A mulher que eu devo desejar: o ensino de Jesus sobre o divórcio
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31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. 32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.
Resumo
Resumo
A Lei revela o nosso coração
A Lei revela o nosso coração
31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
A lei em questão se refere a Deuteronômio 24.1-4.
1 Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa; 2 e se ela, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem; 3 e se este a aborrecer, e lhe lavrar termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir da sua casa ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, 4 então, seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a desposá-la para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o Senhor; assim, não farás pecar a terra que o Senhor, teu Deus, te dá por herança.
Essa lei do divórcio, ao que parece, deixa os homens bastante confortáveis no casamento, pois sustentava um ideia de o casamento - principalmente para os homens - não era indissolúvel, antes com muita facilidade ele poderia ser desfeito por meio de uma carta de divórcio (Mt 19.10). Neste sentido, mesmo a lei moisaica do divórcio foi mal compreendida e usada de forma pecaminosa. Mesmo que houvesse a permissão, havia também uma advertência ao marido a fim de desencorajá-lo de repudiar sua esposa.
Contudo, a principal revelação no ensino de Jesus sobre o divórcio - seguindo o espírito da Lei e não a letra somente - é que suas causas residem no coração. Sabemos disso por causa do motivo pelo qual existe um lei do divórcio.
7 Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? 8 Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio.
Se juntarmos as peças sobre o que já aprendemos até aqui, assim, como o assassinato e o adultério começam no coração, da mesma forma, o divórcio começa no coração (o coração duro). A ira gera o assassinato, a cobiça produz o adultério e o repúdio leva ao divórcio.
Então, se prestarmos atenção, veremos que o que Jesus está ensinando aqui tem mais a ver com o sentimento de rejeitar o cônjuge no coração do que mandá-lo embora de casa.
Repúdio: a outra forma de cometer adultério
Repúdio: a outra forma de cometer adultério
32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.
Repudiar é o termo bíblico para o divórcio. Significa mandar embora. É basicamente um sinédoque na qual se toma a causa pela consequência. O repúdio é a causa e o divórcio é a consequência. Repudiar é um sentimento e o divórcio é ação causada por esse sentimento.
“A exceção de Jesus”: para Jesus, a única razão justificável para um homem repudiar sua mulher é se ela cometer adultério. Logicamente, isso serve para ambos os cônjuges (Shamai e Hilleu). O pensamento mais popular acreditava com “achado nela coisa indecente” justificaria o divórcio por qualquer motivo:
Ela não era virgem quando casamos.
Ela não pode ter filhos.
Ela queimou a comida.
Ela está doente.
Ela é mal humorada.
Ela é ou ficou feia.
Eu não gosto mais dela.
Eu encontrei uma mulher mais nova e mais bonita.
A cultura mundana é bem liberal (hileíta) sobre o casamento e o divórcio. “Não deu certo separa” é uma máxima entre os casais. Na verdade, os relacionamentos já se iniciam baseados no repúdio: “vamos morar juntos, mas não vamos casar. Assim, fica mais fácil separar quando não der mais certo”. As pessoas estão juntas e ao mesmo tempo divorciadas. Dizem se amar, mas na prática se repudiam secretamente.
Mas Jesus deixa clara que não qualquer razão para repudiar sua mulher, a não se que ela tenha se tornado desprezível, quebrando a aliança do casamento ao cometer adultério. Jesus reflete, não ensino de Shamai, mas seu próprio ensino como Deus. Ele odeia o repúdio.
16 Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.
Repudiar tem o mesmo valor de cometer adultério
Repudiar tem o mesmo valor de cometer adultério
Jesus ensina que o repúdio sempre envolve adultério. Se ele for justificável é porque um dos cônjuges cometeu adultério. E se for sem justificativa, quem repudia expõe a si mesmo e o cônjuge repudiado ao adultério. Posto que novos casamentos nesta condição são adúlteros.
Quando eu cobiço um mulher que não é a minha, eu a trato como uma adúltera. Quando eu repudio a minha própria mulher eu a trato como um adúltera.
Voltamos ao assunto do adultério aqui, mas desta vez um sentimento diferente é o seu causador. Em Mateus 5.27-30, o sentimento provocador do adultério é a cobiça, mas na passagem que estamos estudando é o repúdio. Sentimentos opostos, mas que produzem o mesmo efeito. Isso tem a ver com seus objetos: acontece quando eu cobiço uma mulher que não é a minha ou quando eu repudio a minha própria mulher. Em ambos os casos, começamos a adulterar no coração.
A lei positivamente nos ordena a desejarmos nossa própria esposa
A lei positivamente nos ordena a desejarmos nossa própria esposa
15 Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço. 16 Derramar-se-iam por fora as tuas fontes, e, pelas praças, os ribeiros de águas? 17 Sejam para ti somente e não para os estranhos contigo. 18 Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, 19 corça de amores e gazela graciosa. Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias. 20 Por que, filho meu, andarias cego pela estranha e abraçarias o peito de outra? 21 Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele considera todas as suas veredas. 22 Quanto ao perverso, as suas iniquidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido. 23 Ele morrerá pela falta de disciplina, e, pela sua muita loucura, perdido, cambaleia.
1 Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galileia, achando-se ali a mãe de Jesus. 2 Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento. 3 Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho. 4 Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. 5 Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser. 6 Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava duas ou três metretas. 7 Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente. 8 Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram. 9 Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo 10 e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora. 11 Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galileia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele. 12 Depois disto, desceu ele para Cafarnaum, com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias.
Jesus ama a repudiada
Jesus ama a repudiada
2 Repreendei vossa mãe, repreendei-a, porque ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido, para que ela afaste as suas prostituições de sua presença e os seus adultérios de entre os seus seios;
7 Ela irá em seguimento de seus amantes, porém não os alcançará; buscá-los-á, sem, contudo, os achar; então, dirá: Irei e tornarei para o meu primeiro marido, porque melhor me ia então do que agora.
14 Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. 15 E lhe darei, dali, as suas vinhas e o vale de Acor por porta de esperança; será ela obsequiosa como nos dias da sua mocidade e como no dia em que subiu da terra do Egito. 16 Naquele dia, diz o Senhor, ela me chamará: Meu marido e já não me chamará: Meu Baal.
25 Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, 26 para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, 27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.