A Carta de Jesus a Esmirna
Apocalipse - Igrejas • Sermon • Submitted
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· 65 viewsTribulação momentânea x Paz eterna Pobreza terrena x riqueza celestial Coroa da vida como Prêmio pela Fidelidade. O cristão fiel será vencedor e poupado da Segunda Morte.
Notes
Transcript
Carta de Jesus a Esmirna.
Carta de Jesus a Esmirna.
Ap.2.8-11
Introdução
João recebeu de Jesus a mensagem que passa às Igrejas em forma de carta.
Primeira carta: para Éfeso, uma igreja que se caracterizava por suas realizações (calendário de atividades), Discriminações (doutrinariamente correta) e Persistência (naquilo que cria). Mas foi chamada à atenção para que voltasse ao primeiro amor: amor a Deus e ao próximo.
Hoje veremos a carta a Esmirna.
Desenvolvimento
O que era Esmirna?
1. Uma bonita e rica cidade comercial na Ásia Menor.
2. ESMIRNA quer dizer MURTEIRA / MIRRA / AMARGURA. - No AT a mirra tinha primeiro que ser triturada ou MOÍDA para depois ser oferecida como aroma agradável sobre o altar do incenso.
3. Nela vivia uma igreja cristã, pobre e perseguida. Não há registro de nenhuma repreensão. Traz ela, portanto, elogio por boas obras? Ao que parece, porém, a igreja não realiza nada , pois ela sofre constantemente a ação de terceiros. A lei da ação reside integralmente no adversário, que a aflige, rouba e difama. Os cristãos em Esmirna são “considerados como ovelhas que vão para o matadouro”. (Pohl, A. (2001). Comentário Esperança, Apocalipse de João (p. 114). Curitiba: Editora Evangélica Esperança.)
4. Era uma cidade de mártires (Policarpo e mais 1.500 crentes foram assassinados ali; depois, mais 800).
Qualidades - Ap.2:9”a” - Passa por aflições e é empobrecida (roubada), mas é rica.
Dificuldades - Ap.2:9”b”, 10”a” - É formada de “Falsos judeus”, sinagoga de Satanás; igreja vai sofrer perseguição.
Recomendação - Ap.2:10”c”- Ser fiel mesmo que demande morrer pela fidelidade.
Prêmio - Ap. 2:11 - O vencedor não sofrerá o dano da segunda morte.
Em primeiro lugar, o Senhor faz saber a essa igreja: “Eu sei as tuas obras”. Não descreve quais obras, mas diz que as conhecia (Jesus conhece o que as igrejas fazem e como fazem. (Como estamos fazendo a obra de Deus? ....)
Jesus diz à Igreja: “Sei da sua tribulação, da sua pobreza (mas você é rico).” Jesus está totalmente ciente da tribulação e da pobreza que cada cristão em Esmirna sofre pelo nome de Cristo. A palavra tribulação significa, na verdade, uma vida em opressão, em fortes apuros. E um leva ao outro: a opressão resulta em pobreza, quando o trabalho e os recursos são negados por causa do testemunho de Cristo. Os crentes de Esmirna talvez tenham vivenciado o confisco de seus bens terrenos, pois a expressão pobreza se referia à desprezível pobreza de um mendigo. Paulo, quando escreve sobre essa condição na carta aos Coríntios, observa que Jesus Cristo “sendo rico, se fez pobre por amor de nós, para que, pela sua pobreza, nos tornássemos ricos” (2Co 8.2, 9). Jesus enfatiza essas palavras dizendo ao seu povo em Esmirna que eles são espiritualmente ricos. Jesus quer que eles permaneçam fiéis a ele e à sua palavra mesmo quando sofrerem dificuldades e abusos, pois então serão abençoados espiritualmente (Mt 5.11–12; Tg 2.5).
Aparentemente tudo o que ela faz, nada ou quase nada aparece... Porque os inimigos não deixam, e abafam tudo por meio de perseguições. Foi o mesmo que aconteceu com Jesus em seu ministério, quando ele realizou a MAIOR OBRA “abafada pelos inimigos”, permitindo-se ser MOÍDO pelos homens (Is.53.5 ARA). Seu perfume ficou... E por isso hoje estamos aqui e podemos servi-lo!
É triste trabalhar em uma igreja ou em algum lugar onde tudo o que se faz ou se pretende fazer é abafado pelos inimigos! Deve causar um desânimo muito grande! Mas Jesus se apresenta a essa igreja e lhe diz: “Isto diz o primeiro e o último, que foi morto e reviveu”. Ou seja: “Estive em grande tribulação antes de vocês, mas eu venci...(Jo.16.33).
A diferença entre nós e Esmirna é que aquela estava em aflição. Nós não!
Sempre estamos debaixo de um certo temor de perseguição à igreja de Cristo com leis que vez por outra circulam disfarçadamente pelas Casas de Leis. O que fazer? Creio que precisamos entender um pouco mais o que quer diz o verso 10 – “Não temas as coisas que tens de sofrer”.
Através do sofrimento se chega à glória – diz Paulo em 2Co.4:17,18: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais e as que se não veem são eternas”.
Não queremos aflições, mas elas são previstas! Para a Igreja de Esmirna era por quanto tempo? 10 DIAS. UM TEMPO LIMITADO. O Senhor não deixa exceder a medida suportável (1Co.10:13), mas vela para que seus filhos não desanimem. Vejamos ainda 1Pe.1:6,7 – “nisso exultais, embora no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que o valor da vossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do que o ouro perecível, mesmo apurado pelo fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”.
Eu sei das tuas obras, tribulação e POBREZA. Provavelmente Esmirna era uma igreja de periferia e pobre. E muitos, por amor a Jesus, renunciavam a vantagens econômicas.
Quantos de nós estaríamos hoje dispostos, se necessário, a abrir mãos de vantagens de qualquer natureza em favor do Reino?
Jesus diz: “Sei da tua pobreza, mas és rica”. Dentre as 7 cartas, nos deparamos com os pobres ricos de Esmirna e os ricos pobres de Laodiceia.
Talvez tenhamos que pensar seriamente em textos como Lc.14:33 e Jo.12:25. Isso não é uma ordem, mas uma comunicação de um princípio de Deus.
Quando o Senhor acaba de mostrar a dura realidade social em que aquela igreja se encontra, não pede para fugir ou para desistir, mas diz como estímulo: SÊ FIEL ATÉ A MORTE E DAR-TE-EI A COROA DA VIDA – VS.10.
Fico imaginando o quanto procuramos fugir das tribulações, das enfermidades, das chateações que nos sobrevêm à vida, até importunando a Deus com as nossas orações, quando Ele diz que nos guarda, nos protege e que em troca pede tão somente que Lhe sejamos fiéis até à morte! Precisamos viver a máxima que diz: “não diga a Deus o tamanho do seu problema, mas diga ao seu problema o tamanho do seu Deus”.
Esmirna era perseguida. As perseguições de fora são esperadas, pois o mundo é inimigo declarado de Deus e de seu Reino; e o que dizer quando as perseguições brotam de falsos cristãos, de dentro da própria igreja ou de outras igrejas? Perseguições entre igrejas que se dizem cristãs e perseguições de irmãos contra irmãos! (...). ESMIRNA vivia essas perseguições quando Cristo lhe pediu que FOSSE FIEL ATÉ A MORTE. E o que assim fosse “não sofreria a segunda morte”.
Conclusão
Estamos dispostos a seguir o caminho da auto renúncia por amor a Jesus? Então receberemos rico consolo e maravilhosa glória. Devemos negar o caminho da autoafirmação ou autorrealização (vivo, não mais eu… (Gl.2.20) para que não morramos espiritualmente, nem vivamos sem consolo. Então, o nosso consolo será: “O vencedor de nenhum modo sofrerá a segunda morte" (VS.11).
Se à igreja de Éfeso a recomendação foi de retorno ao primeiro amor, a Esmirna foi de “ser fiel”. Que consideremos sempre a necessidade de amarmos a DEUS e ao PRÓXIMO, sem nos esquecermos de ser FIÉIS a Deus e à sua Palavra, mesmo debaixo de perseguições.