Mestre das Abordagens

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Estudo 542
Agenda islâmica IV
Mestre das Abordagens
1Coríntios 9:22

Introdução

Meus amados irmãos, estamos no último estudo de série “Agenda Islâmica”. Há quase 5 anos e de maneira intencional e depreendendo muito esforço, muito estudo e dedicação, sob a orientação de nosso pastor Joel Costa, o Ministério do Belém, a partir dos Estados Unidos, tem, de forma resoluta, incluído em seu programa a Agenda Islâmica como uma de suas prioridades, no que diz respeito à capacitação da Igreja para cumprir o “Ide de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Por esta razão o SEI (Seminário de Evangelização Islâmica), foi desenvolvido. Para ser uma ferramenta no auxílio ao preparo para o desafio de levar a palavra do Senhor Jesus ao mundo islâmico.
No estudo de hoje, o Espírito Santo, nos levou a um pensamento bem distinto quanto a necessidade de ganharmos almas para Cristo, especialmente no contexto que estamos estudando nesta série, os muçulmanos.
Nesta lição, que tratamos da abordagem, somos convidados a uma profunda aula com “O Mestre das Abordagens”. Desfrutemos!

1 Um ambiente desafiador

Estudar técnicas práticas, maneiras novas e eficientes de abordagem e que estejam ao passo de nosso tempo, sempre foi um ponto importante para qualquer ação evangelística na qual se deseja obter bons resultados.
Na busca pelas mais inovadas maneiras de ações evangelísticas nos tempos modernos, convido-o a uma viagem no tempo. Veremos de maneira sucinta, alguns obstáculos que o próprio Senhor enfrentou e superou em Seu ministério terreno, e que nos servirão, e muito, para obtermos sucesso em cumprirmos a tarefa de apresentar o Senhor Jesus para muitos.
Estudemos com atenção o que segue:

1.1 O ambiente político

Quando do nasimento de Jesus, Herodes (37 a 4a.C.), era rei da Judeia, nomeado pelos romanos, e acabara por fundar a nova dinastia judaica no poder, a dos herodianos, e manter a região independente por mais algum tempo. Herodes, citado em Mateus 2, 1; Lc 1, 5, governou os territórios de Judeia, Samaria, Indumeia, Galileia, Pereia e outras regiões para o lado de Aurã e foi sucedido por seus filhos em territórios divididos entre estes, após a sua morte. O etnarca Herodes Arquelau (Mt 2, 22) herdou a Judeia, a Samaria e a Indumeia até o ano 4d.C. O etnarca Herodes Antipas, as regiões da Galileia e Pereia, de 4a.C. a 39d.C., e este é, entre os soberanos herodianos, o mais citado no Novo Testamento (Lc 3,1; 9,7-9; 13,31-32; 23,7-12; Mt 14,1-12).
E sobre todos eles representando os poderes de Romana, havia o governo provincial Pôncio Pilatos que governou a província da Judeia, depois conhecida como Syria Palestinéia (que envolve todas as regiões acima citadas), entre os anos 26 e 36 da era cristã, tendo sido procônsul sob o governo do imperador Tibério.

1.2 O ambiente social & econômico

A Judeia, por sua localização geográfica, era um importante rota de passagem, sendo uma verdadeira ponte do império e seus territórios no Oriente e África. Circulavam pela Palestina muitos soldados, comerciantes, mensageiros, diplomatas e tantos outros.
As questões sociais internas da comunidade judaica, mesmo sob a administração romana, eram resolvidas pelo sinédrio (tribunal presidido pelo sumo-sacerdote e formado por 71 membros, anciãos, sumos sacerdotes aposentados, sacerdotes do partido dos saduceus e escribas fariseus), com sede em Jerusalém, e instituído provavelmente ainda no século 4a.C. No século 1d.C. possuía atribuições jurídicas, tais como: julgava os crimes contra a lei mosaica, fixava a doutrina e controlava todos os aspectos da vida religiosa. Em todas as cidades e vilas da Palestina existiam também pequenos sinédrios, formados por três membros, que cuidavam das questões locais (Mt 5, 21-22).
Ainda que Roma tenha procurado manter as estruturas locais anteriores à conquista e tenha respeitado a idiossincrasia judaica no tocante a diversos aspectos, a dominação romana implicou a progressiva romanização e helenização, bem como a cobrança de inúmeros impostos diretos e indiretos.
Na economia, a agricultura era a principal atividade. Plantavam-se trigo, cevada, figo, azeitonas, uvas, tâmaras, romãs e maçãs. Encontravam-se também rosas, para a produção de essências destinadas aos perfumes. A manufatura cuidava da defumação ou salgação de peixes, construção, fiação e tecelagem, produção de artigos com couro, cerâmica. Nas grandes cidades havia pedreiros, carregadores de água, barbeiros e lavanderias.
As diferenças sociais não se pautavam somente na riqueza ou pobreza do indivíduo, mas em diversos outros critérios, como sexo, função religiosa, conhecimento, e pureza étnica. Uma mulher, por exemplo, ainda que proveniente de família rica, estava numa situação social inferior à de um simples levita. Um samaritano, apesar de descendente dos israelitas, devido à miscigenação, era considerado impuro e, socialmente, inferior a uma mulher judia. Note-se esta inferiorização da mulher na oração dos fariseus que pode ser comparada a um trecho do livro de orações judaicas: “Bendito és tu, ó Senhor nosso Deus, Rei do Universo, que não me fizeste gentio [...] que não me fizeste escravo [...] que não me fizeste mulher”.
Mesmo um ambiente socioeconômico transtornado, não foi obstáculo que impedisse o Senhor Jesus de ministrar ao coração do homem a sua palavra de vida e esperança para uma sociedade que já estava mergulhada em densas trevas e pecados.

1.3 O ambiente religioso

Este era um ambiente muito complicado, seja aquele ligado à nação, que veremos já, quanto às inúmeras formas de cultos, de deuses, semi-deuses, adorados pelos povos do mundo antigo.
Influentes correntes de pensamentos progressistas que confrontavam a Palavra do Senhor, já existentes naquela época, permeavam as sociedades do mundo nos dias de Jesus. Roma fora uma das nações mais politeístas de que se tem registro, pois além de absorver muitas formas de culto das culturas e nações que conquistava, ela mesma, era, já por extremo, politeísta - é só pensar no culto estabelecido ao próprio imperador.
No quadro interno do judaísmo como religião, destaca-se o seguinte quadro:

1.3.1 Os saduceus

Estes eram, por sua vez, pessoas da alta sociedade, membros de famílias sacerdotais, cultos, ricos e aristocratas. Dentre eles haviam saído desde o início da ocupação romana os sumos sacerdotes, que nesse momento, eram os representantes judeus diante do poder imperial. Faziam uma interpretação muito sóbria da Torah, sem cair nas numerosas questões casuísticas dos fariseus, e portanto subestimavam o que esses consideravam como sendo a Torah oral. Em oposição aos fariseus, não acreditavam na vida após a morte, nem compartilhavam suas esperanças escatológicas. Não gozavam de popularidade nem do afeto popular, dos quais desfrutavam os fariseus, mas tinham poder religioso e político, pelo que eram muito influentes.

1.3.2 Os essênios

Temos ampla informação sobre suas crenças através de Flávio Josefo, e, principalmente, pelos documentos em papiro e pergaminhos encontrados em Qumrán, onde parece que se instalaram alguns deles. Uma característica específica dos essênios, consistia no repúdio do culto que se fazia no templo de Jerusalém, já que era realizado por um sacerdócio que se tinha envilecido desde a época asmoneia. Em consequência, os essênios optaram por se separar dessas práticas comuns com a ideia de conservarem e restaurarem a santidade do povo num âmbito mais reduzido, o de sua própria comunidade.

1.3.3 Os fariseus

Seu nome, em hebreu “perushim", significa “separado, ou para alguns, segregados". Dedicavam sua maior atenção às questões relativas à observância das leis de pureza ritual, inclusive fora do Templo. As normas de pureza sacerdotal, estabelecidas para o culto, passaram a marcar para eles um ideal de vida em todas as ações da vida cotidiana, que ficava assim ritualizada e sacralizada. Junto à Lei escrita (Torah ou Pentateuco), foram recopiando uma série de tradições e modos de cumprir as prescrições da Lei, às quais se concedia cada vez um maior apreço, até que chegaram a ser reconhecidas e nomeadas por muitos como Torah oral, e atribuída também a Deus, sua autoria. Segundo suas convicções, essa Torah oral foi entregue junto com a Torah escrita a Moisés no Sinai e, dessa forma, ambas tinham idêntica força vinculante.

1.3.4 Os zelotes

Formados em sua maior parte pelos fariseus e que estudaremos com maior detalhe no tópico 2.
Vale ressaltar que nenhuma das questões acima descritas foram sequer um barreira intransponível para João Batista anunciar o Evangelho como predecessor de Jesus, e nem tão pouco para o próprio Senhor Jesus Cristo estabelecer Seu ministério e entregar ao mundo as boas-novas de Salvação, apresentado ao homem o Caminho, e sendo, na realidade, Ele mesmo o caminho que nos leva ao Céu!
E nós, que obstáculos temos, que desculpa damos para um maior empenho na obra do Evangelho?
No fundo, o Senhor Jesus, viveu em um mundo que estava esboçando a ideia moderna de globalização, vivendo de certa forma, sob a liderança de um império quase que completamente global. Resguardados os detalhes do ambiente da época, os desafios não diferem em muito aos do nosso tempo.
Desafios semelhantes, em um tempo distinto, mas nada disso impediu que o Evangelho fosse anunciado e a Salvação alcançasse o homem, chegando até aos nossos dias e alcançando a sua e minha vida. Aleluia.

2 Zelotes

Os zelotes eram uma seita judaica radical do tempo de Jesus. Os zelotes eram extremistas e radicais, acreditavam na luta armada contra os romanos e esperavam um Messias guerreiro. Os zelotes levaram sua devoção à Palavra de Deus ao extremo, acreditando que deviam fazer todo possível para defendê-la - até matar pessoas, se fosse necessário.
Para os zelotes, a dominação romana era uma afronta que não podia ser tolerada. Israel era a nação escolhida de Deus, e os romanos não criam em Deus nem o honravam. Os judeus não se deviam associar-se a gentios. Por isso, os romanos precisavam ser expulsos da Terra Santa, usando a força.
Os zelotes causaram várias rebeliões violentas contra o império romano, ao longo de cerca de 100 anos. Todas as rebeliões falharam. No entanto, uma das maiores rebeliões incitadas pelos zelotes culminou na destruição do templo de Jerusalém, em 70 d.C., como Jesus tinha predito; Marcos 13:1-2
Já e em 73d.C., a última fortaleza de resistência, Massada (que aliás fora uma das obras de restauração de Herodes), também caiu frente aos romanos. Por conta disto, para muitos, os Zelotes ficaram marcados como sendo aqueles que levaram Jerusalém à destruição. Isso explica por que Flávio Josefo, na obra A Guerras dos Judeus, não se referiu aos Zelotes como sendo homens realmente zelosos em relação a Deus. Ao invés disto, ele falou dos Zelotes como pessoas violentas que utilizavam punhais ou adagas, isto é, um grupo de assassinos.

2.1 Algumas considerações:

A Bíblia não fala diretamente sobre os zelotes, mas o paradigma de pensamento zelote estava bem presente entre os discípulos de Jesus e a sociedade da época.
Observe estes dois pontos:
a. Eles esperavam a princípio que Jesus expulsaria os romanos e restabelecer o reino de Israel, no entanto mensagem de Jesus sobre Seu Reino o Rei do Pai era bem diferente, - que Seu Reino não era deste mundo. João 18:36
b. Alguns de seus discípulos estavam prontos para lutar por Ele, mas Jesus, recusou a violência.
Mateus 26:51-52
Os zelotes estavam tão preocupados com questões políticas, zelo religioso cego e distorcido, que não entenderam a verdadeira mensagem das Escrituras. Sua visão distorcida os impediu de reconhecer o verdadeiro Messias, o Senhor Jesus.

2.2 Observemos dois de seus principais erros:

2.2.1 Zelo ou distorção

Ser zeloso de forma adequada é algo que certamente o Senhor Jesus se agrada. Na Bíblia os cristãos são advertidos a serem sempre zelosos no serviço ao Senhor (Romanos 12:11; Tito 2:14). Seu dever é contribuir especialmente para a edificação da Igreja (1Coríntios 14:12).

2.2.2 Auto-justificação

Eles alegavam seguir o exemplo de grandes homens de Deus que realmente foram zelosos pela honra de Deus. Mas diferentemente deles, os Zelotes não agiram corretamente e tinham motivações inadequadas. Além disso, eles pensavam que podiam justificar qualquer barbaridade em nome da fé, em nome de Deus.
Um fato que nos chama a atenção, é que, Simão, um dos 12 apóstolos, era conhecido como “o zelote”. Esse seu apelido (assim por dizer) “zelote”, o distinguia de Simão Pedro, outro apóstolo.

2.3 Simão, o zelote

É muito provável que Simão havia pertencido ao grupo religioso dos Zelotes, e talvez por isso, seja identificado pelo evangelista Lucas, como tal; Lucas 6:15; Atos 1:13.
Assim, o codinome “zelote”, com referência a ele, não indicaria simplesmente o zelo religioso, mas sua passada ligação com este grupo radical judeu.
Os maiores estudiosos do assunto assim creem. E baseados nas vezes que aparece o nome deste apóstolo, onde o vocábulo grego utilizado para traduzir o termo zelote é “canaanite”, como origem na expressão Syriac “kanean” ou “kaneniah”, e que é justamente o termo utilizado para distingir esta seita extremista dentro do judaísmo daqueles dias, e não “canaan”, como região ou localização geográfica, ou cidadão nativo de Canaã “cananeu”.
E este fato mostra-nos algo maravilhoso. O poder transformador do Evangelho de Jesus Cristo, que fez do radical zelote Simão; “um zeloso apóstolo de Jesus”. Como o Senhor Deus é maravilhoso, não importa o seu passado. Nele nós temos um futuro, todos podemos ser uma benção e muito usados pelo Senhor Jesus.
O Senhor Jesus, tão pouco se preocupava com as críticas e murmurações que pudesse haver, e que com certeza houve, por vê-Lo andando com um zelote, sentando-se à mesa com pecadores, acolhendo e abençoado mulheres e crianças. Não se importando com o pensamento dos outros, que estes suspeitassem de ele se tornasse um extremista zelote ou não - o que importante, de verdade, para Jesus, era ver o homem salvo, libertado, cheio do Espírito Santo, e lutando pelo Reino dos Céus!
Outro fato bastante curioso, é que alguns comentaristas acreditam que o criminoso Barrabás, solto no lugar de Jesus, tenha pertencido ao grupo dos Zelotes. Acreditam que o crime que o tenha levado à prisão, foi, justamente, um atentado contra o domínio de Roma, e seja este o ataque a um soldado romano, ou a uma instituição pública romana.
E se assim foi, mas uma vez, como o Senhor Deus é maravilhoso, pois enviou Seu Filho Jesus, para morrer em lugar dos zelotes, dos extremistas, dos muçulmanos e por todos nós pecadores!
Mesmo num ambiente destes, de tantas tensões, quer sejam elas políticas, sociais e morais, econômicas ou religiosas, e por vez extremistas, nada disto o fez parar e nem por isto, o Senhor Jesus parou de pregar.
Mateus 4:23-25

3 Contextualizando

Estamos justamente vivendo um tempo que é muito distinto na história e com uma variedade muito grande, seja de pensamentos religiosos, como de filosofias progressistas. Dentro destes pontos, muitas distintas correntes. Uma das questões mais desafiadoras, senão a maior delas no campo religioso, é o islamismo.
O islamismo, como o judaísmo dos tempos de Jesus, tem muitas correntes de pensamentos. Grupos mais flexíveis, que sequer adotam a shariah (sharia law, lei da sharia), outros mais radicais, e outros extremamente extremistas. Estados soberanos que observam com rigor a sharia, e assim por diante.
E a questão nos colocamos é: “O que fazer? Como evangelizá-los? Como levá-los a Jesus Cristo o Salvador? {Se o que eles conhecem de Jesus (mesmo que o próprio Alcorão fale de maneira distinta), é o resultado de tanta distorção}.
Consideremos o que segue:
Os acima mencionados nos tópicos 1 e 2, e a análise da atitude de Jesus, diante das circunstâncias de Seu tempo, diante dos desafios de Seu tempo, nos será de grande ensino.
Como Ele reagiu a tudo? Como Ele pregou? etc.
Tenho convicção que você sabe, mas vamos considerar alguns pontos aqui, e vermos atitude de Jesus:

3.1 Ele não fez distinção

3.1.1 às crianças

Lucas 18:16

3.1.2 às mulheres

João 8:10, 11
Mateus 26:10

3.1.3 aos publicanos e pecadores

Marcos 2:15

3.1.4 aos religiosos

João 3.1-2a

3.1.5 aos estrangeiros

Mateus 15:22

3.1.6 aos nobres e à alta sociedade

Lucas 8:3

3.1.7 aos servos, aos pobres e até ao centurião

Mateus 8:5
Chamou a sua atenção, em especial, este último item - o centurião. Este fora um soldado que representava o regime imperialista de Roma, e, como tal, eram o alvo preferido dos atentados praticados pelos extremistas zelotes. Jesus, sem medo de represálias ou qualquer distinção, o recebeu, como a todos recebia.

3.2 Ele viveu e ensinou a verdade com clareza e autoridade

Lucas 20:1-2
Vale aqui considerar, que somos muito mais observados que ouvidos. E não conta simplesmente o que conhecemos do Evangelho do Senhor Jesus, mas o quanto estamos realmente comprometidos com estes, e se este pode ser percebido em nossas ações, mesmo no silêncio! Ou seja, vivemos o que falamos e cremos? Ou nosso discurso está dissociado da nossa conduta?

3.3 Ele foi revestido do Espírito Santo

Lucas 4:1, 17-21
É interessante analisarmos o fato da intimidade de Jesus com o Espírito Santo, e o quanto os Evangelhos falam disto, em especial Lucas e pensar que vivemos um tempo, onde muitos cristãos, parecem ter se esquecido da importância do Batismo com o Espírito Santo, e do revestimento de poder do alto. É triste notar o fato de que muitos estão até se enchendo de conhecimento ou de informações (que são questões bem distintas) e deixaram de lado a importância de se cultivar um relacionamento íntimo com o Espírito Santo, sendo que, se algum resultado concreto e permanente quisermos alcançar, somente sendo capacitados, revestidos, guiados e cheios do Espírito Santo é que conseguiresmos. Ele é o responsável por qualquer sucesso que alcançamos e alcançaremos !

3.4 Ele não teve Sua vida por preciosa;

João 10:11, 17-18
A comodidade oferecida principalmente em países como os de primeiro mundo, é um grande paradoxo do quanto estamos ou não levando a sério isto. Não ter por preciosa nossa vida, nosso conforto, a segurança ou qualidade de vida que temos, e trocar tudo isso pelo Evangelho, ou colocá-lo antes de tudo isto, é um grande desafio a muitos.
Alguns chegam a dizer, “mas Jesus já pagou este preço por nós”, mas os mesmos esquecem de ver, ao longo da história, que o preço foi pago também pelos apóstolos, pelos Pais da Igreja Primitiva, e por milhares de missionários e crentes fieis ao longo da história, para que o Evangelho chegasse até você e eu.
O preço que só Jesus pagou, foi a Cruz, seu sangue pelo nosso perdão! E ninguém mais pode pagar este preço pois foi só ele mesmo. E agora no restante, ”A RESPONSABILIDADE É MINHA !”

3.5 Ele amou

João 13:1
Como duvidar ou questionar o amor de Jesus? Como explicá-lo profundamente? Somos, você e eu, resultados incontestes do AMOR de JESUS!
Ouvi uma frase muito linda dita por um jovem pastor há alguns anos atráz; “O Senhor Jesus te ama, como jamais você será capaz de amar a si mesmo, e não há nada que você tenha feito, faça ou que venha a fazer, para que Ele venha a te amar menos.” (Pastor Eli Raizel - 26/10/2014)
Então ame, como Ele te amou! Amemos os perdidos como Ele nos ensinou a amar! Ele amou os zelotes… ele ama os muçulmanos… é nosso dever amá-los também!
Veja o exemplo de Cristo, de que de todas as formas e por todos os meios, transmitiu a palavra com excelência e sem qualquer contaminação às pessoas à sua volta. O apóstolo Paulo, procurou viver e ensinar o mesmo, como percebemos no texto base desta meditação:
1Coríntios 9:22
Hoje cabe a você e a mim, cumprimos o mesmo ideal.

4 Sedimentando uma Estratégia

Não existe nenhuma forma maior e melhor de termos um bom resultado, senão o bom preparo. E quando penso nisto, observo o quanto o Senhor Jesus nos está dando um grande oportunidade através deste programa da Igreja. É, sem dúvida alguma, uma oportunidade de crescimento, para sedimentarmos ainda mais nossa fé, para consolidar nossas convicções espirituais, nossa intimidade com a Palavra do Senhor e o Senhor da Palavra.
É exatamente por isto, que volta à tona, a estratégia que o Senhor nos deu, de apresentarmos de maneira estratégica, e que nos ajuda na evangelização, como uma primeira linha de defesa da fé, quando abordados. Ou quando, na oportunidade que o Espírito Santo nos der, ao abordarmos alguém para falar do Evangelho da Salvação, de nosso Senhor Jesus Cristo.
Justamente de maneira sucinta, lembraremos juntos, o que conhecemos destes pontos que os zelotes de nossos dias (os muçulmanos), consideram extremamente importante quanto à fé, com os quais somos confrontados quando estes nos abordam, ou quando tivermos a oportunidade de fazê-lo.

4.1 A Bíblia e eu

Qual a verdadeira importância da Palavra do Senhor para mim? O quanto eu conheço do seu conteúdo, dos seus ensinamentos e das suas doutrinas a que ela aponta. Qual seu tema central? Quanto dela tenho mais que decorado, em memória?
Não são perguntas que os muçulmanos de forma direta nos farão (ainda que podem surgir, eventualmente), mas ficará muito claro a verdadeira importância da Palavra do Senhor para nós, se nos seus ataques à Palavra do Senhor não formos capazes de respondê-los de maneira adequada, e demonstrarmos o quanto a conhecemos e esta é preciosa para nós.
E não me refiro a um conhecimento profundo, teológico, acadêmico, mas ao conhecimento de um verdadeiro amante das delícias da Palavra do Senhor. Quem lê a Bíblia todos os dias, sabe muito bem a que me refiro.

4.2 Plano da Salvação e eu

Como é maravilhoso o Plano da Salvação, como é precioso entendermos como o Senhor nos preparou um Salvador, que justamente difere extremamente do pensamento islâmico, que define: “o homem precisa da salvação e não de ser salvo, não de um salvador”. Somos cientes que sim, o homem é um ser extremamente talentoso e capaz - Salomão já disse em Eclesiastes: Este homem cheio de invenções, que por sua vez vive no pecado, precisa desesperadamente de um Salvador.
Por mais criativo que seja, não pode, por si mesmo, apresentar-se sem culpa diante do Senhor Deus.

4.3 O Senhor Jesus e eu

A grande questão não é o que os outros dizem a respeito de Jesus. Tão pouco o que academicamente conhecemos de Jesus (não obstante seja importante). Refiro-me ao fato de o quanto conhecemos Jesus de maneira pessoal, nossa experiência com Ele, sua presença em nossa vida, seu cuidado para conosco. Não simplesmente o Jesus de quem se ouve falar, mas aquele que conhece de perto. O meu querido Senhor Jesus. O quanto dele eu sei falar?

4.4 O Amor de Deus e eu

Talvez pareça impossível, mas realmente existem inúmeras pessoas, e em especial os muçulmanos, que não fazem a mínima ideia da realidade e grandeza do amor do Senhor Deus! Tudo o que eles entendem a respeito de sua relação com Alá, é baseada no medo. Conhecem a valor da expressão misericórdia, mas jamais ouviram que seu deus lhes ama.
Nós conhecemos profundamente o Seu amor, expresso de muitas formas no nosso dia-dia e a maior das expressões do amor é o amor personificado no próprio Senhor Jesus Cristo. O quanto disso vivemos, será notado. Não tenha dúvidas!

4.5 A comunhão com Deus e eu

Provavelmente este seja o ponto mais confuso para os muçulmanos, pois tudo que entendem da relação com Alá, é o resultado de uma vida sub-serviçal. Uma obediência cega, requerida por interpretações distorcidas do próprio Alcorão (que diga-se, é um livro extremamente inconsistente em sua doutrina), das imposições do hadith (livro das traduções e interpretações do Alcorão e considerado sacro e importante para muçulmanos). Servem um deus distante e que, na realidade, não se tem muita certeza, se estão agradando a ele de verdade, ou não, pois a salvação não está muito clara e garantida para eles.
Você e eu, temos a maravilhosa companhia do Espírito Santo de Deus, que é o agente catalizador desta comunhão, o Consolador amado, enviado pelo próprio Senhor Jesus, que testifica do Senhor Deus e Pai, que testifica do Senhor Jesus Cristo. Este nos guia, orienta, ajuda, conforta, instrui, capacita, nos enche de poder, e conforma em nós, o gozo da Salvação e a certeza de que vamos para o Céus morar com Jesus. Aleluias!
O quanto destes 5 pontos, sabemos falar e defender de maneira bíblica e consistente é a grande questão e a chave para o sucesso na defesa e da evangelização, seja para quem for, e especialmente, a dos muçulmanos. A propósito deste preparo e orientação segue anexo um material adicional e mais detalhado sobre este tópico 4, que apresenta uma forma prática de abordagem juntamente com o desenvolvimento de sugestivas de respostas práticas desses 5 pontos em questão.

Conclusão

Nosso Ministério tem se dedicado muito, e muito mesmo, ao longo destes últimos anos no desenvolvimento e produção de materiais que sejam ferramentas úteis para o nosso aprimoramento pessoal, familiar, congregacional e institucional.
No entanto, o bom resultado de todo este esforço será o equivalente da nossa sincera dedicação pessoal, seja na oração, no jejum, tanto quanto no estudo dedicado do material apresentado nas aulas do SEI e no amor verdadeiro pelos perdidos. Entre estes está a questão, a resposta de seguir a orientação do Senhor Jesus Cristo, de nos importarmos, de maneira intensa e proposital, com este programa específico ministerial - a Agenda Islâmica”
Os muçulmanos precisam conhecer a verdade sobre o Senhor e Salvador, Jesus Cristo e o Espírito Santo quer usar a sua e a minha vida nesta grande tarefa.
Este último ano foi um tempo muito difícil e complicado no mundo todo, em consequência da pandemia do Covid19. Observamos que, não obstante tristes, e de certa forma atônitos, que o pecado não parou de crescer e ganhar espaço no coração do homem. O inimigo de nossas almas não parou de agir em todos as suas frentes de ataques contra a vida do homem - e em especial a Igreja de Jesus - intensificaram-se as forças como que numa última e desesperada tentativa de por fim a Obra do Senhor Jesus na terra.
O islamismo não parou, muito pelo contrário, tem crescido de maneira rápida e assombrosa, seja em número, como em influência e poder econômico e político, em países que jamais imaginaríamos, como França, Reino Unido, nos Estudos Unidos, e tantos outras nações.
Mas o nosso Deus, o Senhor Jesus Cristo, é um Deus vivo, poderoso e não foi pego de surpresa!
E há anos, Ele já vinha nos preparando, preparando a Sua Igreja, para estes tempos e despertou-nos para este grande desafio. O Senhor tem cuidado de Sua Igreja, o Senhor nos tem dado os meios para nos capacitarmos, e chegou o momento, que num primeiro momento de pandemia não colocamos em prática, mas hoje, conscientes e preparados, o faremos em nome de Jesus. Lembre-se: A RESPONSABILIDADE É MINHA!
Nossa gratidão ao Senhor Deus, ao nosso amado Jesus e a inspiração do Espírito Santo neste trabalho. Nossa gratidão ao nosso pastor Joel Costa pela oportunidade de esta Comissão poder ser útil aos propósitos do Senhor para nossas vidas e Ministério. Nossa gratidão a todos os pastores que compõem esta Comissão, homens de Deus, que tem muito se esforçado para este grande desafio.
Francis Brito
London - United Kingdom
Fevereiro 2021

Bibliografia & Sites

Biblia, NIV, Trilingue
Bíblia Sagrada, ARC
Bíblia KJ, de Estudo Holmam
Easton, Mattheus George, Easton Bible Dictionary ( 1897 ), realised 2001, Harper & Brothers
Material Editado pela Comissão do SEI (Seminário de Evangelização Islâmica ), ADBelem - USA
Os Evangelhos, Livro texto - BIB1013, Primeira Edição - JWBC
O Treinamento dos Doze, A.H. Bruce, Ed. CPAD
Matheus Henry, Comentario Biblico, Ed. CPAD
Moody, Commentary, Ed. EBR
Beacon, Commentary, Ed. CPAD
Historia dos Hebreus, Flavio Joséfo, Ed. CPAD
A Guerra dos Judeus. História da Guerra Entre Judeus e Romanos, Flavio Josefo, Ed. Sílabo
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Quem é Quem na Biblia Sagrada, por Paul Gardner, Ed. Vida
Doze Homen uma Missão, Armis de Barros, Ed. Candeia
Radical Evangelism to Muslims - Course Book M1C3 - MMWU
Christian & Islamic Theological Issues - Course Book M1C4 - MMWU
Islam’s Issues, Agendas & The Great Commission - Course Book M0C1 - MMWU
Christian Apologetics to Islam - Course Book M1C2 - MMWU
Swartley, Keith E. Descobrindo o mundo do Islã. Editora Esperança. Kindle Edition
www.Priberam,Dicioanrio on-line,
www.significados.com.br
www.jus.com.br
www.embassies.gov.il
www.frontiers.org
www.Bíbliaonline.com.br
www.islamreligion.com
www.mmsw.com
www.AccordanceBible.com
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