União da Igreja em Cristo

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Nova Versão Internacional 4.1 A Unidade do Corpo de Cristo

A Unidade do Corpo de Cristo

4 Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação que receberam. 2 Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. 3 Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. 4 Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; 5 há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, 6 um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos.

Introdução

Efésios: Igreja, a Noiva Gloriosa de Cristo (Prefácio)
A carta de Paulo para os Efésios é uma das joias mais belas de toda a literatura universal. As maiores riquezas e bens para a igreja podem ser encontrados em cada versículo dessa obra inspirada. Aqui Paulo não trata de problemas particulares, e pastorais como o faz na maioria de suas cartas pastorais. Muito pelo contrário, além do seu próprio tempo traz aos homens as verdades mais consoladoras da graça. Os grandes temas da fé cristã embelezam a coroa dessa epístola. Os capítulos mais destacados da soteriologia (Doutrina da salvação) e da eclesiologia (e a doutrina da igreja) podem ser encontrados nessa obra-prima do apóstolo.
O apóstolo dos gentios escreveu essa carta de sua primeira prisão em Roma. O missionário veterano já tinha passado por agruras terríveis antes de chegar à capital do império. Ele tinha sido perseguido em Damasco, rejeitado em Jerusalém e esquecido em Tarso. Ele já tinha sido apedrejado em Listra, açoitado em Filipos, escorraçado de Tessalônica, enxotado de Bereia, chamado de tagarela em Atenas e de impostor em Corinto. Enfrentou feras em Éfeso, foi preso em Jerusalém e acusado em Cesareia. Enfrentou um naufrágio avassalador ao dirigir-se a Roma e foi picado por uma cobra em Malta. Já tinha sido fustigado três vezes com varas pelos romanos e recebido 195 açoites dos judeus (2Co 11.24,25).O velho apóstolo chegou a Roma preso e algemado. Durante dois anos, ficou numa casa alugada sob custódia do imperador.
Longe de se considerar prisioneiro de César, deu a si mesmo o título de prisioneiro de Cristo Jesus (3.1), prisioneiro no Senhor (4.1) e embaixador em cadeias (6.20). As circunstâncias, nem mesmo as mais adversas, não levaram esse gigante de Deus a sucumbir. Ao contrário, ele foi um canal de consolo para as igrejas, porque estava ligado à fonte eterna. Ele foi um arauto de boas notícias, um embaixador do céu, um homem que ardeu de zelo por Cristo e doou-se com a mesma intensidade até sua voz ser silenciada pelo martírio.
Ao iniciarmos o estudo desse capítulo 4 percebemos uma mudança marcante no estilo e no conteúdo da carta. Lembro-me de no último encontro noss, falamode Efésios 2, e nos três primeiros capítulos, Paulo nos apresentou as razões pelas quais podemos nos enxergar como pertencentes à família de Deus e assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Os três primeiros capítulos nos dão a teologia, a parte teórica da carta, os conceitos que precisamos saber para podermos entender a razão de ser desse novo procedimento que é requerido de todos nós, cristãos. A partir desse capítulo, especificamente dos versículos 1–6, Paulo começa a nos desafiar para a vida prática que Deus espera que apresentemos afim de que o mundo perceba a diferença de uma vida transformada por Cristo.
Esse é um texto riquíssimo e muito objetivo dentro desta carta. É o início da parte prática da carta. Mas é importante lembrarmos o que vimos nos três primeiros capítulos. Lá vimos e aprendemos algumas verdades eternas e muito significativas para o verdadeiro cristão. Paulo apresentou verdades fundamentais da fé cristã e verdades básicas em relação à Igreja nos planos e propósitos divinos. Vimos que cada cristão tem sido alvo de bênçãos espirituais planejadas desde a eternidade. Vimos que essas bênçãos envolveram as três pessoas da Trindade, que em todos os tempos da nossa história, passado, presente e futuro, nos abençoaram, nos abençoam e nos abençoarão nas regiões celestiais, “em Cristo Jesus”. Estar “em Cristo” é outra verdade eterna, assim como a salvação preparada para nós, de graça, através da fé, como demonstração da bondade e do beneplácito divino para conosco. Outra verdade significativa é que somos salvos para desenvolvermos boas obras já preparadas desde a eternidade para que, através delas, nós, individualmente, e comunitariamente, como Igreja, proclamemos ao mundo presente e visível, e ao mundo invisível, a multiforme sabedoria divina. E, na última parte do capítulo três, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, orou pedindo que compreendêssemos e conhecêssemos a profundidade do amor de Cristo, afirmando ainda que esse pedido certamente poderia, e ainda pode ser respondido, pois Deus é total e infinitamente poderoso para fazer muito mais do que imaginamos. E, exatamente esse poder transformador é que age e agirá em cada cristão e na Igreja, fazendo-nos viver de uma maneira diferente daquela vivida quando ainda não tínhamos Cristo como nosso Senhor.
Ao iniciarmos a segunda parte da carta aos Efésios, os capítulos quatro a seis, a pergunta que se responde nesses capítulos é: como deve andar a pessoa que foi salva graciosamente pela fé em Jesus Cristo, agora que é um membro da família de Deus, que pertence ao corpo de Cristo? Qual é o papel da Igreja nesse mundo? Como a Igreja deve se comportar nessa nova posição em que foi colocada pelo Senhor Jesus Cristo?
A resposta a essas questões práticas é apresentada por Paulo através da utilização do verbo andar, em seis ocasiões nesses três capítulos: 4.1, 4.17 (duas vezes), 5.2, 5.8 e 5.15. E, além dessas vezes, o verbo “andar” também foi usado em 2.2 e 2.10, além de ter usado em 2.3 usou o verbo “viver”, que na passagem é sinônimo de andar.
Nesta carta, o verbo “andar” significa agir, comportar-se, proceder. O verbo “andar” indica o modo de viver, a maneira como desenvolvemos nossa carreira cristã, indica o nosso “estilo de vida”, uma vida de acordo com o que Deus tinha planejado para a humanidade. Na verdade, quando observamos o mundo, como Paulo o descreveu nos três capítulos iniciais, percebemos que este presente século, que é dominado por Satanás, só produz desacordos, desarmonia e desunião.
Meus irmãos, as nações agridem-se mutuamente, os homens agridem-se mutuamente, as classes sociais lutam umas contra as outras, os preconceitos dominam o procedimento humano.
Para mudar essa realidade, para lutar contra essa tendência da humanidade escravizada por Satanás, é que, a partir deste capítulo, Paulo começa a mostrar como cada membro da Igreja deve se comportar para que a própria Igreja cumpra sua parte nos planos e nos propósitos de Deus para a humanidade.
Nos desígnios e propósitos eternos de Deus, essas divisões, desarmonias e desavenças devem ser resolvidas em Cristo. Todos os cristãos de todos os povos devem ser unidos em Cristo, pois nele as diferenças são desfeitas e as barreiras são derrubadas. O próprio Paulo, na carta aos Gálatas, escreveu que em Cristo tudo isso não faz mais sentido: (Gl 3.28) “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus”. Deus planejou em Cristo a verdadeira humanidade, uma humanidade unida e amável, um único centro ao redor de quem todos possam se reunir harmoniosamente.
Para que se alcance e se consiga essa unidade, é necessário que antes disso a mensagem de Cristo, o seu amor, e a misericórdia do coração de Deus que nos busca, em Cristo, seja transmitida ao mundo inteiro. Conforme destaca acertadamente Barclay, esta é precisamente a função da Igreja:
[…] comunicar essa mensagem de amor aos homens. A Igreja deve ser o corpo por intermédio do qual Cristo age, e ao mesmo tempo a Igreja deve ser a voz através da qual Cristo fala. A Igreja deve ser o instrumento de Cristo para levar ao mundo esta unidade divina. (1973, p. 141).
Portanto, para que isso aconteça, cada um dos cristãos deve saber como se conduzir com dignidade.Diante dessa compreensão podemos, em resumo, dizer que:
“ Todo cristão é desafiado a andar dignamente, vivendo e mantendo a unidade, no corpo de Cristo.”

Desenvolvimento

É uma aplicação prática da doutrina. Para entender essa unidade, devemos entender quatro importantes fatos :
1. a graça da unidade
2. o fundamento da unidade
3. os dons da unidadee e
4. o crescimento da unidade.

A graça da unidade (4.1–3)

Paulo exorta em relação à graça da unidade nos seguintes termos: Portanto, eu, prisioneiro no Senhor, peço-vos que andeis de modo digno para com o chamado que recebestes, com toda humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando cuidadosamente manter a unidade do Espírito no vínculo da paz (4.1–3).
O apóstolo Paulo fala de unidade, Ela não é imposta por força exterior, senão que, pela virtude do poder de Cristo que habita o crente, procede de dentro do organismo da igreja.
Paulo usa mais uma vez a figura do corpo para descrever a unidade. Ele enumera quatro virtudes que caracterizam o andar digno do cristão. A unidade não é criada, mas preservada (4.3). Ela já existe por obra de Deus, não do homem. Portanto, ecumenismo não possui amparo na Palavra de Deus. A unidade da igreja não é construída pelo homem, mas pelo Deus triúno.
Paulo fala também sobre a necessidade de se preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. A unidade é orgânica, mas precisa ser preservada. Como essa unidade é preservada?
Em primeiro lugar, agindo com humildade (4.2) - A palavra “humildade”, foi concebida - deu início - pela fé cristã. A humildade era desprezada pelos romanos, pois era sinal de fraqueza. Tinha o sentido de baixo, vil, ignóbil.
A arrogância, o contrário de humildade, é que era considerada virtude. Ebehard Hahn define humildade como a renúncia à imposição de interesses pessoais. Francis Foulkes diz acertadamente que, em Cristo, a humildade tornou-se uma virtude. Sua vida e morte foram serviço e sacrifício sem qualquer preocupação quanto à reputação (Fp 2.6). Como o cristão é chamado a seguir seus passos, a humildade ocupa uma parte insubstituível no caráter cristão.
Humildade representa pôr Cristo em primeiro lugar, os outros, em segundo lugar e o eu, em último lugar. Cristo apresentou-se como alguém manso e humilde de coração.
A primeira bem-aventurança cristã é ser humilde de espírito.
William Barclay diz que a humildade provém: 1) do conhecimento que temos de nós mesmos. Quem sabe que veio do pó, é pó e voltará ao pó não pode ser orgulhoso; 2) do confronto da própria vida com a vida de Cristo à luz das exigências de Deus. Quando reconhecemos que Cristo é santo e puro e somos desafiados a imitá-lo, então precisamos ser humildes; 3) da consciência de que somos criaturas totalmente dependentes de Deus. Não podemos viver um minuto sequer sem o cuidado de Cristo.
Nosso dinheiro, saúde e amigos não podem nos valer. Não podemos pensar a respeito de nós mesmos além do que convém nem aquém (Rm 12.3). Cristo é o exemplo máximo de humildade: ele a si mesmo se esvaziou.
Em segundo lugar, agindo com mansidão (4.2). A palavra “mansidão”, não é sinônimo de fraqueza; ao contrário, é a suavidade dos fortes, cuja força está sob controle. É a qualidade de uma personalidade forte que, mesmo assim, é senhora de si mesma e serva de outras pessoas.
A palavra mansidão (prautes) era usada no grego clássico com o bom sentido de suavidade de tratamento ou docilidade de caráter. Uma pessoa mansa é aquela que não insiste em seus direitos nem reivindica sua própria importância ou autoridade. Na verdade, uma pessoa mansa abre mão de seus direitos. Uma pessoa mansa prefere, antes, sofrer o agravo do que o infligir (1Co 6.7). Abraão é um exemplo de mansidão. Ele deixou Ló fazer a melhor escolha (Gn 13.7–18). A mansidão é poder sob controle. É a virtude daqueles que não perdem o controle. Moisés era manso e, no entanto, veja quão tremendo poder ele exerceu. Jesus era manso e virou a mesa dos cambistas. Você tem poder, mas esse poder está sob controle. Era o termo usado para um animal adestrado. Uma pessoa mansa controla seu temperamento, controla seus impulsos, controla sua língua e e principalmente controla seus desejos. É a pessoa que possui completo domínio de si mesma.
Ao comparar mansidão com humildade, chegamos à conclusão de que o homem manso pensa bem pouco em suas reivindicações pessoais, como também o homem humilde pensa bem pouco em seus méritos pessoais.
Em terceiro lugar, agindo com paciência (4.2). William Barclay diz que o substantivo makrothymia e o verbo makrothymein são palavras tipicamente cristãs, pois descrevem uma virtude cristã que os gregos não consideravam virtude. É a atitude de nunca revidar. A palavra grega makrothymia quer dizer aguentar com paciência pessoas provocadoras. É o estado de espírito estendido ao máximo. É a firme paciência no sofrimento ou infortúnio.198
Crisóstomo dizia que paciência é o espírito que tem o poder de vingar-se, mas nunca o faz. É a pessoa que aguenta o insulto sem amargura nem lamento. O amor tudo suporta!
Em quarto lugar, agindo com um amor que suporta os irmãos (4.2). A palavra “suportar” aqui não é aguentar o outro, mas servir de amparo e suporte para o outro. Fazer isso não por um dever amargo, mas com amor. “Suportar em amor” é a manifestação prática da paciência. Representa ser clemente com as fraquezas dos outros, não deixando de amar o próximo nem os amigos por causa de suas faltas, ainda que talvez nos ofendam ou desagradem.

O fundamento da unidade (4.4–6)

Tendo abordado a graça da unidade, Paulo passa a falar sobre o fundamento da unidade: “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança do vosso chamado; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; e um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por todos e está em todos” (4.4–6).
Muitas pessoas, hoje, esforçam-se para unir as religiões de forma não bíblica. Elas dizem: “Não estamos interessados em doutrinas, mas em amor”. Dizem: “Vamos esquecer as doutrinas; elas só nos dividem. Vamos simplesmente amar uns aos outros”. Mas Paulo não discute a unidade cristã sem antes falar do evangelho (capítulos 1 a 3). Unidade edificada sobre outra base que não a verdade bíblica é o mesmo que edificar uma casa sobre a areia. A unidade cristã baseia-se na doutrina da Trindade: “Um só Espírito” (4.4), um só Senhor (4.5) e um só Deus e Pai de todos (4.6).
Paulo nomeia aqui algumas realidades básicas que unem todos os cristãos.
Um só corpo (4.4). Só existe uma igreja verdadeira, o corpo de Cristo, formada de judeus e gentios, a única família no céu e na terra. Uma pessoa só começa a fazer parte desse corpo quando é convertida e batizada pelo Espírito nesse corpo. Nenhuma igreja local ou denominação pode arrogar-se a pretensão de ser a única igreja verdadeira. A igreja de Cristo é supradenominacional.
Um só Espírito (4.4). É o mesmo Espírito que habita na vida de cada crente. O apóstolo Paulo diz que “se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo” (Rm 8.9). 9 Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo.
Uma só esperança (4.4). É a esperança da volta gloriosa de Jesus, quando os mortos em Cristo receberão um corpo de glória, e os vivos serão transformados e arrebatados para encontrar o Senhor Jesus nos ares. Nesse tempo, todas as coisas serão restauradas e, então, haverá novos céus e nova terra.
Um só Senhor (4.5). Este é o nosso Senhor Jesus Cristo que morreu por nós, ressuscitou e vive por nós e, um dia, virá para nós. É difícil crer que dois crentes que dizem obedecer o mesmo Senhor sejam incapazes de andar juntos em unidade. Alguém perguntou a Gandhi, líder espiritual da Índia: “Qual é o maior impedimento para o cristianismo na Índia?” Ele respondeu: “Os cristãos”. Confessar o senhorio de Cristo é um grande passo na direção da unidade entre o seu povo.
Uma só fé (4.5). Essa fé tanto é o conteúdo da verdade que cremos, o nosso credo (Jd 3 (3 Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé de uma vez por todas confiada aos santos.); 2Tm 2:2 (2 E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros.)), como é a nossa confiança pessoal em Cristo como Senhor e Salvador.
Um só batismo (4.5). Esse é o batismo pelo Espírito no corpo de Cristo (1Co 12.13). Não se trata aqui do sacramento do batismo que a igreja administra, mas daquela operação invisível que o próprio Espírito Santo realiza. Paulo não está falando aqui da forma do batismo (aspersão, efusão e imersão), mas do sentido do batismo, que é a nossa união com Cristo e sua igreja.
Um só Deus e Pai (4.6). Deus é o Pai de toda a igreja, tanto a da terra como a do céu. Deus é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.
A manifestação da unidade se deu nas três pessoas divinas, cujo relacionamento entre eles é perfeito, pois o próprio Jesus tinha afirmado: eu e o Pai somos um (Jo 10.30). Essa unidade entre os cristãos foi o alvo de Jesus quando ele rogou não apenas por aqueles discípulos, mas também por aqueles que viessem a crer nele a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste (Jo 17.21). Os elementos da Trindade são o padrão para que exista um só corpo, uma só esperança, uma só fé e um só batismo. Quando vivemos dessa maneira, refletindo a unidade que existe na Trindade, certamente vivemos dignamente e lutamos para preservar a unidade.

Conclusão

Como disse Comblin (1987, p. 67), “A unidade da igreja tem o seu fundamento na unidade de Deus e, para os cristãos, ela é a manifestação da unidade de Deus”. Essa unidade é diferente dos monoteísmos pagãos e da filosofia estoica ou panteísta, pois ela se experimenta nas relações pessoais da Trindade com todos cristãos que juntos formam o corpo de Cristo.
A maneira digna a que fomos chamados tem por base o viver unido. Os cristãos tendo o parâmetro da unidade vivenciada na Trindade devem viver unidos “em Cristo”, mostrando ao mundo que ele é o enviado de Deus!
Estudar essa carta é pisar em solo sagrado. Precisamos fazê-lo com os pés descalços, o coração esbraseado e os olhos untados de lágrimas. Não podemos tratar de coisas tão sublimes com a alma seca como um deserto. Não estamos penetrando pelos umbrais de uma obra puramente acadêmica, mas entrando nas salas espaçosas do palácio do Rei da glória.
Minha ardente oração é que o estudo dessa carta inflame sua alma, aqueça seu coração, abra seus lábios e apresse seus pés para anunciar ao mundo que Jesus Cristo nos amou e se entregou por nós. Que ele morreu pelos nossos pecados, mas ressuscitou para a nossa justificação e está à destra de Deus Pai, de onde governa soberanamente os céus e a terra e de onde há de vir para buscar a igreja, a sua amada noiva.
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