoje veremos o Cordeiro de Deus na terra, o Cordeiro entre nós. Para isso vamos nos manter por uns instantes no Antigo Testamento, para fazermos de forma tranquila e fluida, essa transição entre as eras.
O povo saiu do Egito e começou a vivenciar sinais espetaculares de Deus a seu favor. O Mar foi aberto, a água amarga foi transformada em água saudável, alimento era mandado do céu e muitas outras maravilhas eram feitas. Contudo, quanto mais Deus se levantava a favor de Seu povo, mais o povo reagia com murmuração e rebeldia, tanto que no capítulo 32 eles levantaram um altar a um bezerro de ouro, em um lugar onde Deus desejou ser adorado por eles.
Mas Deus não desistiu desse povo, e continuou orientando Moisés na construção de um tabernáculo, que seria o lugar da manifestação de Sua glória. Deus viria e tabernacularia entre o povo. O Tabernáculo ficou pronto:
Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo.
Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.
De dia, a nuvem do Senhor repousava sobre o tabernáculo, e, de noite, havia fogo nela, à vista de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.
No Novo Testamento, no evangelho de Jesus Cristo segundo escreveu João, nos é apresentado de forma bela, clara e direta que Deus aguardou o momento certo para, de novo, tabernacular entre os homens, agora, na pessoa de Jesus, nosso Senhor. O capítulo primeiro, versículo 14 de João diz o seguinte:
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
Nesse texto precisamos recorrer ao original grego em duas palavras específicas: Verbo (λογος Logos) e habitou (σκηνοω skenoo). Skenoo originalmente é “fixar tabernáculo, viver nele”, ou seja, o Verbo virou gente e “TABERNACULOU” entre nós. O Deus que tabernaculou na tenda dos Israelitas, vem a nós em Jesus Cristo, tabernaculando entre nós. O Verbo a que João se refere, é Logos, a PALAVRA, habilidade de discursar, ensinar, pensar, estudar. Aponta para a lógica das coisas. João está usando este termo para dar resposta à filosofia grega, que tinha alguns elementos para entenderem a vida, e o princípio unificador de tudo, o gerador de tudo, que garantia a harmonia do universo, e dava sentido à vida era o LOGOS, porém algo impessoal, abstrato. João vem dizendo que o Logos, esse elemento essencial no entendimento da vida, é uma pessoa, é Jesus, e está tabernaculando entre nós. E foi além, afirmando que antes de todas as coisas, o Logos já existia e estava com Deus, e era o próprio Deus.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
Jesus está presente na eternidade, e está em toda história da humanidade, pois é Deus. E agora, esse Deus, vira ser humano, e vem tabernacular entre nós. O Verbo, a Palavra, o Logos, o elemento essencial para entender a vida estava entre nós, e foi identificado por João Batista como o “Cordeiro de Deus”
No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Pronto, o Cordeiro Santo de Deus, o elemento essencial que dá sentido à vida, está entre nós. Para gregos e judeus entenderem, e para cada um de nós entendermos: Jesus é o Senhor do universo!
Mesmo sendo Senhor de tudo, Ele agiu de forma humilde, se envolveu com gente humilde, e desenvolveu seu ministério visando sempre o propósito final de Sua missão, que era a cruz. Ele amou até o fim!
Vamos agora, de forma objetiva, vermos ações do Cordeiro de Deus entre nós em três passagens só encontradas no Evangelho de João, e que nos mostrarão: OS EFEITOS DO CORDEIRO EM UM GRUPO: Alegria restaurada, OS EFEITOS DO CORDEIRO EM UMA PESSOA: Vida renovada, e OS EFEITOS DO CORDEIRO JUNTO AO PAI: Intercessão ao Pai enviada.
OS EFEITOS DO CORDEIRO EM UM GRUPO: Alegria restaurada
OS EFEITOS DO CORDEIRO EM UM GRUPO: Alegria restaurada
Para isso leremos a passagem de
Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galileia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho. Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser.
Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava duas ou três metretas. Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente. Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram. Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora.
Jesus começa Seu ministério em meio a um grupo de pessoas, em uma grande festa de casamento em Caná da Galiléia, cidade próxima de Nazaré. A mãe de Jesus estava lá, e Ele também foi convidado, aparentando que estavam em um evento promovido por algum parente ou amigo próximo. Que lição maravilhosa nos é dada aqui! Jesus é convidado para um tempo de alegria e realização, enquanto costumamos chamá-lo para nossos momentos de dor. O Cordeiro de Deus precisa estar presente em todo tempo, pois situações inesperadas acontecem. Foi o que aconteceu em Caná. O casamento durava de 3 a 7 dias, e algo terrível repentinamente acontece: o vinho da festa acabou. A falta de vinho era sinal de humilhação e vergonha, e o noivo, inclusive, podia ser processado pelos parentes ofendidos da noiva. O cenário era terrível, e Maria percebeu aquilo, e recorreu a Jesus, que foi aparentemente rude com ela, mas era algo necessário, para Maria começar a considerá-lo não como filho, mas como Senhor. A tradução melhor seria “senhora”, algo respeitoso, “porque me diz isso?” Maria sai e se coloca como uma serva que exercita a fé: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Havia ali algumas talhas de pedra, que usavam nas purificações. Cada uma cabia de 60 a 100 litros de água. Jesus ordenou para que enchessem de água as talhas, e eles as encheram totalmente, retirando depois um vinho de intensa qualidade. Jesus restaura a alegria da festa. O Cordeiro entre nós leva alegria a um grupo ansioso e temeroso. Ele faz isso em nossa vida também. João, nos próximos capítulos, narra diálogos de Jesus que vão mostrar
OS EFEITOS DO CORDEIRO NO INDIVÍDUO: Vida renovada
OS EFEITOS DO CORDEIRO NO INDIVÍDUO: Vida renovada
Jesus conversa com Nicodemus (um líder religioso) no capítulo 3, com uma mulher Samaritana (uma camponesa simples) e um oficial gentio no capítulo 4 e com um paralítico no tanque de Betesda no capítulo 5. Jesus não se envolve somente com grupos, mas se envolve com os indivíduos.
Desses diálogos de Jesus em João, vamos sublinhar o encontro com a mulher samaritana.
Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta.
Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
Jesus chegou ao poço de Jacó por volta do meio-dia, em uma região dos samaritanos. Havia muita animosidade entre Judeus e Samaritanos, porém Jesus passou por aquela região, pois era necessário, e logo veremos o motivo.
E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria.
Chegou por ali uma mulher, ao meio-dia, quando era mais comum que as mulheres fossem buscar água em grupos, ou mais cedo ou mais tarde no dia,quando o calor do sol não era tão forte. Possivelmente, a vergonha pública da mulher contribuiu para seu isolamento. Jesus intencionalmente, quebra o tabu e abre um longo diálogo com uma mulher (aos Rabis era proibido até uma conversa mais longa com a própria esposa) Samaritana.
Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
Ele provoca o diálogo, e apresenta a ela a água da vida:
Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.
Estamos vivendo dias cansativos, como os daquela mulher que puxava água debaixo de um sol escaldante, se isolando do seu próprio povo. Jesus ainda se aproxima do indivíduo, dos seus traumas individuais, das necessidades emocionais, mexe com o que gera isolamento. Os efeitos Dele na vida dos indivíduos é vida restaurada e ânimo na proclamação de Seus feitos.
Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?! Saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele.
Deixou o cântaro de água natural, e partiu a jorrar a água viva com alegria e disposição. O Cordeiro está entre nós, compartilhando de Sua vida. Receba-O e viva a vida verdadeira que Ele dá.
Daremos um salto agora para o capítulo 17, em que veremos o Cordeiro de Deus em uma prática bastante presente em Seu ministério, a oração. Nessa oração, Ele intercede pelos Seus amigos e também por nós. Jesus se envolveu com os grupos, os indivíduos e acima de tudo com o Pai. vejamos
OS EFEITOS DO CORDEIRO EM SOLITUDE: Intercessão ao Pai enviada.
OS EFEITOS DO CORDEIRO EM SOLITUDE: Intercessão ao Pai enviada.
Jesus está consciente de que o momento de Sua morte, ressurreição e ascensão havia chegado.
Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti,
A glória do Filho passa pela cruz, e Ele se ofereceu para cumprir essa missão de amor. Ele amou até o fim, para dar vida eterna aos que creem. E a vida eterna passa pelo conhecimento de Deus e Jesus:
E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Ter a vida eterna implica em conhecer ao Pai e ao Filho. Já temos esse conhecimento? A palavra aqui era também usada para apontar a intimidade do homem com uma mulher. O clímax da relação. Vemos diante disso, que a vida eterna é algo que passa por algo mais que ser simpático ao Evangelho, ou teoricamente preparado. Precisamos conhecer a Deus de forma prática e íntima. E Jesus, naquele momento junto ao Pai, intercede também por nós, no século XXI e por todos os séculos que virão.
Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra;
Jesus é o Cordeiro, mas é também o Sacerdote Supremo. Ele intercede por nós, é o único mediador entre nós e Deus. Aqui Ele antecipa sua intercessão, que estaria na cruz:
Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda. Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes.
Na oração de João 17, fica claro o sacerdócio de Jesus. Só por Ele, podemos chegar a Deus.
E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.