Os Benditos Propósitos da Páscoa
O programa de Javé para a libertação de Seu povo incluía a celebração do livramento por meio de um sacrifício vicário na ocasião em que o juízo divino definitivo (a décima praga) era sentido em todo o Egito (12.1–36). Pinto, C. O. C. (2014). Foco & Desenvolvimento no Antigo Testamento. (J. C. Martinez, Org.) (2a Edição Revisada e Atualizada, p. 76). São Paulo: Hagnos.
Os Benditos Propósitos da Páscoa
O programa de Yahweh para a libertação de Seu povo incluía a completa humilhação do Egito e seus deuses diante Dele (5:1−11:10).
A praga das águas transformadas em sangue revelou a autoridade de Yahweh sobre o Nilo, o rio que sustentava a vida do Egito (7:14–24).
A praga das rãs revelou a superioridade de Yahweh sobre a deusa Heqt e produziu o primeiro ciclo de permissão-negação por parte de Faraó (8:1–14).
A praga dos piolhos revelou a superioridade de Yahweh sobre Set, o deus do deserto [poeira?] e levou os magos a admitir a intervenção divina (8:16–19)
A praga das moscas revelou a superioridade de Yahweh sobre o deus Uatchit, estabeleceu a distinção entre Israel – a nação a ser libertada – e o Egito –, a nação a ser julgada, e fez Faraó repetir sua falsa promessa de permissão (8:32).
A praga da peste nos rebanhos egípcios demonstrou a superioridade de Yahweh sobre Ápis, o deus-touro, e Hathor, a deusa-vaca, ao preservar o gado dos israelitas (9:1–7).
A praga das úlceras nas pessoas e no gado demonstrou a superioridade de Yahweh sobre Ísis, a deusa da cura, sobre Sekhmet, deusa dos remédios, e sobre Sunu (deus da peste), incapacitando os magos que se opunham a Moisés e Arão (9:8–12).
A praga da saraiva revelou a superioridade de Yahweh sobre Nut [deus do céu], Osíris [deus das colheitas e da fertilidade] e Set [deus das tempestades], inspirando temor de Deus em alguns oficiais egípcios, em contraste com a renovada dureza de Faraó (9:13–35).
A praga dos gafanhotos revelou a superioridade de Yahweh sobre Nut e Osíris e evidenciou o profundo descontentamento na corte do Egito com a política obstinada de Faraó, que o levou a violar sua promessa mais uma vez (10:1–20).
A praga das trevas revelou a superioridade de Yahweh sobre Ra e Hórus, divindades do sol, e sobre Nut, deus do céu, produzindo uma confrontação final entre Moisés e Faraó (10:21–29).
A anunciada praga da morte dos primogênitos revelaria a superioridade de Yahweh sobre Min, deus da reprodução, sobre Ísis, a deusa da cura, e sobre o herdeiro de Faraó, considerado divino pelos egípcios, quebrando por fim a obstinada resistência do monarca quanto à libertação de Israel (11:1–10).