Sem título Sermão (24)

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1 pe 1 9-

INTRODUÇÃO
esta carta é o mais condensado resumo da fé cristã e da conduta que ESTA FÉ inspira em todo o Novo Testamento. Seu propósito principal está explícito EM:
1Pedro 5.12 RA
12 Por meio de Silvano, que para vós outros é fiel irmão, como também o considero, vos escrevo resumidamente, exortando e testificando, de novo, que esta é a genuína graça de Deus; nela estai firmes.
AUTOR: O Apostolo Pedro, escrito por Silas(5.12), antigo companheiro de Paulo;
Data: 64-65 d.C
Receptores: A Primeira Epístola de Pedro foi escrita para os cristãos que viviam em cinco províncias romanas que ficavam numa região que hoje faz parte da Turquia
Ocasião: Parece haver duas causas principais para a composição desta epístola.
Os leitores estão enfrentando sofrimentos e perseguições por causa da sua fé. (1.6; 3.13–17; 4.12–19) era a primeira;
a segunda é que eles estavam esquecendo a distinção que há entre cristãos e não cristãos em termos de conduta e associação (2.11–12, 16; 4.1, 15).
Ao procurar animá-los a continuarem firmes na sua dedicação a Jesus Cristo, o apóstolo mostra:
que os sofrimentos servem para provar que a fé que eles têm é verdadeira (1:7).
Ele cita o exemplo de Cristo, que suportou o sofrimento e a morte em favor deles; aconselha que eles, por sua vez, sigam o exemplo do Mestre (2:21–25).
Recomenda que, acima de tudo, eles vivam uma vida que traga honra e glória para o nome de Deus (1:15–16).
E o autor faz lembrar de novo aos leitores a razão de eles terem sido salvos:
1Pedro 2.9 RA
9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
Próposito: Encorajar o viver cristão que honra a Deus no meio de oposição crescente. O sofrimento por causa da justiça não deve nos surpreender; os cristãos devem se submeter ao sofrimento injusto da mesma forma que Cristo se submeteu; Cristo sofreu em nosso lugar para nos libertar do pecado; o povo de Deus deve viver de modo justo em todas as épocas, mas principalmente em face da hostilidade; a nossa esperança para o futuro se baseia na certeza da ressurreição de Cristo. Grandiosas e preciosas promessas nos foram dadas em Cristo.
Sobre o objetivo desta epístola Calvino afirma:
Epístolas Gerais Capítulo 1

o principal objetivo desta epístola é elevar-nos acima do mundo, a fim de nos prepararmos e nos encorajarmos a sustentar a disputa espiritual de nossa guerra. Para este fim, o conhecimento dos benefícios divinos é de grande valor; porque, quando seu valor se nos exibe, todas as demais coisas serão julgadas como sem valor, especialmente quando consideramos o que é Cristo e suas bênçãos; pois sem ele todas as coisas não passam de escória. Por esta razão, ele enaltece soberanamente a maravilhosa graça de Deus em Cristo, isto é, para que não julguemos como sendo demais a renúncia do mundo, a fim de que possamos usufruir o inestimável tesouro de uma vida por vir; e também para que não desfaleçamos ante as tribulações da presente vida, mas as suportemos pacientemente, vivendo satisfeitos com a felicidade eterna.

A MAGNITUDE E ANTIGUIDADE DE NOSSA SALVAÇÃO (v10-12)
1Pedro 1.3–8 RA
3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros 5 que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. 6 Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, 7 para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; 8 a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória,
1Pedro 1.9–12 RA
9 obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma. 10 Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, 11 investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. 12 A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar.
texto que antecede a pericope
9 obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma.
Primeira Carta de Pedro Renascidos para uma esperança viva! – 1Pe 1:3-9

A próxima meta da história da salvação é a revelação da glória do Crucificado, por ora ainda oculta. Logo também a fé tem um alvo: a redenção da alma

Primeira Carta de Pedro (Renascidos para uma esperança viva! – 1Pe 1:3-9)
O Senhor quer que olhemos para a meta, ou seja, que vivamos em consonância com o alvo. Somente quando mantivermos o olhar fixo no alvo é que veremos a atualidade sob a luz correta. Trata-se de um resultado final, para o qual aponta todo o crer, bem como as labutas e os sofrimentos correlatos. Esse acontecimento futuro determina a igreja desde já, que ele já se estende para dentro da atualidade. O alvo da fé ou o resultado é descrito como redenção da alma.
Entretanto o objetivo inicial de sua fé é a salvação das alma. De acordo com a Bíblia a redenção da alma depende da relação do ser humano com Deus
Mateus 10.28 RA
28 Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.
Aos que se encontram no sofrimento, aos que talvez até mesmo estejam na iminência de morrer como mártires, é anunciado: existe algo que as pessoas não podem tirar de vocês: a alma (da qual também faz parte o espírito, Lc 23:42 ; Jo 19:30; At 7:59), o centro da personalidade, do “ser humano interior” ( 2Cor 4:16 ). A verdade de que a alma de vocês será salva deve ser sua alegria e certeza. E que a alma redimida chegará à perfeição na parusia com o novo corpo espiritual – essa é a promessa do NT.
Epístolas Gerais (Capítulo 1)
Daí o apóstolo pôr diante de nossos olhos esta vida futura como um tema de profunda meditação, e indiretamente notifica que a perda de todas as demais coisas deve ser estimada como nada, contanto que nossas almas sejam salvas
1Coríntios 15.51–58 RA
51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, 52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 53 Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. 54 E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. 55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? 56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. 57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. 58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.
1Pedro 1.10 (RA)
10 Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada,
A salvação é um plano de Deus que Deus em andamento; 10,11,12
é um plano que não pode falhar, que não vai falhar; Deus esta trabalhando e garantindo sua execução do começo ao fim;
a igreja não é obra de homens, é invencível;
Como é grande a redenção que está em jogo!
São pobres aqueles que não compreendem a riqueza que possuem. Existem cristãos que não captaram a magnitude da graça divina com que foram presenteados. Vivem mera vida da fé apática e correm o perigo de sucumbir às atrações e ameaças do mundo.
A salvação presente que a igreja possui já estava no campo de visão dos homens de Deus na antiga aliança. Profetas e até mesmo anjos (v. 12) aguardaram a salvação em que vocês se encontram!
A palavra “redenção” se refere àqueles que se encontravam em uma situação de perigo mortal. Desde a queda no pecado a humanidade está perdida, porque perdeu a Deus. Desde então o tema principal da história da salvação, também do AT, é sua redenção, sua volta para Deus.
Sem o reconhecimento de que o pecado é o problema fundamental do mundo, porque sobre ele pesa a ira de Deus, a Bíblia inteira sequer pode ser compreendida. Quem encontrar nela um tema diferente da perdição e redenção do ser humano, equivoca-se acerca dela e jamais compreenderá a grandeza da graça de Deus com que foi presenteada.
Por isso já os profetas vaticinaram acerca dessa graça. Graça significa aqui a síntese de tudo o que nos foi presenteado em Jesus.
João 3.16 RA
16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Efésios 2.4–7 RA
4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos, 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; 7 para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.
Mateus 13.17 RA
17 Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram.
Os profetas pesquisaram e se diligenciaram por essa redenção. No texto grego consta: esgotaram todas as possibilidades, para procurar e pesquisar. Isso significa:
1Pedro 1.11 (RA)
11 investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam.
Os profetas pesquisaram de que maneira ou para que época o Espírito de Cristo dava revelação neles.
Tentaram sondar a hora fixada por Deus (em grego kairós, cf. acima o comentário ao v. 5) e as circunstâncias mais detalhadas do tempo de salvação. Tudo o que diz respeito a essa época era importante para eles. Seus pensamentos freqüentemente moviam-se em torno do “quando” e do “como” dessa época de salvação que lhes fora revelada.
O Espírito de Cristo neles atestou previamente os sofrimentos (que aconteceriam) para Cristo e a glorificação (que sucederia) depois disso.
Se o fato de que os profetas almejavam ardentemente a salvação messiânica já nos mostrou a estreita ligação de NT e AT, muito mais a presente palavra. O Espírito de Cristo já atuara nos profetas da antiga aliança, preparando a salvação, e disso resulta a linha contínua da história da salvação do AT até o NT.
A Escritura atesta que o Cristo até mesmo participou da criação do mundo
João 1.3 RA
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
Colossenses 1.16 RA
16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.
assim como da trajetória do povo de Deus pelo deserto:
1Coríntios 10.4 RA
4 e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo.
O Espírito de Cristo nos profetas – Todas as pessoas envolvidas na redação do AT eram inspiradas pelo Espírito do Cristo. Esse é o fundamento do pensamento da história da salvação. O Espírito do Cristo testemunhou de antemão os sofrimentos (advenientes) sobre Cristo e a glorificação que veio na seqüência.
Isaías 53.1–10 RA
1 Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? 2 Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. 3 Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. 4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. 7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. 8 Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. 9 Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca. 10 Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.
Em toda a história da humanidade existe uma única pergunta que de fato importa: quem é capaz de retirar a culpa para reconciliar os seres humanos com Deus?
Para essa pergunta existe apenas uma única resposta: Cristo é o Cordeiro de Deus que carrega para longe o pecado do mundo. Por isso não é possível falar de outro modo de Cristo senão testemunhando seu sofrimento e de sua glorificação subseqüente.
Conseqüentemente o Espírito de Cristo já atesta aos profetas o Servo Sofredor de Deus. E os mensageiros do NT não possuem nenhum outro saber além do conhecimento de Jesus, o Messias, mais precisamente dele como Crucificado
1Coríntios 2.2 RA
2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
Um segundo aspecto está estreitamente ligado a este: as glórias que sucederão ao padecimento. Sucedem ao sofrimento do Messias não apenas em termos cronológicos, mas também de forma causal. Afinal, seus padecimentos constituíram o fundamento e a causa para sua subseqüente glorificação.
Isaías 53.11–12 RA
11 Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. 12 Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.
Também Paulo enfatiza fortemente esse nexo ao afirmar sobre Jesus:
Filipenses 2.6–11 RA
6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; 7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, 8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
A glorificação decorre do sofrimento de Jesus, a exaltação, da humilhação. As duas palavras, sofrimentos e glórias, constam no plural. Isso indica que o padecimento de Cristo é múltiplo, que não se restringiu ao Calvário, mas já começou na estrebaria de Belém e se prolongou por toda a sua vida na terra, para finalmente se consumar na Sexta-Feira Santa
5. foi precisamente nessa trajetória ininterrupta de sofrimento da manjedoura até a cruz que ele – embora de fato fosse o Filho! – aprendeu a obediência, para então se tornar, como pessoa aperfeiçoada nessa trajetória, para todos nós a causa da salvação eterna). A ressurreição é glória, assim como também a ascensão, a parusia, a inauguração do reino messiânico, a execução do juízo mundial perante o grande trono branco, e finalmente a consumação na Nova Jerusalém.
Aos profetas foi revelado que eles não serviam a si mesmos, mas às igrejas da nova aliança, por meio de testemunho prévio, e isso agora lhes era anunciado - às igrejas - por meio daqueles que lhes trouxeram o evangelho no Espírito enviado dos céus. O serviço dos profetas apontava para épocas posteriores, para vós, i. é, para os convocados da nova aliança. São eles o alvo dos propósitos salvadores de Deus. Os profetas lhes serviram para a salvação, muito antes do tempo em que Cristo esteve na terra.
Agora, porém, Deus continua operando. A salvação é anunciada por intermédio daqueles que trazem o evangelho. Proclamar a salvação é ao mesmo tempo oferecer a salvação. Na proclamação da salvação ela está tão próxima que somente resta aceitá-la. Proclamar é “comunicar” no sentido de “passar adiante”. O evangelho certamente deve ter chegado à Ásia Menor de múltiplas maneiras e por meio de diversos mensageiros; em grande parte, porém, chegou através do serviço do apóstolo Paulo. Logo o presente versículo constitui um reconhecimento e uma confirmação fraternos de Pedro a respeito do trabalho evangelizador de Paulo.
Outras igrejas surgiram pelo ministério de outros mensageiros ou também de testemunhas completamente desconhecidas, com freqüência através da palavra de pessoa a pessoa. Tudo isso vale como evangelizar e acontece de múltiplas maneiras como serviço necessário da igreja, por meio do qual Deus repetidamente desperta pessoas para a vida eterna.
De relevância fundamental para todo evangelizar é o conteúdo descrito no v. 11: a mensagem da redenção por meio dos sofrimentos de Cristo.
Por mais diferentes que possam ter sido os mensageiros, inteligentes ou singelos, atuando em âmbito maior ou menor, todos eles somente puderam evangelizar por meio do Espírito Santo enviado do céu. Somente poderá evangelizar com eficácia quem não o faz por força e sabedoria próprias, mas no poder do Espírito Santo e na dependência dele, por meio do qual o próprio Deus age em pecadores. Somente assim evangelizar não será obra humana.
1Pedro 1.12 (RA)
12 A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar.
A afirmação acerca do céu torna a explicitar que de fato se trata do Espírito de Deus e não de algo que se origina da terra ou do ser humano. A formulação expressa um ato encerrado. O Espírito Santo chegou.
o que anjos anseiam espreitar. Os anjos sabem muito, estão próximos de Deus e vêem continuamente a sua face nos céus (Mt 18:10). Há alegria entre os anjos de Deus por um único pecador que se arrepende, mais que por noventa e nove justos que não têm necessidade de se arrepender (Lc 15:7,10), e não obstante os anjos não sabem tudo. P. ex., não sabem o dia nem a hora da parusia (Mc 13:32).
Como o Senhor reunirá sua igreja convocada dentre pecadores perdidos na era atual, como a santificará, preparará, enviará e finalmente consumará – isso será um episódio tão incomparável que os anjos estão ardentemente interessados nele. Espreitam e escutam (a expressão grega se refere a um olhar intensivo, quase bisbilhoteiro). Mas também os anjos somente poderão tomar conhecimento dele quando acontecer. E eis: acontece agora!
Efésios 3.10 RA
10 para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais,
Se os próprios anjos estão tão interessados em nossa redenção, muito menos nós deveríamos considerá-la desprezível!
calvino diz:
que no evangelho está contida a clara confirmação da doutrina profética, mas também uma explicação muito mais completa e mais clara; pois a salvação que ele proclamara previamente, como que à distância, por meio dos profetas, agora é revelada abertamente, e como que diante de nossos olhos. É evidente quão maravilhosa é a glória daquela salvação prometida a nós no evangelho, porque até mesmo os anjos, ainda que desfrutem a presença de Deus no céu, contudo anelam ardentemente contemplá-la. Ora, todas essas coisas tendem a mostrar esta única coisa: que os cristãos, elevados ao auge de sua felicidade, devem superar todos os obstáculos do mundo; pois, o que existe que este incomparável benefício não reduz a nada?
Os sofrimentos de Cristo. Para que suportassem suas aflições de forma submissa, ele os lembra o que há muito lhes foi predito pelo Espírito. Para a igreja de Cristo desde o princípio a cruz foi o caminho para a vitória e a morte, uma passagem para a vida, e que isso foi claramente testificado. Não há, pois, nenhuma razão por que as aflições nos abatam acima da medida, como se vivêssemos de forma miserável sob elas, já que o Espírito de Deus nos declara bem-aventurados. mt 5
aflições sempre precedem glória. Nestas palavras subentende-se – que os cristãos devem sofrer muitas tribulações antes que possam desfrutar da glória –, e que as aflições não são males, visto que elas têm em si glória anexa. E é uma consolação inusitada o fato de nossa condição, tal como a descobrimos, ter sido predita numa época muito remota. Não somos afligidos por acaso, mas pela infalível providência de Deus
Pedro não fala do que é peculiar a Cristo, mas do estado universal da igreja. Mas é muito apropriado para confirmar nossa fé quando ele exibe nossas aflições como que vistas em Cristo, pois desse modo vemos melhor a conexão de morte e vida entre nós e ele.É um privilégio esta santa união, a saber, que ele sofre diariamente em seus membros; para que, depois que seus sofrimentos forem completados em nós, a glória tenha também sua consumação.
Romanos 3.21 RA
21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;
Deus fez conhecer este plano aos profetas, ainda que não de maneira plena; 10,11,12
nos não cremos em fabulas. Jesus cumpriu muitas profecias;
a vinda de Cristo é o acontecimento mais importante da história da humanidade
somos privilégiados porque vimos o que os profetas desejam ver
o meio pelo qual Deus nos salva é através dos sofrimentos de CRisto;11
a morte de Cristo naquela cruz não foi um acidente, nem mesmo a vitória do mal;
a cruz de Cristo revela a sabedoria e poder de Deus
isso nos faz olhar para o sofrimento de maneira diferente. Deus manifesta seu poder na fraqueza;
essa é um grande presente de Deus a nos que cremos . Somos alvos da infinita misericórdia de Deus. É uma graça segura, uma salvação segura. Isso nos dá força.
se olharmos para a aparente fraqueza da igreja em suas lutas e perseguições, teremos uma visão equivocada da nossa posição e privilégios;
as lutas não devem nos levar ao desanimo e incredulidade
João Calvino, Epístolas Gerais, org. Tiago J. Santos Filho e Franklin Ferreira, trad. Valter Graciano Martins, Primeira Edição, Série Comentários Bíblicos (São José dos Campos, SP: Editora FIEL, 2015), 152–153.
Uwe Holmer, Comentário Esperança, Primeira Carta de Pedro (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2008), 153–154.
Uwe Holmer, Comentário Esperança, Primeira Carta de Pedro (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2008), 152–153.
Uwe Holmer, Comentário Esperança, Primeira Carta de Pedro (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2008), 152.
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