NAÇÃO DE SACERDOTES
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NAÇÃO DE SACERDOTES
1 Pedro 2.9
INTRODUÇÃO
Estudiosos acreditam que a primeira carta de Pedro deve ter sido escrita por volta do ano 66, provavelmente em Roma. Pedro escreveu uma carta com características do que hoje chamamos de circular “aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1Pe 1:1). Essas igrejas estavam situadas na Ásia Menor, atual Turquia.
O ministério de Pedro foi dedicado especialmente aos cristãos judeus (Gl 2:8), mas ele não fazia acepção de pessoas. Pedro foi o primeiro apóstolo a defender a inclusão dos gentios na mensagem do evangelho (At 11:17), e certamente havia muitos gentios entre os cristãos dessas cinco localidades.
O assunto de Pedro não foi a distinção entre judeus e gentios, mas entre cristãos e não cristãos. Em contraste com os não cristãos, os cristãos têm um chamado sublime.
I – PRIVILÉGIO CRISTÃO
Eles são um “povo escolhido”. Ele estava se referindo ao novo Israel, não ao antigo. “Povo” tem o sentido de gente nascida de descendência comum e que vive em comunidade. Espiritualmente falando, a igreja tem uma vida em comum, pois a vida de Cristo é compartilhada por todos. E têm descendência comum, pois participam do novo nascimento, sendo filhos de Deus.
V. 10: “Antes vocês não eram povo...” Assim, as fronteiras do povo de Deus se abrem, incluindo pessoas de todas as origens étnicas e sociais.
Os cristãos são um “sacerdócio real”, “casa real”, família real, sacerdócio. Ler Ap 1:6 e Êx 19:6. Em Hebreus 4:14, 16, Jesus Cristo é mostrado como Sacerdote que é entronizado.
Como sacerdotes, os cristãos têm acesso direto a Deus e são responsáveis para conduzir outros a Ele. Os sacerdotes são os intermediários, os intercessores entre Deus e os homens.
Qual é nossa função como sacerdotes? Temos uma dupla função: oferecer sacrifícios de louvor e interceder pelos nossos semelhantes, atuando como intercessores entre nossos semelhantes e Deus. Cada cristão é um sacerdote.
c) (Conte um fato relacionado com uma oração intercessora atendida.)
Como sacerdotes, temos ousadia para entrar no Santuário. (Ler Ef 3:12 e Hb 10:22.) Assim, os crentes se tornam sacerdotes perante Deus, erguendo mãos santas em todos os lugares em oração; oração que se torna mais aceitável pela intercessão do nosso Sumo Sacerdote.
II – QUALIDADE CRISTÃ
1. Os cristãos são uma “nação santa”, que ultrapassa sua identidade étnica. Somos uma nação santa, separada do mundo, de seus vícios e corrupções. A ideia fundamental dessa palavra é a pureza moral e espiritual. Separados não significa viver reclusos, sem contato com o mundo.
Separados significa ter costumes diferentes, hábitos segundo a vontade de Deus, independentemente dos hábitos e valores do mundo em que vivemos. Somos separados porque vivemos segundo uma cultura que não é daqui. Temos valores que se opõem aos valores da sociedade em que vivemos. Somos cidadãos de um reino superior. Nossa mente, nossas palavras, nossos hábitos, nossas aspirações e nossos atos demonstram isso.
“O povo de Deus deve se distinguir como um povo que se dedica inteiramente, de todo o coração, ao Seu serviço, não buscando honra para si mesmo, e lembrando-se de que, por um concerto soleníssimo, se comprometeu a servir ao Senhor, e a Ele somente” (Ellen G. White, Testemunhos Seletos, v. 3, p. 286).
III – EXCLUSIVIDADE CRISTÃ
Povo exclusivo de Deus. Literal mente, um povo adquirido, um povo pertencente a Deus. Um povo que pertence, de fato, a Deus, e que demonstra isso por seus atos agradáveis ao Senhor.
1 Coríntios 6:19, 20 confirma esse pensamento com outras palavras: “fostes comprados por preço”. Ele nos resgatou inteiramente. Quer salvar nos inteiramente.
“Qualquer pecado que neles houver os separa de Deus e, de modo especial, desonra-Lhe o nome, pois dá aos inimigos de Sua santa lei ocasião de reprovar Sua causa e Seu povo, o qual Ele chamou “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (1Pe 2:9), a fim de que eles anunciem as virtudes dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz” (Ellen G. White, Testemunhos Seletos, v. 1, p. 264).
Isaías 43:21 diz que fomos chamados para glorificar a Deus.
A eficácia do evangelho em nossa vida, transformando-nos, moldando-nos, tirando-nos do pecado e transportando-nos para o reino da luz, é motivo de assombro diante do Universo.
CONCLUSÃO
“Antes, vocês nem sequer eram povo, mas, agora, sois povo de Deus, que
não tínheis alcançado misericórdia, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam” (1Pe 2:10, NVI).
Que grande privilégio Deus nos dá! Sermos salvos já seria um privilégio sem igual, mas Deus nos dá muito mais do que pedimos ou imaginamos. Ele nos promove à categoria de propriedade exclusiva de Deus, de sacerdotes e membros da família real do Céu. Vivamos à altura desse privilégio! Sejamos cristãos sacerdotes e intercessores!