Meu corpo, de Deus as regras
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Introdução
Introdução
Hoje veremos mais um desafio que tdo crente enfrenta e consequentemente a igreja enfrenta, que está relacionado com o pecado. O problema que veremos hoje é fruto de como as religiões dominantes em Corinto influenciavam a cultura, e como essa parte caída da cultura estava influenciando também os crentes. Havia uma cultura de imoralidade na cidade, e essa cultura era influenciada pelas religiões pagãs que em suas celbrações a prostituição fazia parte da liturgia. Sim, sacerdotizas se prostituiam com seus discípulos no culto pagão, o que é comum até hoje. Em Corinto havia por exemplo um templo de Afrodite e a prática da prostituição e o adultério eram questões socialmente aceitas e até mesmo celebradas.
A cidade de Corinto também era fortemente influenciada por um movimento filosófico chamado hedonismo que pregava que o propósito principal do homem era experimentar o prazer ao máximo em todas as suas formas, tanto físico e também intelectual. Como essas questões culturais impactavam a igreja?
12 “Todas as coisas me são lícitas”, mas nem todas convêm. “Todas as coisas me são lícitas”, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. 13 Os alimentos são para o estômago, e o estômago existe para os alimentos. Mas Deus destruirá tanto o estômago quanto os alimentos. Porém o corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor, e o Senhor, para o corpo. 14 Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará pelo seu poder.
15 Vocês não sabem que o corpo de cada um de vocês é membro de Cristo? E será que eu tomaria os membros de Cristo e os faria membros de uma prostituta? De modo nenhum! 16 Ou não sabem que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, “os dois se tornarão uma só carne”. 17 Mas aquele que se une ao Senhor é um só espírito com ele.
18 Fujam da imoralidade sexual! Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica imoralidade sexual peca contra o próprio corpo. 19 Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo, que está em vocês e que vocês receberam de Deus, e que vocês não pertencem a vocês mesmos? 20 Porque vocês foram comprados por preço. Agora, pois, glorifiquem a Deus no corpo de vocês.
A cultura dizia: Não há certo ou errado em nome do prazer, faça o que quiser desde que isso te traga prazer. O prazer sendo o propósito de vida, e o corpo sendo uma fonte de prazer o que as pessoas pensavam? "Meu corpo, minhas regras". Sim, o corpo é uma fonte de prazer através dos sentidos que Deus nos deu. Assim ele fez com olfato (prazer ao sentir um aroma), a visão (prazeraoo contemplar uma beleza), a audição (prazer em ouvir uma boa música), o paladar (além de alimentar, sentimos prazer em nos alimentar) e também com a area sexual (não é só para a procriação). Deus nos deu os prazeres do mundo como um meio de nos levar em adoração a Ele.
Como a cultura hedonista ganhava eco entre os crentes? Se eu não sou salvo pelas obras, mas pela graça e o que eu faço não determina a minha salvação, logo eu posso fazer o que eu quiser para sentir prazer. A igreja de Corinto usava esse argumento, assim como muitas pessoas em nome de uma suposta felicidade ou prazer legitimam o pecado em suas vidas. Por isso Paulo contrapõe esse pensamento no versículo 12, quando ele diz: Todas as coisas me são lícitas - todas as coisas estão debaixo do meu controle, portanto não são elas que me controlam. Essa é a condição de quem nasceu denovo, o controle sobre as paixões e o domínio dos prazeres passageiros. Deus criou todas as coisas que nos dá prazer verdadeiro, mas a nossa natureza caída nos faz escravo afim de nos levar a pecar através de coisas boas que o Senhor criou para nós. Portanto, há limites por conta da nossa natureza caída, Deus não é um estraga prazeres, mas um Pai amoroso que cuida dos seus filhos.
As pessoas de Corinto argumentavam querendo colocar a relação sexual e a alimentação no mesmo patamar, no nível da necessidade, e com isso justificar a sua imoralidade. Por isso Paulo faz essa comparação e em muitos momentos nos adverte sobre o pecado da gula, tão grave quanto a imoralidade: Todos precisamos nos alimentar? SIm! Se alimentar, é uma fonte de prazer? Também. Mas quando eu sou glutão, qual o pecado? Eu me deixei ser dominado pelo prazer de comer. Por isso a relação sexual fora dos padrões estabelecidos por Deus também é pecado. Também é uma necessidade, também é uma fonte de prazer, mas não posso ser dominado por essa necessidade e prazer. Há limites para que isso não se torne uma escravidão. Paulo usa a palavra grega pornéia, que se refere a todo tipo de relação ilícita.
Por isso Paulo continua falando sobre a importância do corpo, que Deus nos criou com corpo, veio ao mundo em Jesus Cristo em forma corpórea e vai nos resssucitar corporalmente. Não seremos anjos, nem muito menos fantasmas, mas Deus restaurará e remirá um corpo livre de todas as imperfeições (limitação do corpo, a vida e eterna e um corpo que tem prazo de validade). Essa afirmação de Paulo vem para confrontar uma corrente filosófica da época, os neoplatônicos que criam em uma dualidade de corpo e alma, como se um fosse mais importante que o outro. Desse pensamento nasceu o gnosticismo (o neognosticismo vem crescendo muito atualmente), onde se acredita que o corpo é a prisão da alma, que influenciou a idade média, surgiram mosteiros, a idéia da virgindade perpétua de Maria (essa dicotomia colocava o sexo como a parte suja do casamento), onde o espírito é mais valorizado que o corpo. Infelizmente vemos isso nos dias de hoje quando se diz: "Eu estou preocupado com a alma…" ou "Mais uma alma para Jesus...". Eu não consigo separar alma de espírito, não vejo sustentação bíblica para isso, mas da mesma forma não me entendo como um dicotomista porque vejo o plano redentor de Deus para o ser humano como uma unidade. Como Paulo afirma, nosso corpo é para o Senhor, embora a aplicação aqui nesse caso de Corinto seja a imoralidade sexual, a doutrina por trás está na relação do cristão com seu corpo e para que Deus nos deu um, e porque Ele vai restaurar um corpo sarado.
Nossa expectativa não é o céu, mas a ressureição dos mortos, o céu é provisório. Jesus não ressucitou só no seu espírito, mas corporalmente, seu corpo deixou de ser um cadáver, as suas testemunhas tocaram Nele. E esse mesmo Deus que ressucitou o Seu Filho ressucitará a mim e a você. Por isso, o prazer através desse corpo corrompido não é a finalidade última do crente, mas a ressureição, enquanto isso Deus nos permite prazeres que precisam ser experimentados de uma forma que glorifique a Ele. Essa teologia do corpo fez com que a igreja ao longo da história construísse hospitais, asilos, orfanatos, entre outras coisas...
Após ele falar do propósito do corpo, ele fala da condição do nosso corpo enquanto membros do corpo de Cristo. Nossos corpos compõem a igreja. Quando sou membro do corpo de Cristo não há nenhum ambiente que eu esteja que Cristo não esteja comigo. Quando adoro, faço isso na presença de Deus, mas quando peco, também peco na presença do Senhor. Por isso Paulo fala nos versículos 18 e 19 que somos habitação do Espírito e que há sim uma união entre duas pessoas em uma relação do que simplesmente a possibilidade de proporcinar e receber prazer. Por isso quando nos deitamos com alguém Cristo está presente e por essa razão a única pessoa que você deve se deitar é o seu cônguje. Esse pecado embora seja pecado como qualquer outro, traz consequências devastadoras a outras pessoas (maridos que contaminam a esposa e virce e versa, filhos que sofrem, famílias que são destruídas, a indústria por trás - expectativa média de vida de 36 meses).
Conclusão
Conclusão
Talvez você esteja agora pensando o seguinte: Eu vivo assim, ou já vivi assim, portanto não tem mais solução pra mim. Não, o mesmo Deus que perdoa você da escravidão do prazer, de criar regras para o seu próprio corpo em nome do prazer longe dos limites de Deus, também é Ele que por sua graça te liberta dessa e de qualquer outra escravidão.
Por isso Paulo encerra esse trecho nos lembrando de algo: Fomos comprados, isso custou um preço, o corpo do Filho de Deus. Essa compra não foi só da minha alma, mas também do meu corpo. Deus não apenas nos fez como também nos comprou. O que isso quer dizer? Que para aqueles que recebem a Cristo, tem Deus não só como seu criador mas também como seu dono. Por isso glorificar a Deus com o corpo está relacionado a forma como eu uso o meu corpo, porque ele foi comprado. Quando entendemos isso, somos levados a obedecer, temos a conciência que somos propriedade de Deus. O mundo tem somente uma idéia negativa desta realidade, mas para nós é um privilégio, porque a certeza do pertencimento a Deus nos garanante não só que fomos criados por Deus, mas que Ele também cuida de nós.