O Senhor te responda no dia da tribulação - Salmo 20.1-9
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1 O Senhor te responda no dia da tribulação; o nome do Deus de Jacó te eleve em segurança.
2 Do seu santuário te envie socorro e desde Sião te sustenha.
3 Lembre-se de todas as tuas ofertas de manjares e aceite os teus holocaustos.
4 Conceda-te segundo o teu coração e realize todos os teus desígnios.
5 Celebraremos com júbilo a tua vitória e em nome do nosso Deus hastearemos pendões; satisfaça o Senhor a todos os teus votos.
6 Agora, sei que o Senhor salva o seu ungido; ele lhe responderá do seu santo céu com a vitoriosa força de sua destra.
7 Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus.
8 Eles se encurvam e caem; nós, porém, nos levantamos e nos mantemos de pé.
9 Ó Senhor, dá vitória ao rei; responde-nos, quando clamarmos.
Introdução
Introdução
Antes das batalhas, era costumeiro em Israel e Judá orar ao Senhor, colocar diante de Deus seus reis e buscar uma resposta da parte dEle. Josafá orou antes da batalha com Moabe e Amom, um levita respondeu e então todo o povo adorou conforme encontramos registrado em 2Crônicas 20.5–19. Conforme estamos estudando os salmos, tudo indica que o Salmo 20 é oriundo de uma situação semelhante, e teria se destinado como um canto a ser entoado antes de uma batalha. A primeira parte era entoada por todo o povo, depois que o rei tivesse oferecido sacrifícios. Sua expectativa era regozijar-se, alegrar-se em sua vitória, e então um indivíduo, não podemos afirmar mas provavelmente era um levita, faz uma declaração, e finalmente toda a congregação responde com louvor.
Esse salmo é uma oração e ensina que todas as coisas vêm de Deus, somente Ele concede o sucesso e a vitória, sem sua ajuda, qualquer esforço é certamente inúltil. Não estou isentando a devida respónsabilidade do homem, mas ressaltando que Deus está totalmente no controle e que também somos responsáveis. O ser humano não pode ignorar ou desprezar os meios à sua disposição para sua proteção e preservação. Neste sentido relembro a importancia de orar pela igreja e pelo país, confiando que a vontade divina será feita.
Os cidadãos do reino de Deus não confiam nos aspectos físicos e tangíveis que os protegem ou que usam para ameaçar e revidar os ataques de seus inimigos. O que o cidadão do reino de Deus faz é confiar no nome do Senhor, emitindo um vento leve e calmo de sua boca em meio à tentação e terror palpáveis. A proteção e a garantia do Senhor podem nem sempre parecer reais ou presentes, porém ela foi concedida a nós. Podemos continuar questionando “até quando, Senhor?”, mas, quando olhamos para a cruz, enxergamos o símbolo da vitória de Deus sobre o pecado, a morte e o diabo. Ao olhar para a cruz somos lembrados que Jesus Cristo também sofreu. Unidos a Ele somos alimentados e consolados por sua palavra e Espírito, provando migalhas do banquete nupcial que está por vir.
Davi provalvemte estava saindo para uma batalha e o povo clama ao Senhor pela vida do rei, para que o Senhor concedesse vitória em sua batalha. Deve observar-se particularmente que, sob a figura desse reino temporário, havia descrito um governo muito mais excelente, do qual toda a alegria e felicidade da Igreja dependem. O objetivo, pois, que Davi tinha expressamente em vista era exortar a todos os filhos de Deus a nutrirem uma santa solicitude pelo reino de Cristo, de modo que os estimulasse à contínua oração em seu favor.
Este salmo encontramos o Deus protetor, proclamador e preservador, confiar no Senhor não é uma crendice de crente, somos chamados para crer no Seu nome, confiar no Seu nome, na Sua soberana e perfeita vontade. Na tribulação o Senhor nos sustenta, acolhe e guarda.
O rei Davi estava indo para uma batalha e o Espírito Santo, toca no povo para orar aos Senhor, suplicando a Deus para responder às orações do rei. Ao mesmo tempo, estão como que admoestando os reis sobre seu dever de suplicar a proteção divina em todas as suas atividades. Ao dizer, no dia da angústia, ele mostra que eles não seriam isentados de angústias, e fez isso para que não se sentissem desencorajados em circunstâncias de risco.
O nome de Deus é expresso aqui em lugar de o próprio Deus, não sem boas razões, a essência de Deus, nos sendo incompreensível, convém-nos confiar em seu nome para que sua graça e poder nos sejam mais conhecidos. De seu nome, pois, procede a confiança para invocarmo-lo. Os fiéis desejam que o rei seja protegido e auxiliado por Deus, cujo nome era invocado entre os filhos de Jacó. A luz do título, O Senhor te responda no dia da tribulação, os fiéis se animam a orar pela defesa de seu rei, um dos privilégios de sua adoção era viver sob a conduta e proteção de um rei posto sobre eles por Deus.
Cristo, nosso Rei, é o Sacerdote eterno, jamais cessa de fazer intercessão junto a Deus, todo o corpo da Igreja deve unir-se com Ele em oração, e, além do mais, não podemos alimentar qualquer esperança de sermos ouvidos a não ser que Ele vá adiante de nós e nos conduza a Deus. E de nada nos adianta suavizar nossas angústias, imaginando que Jesus Cristo, quando somos afligidos, considera nossas angústias como sendo pessoalmente suas, desde que nós, ao mesmo tempo, tomemos alento e continuemos resolutos e magnânimos na tribulação.
O que devemos estar prontos a fazer, visto que o Espírito Santo, aqui, nos previne de que o reino de Cristo estaria sujeito a perigos e tribulações é confiar no nome de Deus.
1. O Nome do Deus de Jacó te eleve em segurança - vs. 1-4
1. O Nome do Deus de Jacó te eleve em segurança - vs. 1-4
1 O Senhor te responda no dia da tribulação; o nome do Deus de Jacó te eleve em segurança.
2 Do seu santuário te envie socorro e desde Sião te sustenha.
3 Lembre-se de todas as tuas ofertas de manjares e aceite os teus holocaustos.
4 Conceda-te segundo o teu coração e realize todos os teus desígnios.
Spurgeon escreveu que o Salmo 20 é um Hino Nacional, bom para ser cantado na eclosão de uma guerra, quando o monarca cinge sua espada para a luta. Se Davi não fosse fustigado com guerras, talvez nunca tivéssemos sido favorecidos com salmos como este. São necessárias as tribulações de um santo para que ele possa produzir consolação para outros. Um povo feliz roga aqui a favor de um soberano querido e, com coração amoroso, clama ao Senhor: "Deus salve o rei". Embora a oração seja dirigida ao rei, também é um ato de intercessão pelo rei. Isto descreve um passo vital na preparação para a batalha, quando o rei oferecia os seus sacrifícios ao Senhor e recebia a certeza da bênção divina.
O salmo começa e termina com palavras semelhantes, “Responde no dia de …” é evidentemente um termo-chave no salmo. O apelo é ao Senhor; ou, como ele é também descrito, “o Deus de Jacó”. Este termo ocorre uma vez mais numa forma abreviada no Salmo 24.6, e é comum em outros lugares no Saltério encontramos tanbém este termo em Isaías, “O poderoso de Jacó”. “O nome” do Senhor é evidentemente Deus mesmo por meio de quem os inimigos eram vencidos como descrito em Salmo 44.5.
A data da composição certamente foi depois que a arca foi conduzida a Jerusalém e do estabelecimento do santuário no Monte Sião, o versículo seguinte, encontramos referência a sacrifícios, mostra que é o santuário terreno, e não o celestial, que está em pauta. Sua súplica é que quando partissem para a batalha, fossem com o auxílio do Senhor e seu poder sustentador. Somente o Deus poderia e protejeria ao rei em suas batalhas.
Nos versículaos primeiro ao quinto nos apresenta uma oraçao antes da batalaha, os reis ofereciam sacrifícios, provavelmente o que está em pauta neste texta é aquele oferecido na ocasião particular de sair à batalha, conforme 1Samuel 7.9; 13.9. A primeira palavra para sacrifício é um termo geral que cobre muitos tipos, enquanto o segundo é a oferta queimada na qual tudo era consumido como um símbolo de dedicação a Deus.
O rei Davi sabia que sair para batalhar sem a proteção de Deus, seria como sair sem armadura, escudo, espada. Era inútil achar que sem a proteção de Deus ele chegaria a vitória, sua humildade em depender de Deus o levava a suplicar ao Senhor, pois seu exército, e sua experiencia em batalhas seriam inuteis, se o Senhor não estivesse a frente da batalha o protegendo. Ele passou por batalhas, perseguições, muitos tentaram matá-lo, porém o Deus o protejeu e em seus momentos de terríveis perseguições, Davi clamou ao Senhor, por proteção.
Encontramos nesta oração a fonte do socorro desejado, o santuário em Sião era o lugar de habitação de Deus na terra, é natural, portanto, a expectativa de que, do seu santuário, o Senhor envie socorro e conceda sustento desde Sião.
A obediência fiel do rei ao apresentar ofertas de manjares e […] holocaustos é apresentada como um motivo específico pelo qual o Senhor deve se lembrar dele com favor.
O que está em pauta é que os planos do rei para a batalha viriam à sua concretização, o desejo de seu coração, e seu conselho, significavam que ele venceria o inimigo, e por isso o povo ora: “Conceda-te segundo o teu coração”. A oração é para que, em tudo o que fizer, o Senhor conceda sua bênção para que tudo caminhe bem. Aquilo que fazemos com Deus traz felicidade, bênção, a oração era para que a vontade de Deus fosse feita e não a do homem.
A luz do primeiro ponto, Davi está dizendo que o Nome Protetor é o de Deus, somente Ele pode protejer seu povo, enviar socorro, por isso devemos orar ao Senhor, suplicando sua maravilhosa graça e proteção. Que o Senhor proteja nosso povo, país, o cristão confia em Deus e roga ao Senhor para que todos os seus feitos estejam em conformidade com a vontade de Deus e não com os desejos dos homens.
2. Em nome do nosso Deus hastearemos pendões - vs. 5-6
2. Em nome do nosso Deus hastearemos pendões - vs. 5-6
5 Celebraremos com júbilo a tua vitória e em nome do nosso Deus hastearemos pendões; satisfaça o Senhor a todos os teus votos.
6 Agora, sei que o Senhor salva o seu ungido; ele lhe responderá do seu santo céu com a vitoriosa força de sua destra.
O desejo do rei era que Deus coroasse seus desígnios com sucesso. O povo já pensava na grande celebração de vitória, cheia de júbilo e empolgação, que ocorreria quando recebessem a notícia. Já podiam ver os pendões tremulando ao vento em tributo ao nome do nosso Deus.
Não há como determinar se as palavras “satisfaça o Senhor a todos os teus votos” são proferidas pelo povo, pelo sacerdote ou pelo rei. De qualquer modo, expressam louvor apropriado.
A cena agora se move para o futuro quando os presentes em oração estivessem entre os que se regozijam na vitória, o cântico de regozijo seria ouvido enquanto o povo celebrava a salvação ou a vitória de Deus. Eles hasteariam ou agitariam bandeiras, possivelmente as bandeiras tribais sob as quais acampavam quando no deserto na jornada rumo a Canaã, Números 1.52. A sentença final do versículo reitera a idéia do versículo 4, descrevendo a realização completa dos pedidos do rei.
Encorajado pelo interesse sincero e pelas orações de seu povo, o rei se regozija por saber que o Senhor enviaria todo o socorro necessário do seu santo céu e interviria com demonstrações maravilhosas da vitoriosa força de sua destra.
Davi precede a declaração de que o Senhor salva seu ungido. O livramento é ainda futuro, porém dá-se a certeza de que o Senhor ouve e responde ao clamor do rei. Ele faz isso de seu santo trono nas alturas. Sua “mão direita” descreve, em termos antropomórficos, o poder e capacidade de Deus em livrar-nos.
3. Nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus. vs. 7-9
3. Nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus. vs. 7-9
7 Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus.
8 Eles se encurvam e caem; nós, porém, nos levantamos e nos mantemos de pé.
9 Ó Senhor, dá vitória ao rei; responde-nos, quando clamarmos.
A confiança do rei é contagiosa. Inspirado pela certeza de seu líder, o povo devoto não se espanta mais com a ostentação de poderio militar do inimigo. Ele que se glorie de seus carros invulneráveis e de seus cavalos de guerra; Israel se gloriaria em o nome do Senhor!
É melhor confiar nEle do que num arsenal inteiro. Só com um olhar do Senhor até o mais poderoso dos exércitos se desintegra! Aqueles que estão do lado do Pai continuarão de pé quando a fumaça da batalha se dissipar. Com essa paz de espírito, o povo pede novamente ao Senhor que dê vitória ao rei e atenda às súplicas por livramento.
Sem a devida confiança no Senhor, o uso de cavalos e carros era sem qualquer efeito. Havia uma constante tentação de o povo de Deus confiar na força ou agências humanas para trazer livramento. Inclusive Moisés teve que aprender a lição neste aspecto. Não podia haver qualquer confiança em honra, carros, arcos ou espadas, essa confiança está semente no Senhor, abra sua bíblia em Salmo 44.5–7, mas somente no Senhor mesmo, que era o seu Deus.
O resultado da batalha, se o Senhor estivesse a seu lado, consistia em que seus inimigos seriam humilhados e cairiam, o termo “cair” às vezes ocorre em contextos militares como aqui, e denota cair para morte, conforme o relato da morte de Sísera em Juízes 5.27: “A seus pés ele se curvou, caiu e ali ficou prostrado. A seus pés ele se curvou e caiu; onde caiu, ali ficou, morto”. Em contraste com os israelitas, eles se ergueriam e ficariam em pé.
Uma vez mais, toda a congregação se une para cantar, quando repetem a intercessão inicial. Seu desejo é que Deus revele seu poder no livramento do rei em batalha. Este clamor do povo serve de base para a lealdade ao Senhor. O salmo, que começou com o clamor na forma de “resposta”, termina com a nota de súplica.
Conclusão
Conclusão
1. O Nome do Deus de Jacó te eleve em segurança - vs. 1-4
O Nome Protetor
2. Em nome do nosso Deus hastearemos pendões - vs. 5-6
O Nome Proclamador
3. Nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus. vs. 7-9
O Nome Preservador
A luz desses pontos podemos entender que Deus não prometeu que seu povo seria salvo de alguma outra forma senão pela mão e condução do rei que lhes fora dado. Hoje temos nosso Senhor, Cristo Jesus agora manifesto. Aprendamos a conferir-lhe esta honra, renunciando toda e qualquer esperança de salvação provinda de alguma outra fonte, e a confiar somente naquela salvação que Ele nos trará de Deus seu Pai. E dela só nos tornaremos partícipes quando, sendo todos reunidos num só corpo, sob a mesma Cabeça, tivermos mútua preocupação uns dos outros, e quando nenhum de nós tiver sua atenção tão absorvida com suas próprias vantagens e interesses pessoais, que se mostre indiferente com o bem-estar e felicidade do próximo.
Só em Cristo posso confiar, somente Ele é nossa força, luz, canção, somente em Cristo temos um lugar seguro, Ele é nossa rocha que não se abala. Somente Cristo há profunda paz, somente nEle iremos encontrar, Ele é nosso consolador.
Aplicação
Aplicação
Encontramos a aplicação histórica do salmo na vitória de Davi sobre os amonitas e sírios como descrito em 2Samuel 10.14–19.
O salmo também se aplica, contudo, ao Senhor Jesus como uma súplica por sua ressurreição. Seu povo fiel ora para que, como prova de satisfação com o sacrifício de Cristo no Calvário, Deus o ressuscite dentre os mortos. Ao confrontar Satanás e seus exércitos, o Messias está certo do resultado. O salmo 20 prenuncia a exultação daquela primeira manhã de Páscoa.
Esse salmo também se aplica aos missionários que avançam no território de Satanás ou a qualquer cristão que luta para conquistar mais espaço para o Senhor.