A Mudança da Lei
Preparação para o Tempo do Fim • Sermon • Submitted
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Introdução:
Introdução:
Nova Versão Internacional 7.15 A Interpretação do Sonho
25 Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis. Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo.
O assunto da Lei de Deus é central para nossa compreensão dos eventos dos últimos dias. Mais especificamente, o tema do quarto mandamento, o dia de repouso sabático. Embora entendamos que a salvação é somente pela fé e que guardar a Lei, incluindo o sábado, nunca pode trazer a salvação, também entendemos que, nos últimos dias, a obediência à Lei de Deus, incluindo o dia de repouso sabático, será um sinal externo, uma marca, de nossa verdadeira lealdade.
Essa distinção se tornará particularmente óbvia em meio aos eventos do tempo do fim apresentados em Apocalipse 13 e 14, quando um conglomerado todo-poderoso de forças religiosas e políticas se formará para impor uma falsa forma de adoração aos habitantes do mundo. Tudo isso contrasta com Ap. 14:7, onde o povo de Deus é chamado a “adorar [r] aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes de água”; isto é, adorar o único Criador e mais ninguém.
Nesta mensagem, vamos considerar a Lei de Deus, especialmente no sábado, e tocaremos em questões relacionadas à tentativa de mudar essa Lei e o que isso significa para nós, de quem o fim logo virá.
I - A Promessa
I - A Promessa
Uma das maiores promessas da Bíblia é encontrada em Rm. 8:1, “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”. Essas palavras são como uma espécie de culminação, uma conclusão para uma linha de pensamento que aparece um pouco antes. Somente estudando o que Paulo disse antes deste versículo (Rm. 7:15-25) podemos compreender melhor a esperança e promessa encontrada ali.
Embora tenha havido muito debate na cristandade sobre se Paulo estava ou não falando especificamente sobre si mesmo como crente, uma coisa é certa: Paulo certamente está falando sobre a realidade do pecado. Todos, até mesmo os cristãos, podem se relacionar de alguma forma com a luta a que Paulo está se referindo aqui. Quem não sentiu a atração da carne e o "pecado que habita" neles, que os leva a fazer o que sabem que não devem, ou a não fazer o que sabem que devem? Para Paulo, o problema não é a Lei; o problema é nossa carne.
Quem já não aconteceu que, mesmo querendo fazer a coisa certa, acabou fazendo o que estava errado? Mesmo que Paulo não esteja falando sobre a inevitabilidade do pecado na vida de um cristão nascido de novo, ele certamente defende a luta contínua enfrentada por todos os que buscam obedecer a Deus.
Assim, surgem suas famosas palavras: “Desventurado! Quem vai me libertar deste corpo de morte?” (Rm. 7:24). Sua resposta se encontra em Jesus e na grande promessa de "nenhuma condenação" para aqueles que crêem em Jesus e que, pela graça, andam segundo o Espírito. Sim, os crentes têm problemas; sim, eles enfrentam tentações; sim, o pecado é real. Mas, pela fé em Jesus, aqueles que crêem não são mais condenados pela Lei, e certamente a obedecem. Portanto, eles aprendem a andar no Espírito e não "segundo a carne".
II - A Lei e o Pecado
II - A Lei e o Pecado
No tópico anterior, analisamos textos que falavam da realidade do pecado para todos, incluindo os cristãos (Rm. 7:15-25). Nos versículos anteriores, Paulo enfoca a Lei, que mostra como o pecado prevalece e como é mortal.
Duas questões importantes decorrem do que Paulo ensina aqui. Primeiro, mostra que o problema não é a lei. O mandamento é “santo, justo e bom”. O problema é o pecado, que leva à morte. A outra questão é que a Lei é impotente para nos salvar do pecado e da morte. A Lei aponta o problema do pecado e da morte; portanto, se alguma coisa, a Lei torna o problema do pecado e da morte ainda mais evidente; no entanto, não oferece nada para resolver o problema.
Apenas um leitor superficial poderia usar esses versículos para argumentar que a Lei - os Dez Mandamentos - foi anulada, enquanto ignora tantos outros versículos que mostram que a Lei ainda está em vigor hoje. Isso é o oposto do argumento de Paulo. Nada que Paulo escreve aqui faz sentido se a lei foi anulada. Seu argumento trabalha na suposição de que a Lei ainda está em vigor, pois aponta a realidade do pecado e a consequente necessidade do evangelho. “O que vamos dizer então? A lei é pecado? De maneira alguma. Mas eu não conhecia o pecado senão pela lei; porque também não conheceu a cobiça, a menos que a lei dissesse: Não cobiçarás” (Rm. 7:7).
A lei não produz morte; o pecado sim. A Lei é o que mostra o quão mortal é o pecado. É bom porque aponta o pecado, mas não tem respostas para ele (Rm. 7:13). Somente o evangelho tem a resposta. O raciocínio de Paulo é que, como cristãos, salvos em Cristo, precisamos servir “sob o novo regime do Espírito” (Rm. 7:6); isto é, vivemos em um relacionamento de fé em Jesus, confiando em seus méritos e em sua justiça para a salvação (é disso que se trata tudo o que veio antes em Romanos). O Cristão que entregou a vida ao Senhor Jesus percebe que quanto mais quer cumprir a Lei, mais ele vai precisar da graça do Senhor Jesus em sua vida.
III - Do Sábado Para o Domingo
III - Do Sábado Para o Domingo
Como adventistas do sétimo dia, frequentemente ouvimos cristãos de outras religiões afirmarem que a Lei foi abolida; ou que não estamos sob a Lei, mas sob a graça. No entanto, o que eles estão realmente dizendo é que apenas o Quarto Mandamento foi removido; e muitos nem mesmo estão dizendo isso. O que eles querem dizer é que o dia de sábado foi substituído pelo primeiro dia, domingo, em homenagem à ressurreição de Jesus. E eles também acreditam que têm os textos para provar isso.
Aqui estão alguns dos versículos (Jo. 20:19-23; At. 20:6-7; 2:46; 1Co.16:1-4) comuns do Novo Testamento que muitos cristãos acreditam indicar que o sábado - o sétimo dia no Antigo Testamento - foi alterado para o primeiro dia no Novo Testamento. Ao lê-los, devemos nos perguntar se eles realmente falam de uma mudança de dia, ou estão simplesmente descrevendo eventos que ocorreram no dia, mas sem atingir o nível de prescrever uma mudança.
Esta é a essência da "evidência" textual usada para promover a doutrina de que o primeiro dia da semana substituiu o sábado. Além de descrever algumas ocasiões em que os crentes se reuniam por vários motivos, nenhum versículo indica que essas reuniões eram cultos de adoração realizados no primeiro dia no lugar do sétimo dia, sábado. Este argumento simplesmente se aplica, à leitura desses textos, a tradição cristã da observância do domingo, que tem séculos. É colocar algo nestes versículos que nunca existiu desde o início.
IV - O Sétimo dia no Novo Testamento
IV - O Sétimo dia no Novo Testamento
No tópico anterior, os textos comumente usados para promover a ideia de que o domingo substituiu o sábado não dizem nada disso. Na verdade, cada referência ao sábado no Novo Testamento revela que ele ainda era observado como um dos Dez Mandamentos de Deus (Lc. 4:14-16; 23:55-56), os dois textos falam da guarda do sábado antes e depois da morte de Cristo.
Observe que as mulheres que estiveram com Cristo "descansaram no sábado de acordo com o mandamento" (Lc. 23:56). Obviamente, "o mandamento" foi o quarto mandamento, escrito em pedra no Sinai. Tudo o que aprenderam naquele tempo estavam com Jesus, não há indicação de que tenham aprendido outra coisa senão guardar os mandamentos de Deus, que incluem o sábado. Na verdade, Cristo disse aos seus discípulos: “Se me amais, guardai os meus mandamentos”. (Jo. 14:15) Seus mandamentos, que ele mesmo guardava, incluíam o sábado. Se o domingo deveria substituir o sábado, essas mulheres não sabiam disso.
Nestes textos não encontramos nenhuma evidência de mudança do sábado para o domingo. Em vez disso, eles indicam claramente que os primeiros crentes em Jesus guardavam o sábado. Atos 16:13 é especialmente interessante, porque ocorre fora do contexto da sinagoga. Os crentes estavam próximos a um rio, onde alguns “costumavam” ir orar. E também o fizeram no sábado, muitos anos após a morte de Jesus. Se uma mudança ocorreu no domingo, não há nada nesses versículos que indique isso (ver também At. 13:14; 42).
V - A Intenção de Mudar o Dia de Repouso
V - A Intenção de Mudar o Dia de Repouso
A Lei de Deus, os Dez Mandamentos, ainda está em vigor (veja também Tiago 2:10-12), e essa Lei inclui o sábado. Por que, então, tantos cristãos guardam o domingo quando não há justificativa bíblica para isso? Daniel 7 fala do surgimento de quatro grandes impérios: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma, sendo este o quarto e último império terrestre. Então, do Império Romano surge um chifre pequeno (Dn. 7:8). Ainda faz parte do Império Romano, apenas numa fase posterior. O que mais poderia ser esse poder senão o papado, que surgiu diretamente de Roma e, até hoje, ainda faz parte dele? Thomas Hobbes escreveu no século 17: “Se um homem analisar o original deste grande domínio eclesiástico, perceberá facilmente que o papado é apenas o fantasma do final do Império Romano que, coroado, está sentado em seu túmulo”. - T. Hobbes, Leviathan, p. 463. Em Dn 7:23-25 fala sobre a origem da guardo do domingo.
A língua original, o aramaico, mostra no versículo 25 que o poder do chifre pequeno “pretendia” mudar a Lei. Que poder terreno, de fato, pode realmente mudar a Lei de Deus? Embora os detalhes exatos não sejam claros na história, sabemos que, sob a Roma papal, o sábado foi substituído pela tradição da observância do domingo, uma tradição tão firmemente arraigada que a Reforma Protestante a manteve viva até o século XXI. Hoje, a maioria dos protestantes ainda guarda o primeiro dia da semana em vez de seguir o mandamento bíblico do sétimo dia.
Apocalipse 13:1-17 e Daniel 7:1-8, 21, 24, 25, esses textos possuem imagens semelhantes que nos ajudam a entender os eventos dos últimos dias. O livro do Apocalipse usa símbolos diretamente de Daniel, que incluíam imagens da última fase (papal) de Roma, e assim aponta para a perseguição do tempo do fim, que será desencadeada sobre aqueles que se recusam a “adorar” de acordo com os ditames de os poderes vistos no livro do Apocalipse.
Conclusão:
Conclusão:
O mesmo dragão, Satanás, que fez guerra contra Deus no céu (Ap. 12:7), é aquele que faz guerra contra o povo de Deus na Terra, aqueles que “guardam os mandamentos de Deus” (Ap. 12:17; 13:2, 4). Na verdade, o próprio Satanás também se torna um objeto de adoração (Ap. 13:4). Então Satanás tenta continuar, na terra, a guerra contra Deus que ele começou no céu. E o ataque a Deus é centralizado em seu ataque à Lei de Deus. “No quarto Mandamento, Deus é revelado como o Criador dos céus e da Terra e, portanto, distinto de todos os falsos deuses. Como um memorial à obra da Criação, o sétimo dia foi santificado como o sábado para o homem. O objetivo era sempre lembrar aos homens que o Deus vivo é a fonte de toda a existência e o objeto de reverência e adoração. Satanás se esforça para dissuadir os homens de se submeterem a Deus e obedecer à sua Lei; por isso, dirige os seus esforços sobretudo contra o Mandamento que apresenta Deus como Criador ”(O Grande Conflito, 51).