As Sete Palavras da Cruz

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A crucificação do Filho de Deus cumpre sua obra redentora e proclama sua glória como Rei de Israel de acordo com a profecia messiânica, a despeito de sua rejeição pela nação (19.17–42). Pinto, C. O. C. (2014). Foco & Desenvolvimento no Novo Testamento. (J. C. Martinez, Org.) (2a Edição revisada e atualizada, p. 176). São Paulo: Hagnos.

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As Sete Palavras da Cruz

João 19.17–42 RAStr
17 Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário Gólgota em hebraico,18 onde o crucificaram e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.19 Pilatos escreveu também um título e o colocou no cimo da cruz o que estava escrito era: Jesus Nazareno,o Reidos Judeus.20 Muitos judeus leram este título, porque o lugar em que Jesus fora crucificado era perto da cidade; e estava escrito em hebraico, latim e grego.21 Os principais sacerdotes diziam a Pilatos: Não escrevas: Rei dos judeus, e sim que ele disse: Sou o rei dos judeus.22 Respondeu Pilatos: O que escrevi escrevi. 23 Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo.24 Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá — para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados. 25 E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.26 Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho.27 Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa. 28 Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!29 Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca.30 Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. 31 Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados.32 Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele tinham sido crucificados;33 chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.34 Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.35 Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais.36 E isto aconteceu para se cumprir a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado. 37 E outra vez diz a Escritura: Eles verão aquele a quem traspassaram. 38 Depois disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, ainda que ocultamente pelo receio que tinha dos judeus, rogou a Pilatos lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. Pilatos lho permitiu. Então, foi José de Arimatéia e retirou o corpo de Jesus.39 E também Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés.40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro.41 No lugar onde Jesus fora crucificado, havia um jardim, e neste, um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido ainda posto.42 Ali, pois, por causa da preparação dos judeus e por estar perto o túmulo, depositaram o corpo de Jesus.
Como crer no amor de Deus quando parece haver tantas evidências em contrário? Como dizer para alguém que perdeu seu filho para o COVID que Deus lhe ama? Como dizer para aquela que hoje chora a morte de seu esposo que Deus lhe ama? Muitas vezes ficamos perplexos com as tragédias da vida e nossa visão acaba tornando-se embassada para a realidade do amor de Deus.
Podemos dizer ao pai que perdeu o Filho que Deus lhe ama porque Deus "perdeu" Seu Filho, na cruz por amor a ele. O amor de Deus é visto de forma objetivo na cruz e sentido (de forma subjetiva) pelo derramar desta convicção pelo Espírito, em nossos corações (Rm 5.5).
A melhor maneira de enfrentarmos o sofrimento é escalando o Calvário e, "daquele mirante único e privilegiado, examinar cuidadosamente as calamidades da vida" (John Stott).
A crucificação era um modo comum de punição entre as nações pagãs nos primeiros tempos. Não é certo se era conhecido entre os antigos judeus; provavelmente não foi.
Essa era considerada a forma mais horrível de morte e, um judeu, ficaria horrorizado com a maldição de Deut. 21:23.
Essa punição começou submetendo o sofredor a açoites. No caso de nosso Senhor, porém, sua flagelação foi antes que a sentença fosse proferida sobre ele, e foi infligida por Pilatos com o propósito, provavelmente, de despertar piedade e obter sua fuga de mais punições (Lucas 23:22; João 19 : 1).
O condenado carregou sua própria cruz até o local da execução, que ficava fora da cidade. Antes de ser pregado na cruz, um copo medicamentoso de vinagre misturado com fel e mirra (o sopor) foi dado, com o propósito de amortecer as dores do sofredor. Nosso Senhor recusou este cálice, para que seus sentidos estivessem limpos (Mt 27:34). A esponja cheia de vinagre, vinho azedo, posca, a bebida comum dos soldados romanos, que foi colocada em um talo de hissopo e oferecida a nosso Senhor com piedade desdenhosa (Mt 27:48; Lc 23:36), ele provou para acalmar as agonias de sua sede (João 19:29).
Os relatos da crucificação de nosso Senhor estão de acordo com os costumes e práticas dos romanos em tais casos:
Ele foi crucificado entre dois “malfeitores” (Isaías 53:12; Lucas 23:32) e
foi vigiado por um grupo de quatro soldados (João 19:23; Mateus 27:36, 54), com seu centurião.
O “quebrar das pernas” dos malfeitores tinha o objetivo de apressar a morte e tirá-los da miséria (João 19:31); mas a rapidez incomum da morte de nosso Senhor (19:33) foi devido a seus sofrimentos anteriores e sua grande angústia mental. A omissão de quebrar suas pernas foi o cumprimento de um tipo (Êxodo 12:46). Ele literalmente morreu de um coração partido, um coração partido e, portanto, o fluxo de sangue e água do ferimento feito pela lança do soldado (João 19:34). Easton, M. G. (1893). No dicionário da Bíblia de Easton. Nova York: Harper & Brothers.
No relato da análise médica da crucificação de Jesus, o Dr. C.Trumam Davis, diz que:
1. É a morte mais dolorosa já inventada, excruciante!; 2. Era restrita inicialmente aos piores criminosos; 3. Jesus foi despojado de suas vestes que foram divididas entre os guardas romanos – Salmos 22:18 – “Repartem entre si as minhas vestes e sobre minha túnica tiram a sorte”; 4. A crucificação deu a Jesus uma morte lenta, extremamente dolorosa, agonizante; 5. Os joelhos foram flexionados a 45 graus e Jesus foi forçado a suportar seu peso com os músculos da coxa, e por não ser uma posição anatômica, em poucos minutos leva a cãibras nos músculos da coxa e panturrilhas; 6. O peso de Jesus estava todo em Seus pés, com os pregos cravados. Assim com o estiramento dos músculos dos membros inferiores, o peso do Seu corpo era transferido para os pulsos, braços e ombros; 7. Em alguns minutos após ser colocado na cruz, Seus ombros foram deslocados e alguns minutos mais tarde, Seus cotovelos e pulsos também se deslocaram; 8. O resultado deste deslocamento dos membros superiores levou a um alongamento de 22,8 cm em Seus braços, como se vê nitidamente no Santo Sudário; 9. Nas profecias há citações em Salmos 22:15 – “Como água sou derramado, deslocam-se todos os meus ossos”; 10. Após o deslocamento dos pulsos, cotovelos e ombros, o peso de Seu corpo sobre os membros superiores levou à tração do músculo peitoral maior em seu tórax. 11. A força da tração causou deslocamento da caixa torácica para cima e para fora. Seu tórax se manteve em posição respiratória de inspiração máxima e para poder respirar, Jesus requeria um esforço supremo de Seu corpo; 12. Para respirar, Jesus tinha que empurrar os pregos nos Seus pés para baixo, para poder levantar seu corpo permitindo que a caixa torácica se movimentasse para dentro e para fora para expirar o ar dos pulmões; 13. Seus pulmões estavam em posição constante de inspiração máxima. A crucificação é uma catástrofe médica; 14. Jesus não podia facilmente se mover em torno dos pregos pois os músculos de suas pernas, dobrados a 45 graus, estavam extremamente fatigados, com cãibras severas e numa posição anatomicamente comprometida; 15. Diferente do que se vê nos filmes sobre a crucificação, Jesus se movimentou inúmeras vezes na cruz, aproximadamente 30 cm, pois fisiologicamente se viu forçado a se mover para baixo e para cima para poder respirar; 16. Este processo de respiração Lhe causou uma dor excruciante e um absoluto temor de asfixia; 17. Na sexta hora da crucificação, Jesus estava cada vez menos capaz de suportar Seu peso e Suas pernas. Suas coxas e os músculos das panturrilhas se tornaram extremamente fatigados. Houve aumento do deslocamento dos pulsos, cotovelos e ombros, com elevação da parede do tórax, tornando Sua respiração mais e mais difícil, tornando-O severamente dispneico; 18. Os movimentos para cima e para baixo na cruz para poder respirar causaram dor intensa nos pulsos, pés, ombros e cotovelos deslocados; 19. Os movimentos se tornaram menos frequentes e Jesus se tornou extremamente exausto, mas o terror iminente da morte por asfixia forçou-O a continuar os esforços para respirar; 20. Os músculos dos membros inferiores evoluíram com cãibras intensas devido ao esforço para levantar as pernas com intuito de elevar Seu corpo e poder assim respirar, no comprometimento anatômico em que Se encontrava; 21. A dor dos nervos medianos dos pulsos, dilacerados, explodiam a cada movimento; 22. Jesus estava coberto de sangue e suor; 23. O sangue foi resultado da flagelação e o suor foi resultado de Seu violento e involuntário esforço para tentar respirar. Além disso, estava completamente nu e o chefe dos judeus, a multidão e os ladrões que estavam ao Seu lado, zombavam, blasfemavam e riam d’Ele, na presença de Sua mãe; 24. Fisiologicamente, o corpo de Jesus estava sendo submetido a inúmeros eventos catastróficos e terminais; 25. Como Jesus não conseguia manter uma ventilação adequada pelos pulmões, Ele entrou num estado de hipoventilação; 26. Seus níveis de oxigênio começaram a cair evoluindo para hipóxia, e devido à restrição dos movimentos respiratórios os índices de dióxido de carbono (CO2) começaram a se elevar levando à Hipercapnia; 27. O aumento dos níveis de CO2 estimularam o coração a bater mais rápido para tentar aumentar a entrada de oxigênio e a remoção do CO2; 28. O centro respiratório no cérebro de Jesus enviou mensagens urgentes aos Seus pulmões, para respirar mais rápido e Jesus começou a se tornar ofegante; 29. Seus reflexos fisiológicos faziam com que ele respirasse de forma profunda e involuntária, movimentando-Se para cima e para baixo na Cruz de forma rápida apesar da dor excruciante. Os movimentos agonizantes começaram em minutos, para delírio da multidão que d’Ele zombava, dos soldados romanos e do Sinédrio; 30. Contudo, devido ao cravamento de Jesus na cruz e o aumento da exaustão, Ele foi incapaz de aumentar a demanda de oxigênio para Seu corpo ávido por ar; 31. Os quadros de hipóxia e hipercapnia levaram o coração a bater cada vez mais rápido evoluindo para taquicardia; 32. Os batimentos cardíacos de Jesus cada vez mais rápidos, atingiram provavelmente 220 batimentos/minuto que é o máximo batimento possível para um ser humano; 33. Jesus não havia bebido nada nas últimas 15 horas, provavelmente desde as 18h da véspera e suportou uma flagelação que quase o levou à morte; 34. Ele sangrou por todo o corpo seguindo-se à flagelação, à coroação de espinhos, aos pregos em seus pulsos e pés e às lacerações que se seguiram ao espancamento e quedas; 35. Jesus já estava muito desidratado e sua pressão sanguínea começou a cair muito; 36. Sua pressão deveria estar provavelmente em 80/50; 37. Ele estava na primeira fase do choque, com hipovolemia, taquicardia, taquipneia e hiperhidrose; 38. Por volta de meio dia o coração de Jesus provavelmente começou a falhar; 39. Os pulmões de Jesus provavelmente começaram a se encher de liquido, causando edema pulmonar; 40. Este fato só serviu para aumentar sua respiração que já estava severamente comprometida; 41. Jesus estava em Insuficiência cardíaca e falência respiratória; 42. Jesus disse, “Tenho sede” porque Seu corpo estava clamando por líquidos; 43. Jesus estava desesperadamente necessitando de infusão venosa de sangue, plasma e líquidos para salvar Sua vida; 44. Jesus não podia respirar corretamente e foi lentamente se sufocando até a morte; 45. Neste momento provavelmente Jesus desenvolveu um hemopericárdio; 46. Plasma e sangue se acumularam no espaço que envolve o coração, chamado pericárdio; 47. Este líquido ao redor do coração causou um tamponamento cardíaco, impedindo também que o coração batesse corretamente; 48. Devido ao aumento da demanda do coração de Jesus e ao avanço do quadro de hemopericárdio, Jesus provavelmente sofreu uma ruptura cardíaca. Seu coração literalmente explodiu, e esta foi provavelmente a causa da morte; 49. Para retardar o processo de morte os soldados colocavam um pequeno assento de madeira na cruz, que permitiria a Jesus o privilégio de suportar Seu peso no sacro; 50. O efeito deste assento é que poderia levar até nove dias para morrer na cruz; 51. Quando os romanos queriam acelerar a morte, eles simplesmente quebravam as pernas da vítima, causando uma sufocação em minutos. Este proceder era chamado de crurifragium; 52. Às três horas da tarde, Jesus disse “Tetelastai”, que significa, “Está consumado”. E neste momento, entregou Seu espírito e morreu; 53. Quando os soldados vieram até Jesus para quebrar Suas pernas, Ele já estava morto. Nenhum osso de Seu corpo foi quebrado, em cumprimento à profecia (Salmos 34,21); 54. Jesus morreu após seis horas de agonia, da mais excruciante e terrível tortura já inventada; 55. Jesus morreu para que pessoas como você e eu pudéssemos ir para o Céu. Tudo o que Ele lhe pede é amá-Lo, ser Seu Senhor, Seu Deus com todo o seu coração e sua alma e com todas as forças de sua mente.
(estas informações foram retiradas do site: https://noticias.gospelmais.com.br/crucificacao-medicina-detalha-sofrimento-jesus-110046.html)
Nosso Senhor pronunciou sete palavras memoráveis ​​na cruz. Cada uma delas é uma expressão de seu grande amor por nós, de sua terrível incumbência de carregar os pecados do mundo, ou de seu triunfo e vitória finais.
Jesus ora pelos seus executores: "Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34);
Jesus é um exemplo a ser seguido:
Ele demonstra amor pelos outros (Lc 23.28) - "Não chorem por mim". Como disse Stott, ele não chorou por si, não se entregou à autopiedade por causa de sua dor e solidão, nem por causa da flagrante injustiça que estava sendo cometida contra ele. Ele não pensava em si, somente nos outros. NADA LHE RESTARA PARA QUE FOSSE DOADO; ATÉ MESMO SUAS VESTES LHE HAVIAM SIDO TIRADAS. MAS ELE AINDA ERA CAPAZ DE DAR ÀS PESSOAS O SEU AMOR.
A cruz é a referência de autodoação. Na cruz ele demonstrou interesse por aqueles que o crucificavam, pela mãe que o carregara no ventre e pelo ladrão arrependido que estava morrendo ao seu lado.
Ele coloca em prática o que ensinou no Sermão do Monte: "Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam" (Lc 6.27-28). Seus sofrimentos já haviam sido quase insuportáveis, será que ele não pensaria nele? Não reclamaria de Deus como Jó, ou improraria vingança, ou demonstraria um pouco de autopiedade? Não. Ele só pensa nos outros!
Jesus consola um criminoso arrependido: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23:43);
Os evangelistas afirmam que três cruzes foram erguidas no Gólgota naquele dia fatídico. Jesus estava entre dois criminosos. Ele sse juntaram ao coro de ódio contra Jesus (Mt 27.44), mas um dele se arrependeu, provavelmente olhando para a atitude de Jesus, e creu que Jesus era o Rei de Israel. Ele disse: "Você não teme a Deus nem estando sob a mesma sentança? Nós estamos sendo punidos com justiça… Mas este homem não cometeu nenhum mal" (Lc 23.40-41). Então, voltando-se para Jesus, disse: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino" (Lc 23.42).
Esse ladrão de arrependeu das ofensas feitas a Jesus, reconheceu os seus pecados, confiou no senhorio de Jesus e se posicionou ao lado dele confessando Sua inocencia e reinado.
Mesmo diante de todo o seu sofrimento, Jesus faz questão de se esforçar mais um pouco para proferir palavras que dariam àquele pobre homem esperança e conforto nos momentos finais da sua vida. "Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso" (Lc 23.43).
Ele não foi sensurado pelos crimes passados, e nem por ter se arrependido nos "acréscimos do segundo tempo". Jesus não questionou a autenticidade do seu arrependimento e da sua fé. Jesus lhe confortou com a esperança que ele tanto queria, estar no paraíso. Mas Jesus foi além, disse que estaria, COM ELE, NAQUELE MESMO DIA. Sua entrada no paraíso seria imediata.
Jesus ampara sua mãe - Mulher, eis aí o teu filho (João 19:26);
Do alto da cruz Jesus viu um pequeno grupo de mulheres fiéis e o apóstolo João, "o discípulo a quem ele amava" (Jo 19.26). Jesus olhou para Maria, sua mãe, uma mulher muito especial para ele do ponto de vista humano.
John Stott disse que "por certo ela nem sompre o havia compreendido, e ele uma ou duas vezes teve de falar com firmeza quando ela se interpôs em seu caminho de fazer a vontade do Pai". Mas Maria era sua mãe. Foi ela quem lhe deu à luz e cuidou dele na sua infância. Aquela que o colocara na manjedoura e ficara acordada nas madrugadas para amamentá-lo estava agora ao seu lado vendo-o sangrar e morrer. Maria é uma graciosa e sofredora mulher! A profecia de Simeão - de que uma espada atravessaria sua alma (Lc 2.35) - estava sendo cumprida.
Jesus não pensa na sua própria dor, mas na dor da sua mãe. Todo sofrimento deveria ter um limite. O sofrimento de Jesus era inconcebível, mas o de Maria poderia se poupado. Jesus estava determinado a poupá-la da angústia de vê-la morrer. Assim, como relembra Stott "ele se vale de um direito, que segundo os estudiosos, um homem que estava sendo crucificado tinha: de, mesmo na cruz, fazer um testamento. Na terminologia do direito civil, ele a coloca sob o cuidado e a proteção de João, e este sob o cuidado e a proteção dela". João imediatamente a leva para sua casa em Jerusalém.
As três primeiras palavas da cruz enfatiza o amor de Jesus em perdoão seus inimigos, prometer o paraíso a um criminoso arrependido e prover cuidado à sua mãe. A Escritura diz: "vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós".
Jesus é abandonado por Deus - Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste? (Mateus 27:46; Marcos 15.34);
A quarta e a quinta palavra da cruz retrata Jesus como aquele que carrega o nosso pecado.
A crucificação ocorreu às 09h (a hora terceira), e as três palavras da cruz parecem ter sido pronunciadas perto do início desse período. Por volta do meio=dia (a hora sexta), quando o sol estava em seu meridiano, uma escuridão inexplicável se intalou sorraterimente na região rural. Não pode ter sido um eclipse natural do sol, porque a festa da Páscoa era comemorada na lua cheia. Foi um fenômeno sobrenatural, talvez planejado por Deus para simbolizar o horror da profunda escuridão na qual a alma de Jesus estava sendo lançada. A escuridão durou três horas, tempo em que nenhuma palavra saiu da boca do Salvador sofredor. Ele carregou nossos pecados em silêncio. Mas de repente, às 15h (a hora nona), Jesus rompeu o silêncio e prounciou as quatro palavras resntantes da cruz em uma rápida sucessão, começando por: "Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?" Esse grito terrível foi registrado por Mateus e Marcos, somente. A explicação desse grito é simples e direta: Deus fora abandonado por Deus. A separação deveu-se aos nossos pecados e sua justa recompensa. Essa foi a maior dor de Jesus!
Jesus sente a agonia da sede - "Tenho sede!"(João 19:28);
O Senhor recusou provar o vinho misturado com fel que ofereceram pra ele na hora em que foi crucificado (Mt 27.34), talvez porque estivesse determinado a manter os seus sentidos integralmente enquanto sofria.
Horas depois, entretanto, "ao achar-se na escuridão do abandono de Deus e sabendo que o fim estava próximo, Jesus disse: "Tenho sede". Em resposta ao seu pedido os soldados embeberam uma esponja em vinagre (a bebida comum dos soldados romanos) e a ergueram na ponta de um caniço de issopo até os seus lábios.
Esta é a única palavra da cruz que expressa a dor física de Jesus. De acordo com os evangelistas, ele a declarou para que a Escritura fosse cumprida. Ela havia sido profetizada duas vezes nos Salmos:
Sl 22.15
Sl 69.21
Para Stott, a declaração de Jesus vai além do sentido literal, mas também tem um sentido figurado. Se a escuridão do céu simbolizava a escuridão na qual nossos pecados envolveram Jesus, e se a morte de seu corpo simbolizava a sua morte espiritual, então sua sede também simbolizava o tormento da separação de Deus. Escuridão, morte e sede. o que seria essas coisas, diz Stott, senão aquilo que a Bíblia chama de inferno.
Aquele que sacia a nossa sede experimentou na cruz uma sede terrível. Jesus teve sede na cruz para que nós jamais tenhamos sede de novo (Ap 7.16)
Jesus declara a Sua vitória - "Está consumado!" (João 19:30);
As três primeiras palavras apresenta Jesus como nosso modelo, as quarta e quinta palavas o descrevem como nosso redentor. Mas agora, nas duas últimas, Ele aparece como O vencedor.
Está consumado! Talves sejam as mais importantes palavras já pronunciadas. Antevendo este momento Jesus já afirmara que completara a obra que viera realizar no mundo (Jo 17.4). Mas foi na cruz que Ele declarou publicamente esse feito maravilhoso. Jesus dá um brado, Ele clama! Não é um gemido de desespero que está morrendo derrotado. É um grito que proclama uma vitória retumbante!
O verbo grego tetelestai está no tempo perfeito, indicando uma conquista de resultados duradouros. Porque Cristo concluiu a bora de carregar os nossos pecados, nada nos resta a fazer, nem mesmo a contribuir.
Para demonstrar a natureza satisfatória do sacrifício de Cristo:
O véu do templo foi rasgado da "alto a baixo" (Mt 27.51), como prova de que a mão de Deus havia feito aquilo.
"Essa cortina havia permanecido por séculos entre o santuário e o Santo dos santos como um emblema da inacessibilidade de Deus aos pecadores; ninguém podia penetrar além do véu na presença de Deus exceto o sumo sacerdote no Dia da Expiação. Porém, com o sacrifício de Jesus na cruz, o véu foi rasgado ao meio e retirado, pois não era mais necessário. Os adoradores nos pátios do templo, reunidos para o sacrifício do entardecer, foram dramaticamente informados sobre outro e melhor sacrifício, pelo qual eles poderiam se achegar a Deus" (John Stott).
Jesus entrega-se nas mãos do Pai - "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lucas 23:46)
Nenhum dos evangelistas disse que Jesus "morreu". John Stott disse que os evangelistas não queriam dar a impressão de que "no fim a morte o reclamou e ele teve de se render à sua autoridade. A morte não o reclamou como sua vítima; ele a capturou como vencedor sobre ela".
A iniciativa no processo da morte de Jesus foi colocada pelos evangelistas nãos mãos do próprio Senhor (Mc 15.37; Mt 27.50; Lc 23.46; Jo 19.30). O verbo é novamente paradidômi, que foi usado por Barrabás, pelos sacerdotes, por Pilatos e pelos soldados que "entregaram" Jesus. Agora João o coloca nos lábios do próprio Jesus, que entrega o espírito ao Pai e o corpo à morte.
É importante perceber que João 19.30 diz que Jesus, "inclinando a cabeça, rendeu o espírito". Ele não morreu e, então, inclinou a cabeça. O curvar a cabeça foi seu último ato de entrega à vontade do Pai. Assim, em palavra e em obra (ao curvar a cabeça e ao declarar que estava entregando o espírito), Jesus afirmou que a sua morte foi um ato voluntário seu.
John Stott disse que "Jesus poderia ter escapado da morte no último minuto. Como disse no jardim, ele poderia ter convocado mais de doze legiões de anjos para resgatá-lo. Poderia ter descido da cruz, como os que dele zombavam o desafiaram a fazer. Mas ele não fez isso. Por sua livre e esponontânea vontade ele se entregou à morte. Foi ele quem determinou a hora, o lugar e o modo de sua partida".
Conclusão:
John Stott disse que:
"O que torna o sofrimento insuportável não é tanto a dor que o acompanha, mas o sentimento de que Deus não se importa. Nós o imaginamos se espreguiçando em uma poltrona no céu, indiferente aos sofrimentos do mundo. É essa caricatura caluniosa de Deus que a cruz quebra em pedaços. Devemos vê-lo não em uma poltrona confortável, mas na cruz. Pois o Deus que permite que soframos sofreu uma vez em Jesus Cristo e continua a sofrer hoje conosco. Há ainda uma marca de dúvida sobre o sofrimento humano, mas sobre ela nós colocamos ousadamente uma outra marca - a cruz de Cristo".
Diante da cruz de Jesus nós devemos:
Bendizer a Deus por Seu amor, não o questionarmos.
Proclamar a morte de Jesus na cruz (1Co 2.2) - sua morte está sacramentada na CEIA. A crucificação é o centro da nossa mensagem. Jesus morreu pelos pecadores.
Imitar o seu exemplo (1Pe 2.21) - Depois de fugir do sofrimento, 30 anos depois, Pedro está determinado a seguir o caminho da cruz e a suportar pacientemente o sofrimento injusto e nos entregarmos àquele que julga com justiça.
Perdoar os nossos ofensores e confiar no Seu perdão desfrutando da esperança de que estaremos com Cristo no paraíso.
Não nos entregarmos à autocomiseração, mas demonstrar amor ao próximo independentemente da situação de sofrimento que estejamos enfrentando.
Desfrutar da comunhão com Deus por meio de Cristo. Ele foi abandonado por causa dos nossos pecados para nos aproximar de Deus e nos fazer desfrutar da Sua presença.
Diariamente beber do manancial da água da vida e experimentar o refrigério que uma vida com Deus trás.
Fugir de toda e qualquer atitude de religiosidade tentando acrescentar algo ao sacrifício perfeito e único de Cristo.
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