O Desafio da Unidade

Introdução

Começamos na semana passada essa série em 1 Coríntios, onde vamos aprender o desafio de ser e pertencer a Igreja de Cristo. Para refletir sobre os desafios de ser e pertencer a igreja, vamos meditar a luz da priemira carta do apóstolo Paulo à igreja em Corinto, uma igreja complicada que lutava contra alguns pecados graves. Uma igreja que negligenciava a disciplina de membros faltosos, pessoas que enfrentavam pecados séris de imoralidade sexual, tamém aluns com pontos de vista a respeito do casamento conflitantes com o evangelho. Grupos na igreja com problemas relacionados a alimentos sacrificados a idolos, outros que não criam na ressureição dos mortos. Essa era a realidade daquela igreja, e certamente a igreja mais complicada do Novo Testamento. Talvez você me questione, porque escolher justamente a igreja de Corinto para nosso estudo? Por que o desafio que eles enfrentaram, são os mesmos que qualquer igreja enfrenta, o que muda é a forma como reagimos a esses desafios para que a gente não chegue onde os nossos irmãos do primeiro século em Corinto chegaram.

Hoje vamos fslst do primeiro grande desafio, talvez o maior deles, porque todos os outros desafios de alguma forma estava ligado a este. O desafio da unidade. Aquela igreja de Corinto sofria seriamente com o problema de divisão. Unidade é um tema importante para Deus, o evangelho é a respeito de união, um Deus que mesmo sendo três é um, aquele que promoveu a união de pecadores consigo através da morte e ressureição do seu filho, nos adotando também como filhos. União foi o tema central da oração de Jesus antes do calvário em João 17, logo esse é um tema fundamental para nós. Divisao significa conflito, e conflito implica em sofrimento e tristeza. Não gostamos de divisões (ou pelo menos não deveríamos gostar), mas é algo que devemos discutir em todas as esferas, em nossos deveres como cidadãos, trabalhadores, na família… Mas há uma divisão ainda mais importante, a que afeta e divide o corpo de Cristo.

1Coríntios 1.10–17 NAA

10 Irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, peço-lhes que todos estejam de acordo naquilo que falam e que não haja divisões entre vocês; pelo contrário, que vocês sejam unidos no mesmo modo de pensar e num mesmo propósito. 11 Pois, meus irmãos, fui informado a respeito de vocês por alguns membros da casa de Cloe de que há brigas entre vocês. 12 Refiro-me ao fato de cada um de vocês dizer: “Eu sou de Paulo”, “Eu sou de Apolo”, “Eu sou de Cefas”, “Eu sou de Cristo”. 13 Será que Cristo está dividido? Será que Paulo foi crucificado por vocês ou será que vocês foram batizados em nome de Paulo? 14 Dou graças a Deus por não ter batizado nenhum de vocês, exceto Crispo e Gaio, 15 para que ninguém diga que vocês foram batizados em meu nome. 16 Batizei também a casa de Estéfanas. Além destes, não me lembro se batizei algum outro. 17 Afinal, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não com sabedoria de palavra, para que não se anule a cruz de Cristo.

Paulo começa falando sobre algumas facções que haviam na igreja, um grupo preferia Paulo, outro Apolo, outro Pedro, e outro que para não fazer parte de nenhum dos outros três grupos criou uma nova facção, aqueles que se diziam ser de Jesus. Paulo admoesta todos os quatro grupos, afirmando não haver conflito em nenhum dos três lideres que influenciavam aquela comunidade (Paulo fundou a igreja e Aplo sucedeu) e que inclusive aqueles que se diziam ser "apenas de Cristo"também estavam sendo facciosos. Por isso ele faz um apelo à unidade na mesma forma de pensar e agir. O apelo não é para uniformidade, mas unidade. Que diferença é essa, uniformidade é pensar igual sobre exatamente tudo, unidade é: podemos discordar sobre um monte de coisas, mas permanecemos juntos, porque o que nos une é o evangelho e tudo após o evanelho é periferico. Paulo poderia ordenar, mas ele opta pelo caminho do convencimento, apelando para a presença de Cristo para esse problema.

A igreja de Corinto sofria uma forte influênca cultural, a cidade era depois de Antenas a que mais apreciava a filosofia, só perdia para a capital grega em quantidade de escolas. Havia uma linha específica que cativava os gregos (Corinto era uma cidade greha), os sofistas, que dominavam a retórica (a retórica nasce na Grécia). Os sofistas falavam em praça pública, tinham um altíssimo grau de convencimento e influencia sobre as pessoas. Nos discursos públicos, os sofistas começavam a induzir uma linha de pensamento e após ganhar a atenção do público sobre o tema eles passavam o chapéuu, e ganhavam muito dinheiro com isso. Os cidadãos de Corinto formavam a sua cosmovisão a partir desses filósofos e também levavam essa pespectiva mundana para dentro da igreja. As peferências pessoais por esses diferntes filósofos que falavam em praça pública influenciava na unidade da igreja e moldava a relação que os membros da igreja tinham com seus líderes, levando essa pespectiva mundana para dentro da igreja. Por exemplo, Apolo que substituiu Paulo naquela igreja era alexandrino, era alguém eloquente, dominava a retórica. Isso não quer dizer que a eloquência de Apolo era ruim, mas como uma qualidade de Apolo se tornou instrumento de divisão e levou aqueles irmãos a pecarem não somente entre eles, mas contra Cristo.

Como assim contra Cristo? Sim, se cremos em um Deus que criou todos nós e cremos que pecamos quando fazemos o que queremos e não o que Ele mandou fazer. Que a queda do homem se deu quando nos rebelamos contra Ele, e mesmo ele estando correto em nos punir como merecem os nossos pecados, mas em sua grande misericórdia Ele veio até nós em Cristo - totalmente Deus e plenamente homem - e vivveu uma vida perfeita, sem nenhum motivo de punição para receber. No entanto, Cristo morreu na cruz para pagar a penalidade pelos pecados de todos aqueles que jamais abandonariam por si mesmos seus pecados para confiar nele. Ele ressucitou para uma nova vida, assim como também nos oferece uma nova vida, se abandonarmos os nossos pecados e confiarmos Nele. Apeguemo-nos a Cristo para a salvação ao crer nessa mensagem e ter fé nele. Essa é a mensagem que importa, essa é mensagem que é a razão pela nossa unidade.

A unidade da igreja demonstra Cristo

Os conrintos deveriam se unir para demonstrar a verdade a respeito de Cristo em meio a uma cidade muito secularizada. Da mesma forma, a nossa unidade demonstra Cristo para uma cidade secularizada. A nossa unidade como comunidade exalta Cristo pois somos seu corpo.

A unidadde exalta a cruz

1Coríntios 1.18–25 NAA

18 Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, ela é poder de Deus. 19 Pois está escrito: “Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos inteligentes.” 20 Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o questionador deste mundo? Não é fato que Deus tornou louca a sabedoria deste mundo? 21 Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, Deus achou por bem salvar os que creem por meio da loucura da pregação. 22 Porque os judeus pedem sinais e os gregos buscam sabedoria, 23 mas nós pregamos o Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios. 24 Mas, para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus. 25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte do que a força humana.

Quando uma igreja se divide da maneira em que aquela igreja estava dividida, ela mente a respeito daquilo que Cristo fez. Isso parece tornar nosso pecado e sua morte temas menores do que realmente são. Pregadores afáveis e positivistas não são substitutos para o Cristo cruscificado. Devemos reconhecer que o mundo acredita que a mensagem cristã é uma tolice porque Cristo foi rejeitado e cruscificado. Logo, quando entendemos que foi na cruz que a nossa unidade, quando demonstramos isso exaltamos o sacrificio do FIlho de Deus por nós.

1Coríntios 1.26–31 NAA

26 Irmãos, considerem a vocação de vocês. Não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento. 27 Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. 28 E Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são, 29 a fim de que ninguém se glorie na presença de Deus. 30 Mas vocês são dele, em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus, sabedoria, justiça, santificação e redenção, 31 para que, como está escrito, “aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.

A unidade expressa humildade

Paulo apresenta a terceira razão para que a igreja esteja perfeitamente unida. Paulo fala sobre a tolice na divisão. É tolice porque o evangelho que professamos como cristãos as estimativas e os julgamentos humanos deste mundo. Somos herdeiros em Cristo porque Ele veio a nós por causa de Deus, somente por Ele, não por causa de qualquer coisa em nós. Justiça, santidade e redenção vem por meio do conhecimento de Deus em Cristo. Essas virtudes não são naturais em nós, por isso precisamos nos gloriar somente em Deus. Quem se gloria somente em Deus, dificilmente se torna orgulhoso e consequentemente um divisor. Como cristãos precisamos trabalhar para nos humilhar sempre, nos comparando com o que de fato merecemos e o que recebemos de Deus.

Conclusão

Você já parou para refletir sobre isso? O que merecemos e o que rcebemos? Você já parou para refletir como isso deve moldar a nossa relação não somente com Deus mas também com meus irmãos?

Conselhos práticos:

O que formava as facções, era primeiramente o partidarismo em tono de lideres da igreja. Porisso, pense: Quantas vezes você foi tentado a cultuar personalidades?

Valorize a essência mais do que questões exteriores como frases de efeito e eloquência.

Da mesma forma não anule a importância que os líderes têm para edificação da sua vida, admita que Deus ministra a você através dos líderes que ele te deu. Após esse exercíco em relação a liderança, faça outro em relação a você mesmo e os demais irmãos:

Olhe para o seu irmão como alguém que foi comprado pelo sangue de Jesus assim como você. Que Deus o amou da mesma forma que te amou, que a mesma misericórdia que Ele exerceu sobre ele, foi sobre você também.

Olhe para você mesmo e se lembre que você pecador, que Deus é santo, e que ele não estaria errado estar empenhado jusamente em te punir, mas Ele decidiu te amar e salvar em Cristo. Lembre-se de quem você era, e o que você recebeu, somente isso é capaz de fazer você vencer o seu orgulho.

Quantas vezes o nosso orgulho nos leva a pecar contra Deus, trabalhando em direção contrária a o que Cristo promoveu na cruz?