A PARÁBOLA DA REDE

Parábolas de Jesus  •  Sermon  •  Submitted
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INTRODUÇÃO

A parábola da rede dá fim a uma série de parábolas em Mateus 13.
Jesus, aqui, destaca o que acontecerá com o perverso e com o justo no fim da presente era.
Assim como Asafe, às vezes temos a sensação de que o perverso é beneficiado pela impunidade. Sabe àquela ideia de que o crime compensa? Então, assim parece muitas vezes.
O que Jesus está dizendo aos discípulos é que, por enquanto, o perverso se mistura com o justo sem distinção alguma, mas no fim desta era, eles serão eternamente separados.
A presente mensagem está dividida em dois pontos:
O Reino dos Céus nesta presente era
O Reino dos Céus no fim desta era e a era vindoura.
Ao fim da mensagem, seremos capazes de ver que Deus fará justiça antes de entrarmos na era vindoura: um estado eterno de felicidade para uns ou um estado eterno de tormento para outros.

I: O REINO DO CÉUS NESTA ERA (47 - 48a)

O Evangelho não faz acepção de pessoas (47)
O Reino dos Céus é ainda semelhante a uma rede...
Jesus compara o Evangelho à uma grande rede. Esse tipo de rede era a “rede de varredura” ou “rede de arrasto”, que era bem maior que a rede de pesca comum. Ela tinha boias na parte de cima e pesos embaixo, para que uma parte da rede ficasse esticada na superfície, enquanto a outra fosse até às profundezas, capturando assim toda espécie de peixes.
...que foi lançada ao mar e apanhou peixes de toda espécie.
Assim como essa rede não faz acepção de peixes, o Evangelho não faz acepção de pessoas. O que a Bíblia diz sobre pregar o Evangelho?
Ele deve ser pregado a todos (Mc 16.15), independentemente de sexo, raça, status social ou qualquer outro fator que nos divida.
Aquele que deseja obedecer a Deus tem a obrigação de pregar o Evangelho (1Co 9.16).
Além da obrigação de pregar o Evangelho, aquele que o prega deve pregá-lo fielmente, pois ninguém está acima dele (Gl 1.9).
Pregar o Evangelho é uma dádiva divina (Ef 3.8)
Portanto, não cabe a nós decidirmos a quem pregar o Evangelho. O cumpridor fiel da Palavra pregará a todas as pessoas, independentemente de classe social, cor ou sexo.
O fim da presente era (48a)
E, quando já estava cheia...
Assim como uma rede cheia de peixes é o momento certo para puxá-la para a praia, e separar os peixes bons dos ruins, quando o Evangelho for pregado a todos os povos haverá separação entre justos e perversos. Jesus disse: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mt 24.14).
Os anjos representam aqui os pescadores que puxam a rede para a praia e separam os peixes bons dos ruins. No entanto, o dever de lançar a rede não é deles, mas nossa.
Duas verdades devem ser ditas aqui:
Devemos pregar o Evangelho enquanto temos oportunidade e levar a salvação para o maior número de pessoas possíveis.
Devemos avaliar a nossa vida e sabermos se somos salvos de fato, pois o tempo está findando e não há outra oportunidade. É possível ser batizado nas águas e não ser batizado no corpo de Cristo. É possível cercar à mesa do Senhor sem ter comunhão real com Ele.
Transição
O Reino dos Céus nesta era é marcado pela indiscriminação de pessoas. Todas são alvos da rede. Mas, no fim desta era haverá uma seleção que nos levará a era vindoura. É sobre isso que vamos falar agora.

II: O REINO DO CÉUS NO FIM DESTA ERA E A ERA VINDOURA(48b - 50)

O processo seletivo no fim desta era (48b,49)
E, quando já estava cheia, os pescadores a arrastaram para a praia e, assentados, escolheram os bons para os cestos e jogaram fora os ruins. Assim será no fim dos tempos: os anjos sairão, separarão os maus dentre os justos.
No fim desta era, os anjos farão separação entre os justos e os perversos.
A imagem que Jesus utiliza é muito comum aos discípulos porque parte deles era formada de pescadores. Depois de um dia de pesca, os pescadores puxavam para a praia os peixes que haviam apanhado, sentavam-se na areia e separavam em um balde os peixes bons, isto é, aqueles que podiam ser comidos e comercializados, porém os peixes sem valor, lançavam fora.
Aqui há uma grande verdade a ser destacada:
Não cabe a nós julgarmos as pessoas. Não temos o direito, nem a competência para julgá-las. Lembre-se da parábola do trigo e do joio (Mt 13.24-30). No fim, haverá separação, mas esta cabe a Deus e seus anjos e não a nós.
Bênção e maldição na era vindoura (48b, 50)
(…) escolheram os bons para os cestos e jogaram fora os ruins. (…) e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
O fim da era presente, quando haverá a separação dos perversos dos justos, inaugura o início da era vindoura. Assim, na era vindoura os justos gozarão de eterna alegria, pois serão colocados na Nova Jerusalém (Ap 21,22), simbolizada pelos cestos, enquanto que os perversos serão lançados no inferno, simbolizado pela fornalha acesa.
Quanto à Nova Jerusalém, é dito na Bíblia:
Não haverá choro e não existirá mais morte (Ap 21.4);
Os salvos beberão de graça da fonte de água da vida (Ap 21.6);
Tem a glória de Deus e será resplandescente (Ap 21.11);
Tem doze portões com os nomes das doze tribos de Israel (Ap 21.12); Eles são doze pérolas (Ap 21.21);
A muralha da cidade é feita de Jaspe tem doze fundamentos e sobre os doze fundamentos os doze nomes dos apóstolos (Ap 21.14, 18);
A cidade é de ouro puro (Ap 21.18);
Os alicerces da muralha são enfeitados de todo tipo de pedras preciosas (Ap 21.19);
Não haverá templo. O próprio santuário é o Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro (Ap 21.22);
Na cidade não haverá escuridão, nem tampouco a necessidade de sol e lua. A glória de Deus a ilumina e o Cordeiro é a sua lâmpada (Ap 21.23);
Haverá nela um rio de água da vida, brilhante como cristal. Esse rio sairá do trono de Deus e do Cordeiro (Ap 22.1);
Na praça da cidade está a árvore da vida (Ap 22.2);
Na testa dos salvos será gravado o nome de Deus (Ap 22.4);
Quanto ao inferno é dito na Bíblia:
É um lugar de tormento, chamado de “fogo eterno”, que foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41);
É lugar de choro constante e de ranger de dentes (Mt 13.50);
É um lugar de banimento eterno do Senhor (2Ts 1.9);
É um local para onde se vai de corpo e alma (Dn 12.2);
É melhor qualquer sofrimento neste mundo que o tormento do inferno (Mc 9.43);
Diante disto, é infinitamente melhor ser achado justo que perverso e habitarmos na Nova Jerusalém que no Inferno. Todo sofrimento aqui terá valido a pena quando contemplarmos as glórias vindouras.

CONCLUSÃO

Ainda que vivamos dias difíceis, onde o iníquo parece se dar bem, devemos manter a fé, a rede está se enchendo e quando isso acontecer, Deus separará os perversos dos justos. Valerá a pena todo sofrimento se comparado à glória do porvir.
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