Ambientalismo
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Apologética V
O AMBIENTALISMO
Estudo 547
25 Eles trocaram a verdade de Deus pela mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito para sempre. Amém!
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Chegamos ao fim da série Apologética. Eu creio que o objetivo maior de “abrirmos os olhos” para os desafios que nos cercam, foi alcançado. É verdade que os temas tratados possuem ramificações profundas, mas se ao menos entendermos alguma coisa a respeito deles, já terá sido de grande valia.
Vamos concluir esta série conhecendo um pouco a respeito da “nova religião mundial”: o Ambientalismo. Este movimento tem sido avassalador e vem confundido a cabeça de muita gente, especialmente os mais jovens. Que Deus nos dê graça para transmitirmos algumas verdades sobre este tema tão atual e importante. Que ele seja de fato glorificado nisto e muitas vidas sejam edificadas!
I. A NOVA RELIGIÃO MUNDIAL É VERDE
I. A NOVA RELIGIÃO MUNDIAL É VERDE
O Ambientalismo é uma filosofia e ideologia abrangente ligada às preocupações com a proteção ambiental e a melhoria das condições do meio ambiente. Esta filosofia se transformou de um movimento marginal para uma questão fundamental da sociedade moderna, a ponto de os seus proponentes tornarem-se a quarta maior bancada política no Parlamento Europeu.
De fato, o movimento ambientalista é amplo, popular e radical. Ele exige da sociedade ações urgentes e abrangentes. Palavras superficiais e inatividade não são bem recebidas neste movimento.
Uma das características mais marcantes do movimento ambientalista é sua conotação profundamente religiosa. Seus seguidores são devotos e cheios de zelo missionário. O movimento tem um caráter profundamente religioso na mensagem, no tom e na dedicação de seus seguidores.
Não há problema algum em dizer que, em essência, muitas nações estão no processo de abraçarem esta nova fé. Uma fé que troca a adoração do Criador pela adoração de sua criação.
Encontrar um exemplo tão óbvio de “religião” sendo adotada em boa parte do Ocidente realmente deveria nos fazer parar e pensar. Este estudo procura fazer exatamente isso. Para examinar de onde veio o movimento, como está estruturado, quais são seus elementos centrais e como isso se compara à fé cristã. Se tudo isso for verdade, que esperança temos? Como viveremos?
II. A ESTRUTURA DO AMBIENTALISMO
II. A ESTRUTURA DO AMBIENTALISMO
É importante entender que o Ambientalismo está basicamente dividido em três grandes categorias: os verdes, os ecologistase os direitos dos animais.
II.A - Os verdes
II.A - Os verdes
são os mais politicamente sofisticados, i.e., eles agem cuidadosamente para esconder a sua verdadeira agenda do público. Esta ala do Ambientalismo se tornou o refúgio para os socialistas radicais que querem que governos coercitivos funcionem como o mecanismo para destruir os direitos de propriedade privada. Isso pode explicar por que os membros desse grupo às vezes são chamados de “melancias” – verde do lado de fora, mas vermelho por dentro.
II. B - Os ecologistas
II. B - Os ecologistas
são os panteístas com influências da Nova Era, Hinduísmo ou Budismo. O panteísmo dos ecologistas ensina que todos os organismos e entidades na biosfera são iguais em valor intrínseco. Por isso vemos hoje termos como “mãe de pet”, “mãe de plantas” etc. Os membros dessa categoria favorecem o confronto radical. Organizações como Greenpeace, Earth First! e Extinction Rebellion representam este grupo.
II.C - Os ambientalistas dos direitos dos animais
II.C - Os ambientalistas dos direitos dos animais
Os ambientalistas dos direitos dos animais também são panteístas. Acreditam que toda e qualquer vida faz parte de um todo indivisível. Para eles, nenhuma forma de vida é melhor que outra. Um de seus termos favoritos é “especismo” (similar ao racismo, sexismo), que se refere à discriminação que envolve atribuir a animais sencientes diferentes valores e direitos baseados na sua espécie. A organização mais conhecida que representa esse movimento é a PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais).
III. O DESENVOLVIMENTO DO AMBIENTALISMO
III. O DESENVOLVIMENTO DO AMBIENTALISMO
III.A - 1900 - Desenvolvimento científico < Percepção das mudanças climáticas
III.A - 1900 - Desenvolvimento científico < Percepção das mudanças climáticas
Por volta do ano 1900, os cientistas começaram a afirmar que a mudança climática existia e era causada por gases de efeito estufa liberados pela queima de combustíveis fósseis. No entanto, não foi até o desenvolvimento de modelos de computador que isso se tornou popular; no início da década de 70.
III.B - 1967, Lynn White, Jr
III.B - 1967, Lynn White, Jr
Em 1967, Lynn White, Jr., reivindicou que a “tradição judaico-cristã” era a causa da “crise ecológica”. Em seu trabalho “As raízes históricas da nossa crise ecológica”, que foi reimpresso em numerosos livros didáticos e outras antologias, é a principal razão que estudantes universitários ainda hoje são doutrinados que o Cristianismo é o problema.[1]
III.C - 1972 - O Clube de Roma
III.C - 1972 - O Clube de Roma
Em 1972, o Clube de Roma (um grupo de pessoas ilustres que se reúnem pra debater diferentes assuntos) ganhou notoriedade com o seu primeiro trabalho sobre a situação ambiental e econômica do mundo. Era um relatório com o título: Os Limites do Crescimento. Usando simulações de computador, o relatório afirmou que o crescimento econômico não poderia continuar indefinidamente devido ao esgotamento dos recursos naturais.
III.D - 1989 - Margaret Thatcher
III.D - 1989 - Margaret Thatcher
Em 1989, já no Reino Unido, o Ambientalismo se fortaleceu quando ganhou espaço no discurso político de Margaret Thatcher, que levantou a questão na ONU no mesmo ano.[2]
III.E - 2005 - ONU, Acordo de Paris
III.E - 2005 - ONU, Acordo de Paris
Saltando para o ano de 2015, temos várias nações ligadas a ONU assinando um compromisso que ficou conhecido como Acordo de Paris. Este acordo buscou fortalecer a resposta global às mudanças climáticas, mantendo uma temperatura média global.[3]
IIII.F - 2018 - IPCC, Relatório sobre o aquecimento global
IIII.F - 2018 - IPCC, Relatório sobre o aquecimento global
Em 2018, um dos órgãos da ONU (o IPCC – responsável por avaliar a ciência sobre mudanças climáticas) publicou um relatório sobre o impacto do aquecimento global. O relatório é a base para o movimento ambientalista atual. O relatório destaca as supostas consequências observáveis ou projetadas da atividade humana sobre a temperatura global, bem como alerta sobre os graves riscos que o aquecimento global representa para as populações humanas e animais, incluindo saúde, alimentação e abastecimento de água e crescimento econômico.[4]
III.G - Personalidades e associações
III.G - Personalidades e associações
Nos últimos anos, a causa ambiental foi se impondo à vida comum por meio do trabalho de personalidades públicas e associações como David Attenborough; grupos ambientalistas como Greenpeace e o Green Party também fizeram sua parte para estabelecer as questões ambientais em praça pública. Os famosos, como o ator Leonardo DiCaprio e o ex-vice-presidente Al Gore, também desempenham um papel significativo. Mais recentemente vimos a exaltação da ativista adolescente Greta Thunberg como uma das heroínas do movimento.
As questões ambientais foram se desenvolvendo no curso da história e são cada vez mais consideradas fundamentais, particularmente entre os jovens.[5]
IV. UMA RELIGIÃO CHEIA DE CONTRADIÇÕES E HIPOCRISIA
IV. UMA RELIGIÃO CHEIA DE CONTRADIÇÕES E HIPOCRISIA
Muitos ambientalistas não têm o meio ambiente como sua principal prioridade. Em 1992, os 12 principais grupos ambientais aumentaram sua renda para 638 milhões de dólares. Altos salários são abundantes nos escritórios dessas organizações. Salvar o ambiente provou para alguns ser um caminho fácil para a riqueza. Um segundo fator motivador é a agenda política de um novo tipo de socialista, que considera a propriedade privada como uma importante fonte de mal no planeta. Um terceiro fator motivador é a religião da Nova Era, que tem seus adeptos espalhados nestas organizações ambientalistas.
Não bastasse as motivações espúrias, há inúmeras contradições entre os ambientalistas. Entre 2010 e 2016, eles afirmaram que a seca na Califórnia era prenúncio do que estava por vir. No entanto, eles abandonaram esse alarme e saltaram para o outro lado assim que a Califórnia passou por um ano extremamente chuvoso em 2017.
Em 2006, o ex-vice-presidente americano Al Gore lançou seu controverso documentário Uma Verdade Inconveniente. Ele conseguiu alarmar boa parte do mundo acerca do aquecimento global afirmando que “vamos ter que mudar a maneira como vivemos nossas vidas” para resolver as mudanças climáticas. Porém, pouco tempo depois, os órgãos de imprensa causaram alvoroço citando como ele vivia em uma casa de 20 cômodos e que usava 12 vezes mais energia do que uma casa média em Nashville, Tennessee. Ele se viu encurralado na sua hipocrisia. Em 2017, foi feito um novo relatório sobre o estilo de vida de Al Gore, e pra surpresa de ninguém, foi constatado que o consumo de energia dele (em apenas uma de suas casas) no período de um ano seria suficiente para abastecer uma casa média americana por 21 anos![6]
O príncipe Harry e sua esposa recentemente causaram furor por viajarem o mundo todo dando “lição de moral” sobre mudanças climáticas usando jatos particulares (a BBC calculou que um voo do jato de Harry produz 6 vezes mais poluição do que 1 cidadão britânico durante um ano todo).[7]
Em julho de 2019, celebridades como Leonardo DiCaprio, Katy Perry, Chris Martin, Harry Styles, Nick Jonas, Priyanka Chopra, e Orlando Bloom voaram em jatos particulares para um encontro das elites, na sede do Google, para – pasmem! – discutir maneiras de moralizar a população sobre mudanças climáticas!
Greta Thunberg já declarou inúmeras vezes que não viaja em aviões – exceto em emergências – para não poluir o meio ambiente. No entanto, ela viajou de Mônaco a New York em um iate para uma palestra, e fez com que sua equipe (4 pessoas) voltasse para casa em 4 diferentes voos. Poluiu o “sagrado ambiente” 4 vezes mais!
O ex-presidente americano Barack Obama, muito preocupado com o meio ambiente e fundamentado nas “evidências” dos ambientalistas, assinou um decreto executivo em 2015[8] orientando agências federais, estaduais e municipais no combate ao suposto aumento do nível do mar e inundações nas costas americanas. Ironicamente, em 2019, ele comprou uma mansão avaliada em 11 milhões de dólares na ilha Martha’s Vineyard, à beira mar!
Os estragos ambientais tão pregado pelos ambientalistas não são levados muito a sério pelos seus próprios membros, afinal de contas, a maioria deles vivem à beira de um mar que tem “níveis mais altos” a cada ano, usam os transportes mais poluentes e adquirem propriedades e bens produzidos por empresas e países que eles consideram poluidores – uma enorme contradição!
Estes são apenas alguns dos casos pontuais e populares dentro do Ambientalismo. Infelizmente, não temos espaço e tempo suficiente para apontar muitas contradições e hipocrisia do movimento. Também lamento não poder falar das muitas “evidências” científicas falaciosas e controversas que são apresentadas pelos defensores do Ambientalismo. Se você deseja aprofundar um pouco mais sobre o tema, sugiro a leitura de dois livros: Planeta Azul em Algemas Verdes, do ex-presidente da república tcheca Václav Klaus; e, Apocalypse Never, de Michael Shellenberger.
V. A PALAVRA DE DEUS VERSUS O EVANGELHO VERDE
V. A PALAVRA DE DEUS VERSUS O EVANGELHO VERDE
“Eu não quero vocês esperançosos. Eu quero que vocês entrem em pânico.” – Greta Thunberg, 2019
“Seis bilhões e meio de pessoas morrerão entre 10 e 15 anos.” – Sarah Lunnon, 2019
Estes são alguns dos muitos versículos no livro sagrado do Ambientalismo. Por ser um filho do Progressismo, o movimento é bastante vocal nas suas previsões. Eles pintam um quadro sombrio e devastador mesmo sem evidências claras para isto. E, como vimos, a maioria parece não acreditar muito na “mensagem” que prega. Muitos especialistas concordam que o Ambientalismo está ligado a uma agenda política oculta de uma elite hipócrita. Seja o que for, como a Palavra de Deus nos orienta a lidar com este movimento? Eu creio que podemos começar reafirmando alguns princípios bíblicos básicos:
A. Deus é onisciente, onipresente e onipotente!
A. Deus é onisciente, onipresente e onipotente!
Imaginar que o homem pode alterar o ecossistema terrestre – quando Deus é onisciente, onipresente e onipotente nos negócios da sua criação – é uma cosmovisão secular que atribui ao homem uma supremacia e importância que ele não possui, enquanto torna Deus inexistente ou limitado.
O nosso Evangelho combate ferrenhamente a mensagem ambientalista que considera o homem o centro de tudo. Está claríssimo a quem pertence o controle de nosso ecossistema, mesmo se considerarmos as destruições causadas pelo homem.
Aos que esperam escassez de chuva, a Bíblia diz: Mateus 5.45
45 para demonstrarem que são filhos do Pai de vocês, que está nos céus. Porque ele faz o seu sol nascer sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.
Aos que esperam um novo dilúvio, ela diz: Gênesis 9.11
11 Estabeleço a minha aliança com vocês: nunca mais os seres vivos serão destruídos pelas águas de um dilúvio; nunca mais haverá dilúvio para destruir a terra.
Aos que esperam o fim dos recursos naturais, ela diz: Salmos 104.30
30 Envias o teu Espírito, eles são criados, e assim renovas a face da terra.
Deus diz explicitamente: Gênesis 8.22
22 Enquanto durar a terra, não deixará de haver semeadura e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.
Quando fala sobre Cristo, a Bíblia diz: Colossenses 1.16-17
16 Pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.
17 Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste.
Nós podemos ter a certeza e confiar inteiramente nas promessas de Deus sobre sua capacidade e vontade de sustentar o ecossistema do nosso planeta. Que revelação gloriosa Deus nos deu! Elas são um banho de água fria aos ambientalistas que tentam nos assustar com suas narrativas!
Aliás, quase 50 anos se passaram desde a publicação de Os Limites do Crescimento, dos notáveis do Clube de Roma. O que eles “abafam” é que NENHUMA das previsões da publicação aconteceu! Mas nós temos a Palavra de Deus há milênios, e TODAS as suas previsões aconteceram, inclusive a subsistência de todas as coisas!
Então, em quem você prefere confiar quando olha para o futuro? Em quem nunca acertou nada, ou nAquele que nunca falhou?
B. O homem está no topo da pirâmide
B. O homem está no topo da pirâmide
Gênesis 1.26-31 fornece verdades significativas sobre a singularidade do homem que Deus criou. Aqui, Deus distingue a humanidade do restante de sua criação. Depois de criar o céu, a luz, a terra, a atmosfera e o mar, Deus cria os peixes, pássaros e animais (Gn 1.1-25). Depois de tudo isso, ele cria o homem. Mas observe a diferença: Deus cria o homem “à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” Gn 1.26. Isso é extremamente importante porque coloca o homem em uma posição distinta do restante da ordem criada. As palavras imagem e semelhança carregam a ideia de que o homem é um reflexo ou semelhança dos atributos e características comunicáveis de Deus: no sentido de intelecto, emoção, vontade e moralidade. Nenhuma outra vida criada tem todas essas distinções. Portanto, o homem é único. O salmista disse que “tudo puseste debaixo de seus pés” Sl 8.6b.
Deus colocou o homem em uma posição superior sobre o restante da criação. Isso é fundamentalmente importante porque prevê a intenção de Deus: que o restante da criação é para servir ao homem.
Quando comparamos este ensino bíblico com outros sistemas de crenças, vemos então a singularidade do Evangelho. Por exemplo, na Índia, o Panteísmo (a deidade está em tudo) está enraizado na crença popular nacional, consequentemente não há linha de demarcação na ordem criada, ou seja, o rato tem tanto direito ao milho no armário quanto a criança. Na Califórnia, onde a religião do Ambientalismo reina suprema, isso significa que o peixe tem tanto direito ao rio quanto o construtor da barragem. O bombeamento de água para as pessoas é reduzido se há algum prejuízo ao peixe do rio. Isto é um grande paradoxo considerando que o Ambientalismo é secular e, por conseguinte, evolucionista (que prega a “seleção natural”, a sobrevivência das espécies, do mais forte)! O ambientalista não pode ser secular e ao mesmo tempo lutar contra o evolucionismo porque pra ele, não é sobre o mais forte sobreviver, mas os mais frágeis, como o peixe do rio.
Graças a Deus pela sua Palavra! Nela entendemos que, aos olhos de Deus, o homem é o bem supremo, o homem reina preeminente sobre toda a criação – e sim, ao reinar, ele o faz com temor ao Criador da criação, a quem ele deve responder. Ou seja, o homem deve melhorar a existência do peixe para o seu próprio consumo, então, no fim das contas, não é o peixe que governa o homem, e sim, o homem o peixe.
Para que não haja qualquer dúvida de que o homem é o topo da criação de Deus, a Bíblia ainda diz: Salmos 115.16
16 Os céus são os céus do Senhor, mas a terra ele deu aos filhos dos homens.
C. O homem é mordomo da criação.
C. O homem é mordomo da criação.
Na hierarquia da criação de Deus, o homem está no topo e deve dominar sobre toda a criação e sujeitá-la: Gênesis 1.26,28.
26 E Deus disse: — Façamos o ser humano à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os animais que rastejam pela terra.
28 E Deus os abençoou e lhes disse: — Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.
Observe essas palavras dominar e sujeitar. Elas definem como o homem deve operar em seu papel preeminente na criação. Ele não apenas recebe a identidade única de ser criado à imagem de Deus, mas também tem a tarefa de dominar e sujeitar o mundo natural.
O Senhor nosso Deus estabeleceu o homem como o mordomo de sua posse. O homem deve encher a terra (v. 28) e supervisionar seu funcionamento como uma responsabilidade de mordomia. Observe que a palavra sujeitarnão carrega consigo a ideia de uma mentalidade de destruição. A humanidade tem responsabilidades inerentes à mordomia perante seu Criador, como é suportado pelo próprio fato de que este direito de domínio é dado antes da queda, o que não ocorre até Gênesis 3. Após a sua queda, sim, o homem pode e pecaminosamente altera suas responsabilidades de mordomo se não for controlado (é por isso que evangelizar os perdidos é a disciplina mais importante para alcançar a administração final do planeta).
Inerente em fazer sua declaração em Gênesis 1.21 e 31 de que tudo o que ele criou é bom, Deus esperava e continua a esperar que a humanidade não reconfigure ou destrua aquilo de que ele a encarregou. Esse sempre foi o posicionamento cristão. Um dos primeiros reformadores, João Calvino, em 1554 interpretou o termo domínio com o significado de um cuidado responsável e cultivador que não negligencia, fere, abusa, degrada, dissipa, corrompe ou destrói a terra.[9]
Foi essa forma de pensar sobre domínio e sujeição, baseada na Bíblia, que acelerou o rápido e súbito crescimento da América na liderança mundial. As inovações, modernizações etc. foram fundamentadas nesta cosmovisão. Em contraste, países como a Índia, que possuem recursos naturais semelhantes, mas crenças diferentes, experimentam uma enorme dificuldade em avançar.
D. No plano de Deus o planeta não é permanente.
D. No plano de Deus o planeta não é permanente.
A terra que habitamos não é um planeta permanente, nem foi intencionado assim. O Ambientalismo é consumido com a tentativa de preservar o planeta para sempre, e sabemos que isso não é o plano de Deus. 2Pedro 3.10
10 Porém, o Dia do Senhor virá como um ladrão. Naquele dia os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo fogo. Também a terra e as obras que nela existem desaparecerão.
A terra física, natural em sua forma atual, com todo o seu universo será consumida, e Deus criará um “novo céu e uma nova terra”: 2Pedro 3.13, Apocalipse 21.1
13 Nós, porém, segundo a promessa de Deus, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça.
1 E vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
Portanto, em vez de tentar preservar a terra por milhares ou até mesmo milhões de anos, devemos ser bons mordomos da terra enquanto ela durar, e isto será de acordo com o plano e propósito soberano de Deus.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Nós precisamos ter mais discernimento ao convivermos com estes movimentos sociais. O Ambientalismo, e todos estes movimentos que temos visto, sempre encontraram maneiras de fazer com que gente simples e inocente siga sua doutrina. Nunca será demais esclarecer a agenda oculta e frequentemente anticristã desses movimentos. Que Deus continue levantando crentes comprometidos com os fatos e com a Palavra de Deus.
O Ambientalismo faz de conta que o Criador não existe ou não tem controle do belo quadro que é a criação, mas a Igreja seguirá vencendo e dando a devida glória ao seu Deus. Agora, mais do que nunca, precisamos louvar ao Deus de toda a criação:
Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado
Contemplo a Tua imensa criação
A terra e o mar e o céu todo estrelado
Me vêm falar da Tua perfeição
Então minh'alma canta a Ti, Senhor
Grandioso és Tu! Grandioso és Tu!
Então minh'alma canta a Ti, Senhor
Grandioso és Tu! Grandioso és Tu!
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
Václav Klaus, Blue Planet in Green Shackles, 2008.
Michael Shellenberger, Apocalypse Never, 2020.
John Berlay, Eco-Freaks, 2006.
James Wanliss, Resisting the Green Dragon, 2010.
ESBOÇO
ESBOÇO
O AMBIENTALISMO
O AMBIENTALISMO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Chegamos ao fim da série Apologética. Vamos concluir conhecendo um pouco a respeito da “nova religião mundial”: o Ambientalismo. Este movimento tem sido avassalador e vem confundido a cabeça de muita gente, especialmente os mais jovens.
1. A NOVA RELIGIÃO MUNDIAL É VERDE
1. A NOVA RELIGIÃO MUNDIAL É VERDE
O Ambientalismo é uma filosofia e ideologia abrangente ligada às preocupações com a proteção ambiental e a melhoria das condições do meio ambiente. Ele é amplo, popular e radical. Uma das características mais marcantes do movimento ambientalista é sua conotação profundamente religiosa. Seus seguidores são devotos e cheios de zelo missionário. O movimento tem um caráter profundamente religioso na mensagem, no tom e na dedicação de seus seguidores.
2. A ESTRUTURA DO AMBIENTALISMO
2. A ESTRUTURA DO AMBIENTALISMO
É importante entender que o Ambientalismo está basicamente dividido em três grandes categorias: os verdes, os ecologistase os direitos dos animais. Os verdes são os mais politicamente sofisticados, i.e., eles agem cuidadosamente para esconder a sua verdadeira agenda do público. Os ecologistas são os panteístas com influências da Nova Era, Hinduísmo ou Budismo. O panteísmo dos ecologistas ensina que todos os organismos e entidades na biosfera são iguais em valor intrínseco. Por isso vemos hoje termos como “mãe de pet”, “mãe de plantas” etc. Os ambientalistas dos direitos dos animais também são panteístas. Acreditam que toda e qualquer vida faz parte de um todo indivisível. Para eles, nenhuma forma de vida é melhor que outra.
3. O DESENVOLVIMENTO DO AMBIENTALISMO
3. O DESENVOLVIMENTO DO AMBIENTALISMO
As questões ambientais foram se desenvolvendo no curso da história e são cada vez mais consideradas fundamentais, particularmente entre os jovens. Nos últimos anos, a causa ambiental foi se impondo à vida comum por meio do trabalho de figuras como David Attenborough; grupos ambientalistas como Greenpeace e o Green Party também fizeram sua parte para estabelecer as questões ambientais em praça pública. Os famosos, como o ator Leonardo DiCaprio e o ex-vice-presidente Al Gore, também desempenham um papel significativo. Mais recentemente vimos a exaltação da ativista adolescente Greta Thunberg como uma das heroínas do movimento.
4. UMA RELIGIÃO CHEIA DE CONTRADIÇÕES E HIPOCRISIA
4. UMA RELIGIÃO CHEIA DE CONTRADIÇÕES E HIPOCRISIA
Muitos ambientalistas não têm o meio ambiente como sua principal prioridade. Além das motivações espúrias, há inúmeras contradições entre eles. Os estragos ambientais tão pregado não são levados muito a sério pelos seus próprios membros, afinal de contas, a maioria deles vivem à beira de um mar que – segundo eles – tem “níveis mais altos” a cada ano; usam os transportes mais poluentes; e adquirem propriedades e bens produzidos por empresas e países que eles consideram poluidores – uma enorme contradição!
5. A PALAVRA DE DEUS VERSUS O EVANGELHO VERDE
5. A PALAVRA DE DEUS VERSUS O EVANGELHO VERDE
Como a Palavra de Deus nos orienta a lidar com este movimento? Eu creio que podemos começar reafirmando alguns princípios bíblicos básicos:
a) Deus é onisciente, onipresente e onipotente!
a) Deus é onisciente, onipresente e onipotente!
O nosso Evangelho combate ferrenhamente a mensagem ambientalista que considera o homem o centro de tudo. Está claríssimo a quem pertence o controle de nosso ecossistema, mesmo se considerarmos as destruições causadas pelo homem (Mt 5.45; Gn 9.11; Sl 104.30; Gn 8.22; Cl 1.16-17). Nós podemos ter a certeza e confiar inteiramente nas promessas de Deus sobre sua capacidade e vontade de sustentar o ecossistema do nosso planeta.
b) O homem está no topo da pirâmide.
b) O homem está no topo da pirâmide.
Deus colocou o homem em uma posição superior sobre o restante da criação. Isso é fundamentalmente importante porque prevê a intenção de Deus: que o restante da criação é para servir ao homem (Gn 1.1-31; Sl 8.6). Para que não haja qualquer dúvida de que o homem é o topo da criação de Deus, a Bíblia ainda diz: Sl 115.16
16 Os céus são os céus do Senhor, mas a terra ele deu aos filhos dos homens.
c) O homem é mordomo da criação.
c) O homem é mordomo da criação.
Na hierarquia da criação de Deus, o homem está no topo e deve dominar sobre toda a criação e sujeitá-la (Gn 1.26, 28). Observe essas palavras dominar e sujeitar. Elas definem como o homem deve operar em seu papel preeminente na criação. Ele não apenas recebe a identidade única de ser criado à imagem de Deus, mas também tem a tarefa de dominar e sujeitar o mundo natural, ou seja, um cuidado responsável e cultivador que não negligencia, fere, abusa, degrada, dissipa, corrompe ou destrói a terra.
d) No plano de Deus o planeta não é permanente.
d) No plano de Deus o planeta não é permanente.
A terra que habitamos não é um planeta permanente, nem foi intencionado assim. O Ambientalismo é consumido com a tentativa de preservar o planeta para sempre, e sabemos que isso não é o plano de Deus (2Pe 3.10,13; Ap 21.1). Portanto, em vez de tentar preservar a terra por milhares ou até mesmo milhões de anos, devemos ser bons mordomos da terra enquanto ela durar, e isto será de acordo com o plano e propósito soberano de Deus.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Nós precisamos ter mais discernimento ao convivermos com estes movimentos sociais. O Ambientalismo, e todos estes movimentos que temos visto, sempre encontraram maneiras de fazer com que gente simples e inocente siga sua doutrina. Nunca será demais esclarecer a agenda oculta e frequentemente anticristã desses movimentos. Que Deus continue levantando crentes comprometidos com os fatos e com a Palavra de Deus.
[1] Lynn White, Jr., The Historical Roots of Our Ecologic Crisis, 1967.
[2] Margaret Thatcher: How PM legitimized green concerns – BBC News – https://www.bbc.co.uk/news/science-environment-22069768
[3] What is the Paris Agreement? – site do United Nations Framework Convention on Climate Change
[4] É possível acessar o relatório completo na Internet. Basta procurar: Headline Statements from the Summary for Policymakers, IPCC
[5] Concern for the environment at record highs – Matthew Smith – yougov.com
[6]http://www.washingtontimes.com/news/2017/aug/2/al-gores-nashville-estate-expends-21-times-more-en/
[7] https://www.bbc.com/news/uk-49408915
[8]https://www.huffpost.com/entry/obama-sea-level-rise_n_6581980
[9] John Calvin, Commentaries on the First Book of Moses Called Genesis, 1948. Alguns comentaristas creem que este ensino é reenforçado em Ap 11.18: “…tempo de destruíres os que destroem a terra.”
