A Carta de Jesus a Filadélfia

Apocalipse - Igrejas  •  Sermon  •  Submitted
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Transcript

Ap.3.7-13 – Igreja de Filadélfia
Introdução
Filadélfia era a mais jovem das sete cidades da Ásia às quais Jesus enviou uma carta.
Filadélfia (hoje Alasehir, Turquia), foi fundada por colonos provenientes de Pérgamo nos anos de 159 a 138 a. C., quando Átalus Philadelphus (O amigo do irmão) reinava. A cidade estava situada num lugar estratégico. Era chamada a porta do Oriente: tinha à sua disposição as riquezas dos mercados do Oriente. Também era conhecida como a pequena Atenas, por ter muitos templos dedicados a diversos deuses. O principal deus era Dionísio, mais tarde chamado de Baco (o deus do vinho)
A cidade também era chamada de a cidade dos terremotos - tremores de terra eram frequentes e tinham levado muitos antigos habitantes a deixar a cidade em busca de lugar mais seguro. (Igrejas também passam por terremotos!).
O rei Átalus criou a cidade para ser embaixadora da cultura helênica, missionária da filosofia grega. Mas Cristo diz para a igreja que Ele colocou uma porta aberta diante dela para que proclamasse não a cultura grega, mas o evangelho da salvação.
À igreja assustada com os abalos sísmicos da cidade, Jesus diz: “Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá…” (3:12).
Desenvolvimento
Para a jovem igreja de Filadélfia Jesus envia esta carta e nos ensina várias lições.
1. A igreja de Filadélfia era pequena em tamanho e em força, mas grande em poder e fidelidade. Deus na verdade escolhe as coisas fracas para envergonhar as fortes (1Co.1.27).
a. Sardes tinha nome e fama, mas não tinha vida. Filadélfia não tinha fama, mas tinha vida e poder.
b. A igreja tinha pouca força, mas Jesus colocou diante dela uma porta aberta, que ninguém pode fechar.
2. A igreja de Filadélfia é fraca, mas seu Deus é onipotente. A força da igreja não vem de fora nem de dentro, mas do alto.
a. Jesus não apenas conhece as fraquezas da igreja, mas coloca diante dela uma grande oportunidade (Ap.3:8). Ele coloca “Portas Abertas” na e para a Igreja. Literalmente “uma porta que foi aberta e permanece aberta”.
A figura de uma porta aberta era familiar para os cristãos do primeiro século. Paulo e Barnabé, relataram em Antioquia que Deus “abrira aos gentios a porta da fé” (At. 14.27). Em relação à obra em Éfeso, Paulo escreveu: “porque uma porta grande e eficaz se me abriu” (1Co.16.9). Pouco mais tarde, ele diz: “quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo [...] abrindo-se-me uma porta no Senhor” (2Co.2.12). Ele pediu aos colossenses a orarem “para que Deus abrisse a porta da palavra” em Roma (Cl.4.3). Essas passagens parecem indicar o que significa uma porta aberta – uma boa oportunidade para a obra missionária.
b. A primeira porta aberta é a oportunidade da salvação. Ninguém, senão Jesus, pode abrir a porta da salvação (Jo.14.6).
A porta da salvação foi e ainda está aberta. Todo aquele que se arrepende e crê pode entrar. No entanto, é bom saber que um dia essa porta será fechada – por isso é bom atentar para o que nos diz Hb.3.7,8. O próprio Cristo fechará esta porta. A chave que a abriu irá fechá-la novamente. E quando for fechada ninguém poderá abri-la. Tanto a admissão como a exclusão estão unicamente em Seu poder.
c. A segunda é a oportunidade da evangelização. A igreja precisa compreender a soberania de Cristo na realização da sua obra. Há pessoas que são “portas abertas” e pessoas que são “portas fechadas”. Quando Jesus abre ninguém fecha e quando Jesus fecha ninguém abre. Ninguém pode deter a igreja quando ela entra pelas portas que o próprio Cristo abriu. Cristo tem as chaves e abre as portas.
Tentar entrar quando as portas estão fechadas é insensatez. Jesus diz: “Ninguém vem a mim se o Pai que me enviou não o trouxer” (Jo.6.44, “atrair”); agora: deixar de entrar por estas portas quando estão abertas é desobediência!
A porta aberta é símbolo da oportunidade da igreja (Evangelismo e Missões) e a chave é símbolo da autoridade de Cristo.
3. Jesus não apenas conhece a pobreza da igreja, mas promete a ela uma grande recompensa e uma gloriosa herança (Ap 3:12)
a. Jesus ordena à igreja a permanecer firme até a segunda vinda de Cristo. Ele diz: “Eis que venho sem demora!” (Ap.3:11). É só mais um pouco e chegará o dia da recompensa.
A herança que Ele preparou para nós é gloriosa. Cristo virá em breve. Não precisamos de nada novo. Precisamos guardar o que temos. Precisamos proclamar o que já possuímos.
A coroa aqui não é a salvação, mas o privilégio de aproveitarmos as oportunidades de Deus na proclamação do evangelho.
b. Jesus garante que o vencedor será coluna no santuário de Deus (Ap.3:12). Se nos tornarmos peregrinos de Cristo nessa vida, seremos uma coluna inabalável na próxima. Aqui os terremotos da vida podem nos abalar, mas no céu estaremos tão firmes e sólidos como a coluna do santuário de Deus. Os crentes, quais os de Filadélfia, podem viver com medo de terremotos e demais angústias neste mundo, mas nada os abalará quando permanecerem como colunas no céu.
c. Jesus promete que o vencedor terá gravado em sua vida um novo nome (Ap.3.12). Esse novo nome terá o nome de Deus, da nova Jerusalém e o novo nome de Cristo. Pertenceremos para sempre a Deus, a Cristo e ao Seu povo. Viveremos com Ele em glória.
Conclusão
Jesus aplica nesta carta três símbolos que regem toda a mensagem: (a) uma porta aberta, (b) a chave de Davi, (c) uma coluna no santuário de Deus. É colocada diante da igreja uma porta aberta que ninguém pode fechar. Cristo é chamado como aquele que tem a chave de Davi, enquanto o vencedor é feito uma coluna no santuário de Deus.
A porta aberta representa a oportunidade da igreja para ir em busca dos perdidos aos quais Deus está a chamar.
A chave de Davi é a autoridade de Cristo. Diante dele se dobrará todo joelho em cima nos céus, na terra e embaixo da terra (Fp.2.10,11).
A coluna do templo de Deus é a segurança do vencedor.
Cristo tem as chaves. Cristo abriu as portas. Cristo promete fazer-nos seguros como as sólidas colunas do templo de Deus. Quando Ele abre as portas nós devemos trabalhar. Quando Ele fecha as portas nós devemos esperar. Acima de tudo, devemos ser fiéis a Ele para vermos as oportunidades e não os obstáculos.
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