Não furtarás: Nossos bens para glória de Deus

Pr. Aláuli Oliveira
Os 10 Mandamentos  •  Sermon  •  Submitted
0 ratings
· 8 views
Notes
Transcript
Exodus 20:15 RA
15 Não furtarás.

Introdução

No último sermão estabelecemos os fundamentos bíblicos sobre a propriedade privada. São eles:
a) Deus é o dono de tudo (Soberania);
b) Deus distribui o que é seu como lhe agrada (Providência);
c) Somos administradores (mordomos) de Deus em relação aos bens que Ele nos deu (Mordomia).
Também vimos a finalidade dos nossos bens:
a) Eles devem glorificar a Deus.
b) Eles devem ser para benefício dos outros.
c) Eles devem ser usados para deleite pessoal.
A partir desses princípios, podemos melhor entender que biblicamente o furto tem um conceito de extensão mais ampla do que o que costumamos ter.
Veremos, então, hoje, que o oitavo mandamento nos ensina, não apenas sobre o respeito que devemos ter com o que é dos outros, mas também com os nossos próprios bens, uma vez que podemos roubar tanto quando nos apropriamos do que não é nosso, como fazendo uso inapropriado daquilo que nos pertence.
Veremos o furto em três aspectos:
a) Em relação aos nossos bens e
b) Em relação aos bens que pertencem aos outros e
c) Aos serviços que lhe são devidos.

O furto em relação aos meus bens

1) Uma vez que Deus é o dono de tudo, meus bens devem ser usados para glória de Deus. Não usá-los para esse fim é roubo.

Romans 11:36 RA
36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!
De várias maneiras podemos defraudar o Senhor no uso dos nossos bens, melhor dos bens que Ele nos confiou.
a) Uso condicional da propriedade: Somos gerentes (mordomos), ou proprietários de segunda instância, sendo assim devemos cuidar, no uso do que nos foi confiado, dos interesses do verdadeiro dono, Deus. A condição, então, diz respeito ao destino que nossos bens devem ter, a glória de Deus.
Deus é glorificado por meio das nossas posses quando diretamente o louvamos com nossos bens, mas também, e mais claramente, quando o que possuímos é usado para servir outras pessoas e para que nos deleitemos legitimamente por meio usufruto deles.
Proverbs 3:9 RA
9 Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda;
b) Prestação de contas: o AT e NT, são claros em afirmar que prestaremos conta ao Senhor a respeito dos bens que ele nos confiou para gerenciar. O Senhor Jesus, por meio de parábolas ensina essa verdade. Em suma na volta de Jesus seremos chamados pelo Rei a darmos conta do que fizemos com seus bens.
Mateus 25.19–30 (RA) 19 Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. 20 Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. 21 Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 22 E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei. 23 Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 24 Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, 25 receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. 26 Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? 27 Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. 28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. 29 Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30 E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.
Glorificando a Deus com nossos bens Essa parábola nos dá também algumas diretrizes sobre o que significa glorificar a Deus com as propriedades de que Eles nos confiou.
a) A chave é fidelidade. Os servos premiados e promovidos são aqueles que foram reconhecidos como “bons e fiéis”.
b) Diligência e trabalho: a fidelidade dos bons mordomos se revelava na diligência deles. Estes investiram e trabalharam para que os bens que lhe foram confiados estivessem em estado melhor do quando eles os receberam.
c) Negligência e preguiça: Por outro lado, o servo mal e negligente não fez render o dinheiro que foi lhe dado. Não houve nem investimento nem trabalho diligente. Sua preguiça e seu suposto medo causaram a desvalorização do bem confiado e sua própria pobreza.
Provérbios 22.13 (RA) 13 Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas. Provérbios 21.25 (RA) 25 O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar. Provérbios 13.4 (RA) 4 O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta.
Uma das formas de glorificarmos a Deus com nossos bens é preservando-os e fazendo-os dar frutos. Tratando-os como de fato são: propriedade de Deus. Olhando para eles numa perspectiva escatológica por meio da qual sabemos que prestaremos conta sobre eles e os teremos que devolver em melhor estado do os recebemos.

Como glorificar a Deus com meus bens:

a) Nossos bens devem produzir fruto: deve haver investimento, trabalho honesto e diligente a fim de fazê-los aumentar.
b) Nossos bens não podem ser desperdiçados: deve haver zelo para que não haja desperdícios, esbanjamento ou ostentação. Não podemos ser negligentes a ponto de deliberadamente e sem justa razão provocarmos nosso próprio empobrecimento.
c) Avareza não é zelo: há limites no que diz respeito ao uso e aquisição de propriedades.
I. Não podemos exaurir recursos físicos e naturais.
II. Não podemos explorar outros para nos enriquecermos a custa do trabalho deles ou lhes privando de algo que lhes é devido.
III. Não podemos fazer dos bens um fim em si mesmos, mas um meio para que Deus seja glorificado, para que tenhamos prazer nesse mundo e para servir outros.

Nossos bens nos permitem vislumbrar as riquezas celestiais

Todo conforto terreno e cada bem que possuímos deve nos fazer lembrar da riqueza e tesouros que iremos herdar quando entrarmos no gozo do nosso Senhor. E não apenas devem nos fazer lembrar das riquezas celestiais, mas também devem nos conduzir a elas por serem estas superiores em natureza e qualidade.
Hebreus 11.24–27 (RA) 24 Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, 25 preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; 26 porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão. 27 Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível. 1Timóteo 6.17–19 (RA) 17 Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; 18 que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; 19 que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida. (Mt 6.19,20)
Nossos bens nessa perspectiva celestial e eterna fazem com que nos voltemos para Cristo que nos fez herdeiros com Ele de todos os tesouros divinais.
Romanos 8.17 (RA) 17 Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Efésios 1.3 (RA) 3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,

2) Uma vez que os meus bens devem ser usados para benefício de outros, furto quando não os uso para esse fim.

3) Uma vez que os meus bens devem ser usados para meu próprio deleite, furto quando não os uso para esse fim.

Related Media
See more
Related Sermons
See more