Exegese do Novo Testamento (Lucas)

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A Lei e os Aproveitadores

lucas 20.45-47
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
I - ESTUDO CONTEXTUAL
1 Contexto histórico do livro
1.1 Circunstâncias históricas, culturais, políticas, econômicas e religiosas
1.2 Autoria do livro
1.3 Data do livro
1.4 Destinatários do livro
1.5 Objetivo da escrita do livro
2 Contexto literário do livro
2.1 Esboço do livro
2.2 Gênero literário do Livro
2.3 Análise literária da passagem
3 Contexto canônico
3.1 Antigo Testamento
3.2 Novo Testamento
II - ESTUDO TEXTUAL
1 Seleção do texto
1.1 Em Português: ARA
1.2 Em Grego
2 Análise morfológica e tradução do texto
2.1 Análise Morfológica
2.2 Tradução literal
2.3 Tradução dinâmica
2.4 Comparação de versões
2.5 Comentário
3 Análise manuscritológica
3.1. Variantes textuais
4 Estruturação do texto
4.1 Estrutura do texto em Português
4.2 Estrutura do texto em Grego
5 Mensagem para a época da escrita
III - ESTUDO TEOLÓGICO
1 Mensagem para hoje
2 Teologia do texto
3 Implicações para a teologia bíblica
4 Implicações para a teologia sistemática
5 Implicações para a teologia prática
6 Mensagem para todas as épocas
7 Sermão
7.1 Estrutura e desenvolvimento do sermão.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
PALAVRAS FINAIS
INTRODUÇÃO
A Bíblia está desatualizada? A Bíblia sempre esteve envolta em grandes discursões e não é algo que ficou só nos tempos passados, quando os pais da igreja travaram verdadeiras batalhas para sustentarem a fé nas Escritura Sagrada como sendo a Palavra de Deus. Poucos dias atrás circulou um vídeo, no qual certo pregador disse que a Bíblia por ser um livro antigo, precisava de uma atualização rápida, pois em sua visão não há nela, respostas para alguns dilemas dos tempos pós-modernos.
Há também alguns pregadores que utilizam a Bíblia de forma incorreta, interpretando-a à luz de seus próprios interesses escusos, desviando a muitos do caminho da verdade, buscando vantagens sobre pessoas sem esclarecimentos espirituais, promovendo um intenso e reprovável comércio com as coisas de Deus.
Os cristãos Reformados afirmam e sustentam que a Escritura é a Palavra de Deus, e por isso a seguem como única regra de fé e prática sendo portanto crida como inerrante, infalível, suficiente e completa, sem que haja nenhuma necessidade de atualizar ou acrescentar coisa alguma a ela.
O objetivo deste trabalho é apresentar uma exegese do texto de Lucas 20. 45-47, mostrando o contexto geral no qual o evangelista Lucas se encontrava ao escrever este livro e também o contexto específico que levou Jesus a confrontar os Escribas e Fariseus por causa do uso errado que faziam das Escrituras Sagradas.
O processo de se fazer exegese e escrever um trabalho exegético é determinado em parte pela(s) razão(ões) pela(s) qual(is) se aborda determinado texto. No nosso caso, é o trabalho sistemático com um livro bíblico inteiro.
A chave para a boa exegese é a habilidade de fazer as perguntas certas para o texto a fim de captar o significado pretendido pelo autor. Boas perguntas exegéticas caem em duas categorias básicas: questões de conteúdo (o que foi dito) e de contexto (por que foi dito).
O objetivo principal de uma introdução é apresentar o seu trabalho, de tal forma que desperte a atenção do leitor. Em suma, você deve convencer o leitor que valerá a pena gastar tempo para ler o seu trabalho, ou seja, você apresentará a relevância do mesmo. Parte disso, será a apresentação de uma declaração clara, explícita e concisa da ideia exegética do seu texto. A ideia exegética é a proposição (tese, afirmação principal) do texto, ou seja, o que o texto ensina. A relevância pode ser justificada nas áreas pessoal (importância para você), eclesiástica (para a igreja), acadêmica (para os estudos), missional (para os não cristãos) e doxológica (como o texto contribui para a glória de Deus). ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
I - ESTUDO CONTEXTUAL
Estudar o Evangelho de Lucas é trilhar por um caminho de muitas informações a respeito de Jesus, com o detalhamento do seu nascimento e o percurso do seu ministério terreno estendido da Galileia até Jerusalém, que não são encontradas nos Evangelhos de Mateus e de Marcos, pois as características encontradas neste livro refletem as características do próprio autor que demonstrava ser alguém meticuloso e amável. Wiersbe W. destaca em seu comentário expositivo que o evangelista Lucas possuía tais características[1].
As questões contextuais são de dois tipos: históricas e literárias. O contexto histórico tem a ver tanto com o aspecto histórico-sociológico-cultural geral de um documento (exemplo: a cidade de Coríntios, sua geografia, povo, religiões, economia, etc.) quanto com a ocasião específica do documento (por que ele foi escrito). ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
1 Contexto Histórico do livro

O evangelho de Lucas começa com um prólogo em que o autor se refere àquelas pessoas que fizeram relato oral ou por escrito sobre a vida de Jesus. Ao mesmo tempo, o autor explica que tipo de pesquisas ele mesmo fez e como registrou os seus resultados. Esse prólogo é único no NT e por isso merece considerações mais detalhadas.

Que a Bíblia é a Palavra de Deus, vinda a nós por meio de palavras de homens, raramente nos é apresentado de forma tão clara quanto no evangelho de Lucas. Para descrever a história do surgimento desse livro não precisamos nos basear somente em suposições. O próprio autor conta como surgiu a sua obra de dois volumes, o que pode ser verificado em Lucas 1:1–4. É evidente nesse prólogo que o autor dá importância à confiabilidade nos seus relatos.

Para alcançar esse objetivo ele se baseia em diversas fontes. Fundamental para isso são as tradições dos apóstolos, que foram testemunhas oculares do ministério de Jesus. Como “ministros da Palavra” eles relataram esse fato. Logo em seguida as suas palavras foram registradas. Muitos desses testemunhos escritos estavam à disposição de Lucas. Ele se aprofundou no assunto, testou tudo minuciosamente e depois registrou as conclusões de sua pesquisa num relato bem ordenado.

O objeto dessas diferentes fontes são as “histórias que aconteceram entre nós”. O que elas significam? O que não?

A palavra “histórias” pode significar fatos que realmente ocorreram, como também contos inventados. Quando falamos de histórias do jornal, dificilmente estamos pensando nas notícias sobre os fatos das primeiras páginas, mas antes nos contos que pertencem ao âmbito da conversação. O valor das afirmações dessas histórias não depende de os fatos terem acontecido ou não.

Quando, por exemplo, Lutero usa na sua tradução o termo “Geschichten” (histórias), isso leva a um mal-entendido; soa como se o conteúdo desse evangelho fosse de contos, cuja confiabilidade histórica não seria tão importante. É evidente que isso não é o caso, pois Lucas usa um termo grego aqui que pode ser melhor traduzido por “fatos”, ou “acontecimentos”. Paralelo a isto está o esforço do evangelista de verificar tudo cuidadosamente. O próprio autor dá muita importância à veracidade histórica.

Portanto, nesse evangelho estamos diante de fatos que realmente aconteceram. Que fatos estão em jogo aqui? O autor diz: esses fatos se realizaram “entre nós”. Ele mesmo não era testemunha ocular de Jesus. Por isso precisou se basear nos relatos dos apóstolos para poder falar sobre os fatos da vida de Jesus. Mas no caso de Paulo ele era companheiro de viagem. Os fatos que lá ocorreram, ele mesmo vivenciou e por isso era testemunha ocular deles. Sendo assim, ele não escreve somente o evangelho, mas, num segundo volume, retrata a vida dos apóstolos (Atos dos Apóstolos, cf. At 1:1–3). Quando fala de “fatos que entre nós se realizaram”, está falando em dois aspectos: os fatos da vida de Jesus e o ministério dos apóstolos depois de Pentecostes. Para escrever o primeiro livro ele dependeu de relatos de testemunhas oculares.

Desde que existe a igreja de Jesus Cristo, a tradição dos apóstolos é propagada por meio dela (At 2:42). O que os apóstolos ensinaram? A condição para o seu chamado era ter acompanhado a Jesus durante todo o seu ministério (At 1:21,22). Tinham de ser capazes de relatar como testemunhas oculares o que tinham experimentado com Jesus, o que tinham ouvido e visto com ele, e o que as suas mãos haviam tocado (1Jo 1:1–4). Por isso o seu ensino não consistia de reflexões teológicas profundas — isso ficara reservada a Paulo —, mas de relatos simples dos acontecimentos na vida de Jesus. Nesses relatos cada apóstolo colocou as suas ênfases, como a comparação entre os evangelhos já mostrou.

Visto que a igreja primitiva desde o início falava duas línguas, o aramaico e o grego (cf. At 6), logo o ensino precisou ser apropriadamente editado em língua grega.

Não demorou muito para que o grupo que falava grego tivesse que abandonar Jerusalém na perseguição por causa de Estêvão. Os perseguidos se espalharam pela Judéia e Samaria e começaram a propagar a mensagem de Jesus Cristo. Mas os apóstolos permaneceram em Jerusalém e assim não puderam transmitir a tradição a respeito de Jesus nas novas igrejas. E quem o fazia? O autor dá uma resposta: no início, a tradição dos apóstolos foi transmitida oralmente. Muitos, então, tentaram preparar um relato baseado na tradição dos apóstolos. Esses relatos escritos, que se perderam para nós, eram conhecidos para o autor desse evangelho. Dele o autor tira informações importantes para a elaboração do evangelho. Mas ele não se dá por satisfeito com esses relatos.

Lucas diz expressamente que ele vasculhou todos os relatos e testemunhos cuidadosamente. Provavelmente ele foi se informar com as pessoas que tinham as informações. Possivelmente também encontrou ainda outras fontes escritas. O resultado de seu trabalho está no evangelho. Ele descobriu muitas coisas que não estão nos outros evangelhos, como as histórias sobre a infância de Jesus, a pesca maravilhosa e o chamado de Pedro, as parábolas tão marcantes da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho pródigo, do agricultor rico, do administrador infiel, do rico e de Lázaro, do fariseu e do publicano e muito mais. Causa impacto especial a sua história do sofrimento, como mostram as palavras de Jesus na cruz que só Lucas registra. Não saberíamos muitas coisas sobre Jesus, se Lucas não tivesse se esmerado nesse tipo de pesquisa.

E por último, o evangelista menciona que reuniu todas as informações de que dispunha e as colocou em ordem, para assim apresentar o seu evangelho. Na comparação com Marcos e Mateus, que registram muitas coisas da mesma forma que Lucas, a parte central de Lucas resulta mais abrangente (9:51–19:27). Nesse trecho ele destaca o caminho de Jesus para Jerusalém, um tempo de preparo para o sofrimento. Muito do que é enfatizado por Lucas está nesse trecho. Nas outras partes encontramos uma ordem da tradição apostólica semelhante à de Marcos e Mateus.

Assim Deus usou um homem muito capacitado para instruir a sua igreja sobre os acontecimentos da vida de Jesus de forma confiável.

Antes de estudar qualquer frase, parágrafo, ou alguma outra subseção de um documento, é necessário que se tenha sempre uma boa ideia geral dele. Quem é o autor? Quem são os destinatários? Qual é o relacionamento entre ambos? Onde os destinatários vivem? Quais são suas circunstâncias do momento? Que situação histórica levou à composição do documento? Qual é o propósito do autor? Qual é o tema geral ou preocupação do autor? O argumento ou a narrativa têm um esboço facilmente discernível? Leia o livro várias vezes e descubra tudo que puder sobre o autor, destinatários, propósito, ênfases, etc.
1.1 Circunstâncias históricas, culturais, políticas, econômicas e religiosas
As circunstâncias fundamentais narradas no Evangelho de Lucas concentram-se em anunciar a salvação aos perdidos por mediação de Jesus Cristo (Lc 19.10). Jesus Cristo Nasceu, foi Crucificado e Sepultado, ressuscitou da morte e ascendeu aos céus e está a destra de Deus Pai. O Cristianismo é uma religião de caráter universal, que não conhece distinções de raças, que apela para os homens simplesmente como homens, tornando todos um em Cristo. Historicamente o cristianismo antes de produzir os seu próprios livros, faziam-se uso dos antigos manuscritos. Jesus fez, portanto, uso do Antigo Testamento, baseando seus ensinos. Todos os cristãos judeus ou não, retiravam delas, as Escrituras judaicas, instrução e inspiração incalculáveis. O autor considerava a vida de Jesus como um acontecimento histórico.
1.2 Autoria do livro
Lucas é aceito pela maior parte do críticos como o autor de dois volumes, a saber: O Evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos. Os pais da igreja e também o Cânon Muratoriano afirmam sem sobra de dúvidas ser de autoria lucana. Assim conforme o Drº D.A Carson em seu livro, Introdução ao Novo Testamento (1997, p 125) afirma a autoria do livro de Lucas dizendo: “O mais antigo manuscrito de Lucas, o papiro Bodmer XIV, citado como P75, e datado de 175-225 d.C., atribui o livro a Lucas”.
1.3 Data do livro
Sobre a data a controvérsias, diferentemente da afirmação da maioria dos críticos sobre a autoria, a data do livro é alvo de argumentação critica. Entretanto devemos levar em consideração o tempo que foi escrito o livro de Atos. Aceito pelos pais da igreja como evidências externas, de que o livro de Atos e uma sequência do evangelho descrito em Lucas, não se pode ter dúvidas quanto ao que se refere, ao evangelho de Lucas ser escrito antes de Atos.
1.4 Destinatários do livro
1.5 Objetivo da escrita do livro
** Apague essas informações após incluir o seu texto **
2 Contexto Literário do Livro
O contexto literário ou Análise Literária compreende uma análise do gênero literário do livro, sua estrutura literária, bem como seu estilo literário.
Por exemplo, os Evangelhos são compostos de perícopes, unidades individuais de narrativas ou de ensino, que são de tipos diferentes, com características formais distintas, e que foram inseridas em seus contextos pelos evangelistas.
Sua perícope, unidade ou frase é uma narrativa ou um dito de Jesus? Ou se trata de uma combinação dos dois – uma história de pronunciamento? Cada tipo funciona de maneira diferente. Se sua perícope for uma narrativa, ela é uma história de Milagre?
2.1 Esboço do livro
2.2 Gênero literário do Livro
2.3 Análise literária da passagem
** Apague essas informações após incluir o seu texto **
3 Contexto Canônico
A última parte do estudo contextual é a apresentação sucinta do contexto canônico, ou seja, os textos bíblicos mais diretamente relacionados ao seu texto. Este tópico deverá ser dividido em passagens do Antigo Testamento e do Novo Testamento. Este tópico remete àquilo que os reformadores chamavam de analogiae scripturae (analogia das Escrituras) ou analogia da fé e está relacionado com a regra hermenêutica magna de que a Bíblia é a melhor intérprete de si mesma. Em vez de simplesmente fazer uma lista de textos, você deverá demonstrar brevemente qual é a relação do (s) texto (s) ou alusão (ões) citado (s) com o seu texto.
3.1 Antigo Testamento
3.2 Novo Testamento
** Apague essas informações após incluir o seu texto **
II - ESTUDO TEXTUAL
A próxima parte do trabalho é o estudo textual, no qual o estudante vai analisar o texto propriamente dito usando diversas ferramentas e partir de diversas perspectivas. O estudante deverá evidenciar a sua pesquisa, bem como seu próprio trabalho de aplicação de ferramentas exegéticas ao texto. Apenas para relembrar, embora não se espere do estudante interação com todas essas escolas, mas algumas das escolas e técnicas de análise do texto com as quais o estudante pode interagir criticamente são as seguintes: Interpretação Pré-Crítica; Interpretação Teológica das Escrituras (TIS); Interpretação Cristocêntrica; Crítica Textual; Crítica de Fontes; Crítica de Forma; Crítica da redação; Crítica da Tradição; Crítica Radical; Crítica Canônica; Crítica [Sócio] Retórica; Crítica da narração; Crítica semiótica (estruturalismo), Análise do Discurso, Narratologia, Leitura atenta (Close Reading), Análise Epistolar, Análise Sócio-linguística, exegese psicológica e as diversas hermenêuticas da libertação (negra, anticolonial, feminista, queer, etc.). ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
1 Seleção do texto
1.1 Em Português
1.2 Em Grego
Aqui o estudante vai copiar o texto grego da NA28 ou UBS 5ª (alunos do seminário podem usar também o texto da SBL ou ἡ Καινή Διαθήκη (Textus Receptus). Por meio de notas de rodapé, o estudante vai comentar as suas escolhas com relação ao melhor texto e analisar o aparato crítico em diálogo com outras edições do texto grego. Alguns sites onde o estudante pode encontrar edições do Novo Testamento Grego são o Laparola, o SBLGNT e o Perseus.
Você vai explicar os motivos literários (gramática, convenções epistolares, aspectos narrativos, palavras-chave, convenções retóricas, quiasmos, inclusios, etc.) que o levaram a definir os limites da perícope e as suas principais divisões internas. Vale a pena deixar esse ponto mais claro: Como a leitura é um processo muito natural e automático, por vezes é difícil tornar suas partes conscientes e mecânicas. Isso acontece, por exemplo, na hora de apresentar as divisões de um texto, tanto suas divisões maiores: onde a perícope começa e termina; quanto suas divisões menores: quais são os pontos principais desse texto. Os critérios que apresentamos a seguir são introdutórios e visam a ajudar o exegeta nesse processo.
Os elementos que indicam quebra de uma narrativa (normalmente início de perícope ou de subseção) são: mudança de tempo, de espaço geográfico (cenário) e de personagem (aquelas mudanças que justificariam o início de uma nova cena em uma peça teatral), indicador de discurso direto, comentário do narrador, indicador de movimento, mudança de estilo ou assunto e expressões como καὶ (quando não está conectando cláusulas, mas eventos distintos), ἐγένετο (aconteceu), μετὰ ταῦτα (depois dessas coisas), ἰδοὺ (eis, veja), τότε (então).
No caso de textos epistolares, as marcas são outras, como por exemplo uso de formas conhecidas como introdução epistolar, ação de graças, conclusão epistolar, fórmula de divulgação, fórmula parakalô (Παρακαλῶ οὖν ὑμᾶς, ἀδελφοί), construção Περὶ δὲ, perguntas (Τί οὖν, Ποῦ οὖν), conjunções lógicas (οὖν), vocativos (ἀδελφοί), Τὸ λοιπόν (quanto ao mais).
A conclusão de uma passagem fica clara pela indicação da nova seção e por palavras indicando mudança nos elementos narrativos que indicaram o início da perícope, e comentários de conclusão e sumário. O exegeta deve tomar cuidado para não interromper o escritor no meio do seu argumento ou de uma construção estilística como um quiasmo, um paralelismo, ou uma inclusio, nem deve interromper uma cena no meio. Como os livros bíblicos neotestamentários são um grande argumento em prol de um ponto, de alguma forma o intérprete sempre interromperá o discurso do escritor, mas ele deve fazer isso de forma consciente (do todo) e de maneira que se tenha separado um argumento ou cena com começo, meio e fim.
Os elementos principais de um texto narrativo normalmente aparecem no modo indicativo ou imperativo, os modos subjuntivo e particípio normalmente apresentam informações adicionais, porém não centrais. É evidente que, como essas informações modificam o assunto principal, elas não podem ser desprezadas. Citações são muito importantes, mas também não são o elemento central de um texto, sendo, em vez disso, argumentos em prol daquele.
As palavras de Cássio da Silva nos ajudam aqui a lembrar da importância das relações internas do texto:
“Uma vez delimitada a perícope sobre a qual iremos trabalhar, precisamos estudá-la sob o aspecto frasal, isto é, avaliar cada frase, oração e unidade expressiva que compõe o texto e explicitar como estas mesmas frases, orações e unidades expressivas estão articuladas entre si e dão ao texto fluência e significação - pois o texto só significa alguma coisa na correlação destes seus elementos. (Cássio Murilo Dias da Silva, Metodologia de Exegese Bíblica. São Paulo: Paulinas, 2000. p. 85)”. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
2 Análise morfológica e tradução do texto
2.1 Análise Morfológica
2.2 Tradução literal
Depois de copiar o texto grego, o aluno deverá fazer a sua própria tradução literal do mesmo, explicando em notas de rodapé as suas opções gramaticais, sintáticas e semânticas. A sua tradução deverá “dialogar” com as versões existentes em português: NAA, ARA, ARC, NVI, BJ, Edição Contemporânea, versões católicas, NTLH, A Mensagem etc. O que queremos dizer com isto é que, quando a tradução divergir de uma destas ou quando as versões divergirem entre si, o aluno deverá justificar a sua opção de tradução em nota de rodapé. A tradução formal [ou literal] preocupa-se em respeitar a forma linguística do original. Por isso, sem deixar de ser compreensível, renuncia à compreensão imediata, para manter a fidelidade ao original. (Cássio Murilo Dias da Silva, Metodologia de Exegese Bíblica. São Paulo: Paulinas, 2000, p. 30). Confira no site Isso é Grego um passo a passo para a tradução literal. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
2.3 Tradução dinâmica
Depois de fazer a tradução literal, o aluno deverá apresentar a sua própria tradução dinâmica da passagem. O desafio dessa tradução é ser tão precisa quanto possível com relação ao significado, comunicando ao mesmo tempo em português contemporâneo”. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
2.4 Comparação de versões
Neste tópico você deve apresentar uma tabela com várias versões paralelas do seu texto juntamente com a sua tradução provisória. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
2.5 Comentário
Aqui você deverá apresentar quais são os problemas exegéticos do texto. Esses problemas podem ser textuais (comparação de manuscritos e de versões gregas), de tradução (gramática, sintaxe, semântica), relacionados aos diversos aspectos literários (aspectos ligados ao gênero, aspectos retóricos, poéticos, etc.), contextuais (aspectos históricos, literários e canônicos) e teológicos (teologia bíblia, sistemática e prática).
3 Análise Manuscritológica
3.1. Variantes textuais
4 Estruturação do texto
4.1 Estrutura do texto em Português
4.2 Estrutura do texto em Grego
`Existem alguns tipos de estrutura que podem ser desenvolvidas a partir de um texto, algumas simples e outras mais complexas. Algumas estruturas levam em consideração as palavras, outras as cláusulas e outras, ainda, as ideias do texto. O objetivo de fazer uma estrutura (esboço ou diagrama) de um texto é facilitar a visualização do fluxo de ideias ali presente. Todo texto fala alguma coisa (assunto, sujeito, tema) e normalmente fala várias coisas a respeito daquela coisa (complemento, teses, afirmações, proposições). O objetivo de uma estrutura é apresentar essa coisa toda de maneira mais fácil de visualizar. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
5 Mensagem para a Época da Escrita
O que o autor quis transmitir aos leitores originais? Que fim ele queria atingir através deste texto? Como os leitores/ouvintes originais devem ter recebido esta parte do documento? Você vai responder essas perguntas em suas próprias palavras, evidentemente, levando em consideração as informações que você levantou no contexto histórico. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
III - ESTUDO TEOLÓGICO
A última parte de nosso trabalho, o estudo teológico do texto, acontece em decorrência de uma pressuposição assumida pela fé de que a Bíblia é a Palavra inspirada de Deus e, consequentemente, regra de fé e de prática (CFW 1.2) para todos os homens, embora muitos não a reconheçam como tal. Esta parte do estudo visa responder de forma acadêmica e profunda a pergunta: e o que esse texto antigo tem a ver conosco hoje? ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
1 Mensagem para hoje
Explique a passagem, não como em um sermão ou estudo bíblico, mas como em um comentário bíblico, seguindo a estrutura proposta por você. Nesta seção você deve responder às questões levantadas pelos “problemas” do texto e comentar tudo aquilo que é relevante a um melhor entendimento da passagem, fazendo, inclusive, referência, quando propício, ao conteúdo anterior do seu próprio trabalho. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
2 Teologia do Texto
Qual a contribuição teológica deste texto, ou seja, seu ensino para todas as épocas? ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
3 Implicações para a Teologia Bíblica
Nos termos técnicos e categorias da Teologia Bíblica. Você demonstrará qual é a contribuição de sua perícope para os assuntos da TB, como, por exemplo, reino, pacto e mediador; promessa e cumprimento; revelação de Deus como sendo orgânica, progressiva, histórica e adaptável; teologia joanina, paulina, lucana, petrina; história de Deus: criação, queda, redenção e consumação; entre outros. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
4 Implicações para a Teologia Sistemática
Com as categorias da Teologia Sistemática: Prolegômenos; Teontologia; Antropologia; Cristologia, Soteriologia, Pneumatologia e Escatologia e as doutrinas específicas de cada uma dessas áreas como, por exemplo, pessoa teantrópica de Cristo, união com Cristo, angelologia; kenosis, decreto, lapso, etc.** Apague essas informações após incluir o seu texto **
5 Implicações para a Teologia Prática
Implicações e aplicações da passagem estudada para o aconselhamento cristão e suas áreas específicas, educação cristã, missões urbanas e transculturais, conceito de Missio Dei, discipulado, edificação pessoal e comunitária, homilética e poimênica. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
6 Mensagem para todas as épocas
7 Sermão
7.1 Estrutura e desenvolvimento do sermão.
Escrever pelo menos um parágrafo para cada parte do sermão. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
CONCLUSÃO
Na conclusão o aluno apresentará um resumo das principais conclusões de seu trabalho, falará sobre sua relevância e apresentará novamente a ideia exegética de texto. É bom que além de considerações finais o aluno apresente também formas pelas quais o estudo poderia ser mais bem desenvolvido no futuro e impactos que o mesmo causa em outras áreas da teologia. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
REFERÊNCIAS
“Como determinam as regras da ABNT, o trabalho deve conter uma lista das obras efetivamente referidas naquele trabalho acadêmico”. ** Apague essas informações após incluir o seu texto **
PALAVRAS FINAIS
Fazer uma pesquisa exegética e produzir o trabalho exegético são empreendimentos extenuantes, que demandam um grande trabalho por parte dos estudantes. Não deve haver desânimo, entretanto, com dedicação, envolvimento pessoal com o texto e competência para pesquisar pesquisa é possível produzir bons trabalhos exegéticos. A paga é o grande prazer de compreender bem uma porção das Sagradas Escrituras, ao ponto de poder ensiná-la e aplicá-la adequadamente. Se houver plágio parcial ou total, o trabalho não será aceito no seu todo. ** Apague essas informações após incluir o trabalho. **
[1] Lopes, H. D. (2017). Lucas: Jesus, o Homem Perfeito. (J. C. Martinez, Org.) (1‍a edição, p. 16). São Paulo: Hagnos.
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