Alegria em todo tempo - Salmo 21

Sermon  •  Submitted
0 ratings
· 30 views
Notes
Transcript
Salmo 21.1–13 RA
1 Na tua força, Senhor, o rei se alegra! E como exulta com a tua salvação! 2 Satisfizeste-lhe o desejo do coração e não lhe negaste as súplicas dos seus lábios. 3 Pois o supres das bênçãos de bondade; pões-lhe na cabeça uma coroa de ouro puro. 4 Ele te pediu vida, e tu lha deste; sim, longevidade para todo o sempre. 5 Grande lhe é a glória da tua salvação; de esplendor e majestade o sobrevestiste. 6 Pois o puseste por bênção para sempre e o encheste de gozo com a tua presença. 7 O rei confia no Senhor e pela misericórdia do Altíssimo jamais vacilará. 8 A tua mão alcançará todos os teus inimigos, a tua destra apanhará os que te odeiam. 9 Tu os tornarás como em fornalha ardente, quando te manifestares; o Senhor, na sua indignação, os consumirá, o fogo os devorará. 10 Destruirás da terra a sua posteridade e a sua descendência, de entre os filhos dos homens. 11 Se contra ti intentarem o mal e urdirem intrigas, não conseguirão efetuá-los; 12 porquanto lhes farás voltar as costas e mirarás o rosto deles com o teu arco. 13 Exalta-te, Senhor, na tua força! Nós cantaremos e louvaremos o teu poder.
Introdução
Faremos uma rápida análise do Salmo na perspectiva que foi introduzido este estudo. No início a igreja foi desafiada a orar, cantar os salmos. Foi introduzido esses louvores a Deus, lembrando que isso não ocorre somente nos salmos. Esses louvores estão espalhados pelos vários livros do antigo testamento, canticos entoados pelos crentes de Israel.
Para exemplicarmos encontramos esses cânticos em:
Êxodo 15.1-18, foi composto para celebrar o livramento que o Senhor proveu para seu povo, de sua escravidão no Egito, e registrado seguindo sua dramática passagem pelo mar. Conhecido como o cântico do Mar
Deuteronômio 32.1-43, ensinado aos filhos de Isarel por Moisés como um retrospecto e uma despedida. O livramento que o Senhor proveu para seu povo e sua justiça é justa. Conhecido como o cântico Moises.
Juízes 5.1-31, no qual deram graças pelos justos e protetores atos do Senhor que acabara de se manifestar em seu meio. Conhecido como o cântico de Débora e Baraque. Baraque foi um líder militar da tribo de Naftali que viveu no período dos juízes em Israel. Ele foi conclamado por Débora para liderar as tribos do norte de Israel contra a opressão estrangeira. Após a morte do juiz Eúde, os israelitas novamente tinham tornado a fazer o que era mau perante o Senhor. Então por causa de sua desobediência, Deus os entregou nas mãos de Jabim, um rei cananeu que reinava em Hazor. Jabim possuía um poderoso exército para os padrões da época, que contava com novecentas bigas de ferro (Juízes 4:3). Esse exército devia ser um tipo de força militar da confederação cananeia. Sísera era o general responsável por comandar todo esse exército (Juízes 4:13).
Depois de vinte anos sob a dura opressão de Jabim, os israelitas clamaram ao Senhor. Naquele tempo a profetisa Débora julgava a causa dos israelitas em Efraim. Débora mandou chamar a Baraque, filho de Abinoão, e lhe disse que Deus o havia escolhido para derrotar o exército de Sísera.
Conforme o Senhor ordenará, Baraque deveria reunir um exército dentre os homens das tribos de Naftali e Zebulom e levá-lo ao monte Tabor (Juízes 4:6). Dali eles partiriam para o ribeiro Quisom, que ficava ao sopé do monte Tabor. Apesar do poder militar do exército comandado por Sísera, Baraque não deveria temê-lo, pois o próprio Deus entregaria Sísera e seu exército inimigo em sua mão.
Baraque concordou em fazer tudo aquilo, mas desde que Débora o acompanhasse. Ele literalmente disse a Débora: “Se fores comigo, irei. Porém, se não fores comigo, não irei” (Juízes 6:8). Ao dizer isto, Baraque estava pedindo que Débora arriscasse sua vida e fizesse aquilo que ele próprio deveria fazer. Talvez ele pretendesse verificar a veracidade das palavras da profetisa.
Talvez Baraque acreditava que a missão para qual ele havia sido designado, era suicida. Além de o exército liderado por Sísera ser muito poderoso, o monte Tabor não parecia ser um local muito adequado para reunir uma força militar. Aos olhos humanos, o exército dos filhos de Israel poderia ser facilmente cercado e destruído ali.
Tudo o que o Senhor havia falado por intermédio de Débora, aconteceu. O exército de Sísera acabou massacrado devido a uma clara intervenção divina. O ribeiro Quisom passava boa parte do ano com um volume de água bem pequeno, porém naquele dia, Deus enviou chuvas violentas que provocaram uma súbita inundação no ribeiro. Os temidos carros de ferro do exército adversário acabaram ficando atolados e tornaram-se obsoletos. Sob o ataque israelita, os cananeus fugiram aterrorizados, mas todos foram mortos ao fio da espada.
Sísera, o comandante do exército, também escapou, o próprio Baraque perseguiu os inimigos fugitivos, mas Sísera foi ele não conseguiu capturar.
O general cananeu buscou refúgio na tenda de uma mulher chamada Jael, esposa de Héber. Como estava muito cansado, Sísera caiu em profundo sono. Então Jael pegou uma estaca e um martelo e lhe cravou na cabeça (Juízes 4:21).
Uma atitude assim era extremamente incomum, e morrer pelas mãos de uma mulher era considerado vergonhoso naquela época. Mas foi desta forma que a palavra do Senhor a Baraque foi cumprida. Uma mulher teve sucesso naquilo que ele deveria fazer.
1Samuel 2.1-10, um canto de ação de graças com um reconhecimento de que a vida e a morte vêm do Senhor. Conhecido como o cântico de Ana.
2Samuel 22.2–51, também encontramos no Salmo 18, um canto de alegria por Davi em Deus como sua rocha e libertador.
Isaías 38.9–20, composto após ele descobriu sua doença, e no qual ele canta a fidelidade de Deus para com ele. Conhecido como o Cântico de Ezequias.
Estes e vários outros cânticos têm muita semelhança com o Livro dos Salmos. A linguagem usada o tipo de estilo são os mesmos. Ao cantar tanto a Deus quanto sobre Ele, fazem assim de uma forma que imediatamente reconhecemos como sendo iguais aos salmistas.
Encontramos também nos salmos os cristãos cantando doxologias, que significa O louvor dirigido a Deus. Um modo especial de celebrar quem Ele é e o que Ele faz. Neste sentido cada hino dirigido a Deus é realmente uma doxologia, pois ao usá-lo estamos proclamando a Deus o que sabemos de sua pessoa e obra. Assim dizemos a Deus: “Tu és aquele cuja glória está acima de toda a terra” Salmo 108.5; ou, “Tu és meu Rei e meu Deus, que decretas vitórias para Jacó. Por teu intermédio derrubamos nossos inimigos; através de teu nome pisamos nossos inimigos” Salmo 44.4,5.
Cantar desta maneira diante de outros, ou unir-nos a eles em cânticos comunitários de louvor, também envolve um elemento de confissão. Ao dirigirmo-nos a Deus em palavras ou em cântico estamos dizendo a outros o que sabemos sobre Ele, e também confessando que Ele é o Deus diante de quem temos que comparecer em honra e confiança. Cantar os louvores do Senhor, pois, pode ser um reconhecimento de nosso compromisso com Ele.
O Salmo 21 é um salmo de gratidão a Deus pelo livramento, por seus feitos, pela sua misericórdia, não é um salmo de alegria pela derrata ao inimigo, mas por o que Deus fez em suas vidas. Todas as vitórias pertencem a Deus, a glória pelos feitos pertencem a Deus. Não existe nada que não pertença ao Senhor, por esse motivo encontramos com tanta clareza no salmo, que todas as coisas recebidas vem de Deus.
Este salmo recorda vitórias passadas que o Senhor propiciara, e que expressa a confiança de que Ele farpa a mesma coisa ainda uma vez em prol de seu povo. Neste salmo encontramos o Seu compromisso pactual com seu povo, eles respondem em confiança. No coração deste salmo encontramos a afirmação da fé pactual e isto é confirmado pela bênção nos versículos 2 a 7 e pela proteção divina prometida nos versículos 8 a 13.
Neste sentido que estudaremos a Alegria em todo tempo, conforme o salmo 21 nos apresenta, isso nos leva ao primeiro ponto.

1. Júbilo nas Vitórias do Senhor - vs. 1-7

Salmo 21.1–7 (RA)
1 Na tua força, Senhor, o rei se alegra! E como exulta com a tua salvação!
2 Satisfizeste-lhe o desejo do coração e não lhe negaste as súplicas dos seus lábios.
3 Pois o supres das bênçãos de bondade; pões-lhe na cabeça uma coroa de ouro puro.
4 Ele te pediu vida, e tu lha deste; sim, longevidade para todo o sempre.
5 Grande lhe é a glória da tua salvação; de esplendor e majestade o sobrevestiste.
6 Pois o puseste por bênção para sempre e o encheste de gozo com a tua presença.
7 O rei confia no Senhor e pela misericórdia do Altíssimo jamais vacilará.
O rei se regozija com a demonstração de força do Senhor como Deus dos Exércitos, o genral supremo. O rei Davi poderia ter rendido graças a Deus de forma privada, somente ele e o Senhor, mas ele reconhece que todas as vitórias não pertenciam ao seus feitos, mas sim ao Senhor, que respondeu suas petições, a vitória não pertencia a Davi e seu exercito, mas sim a Deus. O Senhor lhe concedeu a vitória almejada, o sucesso que ele havia pedido em oração. Supriu-o das bênçãos de triunfo e prosperidade. O Altíssimo colocou uma coroa de ouro puro em sua cabeça. Em resposta à súplica do rei por preservação, Deus lhe deu vida, […] sim, longevidade para todo o sempre. A expressão final provavelmente indica vida longa no caso de Davi, mas se aplica de forma literal à vida eterna do Messias ressurreto.
A vitória não é atribuida ao seu conhecimento militar, a sua boa liderança ou sua coragem inabalavel, mas atribui tudo ao Pai, por isso ele confia nas vitórias do Senhor e esse é nosso segundo ponto.

2. Confiança nas vitórias do Senhor

Salmo 21.8–12 (RA)
8 A tua mão alcançará todos os teus inimigos, a tua destra apanhará os que te odeiam.
9 Tu os tornarás como em fornalha ardente, quando te manifestares; o Senhor, na sua indignação, os consumirá, o fogo os devorará.
10 Destruirás da terra a sua posteridade e a sua descendência, de entre os filhos dos homens.
11 Se contra ti intentarem o mal e urdirem intrigas, não conseguirão efetuá-los;
12 porquanto lhes farás voltar as costas e mirarás o rosto deles com o teu arco.
Agora o foco se desvia para o futuro e para os livramentos que o Senhor proverá, para a vitória que chegará. É o rei que está sendo abordado. Justamente como os versículos 2 a 7 descreveram as bênçãos de Deus outorgadas ao rei, assim agora os versículos 8 a 12 remontam às maldições com as quais o rei castiga seus inimigos. Quando o rei aparecer, ele destruirá seus inimigos com o auxílio do Senhor (vs. 8,9). Justamente como o conteúdo de uma fornalha ardente é destruído, assim os inimigos perecerão.
A destruição dos inimigos seria tão completa, que não deixariam descendentes atrás de si (v. 10). Esta era uma maldição expressa no antigo Oriente Próximo, Jeremias 22.30 em referência ao rei Jeoiaquim). Por mais que engendrassem planos, não seriam bem-sucedidos, pois o rei está em seu encalço, de modo que suas costas lhe estão expostas (vs. 11,12).

3. Louvor nas vitórias do Senhor - v. 13

Salmo 21.13 (RA)
13 Exalta-te, Senhor, na tua força! Nós cantaremos e louvaremos o teu poder.
O salmo termina com uma oração rogando a Deus que revele sua força e majestade. Há matizes militares aqui para manter o tema do salmo (cf. Nm 10.35). A súplica para que Deus seja exaltado constitui um eco do que vem mais adiante no Saltério (ver 57.5,11). A força do Senhor deve ser o sujeito do louvor entoado pelo povo como um todo (“nós”), assim como os versículos 2 a 7 constituem o louvor em relação às vitórias passadas.
A estrofe de encerramento exalta o Senhor pela forma com que ele revelou sua força. O povo irrompe em cânticos de louvor porque Deus usou seu poder para livrar seu povo e destruir seus inimigos. Essas palavras constituem o cântico do remanescente de Israel que pede a exaltação do Messias e, por fim, o reconhece como Senhor de tudo.
O Salmo é por fim concluído com uma oração, a qual uma vez mais confirma que o reino sobre o qual Davi falou está tão conectado com a glória de Deus, que o seu poder é refletido dele. Isso era sem dúvida procedente com respeito ao reino de Davi; pois Deus outrora exibiu seu poder em elevá-lo ao trono. Mas o que é aqui declarado só foi plenamente consumado em Cristo, o qual fora designado pelo Pai celestial para ser Rei sobre nós, e que é ao mesmo tempo Deus manifestado na carne. Como seu divino poder deve merecidamente lançar terror nos perversos, assim ele é descrito como cheio da mais doce consolação destinada a nós, a qual nos deve inspirar com júbilo e incitar-nos a celebrá-la com cânticos de louvor e com ações de graças.

Conclusão

Júbilo nas Vitórias do Senhor - vs. 1-7
Confiança nas Vitórias do Senhor - vs. 8-12
Louvor nas Vitórias do Senhor - v. 13

Aplicação

Davi se alegrou na força do Senhor, neste sentido, por maior que pareça as lutas que enfrentamos, quem nos dá a vitória é Deus. Agradeça ao Senhor, a vitória é dEle.
Davi confiou no Senhor, por mais que planejaram o mal a ele, Davi sabias que o Senhor estava o guardando. Nós estamos guardados em Cristo Jesus, o amor é o único caminho. Confie em Cristo, um dia Ele irá voltar para buscar-nos, essa é a maior bênção futura.
Davi agradeceu, louvou, cantou, exaltou o poder do Senhor, louve ao Senhor, conte o poder do Senhor.
Related Media
See more
Related Sermons
See more