Solteiros e casados no Reino de Deus
Ser e Pertencer • Sermon • Submitted
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Introdução
Introdução
Você já percebeu como os extremos são perigosos? Como a polarização tem prejudicado a nossa sociedade que busca extremos e nunca um equilibrio? Você já parou para pensar como a vida cristã é uma vida de euilibrio? É exatamente sobre isso que vamos falar hoje, sobre um outro extremo que ameaçava a igreja de Corinto e continua sendo um desafio também para n'so, o ascetismo.
Abstenção de prazeres carnais e do conforto material, de quem busca alcançar a perfeição moral e espiritual. Doutrina intelectual ou religiosa que considera a disciplina e o autocontrole imprescindíveis para alcançar a Deus, a virtude e a verdade. Preceito moral ou comportamento de quem busca a perfeição espiritual, através dessa prática, da disciplina e do autocontrole.
Vimos que alguns cidadãos de Corinto não respitavam nenhum limite em nome do prazer, por outro lado haviam outros que iam para o outro extremo imaginando que o corpo era apenas para esse mundo, e que para a eternidade somente o espirito. Por isso, cresceu um movimento que negava, desprezava qualquer prazer carnal ou conforto em nome de uma suposta evolução espiritual. O hedonismo e o ascetismo eram dois lados de uma mesma moeda. E o ascetismo em particular estava afetando a vida das famílias e a compreensão acerca do matrimônio. Como vimos na semana passada, o neoplatonismo que influenciou um gnosticismo que foi um grande inimigo da igreja e formou muitas doutrinas cristãs na igreja romana durante a idade média, volta hoje com força. O neognosticismo surge novamente por gurus eloquentes, dominam a retórica, que interpretam a vida para você, prometem informações secretas, conhecimentos ocultos… Se naquela época os sofistas ficavam em praça pública discurando e depois passando o chapéu, hoje eles estão nas redes sociais e depois te vendendo curso no hotmart.
1 Quanto ao que vocês me escreveram — “é bom que o homem não toque em mulher” —, 2 digo que, por causa da imoralidade, cada homem tenha a sua esposa, e cada mulher tenha o seu próprio marido. 3 Que o marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, de igual modo, a esposa, ao seu marido. 4 A esposa não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, de igual modo, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a esposa. 5 Não se privem um ao outro, a não ser talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para se dedicarem à oração. Depois, retomem a vida conjugal, para que Satanás não tente vocês por não terem domínio próprio. 6 E digo isto como concessão e não como mandamento. 7 Gostaria que todos os homens fossem como eu. No entanto, cada um tem de Deus o seu próprio dom; um, na verdade, de um modo; outro, de outro.
8 E aos solteiros e às viúvas, digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo. 9 Mas, se não conseguem se dominar, que se casem; porque é melhor casar do que arder em desejos.
10 Aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido. 11 Mas, se ela se separar, que não se case de novo ou que se reconcilie com o seu marido. E que o marido não se divorcie da sua esposa.
12 Aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão estiver casado com uma mulher não crente, e esta concorda em morar com ele, não se divorcie dela. 13 E se uma mulher estiver casada com um homem não crente, e este concorda em viver com ela, que ela não se divorcie do marido. 14 Porque o marido não crente é santificado no convívio da esposa, e a esposa não crente é santificada no convívio do marido crente. Se não fosse assim, os filhos de vocês seriam impuros; porém, agora, são santos. 15 Mas, se o não crente quiser separar-se, que se separe. Em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus chamou vocês para viverem em paz. 16 Pois você, ó mulher, como sabe se salvará o seu marido? Ou você, ó marido, como sabe se salvará a sua mulher?
Paulo começa citando uma afirmação equivocada da igeja de Corinto, escrita a ele por carta. 1Coríntios Diante do dualismo que aquela sociedade vivia e influenciava a igreja, diante também do contexto de perseguição que começava a acontecer contra a igreja, algumas perguntas surgiam no meio da igreja:
1- Melhor ser casado ou solteiro?
2- Devo me abster do sexo para servir a Deus melhor?
3- Posso me divorciar para servir a Deus melhor?
4- Os viúvos podem/devem se casar novamente?
Para começar vemos alguns padrões bíblicos do casamento a partir da Nova Aliança:
a) O casamento é monogâmico (Cada um tenha a sua própria mulher).
O padrão poligâmigo circunstancial do Antigo Testamento foi superado e abolido (progresso da revelação - efeito da obra redentora de Cristo - relação Cristo e a Igreja)
b) O casamento é heterosexual. Quem regula o casamento é quem o criou, mesmo que seja legal diante da lei dos homens, isso não signfica que seja correto para Deus e seu povo. Isso não limita a Graça de Deus em salvar homosexuais, e a salvação é para resolver o maior problema do homesexual que é o mesmo problema dos heteros, o pecado. Entendendo a prática homosexual é pecado, aqueles que possuem essa inclinação, pela graça de Deus e pelo poder do Espírito eles são habilitados a renunciar essa paixão, mesmo que não haja um despertamento pelo sexo oposto (pode acontecer ou não). Da mesma forma que Deus salva heterosexuais que eram escravos do prazer sexual, que após se converter entendem que aquela conduta também não cabe mais e é igualmente reprovada por Deus (não acredito em conservador seletivo).
c) Não existe celibato compulsório, mas um dom. E não há somente uma razão para Deus dar esse dom a alguém, não há nenhum indicativo para que oficiais da igreja devam ter esse dom, pelo contrário, o que vemos a bíblia orientando a Tito e Timóteo são várias implicações para o casamento.
d) Homens e mulheres estão em pé de igualdade no seu valor moral e espiritual, embora tenham papés diferentes, fomos criados assim (diferença entre hierarquia de gêneros, igualdade de gêneros e complementarismo de gêneros).
e) Para quem casar, sexo é dívida. Se abster de relação por mútuo consentimento é pecado, e deve ser feito por questões pontuais como saúde e também através de um propósito espiritual em um tempo limitado. A bíblia não está ensinando que a vontade de um cônjuge deve sempre sobrepor a do outro, mas que ambos devem entender o compromisso que um tem com o outro de servir nesta área. A imposição de um dos conjuges em ter relação é tão pecaminosa do que a negativa constante. A relação intima deve ser constante, frequente, voluntária e prazerosa para ambos. Foi Deus que nos criou com esse impulso e a resposta Dele para isso é o casamento. Embora muitos usem o desejo como justificativa esse desejo para uma vida promíscua, Deus diz que é somente no casamento onde podemos encontrar satisfação nessa área.
d) Um cristão deve se casar com outro Cristão (teologia do corpo, união com Cristo, amar a Deus acima de todas as coisas). Mas o cristão que é casado com um incrédulo não deve usar isso como pretexto para se divorciar, pelo contrário, ele deve zelar e abençoar seu casamento. Da mesma forma, se um cristão for abandonado pela parte descrente, ele está livre para contrair outro matrimônio.
17 No mais, que cada um ande segundo o que o Senhor lhe concedeu, conforme Deus o chamou. É isto que ordeno em todas as igrejas. 18 Foi alguém chamado, estando circunciso? Não desfaça a circuncisão. Foi alguém chamado, estando incircunciso? Não se faça circuncidar. 19 A circuncisão, em si, não é nada; a incircuncisão também nada é, mas o que vale é guardar os mandamentos de Deus. 20 Cada um permaneça na vocação em que foi chamado. 21 Você foi chamado, sendo escravo? Não se preocupe com isso. Mas, se você ainda pode tornar-se livre, aproveite a oportunidade. 22 Pois quem foi chamado no Senhor, sendo escravo, é liberto que pertence ao Senhor. Do mesmo modo, quem foi chamado, sendo livre, é escravo de Cristo. 23 Vocês foram comprados por preço; não se tornem escravos de homens. 24 Irmãos, cada um permaneça diante de Deus na condição em que foi chamado.
Antes de Paulo falar sobre a opinião dele sobre os solteiros, ele traz um princípio sobre a vocação, o dom de ser solteiro ou casar. Sim, da mesma forma que o celibato é um dom, é preciso também ter dom para ser casado. Que ser solteiro não define sua identidade, que o propósito principal da vida não é o casamento, que inclusive o casamento é algo tão divino que é melhor ser solteiro do que casar com qualquer um (se valorize, Deus te comprou, não abaixe o padrão que Deus estabeleceu para você pensando no seu bem somente para estar casado/a). Solteiros, revejam seus padrões, quais são? Estéticos ou bíblicos?
25 Com respeito às virgens, não tenho mandamento do Senhor, mas dou a minha opinião, como alguém que recebeu do Senhor a misericórdia de ser fiel. 26 Por causa da angustiosa situação presente, penso ser bom para o homem permanecer assim como está. 27 Você tem esposa? Não procure separar-se. Você está solteiro? Não procure esposa. 28 Mas, se você casar, não estará pecando. E também, se a virgem se casar, não estará pecando. Ainda assim, tais pessoas sofrerão angústia na carne, e eu gostaria de poupar vocês disso.
29 Mas isto digo, irmãos: o tempo se abrevia. Por isso, de agora em diante, não só os casados sejam como se não fossem casados, 30 mas também os que choram, como se não chorassem; os que se alegram, como se não se alegrassem; os que compram, como se nada possuíssem; 31 e os que se utilizam deste mundo, como se não fizessem uso dele. Porque a aparência deste mundo passa.
32 O que eu realmente quero é que vocês fiquem livres de preocupações. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, de como agradar ao Senhor. 33 Mas o que se casou cuida das coisas do mundo, de como agradar à esposa, 34 e assim está dividido.
Também a mulher, tanto a viúva como a virgem, cuida das coisas do Senhor, para ser santa, assim no corpo como no espírito. Mas a mulher casada se preocupa com as coisas do mundo, de como agradar ao marido.
35 Digo isto para o próprio bem de vocês, não para impor limitações, mas tendo em vista o que é decente e para que vocês possam se consagrar ao Senhor, sem distração alguma.
36 Mas, se alguém julga que trata de modo impróprio a sua virgem, se ela tiver passado a flor da idade, e se as circunstâncias o exigem, faça o que quiser; não peca; que casem. 37 Contudo, aquele que está firme em seu coração e não se sente obrigado, mas tem domínio sobre a sua própria vontade e resolveu em seu coração conservar virgem a jovem, fará bem. 38 Por isso, quem casa com a sua virgem faz bem; quem não casa faz melhor.
39 A mulher está ligada ao seu marido enquanto ele viver. Mas, se o marido morrer, ela fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor. 40 Porém, ela será mais feliz se permanecer viúva, segundo a minha opinião; e penso que também eu tenho o Espírito de Deus.
O encerraemento desse capítulo trata especificamente de um contexto que eles viviam de iminente perseguição, e Paulo deixa claro que são opiniões pessoais e não um princípio teológico do casamento. Se fosse, ele mesmo entraria em contradição com vários outros escritos sobre o casamento que Paulo fez em outros livros da bíblia que ele mesmo escreveu. Diante da perseguição que a igreja estava prestes a enfrentar ele dá um conselho pessoal específico: Quem tá casado, continue assim, mas quem está solteiro, se possível, continue assim por conta do que está acontecendo. O que tiramos de princípio? Que o casamento não é o propósito principal do homem, que está ok ser solteiro diante de uma circunstância específica (casamento não é sacramento).
Por último, vemos o que Paulo diz sobre as viúvas. Ele segue mais ou menos a mesma linha do conselho para as solteiras, porém deixa claro que elas são livres para casar novamente (Conselho pessoal vs. Princípio biblico - errado é colocar como obrigação uma coisa ou outra quando Deus dá essa liberdade).
Conclusão
Conclusão
Aprendemos alguns aspectos práticos nesse sermao:
Celibato é diferente de solteirice. Celibato é coisa séria, é um dom, se você não tem esse dom, case-se. Se você ainda não casou e deseja isso, busque a Deus em oração e a pessoa certa, não abaixe os padrões que Deus estabeleceu só para se casar, esse não é o propósito principal da vida. Da mesma forma, reveja seus critérios (estéticos e econômicos em detrimento do espiritual).
Se você é casado e seu cônjuge não é cristão, honre ele da mesma forma, o casamento foi a primeira instituição que Deus criou. Seja um embaixador de Cristo na sua casa, testemunhe a Ele e ore pela conversão do seu marido ou esposa. Se esforce ao máximo para manter o seu casamento, faça a sua parte.
Um casamento feliz também está relacionado ao altruísmo na relação íntima, cada um entendendo que a outra parte tem desejos e é seu papel proporcionar a ele/ela essa satisfação que ele precisa e tem direito.
Se você vive em um contexto complicado no matrimônio ou na área intima sendo solteiro, busque a Deus em arrependimento, confesse a Ele sua dificuldade e busque restauração. O Filhoo de Deus morreu pelos seus pecados, para te salvar e restauar a sua vida, para que você possa usufriur das bênçãos que só Ele pode te dar em todas as áreas.