Romanos 6.15-23

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Romanos 6.15-23

ICT - Paulo ordenou aos romanos que servissem agora ao Senhor, assim como um dia serviram ao pecado, colhendo os frutos da santificação.
TESE - Sirvam ao Senhor como um dia serviram ao pecado, colhendo os frutos da santificação e não do pecado.
PROPÓSITO BÁSICO - DEVOCIONAL/EVANGELÍSTICO
PROPÓSITO ESPECÍFICO - Convidar os crentes a uma vida de santidade e persuadir os pecadores a se render ao senhorio de Cristo.
INTRODUÇÃO
Um escravo foi vendido no mercado depois de não servir mais a seu antigo senhor, que o maltratou e o fez como um animal, sem dignidade. Mas seu novo senhor o levou para sua casa, cuidou de suas feridas e deu-lhe um lugar à mesa como um de seus filhos. Por isso, aquele escravo se ofereceu a servir-lhe por toda a sua vida, por amor.
ELUCIDAÇÃO
O texto que lemos aponta para nossa redenção em Cristo e o modo pelo qual devemos viver depois que somos salvos. Paulo começou uma nova sessão do livro no capítulo 6, tratando da santidade daqueles que são salvos.
Nos versículos de 1 a 14 ele falou que os servos de Cristo devem morrer para o pecado e viver para Deus. Elie diz que a morte de Cristo aponta para nossa morte para o pecado e a ressurreição de Cristo aponta para nossa nova vida para Deus.
Agora, ele usa outra figura para falar de nossa nova condição. Ele diz que nós éramos escravos do pecado, mas Cristo nos libertou, agora devemos oferecer nossa obediência a nosso novo Senhor que é Cristo.
TEMA: VIVENDO COMO ESCRAVOS DE CRISTO
PERGUNTA SERMONÁRIA: QUAIS AS RESPONSABILIDADES E AS BÊNÇÃOS DE UM ESCRAVO DE CRISTO?
1º A RESPONSABILIDADE DE UM ESCRAVO DE CRISTO (V.16-19)
1.1. Você é servo daquele a quem oferece obediência. V.16
Paulo deixa claro que nossa servidão é dedicada àquele a quem damos a nossa vida. Ou dedicamos nossos membros a servir a Deus, ou para servir ao pecado. Se estamos vivendo uma vida na prática do pecado, somos escravos do pecado, se servimos em santidade, somos servos de Deus.
Não podemos servir a dois senhores, é impossível. O Senhor nos diz que nos agradaremos de um e aborreceremos do outro. Paulo deixa claro que nossa servidão é dedicada àquele a quem damos a nossa vida. Ou dedicamos nossos membros a servir a Deus, ou para servir ao pecado. Se estamos vivendo uma vida na prática do pecado, somos escravos do pecado, se servimos em santidade, somos servos de Deus.
1.2. Passamos da condição de escravos do pecado a escravos do Evangelho. V.17
Paulo nos diz que passamos de uma condição de escravidão do pecado a uma obediência à Palavra de Deus. Ao Evangelho, que é a doutrina à qual foram entregues. O Evangelho é o que agora norteia a vida do crente, ele é o padrão pelo qual devemos conduzir nossa vida. Não vivemos mais de acordo com os padrões do mundo e os padrões do pecado, mas conforme os padrões da Palavra de Deus.
A expressão entregues, mostra que eles não conheceram o Evangelho por si só, mas Deus os entregou ao Evangelho. Deus os liberou e deu a eles um novo padrão de vida.
1.3. Passamos da condição de escravos do pecado para escravos de Cristo. V.18
O versículo 18 nos mostra que fomos libertados da escravidão do pecado para sermos feitos servos da justiça. Essa frase tem algumas implicações. Primeiro, eles não se libertaram sozinhos de sua escravidão, eles são passivos nesse trabalho. A libertação da escravidão é uma ação exclusiva de Deus.
Segundo, fomos libertos uma vez por todas. A ação é passada e completa. Aqueles que são libertos, são de uma vez, e não podem mais se submeter a escravidão do pecado.
Há outra implicação neste versículo que mostra que aqueles que são libertos do pecado não são livres para viver para si próprios, mas são libertos de um senhor, que é o pecado, e são feitos servos de outro Senhor, que é Cristo.
1.4. Imperativo: Ofereça seus membros à justiça como um dia ofereceram ao pecado. V.19
Sabendo disso, Paulo dá uma ordem a seus leitores: sirvam ao Senhor com ainda mais intensidade que vocês serviram ao pecado.
Ele diz que antes servirmos ao pecado com nossos membros, como escravos da impureza, que é uma indicação de pecados sexuais, imoralidade. Fomos libertos ds escravidão da maldade, que é a atitude de alguém que vive com se não tivesse lei a obedecer. Alguém que vive em rebelião deliberada.
Antes entregamos nossos membros para agradar nosso antigo senhor, agora, devemos entregar, ainda mais intensamento o nosso corpo como instrumento da justiça de Deus, para satisfazer ao nosso Salvador e resgatador.
APLICAÇÃO
Você é um salvo em Jesus Cristo? Deve portanto, se submeter ao senhorio dele. É impossível ser salvo em Cristo e tê-lo como Senhor. É um mentiroso todo aquele que diz ser servo de Cristo, mas vive na prática do pecado. O próprio Senhor Jesus disse que aquele que comete pecado, é escravo do pecado. Aqueles que são totalmente dominados por suas paixões, que não são libetos de suas iniquidades, com toda certeza ainda estão debaixo do poder dele, e não servem a Cristo.
Se você serve a Cristo, Deus te entregou a um novo padrão de vida, não o padrão do mundo, não o padrão do pecado, não o padrão deste mundo secularizado, mas o padrão do Evangelho. Quem dita o seu modo de viver não é a mídia, ou o que a sociedade pensa, mas o que o Evangelho ensina de modo claro. Não há como servir a Cristo se o Evangelho não norteia a nossa vida. Vejo diariamente crentes que dizem que não concordam com o que a Bíblia diz. Há um tempo discuti com um rapaz que se dizia cristão, mas que apoiava casamento homossexual. Quando falei que minha opinião era o que a Bíblia dizia, ele falou que preferia ficar com a opinião dele a ficar com um livro de 2 mil anos.
Pois bem, se você se diz cristão, você vai abrir mão de qualquer opinião para aceitar o que esse Livro diz, ele é Palavra de Deus, é nele que Deus revela sua vontade para nossa vida. Entre o que eu penso ou o que o mundo diz, o cristão se submete à Palavra de Deus. É pela sua Palavra que Cristo governa a sua Igreja. Se você quer ser um servo fiel a Cristo, se submeta à sua Palavra.
Compreenda algo mais: Você que é crente, não foi libertado do seu pecado para viver em total liberdade. Não existe liberdade para o homem, ou você é escravo do pecado, ou você é escravo de Cristo. Não há neutralidade. Hpa diferença, é que servir ao pecado levará você à ruína, mas servor a Cristo é infinitamente melhor. Portanto, Cristo libertou você uma vez por todas da escravidão do pecado, mas ele fez isso para que você o servisse em santidade e obediência.
Portanto, sabendo que o Senhor exige isso das nossas vidas, como servos dele, temos uma ordem a cumprir, que é entregar toda a nossa vida ao Senhor, como um dia entregamos ao pecado. Se um dia usamos todo o nosso vigor, toda nossa disposição para agradar o pecado, se gastamos nossa saúde, nosso dinheiro, nosso tempo, nosso corpo, se nossa vida antes de conhecer a Cristo foi vivida para satisfazer nosso pecado, agora, devemos usar tudo o que possuímos para a santificação, a fim de agradar ao Senhor.
Se um dia fomos intensos em nossa prática de pecados, devemos ser ainda mais em servir ao Senhor. Mas eu pergunto: Será que temos servido ao Senhor com a mesma intensidade? Quando olho para a vida de alguns crentes percebo que não. Antes, eles eram empolgados em viver uma vida no pecado. Eles passavam dia e noites em festas pecaminosas, mas hoje não conseguem passar uma noite em uma vigília para orar ao Senhor, e vou ser mais direto, não conseguem passar 1 hora de culto sem dormir.
Eles usavam seu tempo para tudo aquilo que satisfazia seu coração, mas agora não conseguem usar 5 minutos de todo o dia para estar com o Senhor, orando e buscando a sua Palavra. Eles gastavam seu dinheiro e bens naquilo que era passageiro, mas agora não estão aptos a contribuir com nada na obra de Deus. Eles desgastaram sua saúde com práticas imorais, mas agora não usam seu corpo para glorificar a Deus, nem sua bica para pregar o Evangelho.
A ordem do Senhor, é que assim como nos gastamos no pecado, devemos gastar nossa vida ainda mais intensamente no Reino de Deus e na prática da santidade.
Qual a motivação do nosso coração para cumpir a nossa responsabilidade como servos de Deus? É entender o que Cristo fez por nós. Quando mais entendemos a libertação que recebemos do Senhor, mas amor teremos para oferecer a nossa vida ao novo Senhor que temos, que é Jesus Cristo.
ILUSTRAÇÃO
Nos Evangelhos há um relato de uma pecadora que ungiu os pés de Jesus e foi criticada por ser pecadora e mesmo assim ter ungido os pés do mestre. Mas a resposta de Jesus foi que ela fez aquilo porque muito amou, pois aqueles a quem mais são perdoados, mais amam.
APLICAÇÃO
Não é que uns precisam de mais perdão para serem salvos, mas quanto nós reconhecemos que somos pecadores e somos perdoados. Quando mais profundamente você entende quem você era antes de conhecer a Cristo, mas amor você terá por ele, e ainda mais devotará sua vida em amor pelo Senhor.
Viva mais intensamente do que um dia viveu para o pecado.
2º A BÊNÇÃO SER SER UM ESCRAVO DE CRISTO (V.20-23)
2.1. Escravos do pecado, sem relação com a justiça. V.20
No versículo 20, Paulo mostra algo semelhante àquilo que ele falou no versículo 16, de que nosso Senhor é aquele a quem devotamos nossa obediência. Por isso, quando éramos servos do pecado, estávamos totalmente separados da justíça, não tínhamos qualquer relação com a justiça, nem com o próprio Deus.
A ideia é de alguém que vie como se não tivesse nenhuma obrigação com a Lei de Deus, que vivesse apenas para agradar ao pecado. É a vida que todo pecador deseja, viver como bem entende, sem nenhuma conta a prestar a Deus, visto que ele não se considera como servo de Deus.
2.2. O fruto do pecado é vergonha e morte. V.21
Mas, então, vem a pergunta no versículo 21: Quais resultados vocês colheram naquele tempo? E a resposta é: Somente vergonha! Somente as coisas que agora vos envergonhais. A palavra resultado também pode ser traduzida por frutos. Quais os frutos da sua vida de pecado, antes de conhecer a Cristo? E o fruto do pecado é a vergonha.
Para aqueles que estão em Cristo, sua vida pregressa, suas ações antes de conhecer a Cristo não são motivo de orgulho, mas motivo de tristeza e vergonha. Essa é a diferença de um crente para um descrente. O descrente se orgulha de seus pecados, mas o crente sente angústias e vergonha de suas ações.
O texto nos diz que o fruto imediato do pecado é a vergonha, mas no final, aqueles que semeraram o pecado colherão a morte. O fim delas é morte. Isso é bem explicado pelo que nos diz a Palavra de Deus: Há caminhos que ao homem parecem ser bons, mas no fim é um caminho de morte. O pecado seduz o coração do homem oferecendo prazer e bênçãos, mas o pecado é um mentiroso. Debaixo de toda aparência sedutora, debaixo de toda maquiagem bem feita, de todas as máscaras usadas por ele, existe uma aparência deformada e horrenda.
2.3. O fruto da justiça é a santificação e a vida eterna. V.22
Mas para os verdadeiros crentes em Cristo, a vida cristã não é uma colheita decepcionante, mas uma verdadeira colheita de alegria, santificação e por fim, a vida eterna. Paulo diz que o fruto que colhem os que estão em Cristo é para a santificação e não para o pecado. O caminho que parece ser de dor, de sofrimento, de abnegação, no final não conduz à morte, mas conduz à vida.
2.4. O salário do pecado é a morte, o dom de servir a Deus é a vida eterna. V.23
Por fim, o apóstolo apresenta uma motivação maior para os crentes permanecerem na santificação, se submetendo ao senhorio de Cristo. É que aqueles que estão debaixo do poder do pecado, estes receberão um salário que ele tem para dar, e é o justo salário do pecado que é a morte. Aqueles que deram sua vida a esse senhor receberão aquilo que não desejam.
Mas há uma alegria para aqueles que se submetem a Cristo como seu Senhor: É que ele nos dá um presente depois do nosso serviço a ele, que é a vida eterna. Mas observe que o pagamento do pecado é algo que merecemos por causa dos nossos pecados, mas ele não diz que Deus nos dá a vida eterna como salário do nosso trabalho. A palavra que Paulo usa é dom, ou Graça. Nós não granhamos a vida eterna por merecimento, mas como um presente de Deus.
Por merecimento nós deveríamos ganhar o inferno, mas por Graça nós ganhamos o céu. Existe motivação maior do que esta? Paulo está mostrando qual o senhor é mais vantajoso servir. O pecado que nos recompensa com o inferno, ou a Deus, que pela sua miséricórdia nos dá a vida eterna.
APLICAÇÕES
Como nos mostra o versículo 20, uma das tentações do nosso coração é viver independentes de Deus, como se pudessémos ter essa liberdade, como se não tivessemos que prestar contas a ele naquele dia. Muitas vezes, mesmo crentes em Jesus Cristo, queremos retirar as amarras de Cristo das nossas vidas a fim de viver para agradar nosso próprio coração. Queremos liberdade para pensar fora daquilo que a Palavra de Deus nos orienta, queremos liberdade para agir de acordo com nossos próprios desejos.
Mas o Senhor nos manda relembrar o tempo que nós vivemos assim, quando não tínhamos nenhuma relação com a Lei de Cristo. Quais frutos você colheu dos seus momentos de pecado e rebeldia contra Deus? Quais foram os resultados da imoralidade que praticou, ou da mentira que viveu? Ou mesmo daquilo que guardou dentro de sua mente?
Se você é um crente em Jesus Cristo, você sabe que o fim do pecado é somente a vergonha. As consequências do pecado são vergonhosas. Quantas famílias foram destruídas por causa de um adultério, que inicialmente parecia ser algo bom, atrativo, que não teria nenhuma consequência, mas que ao final trouxe apenas destruição. Quantas pessoas destruíram um futuro, porque pensaram que poderiam ser corruptas em seus trabalhos para tirar vantagem, mas foram descobertas. Porque é isso que o pecado faz, ele mostra apenas uma face agradável, para enfim trazer vergonha e destruição.
Os frutos do pecado são todos podres e trazem para a vida do crente apenas a miséria. O crente em Cristo não gosta nem de lembrar daquilo que viveu antes de conhecer a Cristo. Ele deve fazer isso não para ficar se remoendo, pois Cristo já pagou a sua dívida. O único motivo para olharmos para nossa antiga vida é apenas para louvar a Deus por tudo o que ele fez por nós.
Depois de olharmos para os frutos do pecado em nossa vida, devemos olhar para os frutos da nova vida que recebemos no Senhor. Para os frutos da santificação. Atentando que todo o nosso novo proceder, todas as bênçãos que recebemos em Cristo, nem podem ser comparadas à antiga vida que tínhamos. Pois os antigos frutos eram para a vergonha, mas o novo fruto é para a vida eterna.
Sempre que o seu coração quiser se livrar do senhorio de Cristo, para buscar uma liberdade que não existe, olhe para a maior motivação que você poderia receber: O pagamento que você teria que receber como escravo do pecado, que é a morte, e a Graça que você vai ser receber sem nenhum merecimento em Cristo.
Lembre que você não receberá mais o pagamento do pecado porque Cristo já recebeu o salário que era seu quando morreu na cruz. E porque ele recebeu a morte em seu lugar, gratuitamente ele dará a vida.
A grande motivação que o Senhor nos deu aqui é o pagamento dado pelos dois senhores. Indicando como é maravilhoso servir a Cristo. Pois não é algo penoso. Por mais que servir a Cristo seja duro neste mundo, não é algo que fazemos forçosamente, mas algo prazeroso. Pois a recompensa de seguir a Cristo é a mais gloriosa possível.
Agostinho dizia: “Senhor, é duro te servir, mas é impossível te deixar”.
APLICAÇÕES FINAIS
1º Você que não assumiu um compromisso com o Senhor, que tem vivido como escravo do pecado. Saiba que não há meio termo em servir ao Senhor ou servir ao pecado, ou se é escravo de um, ou de outro. Renda-se a Cristo e você receberá a recompensa final que é a vida eterna. Ou continue sendo enganado pelo pecado e permaneça debaixo do seu domínio que o conduzirá à morte. Venha para Cristo e receba a verdadeira liberdade! Se submeta a ele enquanto é tempo, ou depois você o fará forçado, em agonia eterna.
2º Você que tem servido ao Senhor, que foi salvo por sua Graça. Olhe para tudo o que Cristo fez em sua vida e dedique todo seu coração a servir ao senhor em santidade e pureza. Se você é um servo de Cristo, deve viver conforme ele ordena, e a ordem do Senhor é que sejamos santos como ele é.
CONCLUSÃO
Lembre da história do escravo que foi liberto e decidiu viver como escravo do seu comprador por amor àquilo que ele fez em sua vida. Olhe para o Senhor e seja grato.
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