Uma visão do céu que muda nossa visão da terra

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Apocalipse 7.9-17

Apocalipse 7.9-17
T. Uma visão do céu que nossa visão da terra
9. Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos;
10. e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.
11. Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus,
12. dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!
13. Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram?
14. Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro,
15. razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo.
16. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum,
17. pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.
Introdução: O que vem a sua mente quando o assunto é Apocalipse?
Por vezes encontramos filmes, livros e novelas com títulos relacionados ao apocalipse sempre numa perspectiva de terror ou fim de mundo. Daí a razão de algumas pessoas responderem que apocalipse é o fim, é o livro do fim do mundo, do terror e do medo. Tão verdade é essa concepção que há um tempo atrás eu estava pregando sobre esse livro na igreja e após o culto uma irmã chegou para mim e falou o seguinte “olha missionário, minha filha gosta muito de vim para igreja e escutar as suas pregações, hoje eu disse vamos pra igreja que o missionário tá pregando sobre Apocalipse, e a filha respondeu “se é sobre esse livro que ele tá falando mainha, eu não vou porque eu tenho medo desse livro”. No momento que ouvi isso caí na risada junto com ela e falei, da próxima vez não diga sobre o que vou pregar, apenas chame rsrs”.
São coisas que parece e até são engraçadas de se ouvir, mas que revelam uma realidade. Apocalipse é um livro que desperta muito medo em algumas pessoas. Eu digo mais, essa não foi a única que me falou que tinha medo durante as aulas e pregações nesse livro.
Todavia, embora o livro do apocalipse já tenha ganhado esse título por boa parte de crentes e não crentes, eu quero lhe dizer nesta manhã que o livro do apocalipse de maneira alguma é um livro de terror e espanto, pelo menos não é para nós, servos do Senhor. A razão pela qual esse livro foi escrito, não tinha em vista assombrar a igreja do Senhor, mas encoraja-la e orientá-la ao que sucederia antes da vinda de Cristo e o que viria depois.
Não é um livro de medo, pânico, terror. Esse o livro da vitória.
ELUCIDAÇÃO: Embora muitas pessoas quando pensam em Apocalipse assimilam a fim do mundo, a volta de Cristo, catástrofes e coisas desse tipo. Apocalipse não é um livro de pânico, medo e pavor, mas de Esperança. A mensagem de apocalipse não foi revelada a igreja para o desespero dela, mas para o consolo. Com esse propósito Deus revelou a João que estava preso na Ilha de Patmos as coisas que “DEVEM ACONTECER”.
O capítulo 7 é um texto que claramente encontramos esperança na chamada visão dos glorificados. Esse capítulo é o interlúdio do capitulo 6 e 8 que falam dos sete selos. Ao chegarmos no capítulo 7, a primeira parte dele é a tão famosa passagem dos 144 mil que na nossa interpretação é um número simbólico assim como todos os outros números deste livro e que especialmente nessa passagem significa a igreja em sua completude. Todas as tribos são vista aqui, mais a frente encontramos o relato de uma multidão inumerável.
A figura central desses capítulos é o selo. A Escritura fala do selo num tríplice sentido:
Primeiro, um selo protege contra adulteração(Dessa forma o túlmulo de Jesus foi selado Mt 27.66)
Segundo, um selo marca a propriedade. Assim lemos nos cânticos de Salomão 8.6 “Põe-me como selo sobre teu coração”
Terceiro, um selo certifica caráter genuíno. O decreto de que todos os judeus deveriam ser eliminados foi selado com o sinete do rei Assuero ou Xerxes (Ester 33.12)
Os santos que são selados na terra (CAPÍTULO 6) são vistos, em seguida, no céu vestidos com roupas brancas de triunfo e segurando ramos de palmeiras nas mãos, em uma reencenação da Festa dos Tabemáculos (7.9).
Há três cenas que cronologicamente, se iniciam com 7.1-8,
1- quando os santos são selados antes do início da “grande tribulação” (7.14).
2- Então, em 6.9-11, vemos Deus selando os mártires que são sacrificados por amor a Cristo durante esse período.
3- Por fim, encontramos os crentes no céu depois que a batalha foi vencida.1 Boring (1989:131) destaca: “Enquanto 7.1-8 apresenta a igreja militante na terra, selada e posta em formação de batalha antes de a luta começar, 7.9-17 mostra a igreja triunfante no céu, após a batalha”.
As palavras de abertura, “depois dessas coisas, vi”, ocorrem em 4.1; 7.1,9; 15.5; 18.1; e em 19.1 com: “Depois dessas coisas, ouvi”. Na maioria das vezes, essas palavras indicam uma nova visão, porém, em 15.5, elas conduzem à segunda parte da mesma visão. Portanto, essa expressão não causa uma quebra significativa no texto, temos a segunda parte da mesma visão. Os santos que são selados na terra em 7.1-8 estão festejando no céu pela salvação de Deus, em 7.9-17.
Diante desse texto, tão rico, tão profundo e tão emblemático. Uma manhã é insuficiente para tratar dele sem que muitos detalhes sejam deixados de lado. Mas ainda assim gostaria de meditar nessa manhã com os irmãos sobre o seguinte tema:
- UMA VISÃO DO CÉU, QUE MUDA A NOSSA VISÃO DA TERRA
Nessa visão encontramos algumas características dignas e nota. A primeira delas é:
1º A NATUREZA DOS SALVOS (V.9)
Deus concede a João uma rápida visão da igreja que outra hora militou contra as hostis satânicas neste mundo, triunfando no céu com o Cordeiro de Deus. Um detalhe me chama atenção nessa revelação é que João estava preso na ilha por causa da palavra e do testemunho conforme o capítulo 1, ainda assim, quando todas as portas se fecham na terra para aquele velho apostolo. Deus abre uma porta no céu e diz: “suba para cá, e lhe mostrarei o que deve acontecer” Ap 4.1
Observe comigo os detalhes desse verso 9:
1.1. O número: Ninguém podia contar (Eram muitos)
Nos é dito sobre os 144 mil no inicio do capítulo, mas logo em seguida é uma multidão inumerável. A primeira cena é um símbolo de que os santos do Antigo e do Novo Testamento estão lá.
1.2. A diversidade: Nações, tribos, povos e línguas
(Tudo aquilo que o pecado separou, agora será restaurado). Aquilo que parecia ter ficado no passado como a questão do racismo, mais uma vez tem tomados novos trilhos e casos de racismo ainda aparecem em todo mundo; a briga entre as nações que cada vez mais estão inflamando e tantas segregações existentes). Tudo isso inexiste no céu.
Os santos no céu cantam um hino a uma só voz, apesar de provirem de muitas nações e falarem muitas línguas diferentes. No céu, a confusão de Babel terminou e a fala de todos os santos é a mesma. Como em outras passagens também, João ouve os residentes do céu falarem em voz alta, mas aqui a razão é júbilo. Eles entoam um cântico em que a palavra salvação é enfatizada acima de tudo, por causa da obra de redenção efetuada pelo Cordeiro.
1.3. A pureza dos salvos: Vestiduras brancas – santidade, pureza
Os santos estão vestidos de branco, o que é um cumprimento da promessa de Jesus à igreja em Sardes de que os fiéis serão vestidos com roupas brancas (3.4–5). A cor branca significa santidade. As almas debaixo do altar também receberam roupas brancas (6.11; veja também 3.18; 4.4; 7.13). Temos aqui uma cena do céu no trono de Deus e do Cordeiro
1.4. Palmas nas mãos: É uma atitude de vitória, celebração
Os santos estão segurando palmas como sinal da vitória. Dos quatro evangelistas, apenas João observa que, na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, no Domingo de Ramos, as pessoas levaram palmas para dar as boas-vindas a ele. O termo palmas ocorre duas vezes no Novo Testamento, aqui e em João 12.13 (veja também Lv 23.40; 1Mac 13.51; 2Mac 10.7). A vitória pertence a Jesus Cristo, que venceu Satanás, a morte e a sepultura; a alegria pertence aos santos, que celebram essa vitória. Eles estão eternamente gratos pela redenção que Cristo obteve para eles.
(É o fim da tristeza, é o adeus ao luto).
Temos no verso 9, um grande encontro de celebração.
Em segundo lugar, nesta visão do céu que muda a nossa visão da terra, encontramos:
2º A AÇÃO DOS SALVOS (V. 10-12)
O texto começa dizendo que “clamavam em alta voz”. Essa expressão “clamar” do v.10 nos deixa em dúvida com respeito ao tipo de clamor que o texto aqui se refere. Há muitas repetições dessa expressão no N.T. A mais provável é que esse clamor não seja de angústia, (até porque aqui estamos na visão do céu), levando em consideração que esse texto remonta a profecia de Zacarias 14 e uma cena de Mt 21.9,15 onde encontramos clamores de júbilo a Jesus em sua entrada em Jerusalém (Mt 21.9, 15). Além do fato da expressão e o evento ser semelhante em seu caráter, junte-se a isso o fato de palmas nas mãos que o texto menciona, outra indicação que é um momento festivo:
1- Adoração ”clamavam”
2- Reconhecimento “dizendo”
2.1- Eles clamavam em voz alta numa Adoração (v.10)
- Reconhecendo a Salvação que Deus operou por meio de Cristo
- Reconhecendo a Soberania de Deus “se assenta no trono”
- Reconhecendo sua Eternidade “pelos séculos dos séculos”
O cântico de todos os anjos, dos anciãos e das criaturas viventes (5.12) é quase idêntico ao cantado aqui. Lá, disseram: “Digno é o Cordeiro que foi morto para receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graça”. Aqui, eles cantam: “Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém!” À parte da sequência, as diferenças são que, no lugar de “riqueza”, o cântico atual diz “ação de graças” e o “Amém!” no início e no fim do hino. Observe que ambos os cânticos apresentam exatamente sete atributos – o número da completude. O hino dos remidos no versículo 10 é o último cântico dedicado ao Cordeiro no Apocalipse, enquanto esse hino é dedicado ao louvor de Deus.
2.2 – A adoração que agora é tributada a Deus não acontece apenas pelos homens, mas :
- Pelos anjos (estavam de pé ao redor do trono)
- Os anciãos (Ap 4)
- Os quatro seres viventes
Todos estavam prestando sua adoração ao Senhor com rosto em terra.
Diante de Deus todos hão e se curvar, seja humanos, anjos ou seres angelicais nunca vistos por nós. Não há ninguém que fique sem se prostrar diante de sua majestade.
Aplicação: Aquilo que nós seremos no céu, deve nos motivar a sermos aqui nesse mundo, afinal de contas devemos carregar sempre a mentalidade de peregrinos. Nosso lar não é aqui. AQUILO QUE SEREMOS DEVE MOTIVAR AQUILO QUE SOMOS HOJE
No céu nos ocuparemos em Adorar aquele que se assenta no trono, a nossa separação é só por um momento!
A parte central do texto surge com uma pergunta: Estes que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram? (v.13) João não tem resposta, mas a encontramos na sequencia:
3º A PROCEDÊNCIA DOS SALVOS (V.14-15)
Eu percebo nesse verso 14 e 15 pelo menos três características desses que foram salvos:
3.1- Atribulados “vem da grande tribulação”
3.2- Santificados “lavaram suas vestiduras” – Exodo 19.10,14- Ap 6.11 – As almas debaixo do altar recebem roupas brancas
3.3- Preparados “as alvejaram no sangue” Hebreus 9.22
Gn 49.11; Ef 5.26-27; 1 Jo1.7
Uma questão importante aqui merece toda atenção: De onde esses salvos vieram?
Ilustração: Essa pergunta esclarece um pouco a nossa visão do milênio, bem como da questão da grande tribulação. Há muita dúvida entre crentes até de igrejas reformadas a respeito disso, devido ao forte ensino distorcido dessa questão. Nós temos uma grande dificuldade de doutrinar crentes mais vividos as vezes, pelo tanto de tempo que ele ouviu que nós não iriamos passar por sofrimento, mas iríamos ser arrebatas antes de Jesus voltar. Eu estou ensinando apocalipse há quase 2 anos aos jovens e não encontrei muita dificuldade na aceitação deles porque eles estão crescendo ouvindo uma teologia bíblica reformada e tudo mais. Agora quando eu vou ensinar isso na igreja, é uma confusão sem tamanho tocar no assunto, milênio e tribulação. Isso está tão impregnado nas pessoas que quando eu estava em Sertânia, uma irmã chegou para mim, na segunda-feira de tarde na casa pastoral, e me entregou um livro. Ela disse que só não me dava porque foi um presente de uma amiga crente da igreja Universal. Por aí eu já fiquei desconfiado. Mas ela acrescentou, ó pastor, o livro é todo baseado na bíblia porque ela cita textos bíblicos. Sabe qual o nome do livro irmãos? “A divina revelação do inferno”.
Uma mulher que escreveu um livro da sua experiência, de quando ela foi lá no inferno e voltou....
Eu comecei a ensinar constantemente aquela irmão sobre a vinda de Cristo, sobre o que bíblia fala sobre isso e ela ia lá em casa direto, era vizinha. Eu morava nos fundo da igreja e ela ao lado. Mas deu trabalho de tirar da cabeça dela os ensinos errados sobre as questões escatológicas. E ela dizia “pastor isso é muito difícil porque eu passei a vida inteira ouvindo diferente”.
Então irmãos, essa é uma realidade que não vi apenas lá, em muitas igrejas encontramos essa mesma situação. Até mesmo alguns presbíteros tem uma visão diferente daquela que é predominante no meio reformado, baseada nos nossos símbolos de fé.
Eles vieram da grande tribulação. Observe que o trajeto até o céu, não foi nada fácil. Eles sofreram. E se tem duas promessas que Jesus deixou e são profundamente marcantes são essas:
1º No mundo tereis Aflições: Isso significa perseguição religiosa, por causa da nossa fé, como também significa sofrimentos comuns a todos os homens:
- Não nos livramos da H1N1
- Não nos livramos da Chicungunha e da Zica
- Não estamos livres da Covid-19
- Não estamos livres de outras enfermidades que venham a surgir
- NÃO ESTAMOS LIVRES DOS SOFRIMENTOS
2º Tendo bom ânimo, que eu venci o mundo, estarei convosco
Na visão dos glorificados, João vê aqueles que sofreram, mas já não sofriam mais.
O sofrimento por mais doloroso e indesejado que seja, para o cristão sempre é proveitoso:
- Ele deve nos fortalecer – At 14.22 “fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus”
- Ele deve no ensinar – Rm 5.3-4 “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; 4e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança”
- Ele deve nos animar – Rm 8.18 “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”
- Ele deve redundar na glória de Deus – 1 Pedro 1.6-7 “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, 7para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”
Aquela bela canção de Palavra antiga diz: Toda dor é por enquanto. Retrata o aspecto de nosso sofrimento neste mundo “no presente, por breve tempo”.
Em quarto e último lugar, nessa visão do céu que muda nossa visão da terra encontramos:
4º AS PROMESSAS PARA OS SALVOS (V,15-17)
Há três partes: - a presença e o serviço deles diante de Deus (7.15),
- a remoção de todo o sofrimento (7.16,17c) e
- as ações do Cordeiro e de Deus em favor deles (7.17a,b).
A expressão “diante do trono de Deus” sugere que os santos têm acesso direto àquele que ocupa o trono. Seu relacionamento com Deus é igual àquele do jardim do Éden, quando Deus caminhava e conversava com Adão e Eva.
Por isso, o que agora encontramos é uma completa restauração, vejamos alguns aspectos dela:
1º Comunhão “v.15b
“E aquele que está sentado no trono estenderá sobre eles a sua tenda.” Essa oração parece ser uma descrição poética de Deus que protege seu povo. Aquele que está sentado no trono é a frase usada para descrever Deus, e a frase estenderá sobre eles a sua tenda é teologicamente significativa. Temos aqui a promessa divina de que Deus garante a segurança do seu povo por meio de sua presença pessoal. Esse é um ensinamento que impregna as Escrituras desde Levítico até o Apocalipse: o desejo de Deus de habitar com seu povo e ser reconhecido por ele como seu Deus.
Observe a formulação repetida desse desejo nas passagens seguintes:
(Lv 26.11–12) “Porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma não vos aborrecerá. Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo”
• (Ez 37.26–27) “Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua… porei o meu santuário no meio deles, para sempre. O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”.
• (Zc 8.8) “Eu os trarei, e habitarão em Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, em verdade e em justiça” (Zc 8.8).
•(Ap 21.2–3) “Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu noivo. E eu ouvi uma alta voz vinda do trono, dizendo: Veja, o tabernáculo de Deus está com os homens, e Deus habitará com eles. Eles serão seu povo, e o próprio Deus mesmo com eles”
Essa é a linguagem pactual que expressa o desejo de Deus por uma comunhão íntima com seu povo, habitando com ele no mesmo santuário. No jardim de Éden, Deus tinha comunhão com Adão e Eva. Quando o pecado rompeu esse relacionamento, Jesus Cristo o restaurou por meio de sua obra mediadora. A realização total acontecerá com a renovação da criação de Deus.
Saciedade(v.16) “Jamais terão fome”
No Éden, o homem Perdeu as delícias do jardim, passou comer a partir de muito esforço. Mas agora será plenamente restaurado.
Aliviados(v.16b) “não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum”
Esse evento nos lembra do deserto, que Deus cobria o povo do sol com uma núvem.
Guiados(v.17) “O cordeiro os apascentará”
- O CORDEIRO PASTOR
Aqui nós temos uma figura extraordinária “fala de um cordeiro que é pastor”. Somente Cristo tem esse poder e capacidade de ser ao mesmo tempo O BOM PASTOR que dá a vida pelas ovelhas e O CORDEIRO QUE TIRA O PECADO DO MUNDO.
Só Cristo, aquele que é plenamente homem e plenamente Deus que pode ser Plenamente pastor e plenamente Cordeiro.
Não seremos mais guiados pelas nossas paixões, emoções de um coração corrompido. O cordeiro nos tomará pela mão nos levará até as águas de descanso.
Finalmente a última promessa responde as perguntas que mencionei no inicio
CONSOLO(V.17c) “E Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima”.
Depois da queda o choro marca o inicio da vida e o seu fim. Nascemos em meio a dores, choramos ao sair. Morremos também em dores e deixamos tantos outros chorando nossa partida.
A nossa vida neste mundo, marcada por frustações, perdas, também é marcada pelo choro. Mas, a promessa gloriosa é que:
TUDO AQUILO QUE HOJE NOS FAZ CHORAR SERÁ DESTRUÍDO. SERÁ O FIM DE TODO SOFRIMENTO
Por isso que digo e repito. Para a igreja, a mensagem do Apocalipse é uma mensagem de esperança, para o mundo é um mensagem de pavor. Por dois motivos, e encerro aqui.
1º SOFRER COM ESPERANÇA DE DIAS MELHORES É ALÍVIO E ESTÍMULO
2º SOFRER NA INCERTEZA DO AMANHÃ, SEM SOMBRA DE DÚVIDAS É ATORMENTADOR
CONCLUSÃO:
A visão do céu, deve mudar a nossa visão da terra, por alguns motivos:
1° Com relação aos meus irmãos (9)variedade de povos
A igreja militante é composta por pessoas diferentes, respeite-os, aprenda conviver, aprenda tolerar porque você é tolerado em algumas coisas (não me refiro a pecado)
2° Com relação ao ministério (10-12)
No céu os salvos se ocupam com a adoração e o serviço ao SENHOR
3º Com relação ao sofrimento (v.14)
O sofrimento não é em vão
4º Com relação as expectativas (v.15-17)
Você que já conhece ao Senhor aprenda a lição do estimulo a comunhão e adoração e comunidade
Você que não conhece ao Senhor, está afastado, andando em caminhos incertos. Se arrependa urgentemente, breve Cristo vem e aquilo que é ruim nesse mundo para quem não tem a Deus ficará muito pior na eternidade.
A pergunta que mencionei lá no inicio. Onde está Deus em meio ao sofrimento? No sofrimento, Deus está nos ensinando, moldando e cuidando de nossa vida, para que nossos olhos não sejam postos aqui neste mundo, mas no céu!
Apocalipse 7.9-17 - Uma visão do céu que muda a visão da terra
1° A natureza dos Salvos (v.9)
1.1 – Diversidade “Povos”
1.2 – Pureza “Vestes Brancas”
1.3 – Celebração “Palmas”
O ambiente do céu (v.9)
A - Não há segregação: todos reunidos
B - Não há pecado: todos purificados
C - Não há tristeza: todos alegres
2° A ação dos Salvos (v.10-12)
2.1 - Adoração “clamavam” ‘gritavam’
2.2 - Reconhecimento “dizendo”
No céu nos ocuparemos em adorar o Senhor, na comunhão dos santos para todo sempre. Toda separação é ‘por enquanto’...
Quem é o Deus adorado?
A) Rei “trono” B) Salvador “salvação”
C) Soberano “anjos estavam de pé” D) Eterno “séculos”
3° A procedência dos salvos (v.14)
3.1- Atribulados “vem da grande tribulação”
3.2- Santificados “lavaram suas vestiduras
3.3- Preparados “as alvejaram no sangue”
O sofrimento é doloroso, mas, proveitoso:
A) Deve fortalecer (At 14.22)
B) Deve ensinar (Rm5.3-4)
C) Deve nos animar (Rm 8.18)
D) Deve redundar na glória de Deus (1Pe 1.6-7)
Sofrer com esperança é estimulo e alívio, Sofrer com incerteza e dúvidas é atormentador
4° As promessas para os salvos (v.15-17)
4.1- Comunhão “tabernáculo”
4.2- Saciedade “fome e sede”
4.3- Alívio “sol e calor”
4.4- Direção “guiará”
4.5- Consolo – “enxugará toda lágrima”
“Diante do trono (v.15) sugere que os santos têm acesso e o relacionamento com Deus é igual àquele do jardim do Éden. Por isso, tudo o que foi perdido pelo pecado no jardim, agora é restaurado na nova cidade. Porque pecou:
A) Afastou-se de Deus, perdeu a comunhão que tinha com ele no jardim;
B) Perdeu as delícias do jardim, passou comer a partir de muito esforço;
C) Perdeu o equilíbrio cósmico, a terra sofre alterações climáticas;
D) Deixou a orientação de Deus para ouvir a serpente;
E) As dores do parto e as dores da morte produziram choro “porque o salário do pecado é a morte”. Mas, no céu, tudo isso ficará para traz e as lágrimas de dor que hoje correm em nossa face, serão enxugadas por Cristo.
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