QUATRO ELEMENTOS DE UMA IGREJA EM MISSÕES
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Pr Ronaldo Lidório conta que, após estudar com uma tribo africana sobre a armadura de Deus e a autoridade do crente, um dos nativos o chamou e disse: Entendo que temos autoridade por meio de Jesus, mas a pergunta é: “para quê essa autoridade”? Em nossa cultura QUEM NÃO CORRE RISCOS NÃO PRECISA DE AUTORIDADE.
Ser um missionário de Cristo é mais que ter a compreensão que se deve contribuir, orar ou ir. Ser um missionário de Cristo é ter a compreensão que estamos em um campo de batalha, correndo os riscos de uma guerra. Guerra que é travada na mente quando somos bombardeados minuto a minuto por um sistema maligno que vai distorcendo os valores e relativizando os absolutos. As ideologias estão nas escolas, universidades, afetando de forma covarde a mente de crianças e jovens.
Pregar o evangelho é uma missão importante que envolve riscos, seja do outro lado da rua ou do outro lado do mundo. Uma tarefa assim pede pessoas investidas de autoridade do alto, e Jesus confiou essa tarefa à Sua Igreja. A Igreja está adormecida, vivendo uma grande hesitação. Ações de Cristo diante da hesitação espiritual da Igreja.
Essas ações veremos em Mateus 28. Essa narrativa se passa na manhã do domingo da ressurreição. Mateus narra um terremoto, um anjo sentado sobre a grande pedra, e a presença de mulheres discípulas no túmulo. O Anjo diz a elas que Jesus não está lá pois havia ressuscitado. Ele manda que elas levem a notícia que Jesus estaria na Galiléia aguardando os demais discípulos. Elas seguiram o caminho apressadas, e o próprio Jesus apareceu a elas.
E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram. Então, Jesus lhes disse: Não temais! Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galileia e lá me verão.
No versículo 16 vemos os discípulos já no local marcado.
Seguiram os onze discípulos para a Galileia, para o monte que Jesus lhes designara.
Perceba que Judas já não estava contado entre eles, e eles obedecem a indicação do Mestre em estarem ali.
O versículo 17 apresenta a teimosa hesitação de seus seguidores em crer
E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
Esse é o retrato da Igreja no correr da história. Momentos de adoração, fé, paixão, envolvimento e outros de dúvida, desânimo, frieza. A Igreja que foi chamada para firme e constante na proclamação, se mostra hesitante na missão. Jesus então toma algumas atitudes ante a hesitação missionária da Igreja.
1 - JESUS SE APROXIMA
Então Jesus chegou perto deles e disse:
— Deus me deu todo o poder no céu e na terra.
Jesus chega mais perto de nós quando a hesitação é presente, a fé é abalada e o esmorecimento se agiganta. Ele sabe de nossa hesitação para crer, por isso em meio às nossas frequentes instabilidades espirituais Ele não nos abandona. Ao contrário, é intencional na aproximação e age em nós, através de nós, apesar de nós.
Ainda no versículo 18, parte b, Jesus toma outra ação ante a hesitação da Igreja.
2 - JESUS CONFIRMA SUA AUTORIDADE
Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.
O Cristo ressuscitado confirma a autoridade que Ele tem por direito, já que ela não foi usurpada, mas recebida. Jesus sempre teve essa autoridade, e com ela pregava a Palavra, curava, libertava e ressuscitava. Contudo antes de Sua morte e ressurreição Ele a exercia com restrições, pedindo até que vários curados não falassem que Ele os havia curado. Agora, após vencer a morte, Ele confirma aos Seus discípulos que TODA AUTORIDADE Ele recebeu do Pai, e debaixo de Sua autoridade a Igreja pode caminhar. A Igreja não caminha com uma autoridade própria, um poder conquistado por sua capacidade, mas caminha debaixo da fonte de toda autoridade que é Jesus. Por isso Ele toma a terceira atitude ante a hesitação da Igreja que é
3 - JESUS ENVIA
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Envia um povo hesitante, mas que caminha debaixo da Sua autoridade. A ideia da frase no original é alguém que “a medida que caminha” faça discípulos. A ordem está no “FAZEI DISCÍPULOS”, e agora de todas as nações. Isso contrasta com
A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos;
mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel;
Antes a missão estava restrita ao povo de Israel, mas agora, a todas as nações. A Igreja, mesmo hesitante, é enviada debaixo de toda autoridade de Cristo, para que a medida que caminhem, façam discípulos. Fazer discípulo implica em ser modelo no discipulado. Você imita Cristo, e seus alunos te imitam. Fazer missões é fazer discípulos!
A última ação de Jesus ante a hesitante Igreja missionária é
4 - JESUS GARANTE A SUA PRESENÇA
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
A Igreja é hesitante, instável, e tem uma tarefa gigante de pregar as verdades que Cristo nos ordenou. Essas verdades estão na contramão da sociedade. Pregar isso envolve se posicionar contra um sistema que já formatou a mente da maioria das pessoas com a filosofia de que podemos ser e fazer aquilo que quisermos. Como fazer missões em uma sociedade com essa visão de mundo? É uma tarefa que podemos julgar impossível. Mas Jesus toma a frente e diz a mim e a você: EIS QUE ESTOU CONVOSCO ATÉ O FIM. Essa é a garantia de vencermos. PROSSIGA!
CONCLUSÃO
Jesus sempre toma atitudes ante a hesitação missionária da Igreja. Mas, e a Igreja? Que atitude tomar? Dizer: SOU HESITANTE, MAS ESTOU AQUI; USA-ME!!!!!!