Bem-Aventurados os que têm fome e sede de justiça

As Bem-Aventuranças  •  Sermon  •  Submitted
0 ratings
· 17 views
Notes
Transcript

Texto

Mateus 5.6–7 RA
6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

O Holodomor

Ao final dos anos 30 aconteceu o que ficou conhecido como Holodomor, que traduzido seria: “a morte pela fome”. Entre cinco e seis milhões de cidadãos ucranianos morreram de fome como consequência da política covarde dos comunistas bolcheviques.
A Ucrânia era considerada a terra mais fértil do leste europeu. O campo produzia bastante, os camponeses alimentavam a si mesmo e ainda alimentavam as cidades. Porém, quando os bolcheviques chegaram ao poder, invadiram a Ucrânia, mataram os líderes políticos ucranianos e começaram a, literalmente, roubar todos os mantimentos que haviam naquele país.
Quando não havia mais grãos para serem roubados, eles começaram a levar as sementes que os trabalhadores armazenavam para plantio. Assim, não havia comida, não havia sementes para plantar, não havia nada.
Não satisfeitos com isso, quando o caos se instaurou nos campos, eles praticamente cercaram a região, pois, muitas famílias que moravam nos campos, iam para as cidades para tentarem fugir da fome e não era interessante para o governo ter inúmeros mendigos pedindo esmolas pela cidade.
Como consequência, muitos iam morrendo pelos caminhos, caindo pelas estradas e outro sem número de pessoas iam definhando dentro de suas próprias casas. Morrendo de Fome.
A fome causa um reboliço no corpo humano, observe:

A Fome

“Quando a pessoa para de se alimentar, deixa de fornecer ao corpo o essencial: energia garantida pela glicose. Como o ser humano tem sangue quente e precisa mantê-lo assim, todo o metabolismo depende do calor. São necessárias cerca de 1.700 calorias diárias só para manter o metabolismo para a produção dessa energia. Sem as calorias dos alimentos, o organismo automaticamente busca suas reservas, fazendo com que as células capturem e absorvam glicose e carboidratos do tecido gorduroso. Ou seja, o corpo literalmente começa a ‘queimar gordura’ para se manter vivo.
Após consumir toda a gordura, resta ao organismo retirar sua energia dos músculos. ‘O corpo é capaz de transformar sais e proteínas musculares em glicose’. Nesta fase, a pessoa perde massa muscular até ficar, como se costuma dizer, ‘pele e osso’.
Com baixos índices de glicose - portanto, sem energia -, o cérebro também vai perdendo a sua capacidade de comandar o corpo. A pessoa sente tonturas, enjoos, náuseas e tem dificuldade para raciocinar. Ao mesmo tempo, quando percebe que tem pouco combustível para a manter a máquina humana em atividade, o cérebro começa a enviar sinais para que cada órgão economize e passe a trabalhar menos.
Finalmente, se o organismo usar seus próprios recursos até o esgotamento e a situação de fome persistir, a máquina para e a pessoa morre.
Fonte: https://super.abril.com.br/saude/como-a-fome-afeta-o-organismo/
Agora atente-se para este dado: “cerca de um terço da população mundial - mais de dois bilhões de pessoas - sofre com subnutrição e fome crônica por viver em regiões de frequente escassez de alimentos”. É muita gente!
E é disso que vamos falar um pouco hoje, mas não somente desta fome física, vamos falar sobre a fome que o crente deve sentir: “fome e sede de justiça”.
Vamos abordar o assunto sob três perspectiva:
1- Fome e sede da Justiça que vem de Deus
2- Fome e sede de agir com Justiça
3- Fome e sede de praticar Justiça

Fome e sede da Justiça que vem de Deus

O primeiro aspecto do que Jesus quer dizer neste ponto está totalmente ligado com a sequência lógica das demais Bem-Aventuranças. Recapitulando, o quadro que temos é o seguinte: O homem, por meio do agir do Espírito Santo, reconhece sua miséria. Reconhece que não possui mérito algum diante de Deus, ele é “Pobre de Espírito”, ele é totalmente carente de qualquer coisa que possa agradar a Deus. Ao reconhecer essa miséria, por meio do Espírito Santo ele é então Bem-Aventurado. E já vimos que ser bem-aventurado é algo que só Deus provê para o ser humano salvo.
Como consequência disso, ele “chora”, como bem vimos, esse choro é o choro do arrependimento. É o choro de alguém que sente as mazelas de seu pecado.
Daí, esse que chora age com mansidão, ele dobra sua cerviz à vontade de Deus e aceita de bom grado o que Deus tem pra ele. Ele passa pelas dificuldades, tribulações, perseguições e os diversos problemas da vida, com alegria,satisfeito com o seu Senhor.
Agora, seguindo esse processo, esse mesmo crente anela, anseia, deseja, é faminto e sedento pela justiça de Deus. E qual é a justiça de Deus?
Agir de acordo com a Lei de Deus é ser justo, é agir com justiça, ou seja, Deus deu uma lei de acordo com sua vontade, e fazer isso, exatamente da forma como Deus quer é o correto, é o justo. No entanto, o pecado é a transgressão da lei de Deus, é o agir em não conformidade com o que Deus quer, em outras palavras, o pecado é injustiça. E tal transgressão, tal injustiça, deve ser punida com a morte. Veja:
Romanos 6.23 RA
23 porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Ezequiel 18.4 RA
4 Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.
Romanos 5.12 RA
12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.
Deus então para agir com justiça precisa condenar à morte eterna todo aquele que pecar. Mas em Cristo e por causa de Cristo, existe o conceito de substituição. Ou seja, Cristo de forma vicária (substitutiva) se entrega para morrer em lugar daquele que crê nele. E é aí que o conceito de justiça de Deus é revelado a nós de forma graciosa. Pensar em justiça de Deus a parte de Cristo é algo desesperador. Porque sem Cristo, como a Escritura afirma que todos pecaram, sem Cristo o que nos aguarda é somente a morte. Agora, colocando Cristo na conversa, essa morte é convertida em vida para nós, e porque isso? Porque Cristo se entregou para morrer por nós.
Então perceba, Deus não varre a sujeira pra debaixo do tapete. Ele precisa punir o pecador com a morte porque essa é a lei, no entanto, a justiça de Deus permite que ele, que é o ofendido, providencie os meios para sanar essa ofensa. E é isso que acontece com a encarnação de Cristo. Ele vem a este mundo para viver sem pecado, para se sacrificar no lugar dos pecadores. E por ele nunca ter pecado, por ele ser inocente, e ser eterno, Deus aceita a oferta de Cristo e isso sacia a justiça divina. Logo Cristo pode lançar os méritos de sua obra na cruz sobre todos aqueles que o Pai elegeu para a salvação.
Mateus, Volumes 1 e 2 A Quarta Beatitude

Nessa situação irremediável e horrível foi que o Filho de Deus, de sua glória e soberania, entrou. Foi ele (juntamente com o Pai e o Espírito, o único e verdadeiro Deus) que veio para o resgate, quando todos os demais meios fracassaram. “Então eu disse: Eis que aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei” (Sl 40.7,8). A maneira como o resgate do pecador seria realizado e a salvação providenciada está claramente pintada em Is 53: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (v. 5 e 6). E assim Emanuel foi destinado a ser “SENHOR justiça nossa” (Jr 23.6). Através dele, como uma redenção, os pecados de seu povo foram livremente perdoados, de tal modo que Davi podia cantar: “Bem-aventurado é aquele cuja transgressão é perdoada, cujo pecado é coberto” (Sl 32.1).

É nesse primeiro sentido então, que podemos entender que ter “fome e sede de justiça” está diretamente ligado a ter fome e sede da justiça de Cristo. Ou seja, reconhecer que aquele sacrifício na cruz do calvário foi por nós, crer nisso, e desejar ardentemente que essa Justiça de Cristo seja imputada a nós. Desejar que os méritos de Cristo sejam colocados em nossa conta, no lugar de nossa miséria. Desejar que o sacrifício dele pague a Deus a nossa dívida com Deus. Perceba, esse primeiro aspecto de ter fome e sede de justiça está ligado a ter fome e sede do que Cristo fez por nós.

Fome e sede de agir com justiça

O segundo aspecto do que podemos aplicar à fala de Cristo é a realidade de que, aquele que uma vez foi regenerado pelo Senhor e foi alvo da graça misericordiosa de Cristo age de maneira justa. E o que é agir de maneira justa? Vejamos!
O Rev. Hernandes Dias Lopes diz o seguinte sobre essa questão: “O fato de crermos em Cristo e sermos salvos não significa que a nossa natureza pecaminosa foi arrancada de nós. Recebemos uma nova natureza, um novo coração, uma nova vida, mas a velha natureza não foi extirpada. Existe dentro de nós a luta entre a carne e o espírito. Quem tem fome e sede de justiça, deseja ardentemente ser transformado progressivamente. Quem tem fome e sede de justiça, aspira às coisas do céu, ama a santidade, tem prazer nas coisas de Deus, deleita-se em Deus e ama a sua lei. Sua aspiração mais elevada não é ajuntar tesouros na terra, mas no céu. Seu prazer não está nos banquetes do mundo, mas nos manjares do céu. Quem tem fome e sede de justiça, deseja ardentemente ter mente pura, coração puro, vida pura. Quem tem fome e sede de justiça, quer sempre mais. Está satisfeito, mas nunca saciado. Ama, mas quer amar mais. Ora, mas quer orar mais. Estuda a Palavra, mas quer estudar mais. Obedece, mas quer obedecer mais”.
Agora observe comigo como a vida das pessoas andam no caminho totalmente oposto disso que acabei de falar.
As pessoas não querem ser transformadas, as pessoas têm seus pecados de estimação e ai de quem ousar falar deles. E elas desejam não viver de forma justa, mas desejam que nós as deixemos pecar em paz. É só você perceber o quanto você fica irado quando alguém te corrige, quando alguém, por meio da Palavra de Deus te aconselha a mudar de vida, a abandonar certas condutas erradas. Daí algumas pessoas ainda dizem: “Ah, mas a pessoa está pior do que eu”. Ora, Deus usou uma jumenta pra falar com Balaão. Quanto mais usar alguém, até mesmo ímpio pra chamar sua atenção de sua conduta pecaminosa. Você não deveria ficar com raiva, mas sim agradecer a Deus por ele ainda estar te alertando de que você precisa mudar de vida.
“Quem tem fome e sede de justiça aspira as coisas do céu”. O que você tem desejado? Será que você tem desejado as coisas do céu, ou será que seu desejo está totalmente focado em coisas pecaminosas? Veja este texto:
Gl 5.16-21

16Digo, porém, o seguinte: vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne. 17Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito luta contra a carne, porque são opostos entre si, para que vocês não façam o que querem. 18Mas, se são guiados pelo Espírito, vocês não estão debaixo da lei.

19Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, 20idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções, 21invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

Observe a conclusão da fala de Paulo: “os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus”.
Tais coisas não são coisas do céu! Praticar tais coisas não é aspirar as coisas do céu, muito pelo contrário, é aspirar as coisas do inferno. Não tem como você viver dessa maneira e querer ir pro céu, é loucura e insanidade. Deus odeia essas coisas, e sobre as pessoas que praticam tais coisas permanece a ira de Deus e é por isso que tais pessoas não herdarão o reino de Deus. Não se engane, não deixe o diabo te enganar. Se você continuar nessa vida você vai pro inferno!
“Ama a santidade”. este ponto está diretamente ligado ao anterior. Você ama e deseja uma vida santa diante de Deus? Você tem mediado no que significa ser santo? Ou você fica repetindo o tempo todo “ninguém é santo mesmo” como se isso fosse desculpa para se esbaldar na lama do pecado? Ter fome e sede de justiça significa buscar e amar a santidade. Observe:
1Pedro 1.14–16 RA
14 Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; 15 pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, 16 porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
“Tem prazer nas coisas de Deus”. Outro aspecto mencionado é ter prazer nas coisas de Deus. Você tem prazer nas coisas de Deus?
Salmo 122.1 RA
1 Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor.
Salmo 1.1–2 RA
1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2 Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
Se tornou comum, infelizmente, enxergar as coisas de Deus como coisas triviais e sem qualquer compromisso. As pessoas veem a igreja e as coisas que a igreja produz como coisas de segunda importância. Em primeiro lugar está o ego, está aquilo que elas querem e desejam, lá para quinto ou sexto lugar estão as coisas de Deus. É fácil fazer um diagnóstico: Se pergunte, como você enxerga o culto a Deus? como você enxerga o seu dever de cultuar ao Senhor em sua casa? Como você enxerga a sua vida de oração? como você enxerga sua vida de leitura da Bíblia? A resposta sincera que você der a essas perguntas mostram se você realmente tem prazer nas coisas de Deus.
Fuja do pecado! Abandone as coisas que desagradam a Deus! Se for necessário, abandone as pessoas que te induzem e te levam para longe do Senhor. Não frequente lugares que te levam a pecar. Desfaça amizades que te conduzem ao erro. Isso tudo é muito sério. Sua alma é eterna, você precisa ter fome e sede de justiça, você precisa correr atrás do que é correto e do que é justo. Você precisa abandonar o erro e abandonar o pecado, senão você vai perecer eternamente no inferno, e tenha certeza, a perdição eterna é algo terrível. É pior do que qualquer solidão que você possa enfrentar aqui este mundo, é muito pior que qualquer dor que você possa enfrentar neste mundo, é pior do que qualquer coisa.
Marcos 9.43–48 RA
43 E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível 44 [onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. 45 E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno 46 [onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. 47 E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno, 48 onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga.

Fome e sede de praticar a justiça

Em que consiste isso? Se a justiça imputada se refere à justiça legal e a implantada, à justiça moral, a justiça promovida diz respeito à justiça social. De acordo com John Stott, quem tem fome e sede de justiça abomina o mal, ataca a corrupção e declara guerra a todo esquema de opressão. Luta pela justiça social, exige justiça nos tribunais, defende o direito do fraco e pleiteia a causa dos oprimidos.
Quem tem fome e sede de justiça, luta por uma sociedade na qual não haja fraude, falso testemunho, perjúrio, roubo e desonestidade nos negócios pessoais, nacionais e internacionais. Quem tem fome e sede de justiça, luta para que leis justas sejam estabelecidas, os justos governem e os magistrados julguem com equidade. Quem tem fome e sede de justiça, denuncia o pecado e promove o bem; ama a verdade e abomina a mentira. Sua oração contínua é: Venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu (Mt 6.10). Deseja justiça diante de Deus, para si mesmo e entre os homens. Martyn Lloyd-Jones diz que, se cada homem e mulher neste mundo soubesse o que significa “ter fome e sede de justiça”, não haveria perigo de explodirem conflitos armados. Esse é o caminho para a verdadeira paz.
Os filhos de Deus sempre lutaram pelas grandes causas sociais. O cristianismo sempre levantou a bandeira das grandes transformações sociais. Jesus Cristo restaurou a dignidade das mulheres e das crianças. Os apóstolos cuidaram dos pobres. A Reforma do século 16 devolveu às nações a visão bíblica do trabalho, da vocação, da economia, da ciência e, sobretudo, da verdadeira fé. As nações que nasceram sob a luz da Reforma cresceram e prosperaram, rompendo as peias do obscurantismo medieval. John Wesley lutou bravamente pela causa da abolição da escravatura.
Em 1789, William Wilberforce posicionou-se perante o parlamento britânico e veementemente clamou pelo dia em que homens, mulheres e crianças não fossem mais comprados e vendidos como animais de carga. A cada ano, nos dezoito anos seguintes, seu projeto de lei foi derrotado, mas ele não esmoreceu em sua luta contra a escravidão. Até que, finalmente, em 1833, quatro dias antes da sua morte, o parlamento aprovou um projeto de lei abolindo completamente a escravidão na Inglaterra. Em 1963, Martin Luther King Jr., em pé nos degraus do Memorial de Lincoln, em Washington, D.C., descreveu um mundo sem preconceito, ódio ou racismo. Ele disse: “Eu tenho um sonho de que meus quatro filhos vão um dia viver em uma nação na qual eles não serão julgados pela cor da sua pele, mas pelo teor do seu caráter”. Ele lutou com desassombro contra o famigerado preconceito racial na América e, mesmo tombando como mártir dessa causa, deixou um legado vitorioso que ainda inspira aqueles que têm fome e sede de justiça a continuarem nessa peleja. Martin Luther King Jr. morreu, mas o seu sonho permanece vivo!
Duas bênçãos são destinadas aos que têm fome e sede de justiça: Eles são saciados e felizes. A palavra que Jesus usou para bem-aventurados é novamente makarios. Refere-se ao mais elevado bem-estar possível para o ser humano. Era o texto que os gregos usavam para exprimir o tipo de existência feliz dos deuses. A felicidade que Jesus dá é verdadeira. Só ela nos satisfaz. Aquele que tem fome e sede de justiça é saciado, embora jamais deixe de continuar ansiando por Deus. Lenski afirma: “Esta fome e esta sede continuam e, na verdade, aumentam no simples ato de saciá-las”.62 John MacArthur Jr. vê esse fato como um grande paradoxo: satisfeito, mas nunca saciado.
Jesus está ensinando que os famintos de Deus não serão despedidos vazios nem serão decepcionados. Ele promete felicidade e saciedade. Ele promete alegria e satisfação. Ele promete plenitude e a dá a todos quantos têm fome e sede de justiça. Entretanto, ninguém jamais será satisfeito sem que antes esteja faminto e sedento.
Lopes, H. D. (2019). Mateus: Jesus, o Rei dos Reis (1a edição, p. 149–151). São Paulo: Hagnos.
Related Media
See more
Related Sermons
See more