Nada criado pode satisfazer o nosso coração. Eclesisastes 2.1-11

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Introdução

A nossa sociedade vive uma busca incessante por satisfação pessoal, procurando, muitas vezes à todo o custo, a felicidade. Para muitos, esse é o sentido da vida: a felicidade. E veja se isso também não é a causa de todo ciúme, inveja e, consequentemente, tragédias? Olhamos para as pessoas ao nosso redor e as vemos “felizes” e passamos a querer aquela felicidade, passamos a desejar aquilo que o outro tem e que, aos nossos olhos, o torna feliz. Isso se torna o nosso objetivo.
Um poeta americano, ganhador do premio Pulitzer de Poesia e indicado Quatro vezes ao Nobel de literatura, escreveu um poema intitulado Richard Cory, que diz assim:
“Quando Richard Cory ia à cidade passear,
Ninguém na calçada deixava de olhar:
Dos pés à cabeça, cavalheiro consumado,
De porte imponente e aspecto asseado.
Vestia-se com discreta sobriedade,
Falava com humana simplicidade;
Nem por isso nosso coração deixava de palpitar,
Quando nos cumprimentava e fulgurava ao andar.
Era rico, mais que um rei abastado
E, em todo saber, admiravelmente escolado;
A nosso ver, possuía tudo que se pode desejar,
Daí desejarmos estar em seu lugar.
Por isso trabalhávamos e esperávamos a boa ventura,
Enfrentávamos privações pensando na vindoura fartura;
E, numa noite serena de verão, Richard Cory voltou
Para sua linda casa, onde pegou um revólver e se matou.

Elucidação

Lembremos um pouco do que vimos na semana passada.
Salomão, ou o Pregador, empenha-se em analisar a vida e toda a sua existência em busca de respostas às indagações que ele possui, mas que na verdade é nossa também. Na verdade, a pergunta é mais como um sentimento difícil de traduzir: a sensação de que nós temos uma vida importante, uma vida interessante onde coisas belas acontecem, mas que ao mesmo tempo temos a sensação de que essas mesmas coisas são fúteis e não resolvem o problema.
Ao querermos procurar a resposta para a vida, o universo e tudo mais, ou seja, o sentido da vida, vimos que viver uma vida em busca do conhecimento e do saber é inútil, afinal de contas, quem aumenta a ciência aumenta a tristeza.
Como eu posso satisfazer o meu coração num mundo cheio de problemas?

1. Fingindo que os problemas não existem - v. 1-3, 8b.

“Então, visto que no conhecimento eu não consegui encontrar a satisfação aos meus anseios, talvez nos prazeres eu encontre”, pensou Salomão. Matthew Herny diz que “ele trocou a companhia dos filósofos e senadore sérios por aquela dos bem-humorados e corteses, e dos espíritos cortejadores de sua corte, para experimentar se ele poderia encontrar satisfação verdadeira e felicidade entre eles”.
De fato foi isso que aconteceu: Salomão buscou “as coisas boas da vida”, mas logo percebeu que tudo isso era “vapor”, era vaidade. Ele destrincha o que fez:
“Concluí que o rir é loucura, e a alegria de nada vale”. Se você prestar bem atenção naqueles que tentam, a qualquer custo , chamar a sua atenção com brincadeiras e palhaçadas, sendo os palhaços da turma ou os bobos da côrte, eles na verdade escondem um clamor por ajuda, um grito de desespero travestido do “arrancar sorrisos”.
Em sua obra O segredo da felicidade, Billy Graham menciona um paciente com forte depressão que procurou ajuda psiquiátrica. Comentou que acordava cada vez mais triste e desanimado e nos últimos tempos se sentia desesperado. Disse que não era possível continuar vivendo daquela forma. Antes de o paciente sair do consultório, o psiquiatra indicou um espetáculo em cartaz na cidade no qual um palhaço italiano levava os espectadores às gargalhadas todas as noites e recomendou que visse o espetáculo, afirmando que rir por algumas horas seria uma terapia fabulosa para esquecer os problemas. Mas o paciente, com expressão de tristeza, comentou: “Aquele palhaço sou eu”.
Mesmos nas obras que nós consideramos fúteis isso aparece com frequência. Por exemplo: no desenho japonês Naruto, o personagem principal que dá nome ao anime é exatamente essa figura de palhaço da turma, que causava problemas em toda a vila para chamar a atenção. Vivia com um sorriso estampado no rosto, mas com o coração destroçado por não conhecer os seus pais e viver, já com 8, 9 anos de idade, sozinho e odiado por todos. O seu professor, o Iruka-sensei, também era o palhaço da sala na sua adolescencia, mas, de igual forma, para esconder o vazio que seus pais, heróis de guerra, deixaram ao morrer. Sem dúvida, eles também concordariam que o riso […] é loucura, e a alegria: de que serve?
Nós bem sabemos, não é? Que o riso no rosto, as gargalhadas que buscamos dar, muitas vezes são o grito de fuga e desespero do nosso mundo cheio de confusão. Tentamos fingir que os nosso problemas, aquilo que martela em nossa cabeça não existe, e buscamos na alegria e no riso a fuga para os nosso males.
“Decidi entregar-me ao vinho e à extravagância, mantendo, porém, a menten orientada pela sabedoria”. Poderoso como o rei que era, Salomão dedicou-se a estudar os efeitos maravilhosos do vinho, e se tornou um enólogo. Conhecedor das uvas e do proceso de fermentação, passou tambpem a conhecer por experiencia os efeitos dessa bebida ao corpo e às emoções humanas. um limite, entretanto, ele estabeleceu: A minha sabedoria é a o meu limite. Em outras palavras, nunca se deixou embreagar-se, nunca deixou que a sua mente fosse tomada, ou melhor, esvaída pelo álcool.
Muitos não têm o mesmo cuidado de Salomão
Jogos, novelas, drogas, etc.
“Eu queria saber o que vale a pena, debaixo do céu, nos poucos dias da vida humana(…); provi-me de cantores e cantoras e das delícias dos filhos dos homens: mulheres e mulheres”. Salomão também se lançou nos prazeres sexuais. 1 Reis 11.2-3: “Casou com elas, mesmo sabendo que o SENHOR Deus havia ordenado aos israelitas que não casassem com mulheres estrangeiras porque elas fariam com que os corações deles se voltassem para outros deuses.Salomão casou com setecentas princesas e também teve trezentas concubinas. Elas fizeram com que ele se afastasse de Deus”. Mulheres e mulheres, é como ele mesmo descreve a sua busca.
Pornografia
Adultério
Imoralidade
Phillip Ryken disse que Salomão vivesse nos nossos dias, ele estamparia as capas das maiores revistas: Dinheiro, “felicidade” e mulheres. Contudo, não nos esqueçamos da conclusão imediata dele ainda no versículo 1: Tudo isso revelou-se inútil; isso também era vaidade, vapor. Fingir que os problemas não existem, que o nosso mundo não é caído ou que nós não somos pecadores não é a solução. Viver como se a nossa vida só dissesse respieito a nós mesmo é viver uma utopia, é vaidade.
A diversão em si não é algo ruim. Deus criou todas essas coisas para o nosso deleite, a nossa diversãoe o nosso prazer! O problema é o que nós fazemos com ela. Usar os diversos modos de se divertir, e usandos de maneira desordenada, é inútli e pecaminoso. Os nossos “prazeres” não escondem a triste realidade de nossa condição: a nossa vida não tem sentido debaixo do sol.

2. Colocando coisas “maiores” para preencher o vazio - v.4-11.

Existencialismo - o que você faz valida a sua existência. Faça a sua existencia ter valor por meio de suas ações e realizações.
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