JESUS EM MISSÃO!
A missão de Jesus implica em curar, libertar e salvar o homem, em sua integralidade (corpo, alma e espírito).
Além disso, a cura foi não apenas súbita, mas foi também completa. A sogra de Simão nem mesmo disse: “Estou livre da febre, porém totalmente exausta”. Nada disso. Ao contrário, apenas um momento antes de Jesus a tomar pela mão e repreender a febre, ela tinha as faces enrijecidas, a pele ardendo, suor profuso, secura na garganta – também, segundo o tipo de febre que ela tinha, poderia ter tido tremores violentos –, um momento depois e todos os sintomas da febre haviam desaparecido completamente. A temperatura da mulher não só voltara ao normal, mas também havia em seu ser uma torrente de energia tal que ela mesma insistiu em levantar-se. De fato, levantou-se e começou a servir a todos os presentes: Jesus, Pedro, André, Tiago e João (Mc 1.29), e talvez sua filha, se estava presente, como é provável. Ou, pode ser que a “mãe” tenha ajudado habilmente a “filha” a realizar esse ato de hospitalidade.
Os outros dois evangelhos sinóticos não mencionam a imposição das mãos. Lucas não deve ter acrescentado esse detalhe por conta própria. Logo, tinha uma testemunha especial. Esse gesto é o símbolo da transmissão, seja de cargo (1 Tm 5:22; etc.), de bênção (Gn 48:14; etc.), de culpa (Lv 4:4,15,24), de dom (2 Tm 1:6), ou, como aqui, da dádiva do poder e da saúde (At 9:17; etc.). Verdade é que Jesus também poderia ter curado apenas através da palavra (Lc 7:6–10), e até mesmo por meio de um simples ato de vontade (Jo 4:49s). No entanto, o principal é que há um aspecto genuinamente humano nessa imposição da mão sobre a cabeça daquele a quem se devota o sentimento de apreço. É um movimento de amor. Dessa maneira Jesus visa estabelecer um laço pessoal com o enfermo, pois não visa meramente curar, mas conduzir de volta para Deus!
Durante o período da humilhação de Jesus, qualquer proclamação de sua identidade como Messias se poria em conflito com o mandato que tinha a cumprir até o dia da ressurreição. Esta é a posição de H. N. Ridderbos, que apela para passagens tais como Marcos 9.9, 30, 31.
Lucas fala de pregar ou proclamar o reino de Deus (4.43; 8.1; 9.2, 60; 16.16), de entrar nele (18.24, 25; 22.18), de buscá-lo (12.31). Ele está perto (10.9, 11; cf. 7.28; 17.20, 21); não obstante, em outro sentido pertence ao futuro (13.29; 21.31). É essencialmente espiritual (17.20, 21; cf. Rm 14.17), porém abarca também a esfera material (22.28–30). É o dom de Deus a seus filhos (12.32).
Em sua conotação mais ampla, o termo o reino de Deus denota “o reinado, o governo ou a soberania de Deus, reconhecida nos corações e ativa na vida de seu povo, efetuando sua completa salvação, sua constituição como igreja e, finalmente, um universo redimido”.