#11 - A Graça do Arrependimento - Jn 3.5-10

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De todos os grandes reavivamentos na História, poucos se comparam ao arrependimento em massa da antiga Nínive. Hugh Martin comenta a magnitude desse evento:
Uma cidade grande e orgulhosa repentinamente lançada na mais profunda humilhação, desde os maiores de seus habitantes até os menores – desde o rei no trono até o cidadão mais pervertido –, é um espetáculo para o qual, creio eu, a história não oferece paralelo. Muitas vezes, cidades, países e comunidades se dedicaram, com quase unanimidade, à humilhação e ao jejum. Mas não sabemos de nenhum evento que se compare ao jejum e ao arrependimento de Nínive.
Esse grande reavivamento ocorreu por meio da pregação de um homem, o profeta Jonas. E, como sempre em reavivamentos, este também começou com o reavivamento do mensageiro.
Reavivamentos começam com o arrependimento e a renovação da fé da igreja, assim como o arrependimento de Nínive começou com a contrição e a renovação espiritual de Jonas.
Observando o início dessa obra na experiência do próprio Jonas, percebemos que o reavivamento de Nínive foi um ato poderoso de Deus em sua misericórdia.
Segundo o Senhor Jesus Cristo, esse evento se destaca em toda a história “como sinal e testemunho contra a pobreza da nossa obediência ao Senhor e as nossas expectativas baixas relacionadas ao sucesso do evangelho em nosso próprio tempo” (veja Lc 11.30–32).

O arrependimento de Nínive

Jonas está em Nínive, proclamando por toda a cidade: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jn 3.4).
Para a nossa surpresa, os ninivitas ímpios não reagiram com violência contra o profeta, nem mesmo com indiferença ao seu chamado.
Em vez disso, representaram um dos exemplos clássicos de arrependimento coletivo, quando toda uma sociedade renega o pecado e clama ao Senhor.
Uma definição bíblica de arrependimento inclui pelo menos três elementos vitais, e cada um deles está presente no caso de Nínive.
Em primeiro lugar é um luto em tristeza por causa do pecado. Vemos isso nos ninivitas, pois eles “… proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor” (Jn 3.5).
O arrependimento falso lamenta apenas as consequências do pecado; as pessoas lamentam não o fato de terem pecado, mas o de terem sido pegas.
O arrependimento verdadeiro lamenta o pecado em si. Mas os ninivitas se desesperaram na condenação de seu pecado e da ofensa contra o Deus de Jonas.
Reconhecemos o arrependimento dos ninivitas em três aspectos.
O primeiro é que “proclamaram um jejum”.
Na Bíblia, o jejum serve a diferentes propósitos, um dos quais é a expressão pública de penitência.
O segundo, a tristeza dos ninivitas se expressou no uso de panos de saco, “desde o maior até o menor” (Jn 3.5). Pano de saco era um tecido áspero e duro usado para fabricar sacos, e normalmente apenas os mais pobres o usavam como tecido para suas roupas. Assim como o jejum, o pano de saco expressava lamento, luto e humilhação.
O terceiro, o rei de Nínive serviu como exemplo para os seus súditos, sentando-se sobre cinzas. Quando ele ouviu a pregação de Jonas, “… ele levantou-se do seu trono, tirou de si as vestes reais, cobriu-se de pano de saco e assentou-se sobre cinza” (Jn 3.6). Despir-se de suas roupas ricas e caras, trocá-las por pano de saco e então sentar-se sobre cinzas era a manifestação pública mais evidente de humilhação.
Inevitavelmente, as pessoas se perguntam se expressões públicas como jejuar, usar pano de saco e sentar-se sobre cinzas são apropriadas hoje em dia.
A resposta depende da sinceridade desses atos; onde houver uma convicção sincera diante do Senhor, como aparenta ser o caso do texto (não reconhecemos nenhum outro motivo por trás desse arrependimento público), expressões públicas e cívicas de arrependimento podem ser bastante apropriadas.
Mas Jesus nos adverte contra manifestações públicas hipócritas “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles” (Mt 6.1).
O jejum pode ser uma maneira útil de estimular a oração e purificar a alma, mas apenas quando acompanhado pela realidade interior correspondente.
Calvino diz:
“Precisamos ter em mente que essas coisas nos são apresentadas como sinais externos de arrependimento, que, quando falsos, provocam nada além da ira de Deus”.
Todos esses atos dos ninivitas expressavam o arrependimento em termos de luto por causa de seu pecado.
Mas o arrependimento exige, em segundo lugar, também a renúncia ao pecado.
J. I. Packer escreve:
“O arrependimento é uma mudança nos pensamentos que provoca uma mudança na vida”.
Vemos isso na proclamação do rei: “… e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos” (Jn 3.8).
Nínive era conhecida por sua violência, e aqui o rei reconhece o mal de seu caminho e chama o povo para repudiar seu pecado principal.
Em terceiro lugar, o arrependimento culmina num retorno para Deus em fé renovada. Assim, o rei de Nínive decretou: “… clamarão fortemente a Deus” (Jn 3.8).
Ele estava convocando seu povo para que orasse pedindo misericórdia ao Deus de Jonas. Em toda a Bíblia, encontramos pecadores arrependidos que se voltam para Deus em oração e descobrem sua graça.
A oração de Salomão por ocasião da dedicação de seu templo estabelece um princípio para todos nós:
Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles […], caírem em si, e se converterem, e […] te suplicarem […], ouve tu nos céus, lugar da tua habitação, a sua prece e a sua súplica e faze-lhes justiça, perdoa o teu povo, que houver pecado contra ti, todas as suas transgressões que houverem cometido contra ti (1Rs 8.46–47,49–50).
É provável que os ninivitas não conhecessem a oração de Salomão; tampouco podiam clamar a Deus como seu povo da aliança. Mas eles entenderam o bastante para se arrependerem, após ouvirem o aviso do julgamento iminente de Jonas.
Quanto mais deveríamos nós, os cristãos, que sabemos mais que os ninivitas e até mesmo mais que Jonas – pelo fato de conhecermos a graça de Deus no sangue de Cristo –, voltar-nos voluntária e ansiosamente para Deus em busca de sua misericórdia.

A graça do arrependimento

O arrependimento de Nínive foi verdadeiramente um evento extraordinário e, do ponto de vista humano, totalmente inesperado.
Como podemos explicar esse arrependimento sem precedente?
Encontramos a primeira resposta nas palavras iniciais de Jonas 3.5: “Os ninivitas creram em Deus”.
Isso nos mostra que o arrependimento é sempre o primeiro fruto da fé na Palavra de Deus. Eles se arrependeram porque acreditaram na mensagem pregada por Jonas.
Seu rei se perguntou: “Quem sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos?” (Jn 3.9).
Essa esperança foi essencial para a mudança de seus corações; o arrependimento verdadeiro nunca se baseia apenas na lei de Deus, mas também na esperança do evangelho.
O arrependimento verdadeiro é o arrependimento evangélico; ele é provocado não só pelo medo da ira, mas também pela esperança da graça do evangelho.
Paulo diz: “… a graça de Deus se manifestou […], educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos” (Tt 2.11–12).
Foi a esperança da salvação que gerou o arrependimento de Nínive. Calvino comenta:
“Ninguém pode se submeter a Deus por vontade própria, a não ser que tenha conhecido antes sua bondade e nutrido uma esperança de salvação; pois aquele que é tocado somente pelo medo evita a presença de Deus; então, prevalece o desespero, ao qual segue a perversão”.
Mas de onde os ninivitas teriam tirado qualquer noção da misericórdia de Deus?
Duas fontes se oferecem. A primeira é a oferta de misericórdia implícita na advertência de Jonas.
Quando a companhia de energia avisa que sua eletricidade será cortada se você não pagar a conta, a advertência dá a entender que, se você pagar a conta, a ameaça não se realizará.
Semelhantemente, os ninivitas reconheceram uma esperança no fato de Deus lhes oferecer uma advertência.
Deveríamos ver as ameaças de julgamento na Bíblia dessa perspectiva. Por que, afinal de contas, Deus adverte que “… o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23a)?
Evidentemente, para atrair-nos para “… o dom gratuito de Deus [que] é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23b).
Além de se agarrarem à misericórdia contida implicitamente na advertência de Jonas, a fé dos ninivitas deve ter se alimentado também do testemunho de Jonas.
Aqui nos lembramos do ensinamento de Jesus segundo o qual Jonas “… foi sinal para os ninivitas” (Lc 11.30).
Isso parece sugerir que os ninivitas conheceram a história maravilhosa de Jonas. A presença de um pecador remido como Jonas deve ter encorajado o rei a buscar a misericórdia de Deus também para o seu povo.
Se o ressurgimento de Jonas de dentro da barriga do grande peixe incentivou o arrependimento esperançoso dos ninivitas, quanto mais deveríamos nós ser incentivados pela ressurreição de Jesus Cristo.
Como disse Jesus: “[Os ninivitas] se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas” (Mt 12.41). Jesus foi para o túmulo não pelos seus próprios pecados, mas pelos nossos.
Portanto, sua ressurreição oferece a esperança de uma vida nova suficiente para nos persuadir a confiarmos nele e a nos arrependermos.
O arrependimento de Nínive se fundamentava, então, em sua crença em Deus e na mensagem de seu servo.
Isso nos leva a uma segunda fonte de seu arrependimento, isto é, a graça de Deus.
O arrependimento em massa da maior cidade do mundo antigo foi claramente produto da obra sobrenatural de Deus.
Não existe outra explicação para esse evento notável.
Quem esperaria que a chegada de um profeta todo esfarrapado no centro do paganismo violento e arrogante provocaria a reação que Jonas provocou?
No entanto, esse homem levou a cair de joelhos a capital desse império sanguinário simplesmente por meio da mensagem que ele pregou!
Como isso aconteceu?
Isso ocorreu pelo trabalho secreto do Espírito de Deus, por meio da Palavra de Deus que Jonas pregou.
Nosso arrependimento também precisa ser possibilitado pela graça do Senhor. Não é fácil para nenhum homem ou mulher se arrepender.
Quando se trata de nosso próprio arrependimento, devemos curvar nosso coração perante o Deus da graça e implorar para que ele opere aquilo que nosso próprio coração não consegue fazer.
Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável”, orou o rei Davi (Sl 51.10).
Deus responderá a essa oração feita em fé confiante. O arrependimento, como também a salvação, ocorre por meio da graça e da fé no poder do Espírito Santo, testemunha da Palavra de Deus.
Sabendo disso, entendemos por que o rei de Nínive merece nossa atenção.
Aqueles em posições de autoridade na sociedade, na igreja, nos lares não têm tarefa mais nobre do que liderar seu povo em arrependimento sincero.
Semelhantemente, não existe maldição maior para qualquer povo do que ser regido por aqueles que tratam levianamente do pecado, que zombam das advertências da Palavra de Deus e que endurecem não só seu próprio coração, mas também o coração de seu povo contra Deus.
Ao servir como exemplo de contrição humilde – levantando-se de seu trono, despindo-se de suas roupas reais, cobrindo-se com pano de saco e sentando-se sobre as cinzas –, o rei de Nínive prestou o melhor serviço ao bem-estar de seu povo.
Que nós busquemos ser líderes, pais, amigos e igrejas como o Rei de Nínive, ao ouvir a palavra, se arrepender, crer e produzir frutos de arrependimento e assim conduzir outros.

O arrependimento de Deus

O capítulo três fecha com o mais forte encorajamento para o arrependimento, pois nos conta da resposta de Deus à humilhação de Nínive.
Quando o povo ímpio se arrependeu de seu pecado, Deus se arrependeu de seus planos para destruir a cidade: “Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez” (Jn 3.10).
Primeiro, observe o que Deus deseja ver: “Como se converteram do seu mau caminho”.
Deus não queria ver cerimônias externas. Deus compadeceu-se não porque observou que eles não comiam ou bebiam durante certo tempo ou se vestiram com roupas baratas no lugar de seus vestimentas luxuosos habituais.
Não foi por causa do sacrifício de animais ou dinheiro feitos num esforço de conquistar o favor de Deus.
Foi porque eles se arrependeram: os corações se converteram dos seus maus caminhos.
Deus deseja o mesmo de nós. Podemos ir à igreja e adorá-lo. Podemos recitar liturgias de arrependimento. Podemos oferecer cânticos fervorosos de louvor. Podemos depositar grandes quantias nos cofres da igreja.
Podemos nos tornar peritos em teologia. Mas o que Deus deseja ver é uma conversão sincera dos nossos pecados como resultado de nossa fé em sua Palavra – porque lamentamos sinceramente a maldade de nossos pecados e porque nos entregamos à misericórdia de Deus em Jesus Cristo.
Foi por isso que Jesus começou seu ministério de pregação com este chamado: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 4.17).
A perversão de Nínive era grande e sua culpa era gigantesca. Quando ela se arrependeu, Deus mudou seu julgamento.
Isso nos mostra que Deus pode perdoar a qualquer um que crê e se arrepende.
Calvino escreve:
Daí aprendemos por que Deus nos incentiva diariamente para o arrependimento, e ele o faz porque deseja se reconciliar conosco; para que nós sejamos reconciliados com ele”.
Jonas 3.10 afirmam que Deus “se arrependeu” de seu julgamento.
Isso tem levado alguns a questionarem a onisciência de Deus, como se ele tivesse errado ao julgá-los anteriormente; ou a imutabilidade de Deus, isto é, o fato de ele não mudar, visto que ele aparenta ter mudado de opinião.
Existem várias respostas a essas alegações. Uma é que Deus adapta a sua Palavra à nossa compreensão.
Como a Bíblia atribui a fisicalidade humana a Deus, falando da “mão do Senhor” ou dos “ouvidos do Senhor”, assim a Escritura atribui também o raciocínio humano a Deus quando fala que ele “se arrependeu”. Na teologia isso se denomina, “antropomorfismo”.
Fato é que, quando “se arrependeu” de seu juízo, Deus estava manifestando não sua mutabilidade, mas sua consistência e fidelidade inerrantes.
Hugh Martin explica isso bem:
Era uma Nínive perversa, violenta, injusta, ateia, orgulhosa e luxuriosa que Deus ameaçara destruir. Uma cidade sentada sobre cinzas em pano de saco, humilhada de forma mais profunda e apelando como suplicantes à sua comiseração – uma Nínive assim –, essa Nínive ele nunca havia ameaçado. Essa Nínive ele não destruiria. Ele nunca disse que faria isso.
É exatamente pelo fato de Deus ser imutável que somos encorajados a nos arrepender. Deus é inerrante tanto em sua ira contra o pecado quanto em sua misericórdia diante do arrependimento fiel.
Não há alteração em sua oposição à perversão; assim, somos constantemente chamados para o arrependimento dos nossos pecados.
Não há alteração em sua alegria de receber pecadores que recorrem ao nome do Senhor e procuram sua misericórdia por meio da fé em sua Palavra.
Mesmo assim, nos perguntamos:
“Como Deus pôde perdoar uma cidade tão má?
Como Deus pôde ignorar seus muitos pecados graves, recusando-se a vingar o sangue de suas inúmeras vítimas?”.
Mas poderíamos fazer essa mesma pergunta em relação a nós mesmos:
“Como Deus pôde perdoar as coisas que eu fiz? Como ele pôde ignorar as blasfêmias que o desonraram, o sofrimento e a dor que causei a outras pessoas?”.
A resposta se encontra na palavra hebraica usada para descrever o arrependimento de Deus.
A palavra “shubh” descreve o arrependimento de Nínive: significa a conversão do mal para o bem.
Mas outra palavra é usada para descrever o arrependimento de Deus, já que Deus não possui mal do que se arrepender. Aqui, é a palavra “nachamque denota um sofrimento interior.
A melhor tradução seria talvez “sentir pena, se compadecer”.
A resposta à pergunta “como Deus pode perdoar o pecado?” é encontrada na cruz de Jesus Cristo. Deus sofre literalmente ao se arrepender de julgar os nossos pecados; pois Cristo os pagou na cruz.
Jacques Ellul afirma:
Ele toma sobre si o mal que era o salário do pecado do homem. Ele sofre o sofrimento que, em sua justiça, ele deveria ter imposto ao homem. Deus faz com que seu julgamento recaia sobre ele mesmo. Este é o significado de seu arrependimento”.

O testemunho de Nínive

Nosso mundo precisa hoje de muitos profetas como Jonas, com a consciência renovada da graça de Deus em sua própria vida, que proclamem ao mundo a mesma mensagem da graça.
Deus precisa julgar, e julgará a perversão do nosso mundo. Deus recompensará nossos pecados com o fogo de sua ira. Mas ele enviou seu próprio Filho para tomar sobre si os pecados daqueles que creem.
Essa é a mensagem que precisa ser pregada nos púlpitos cristãos e esse é o testemunho que as vidas cristãs precisam dar ao mundo.
Nesse sentido, o ministério de Jonas serve como encorajamento eterno para pregar o evangelho de Cristo.
Mas a reação dos ninivitas também serve como testemunho eterno. Seu arrependimento e o recuo do juízo de Deus servem como testemunho da graça de Deus para todos que se humilham em fé.
Jesus disse: “… assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, o Filho do Homem o será para esta geração” (Lc 11.30). Jesus oferece perdão a todos que creem, se arrependem e buscam sua graça salvífica.
Minha oração é que a IBCM seja nesse tempo assim como Jonas, testemunho ao mundo de há um Deus justo que anuncia juízo e graça por meio de seu filho para que todo que crê, não pereça, mas encontre vida e eternidade nEle.
Quem deseja comigo ser essa igreja?
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