LIVRO DE NÚMEROS (II)
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ESTUDO 559
“O Senhor os abençoe e os guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre vocês e tenha misericórdia de vocês; o Senhor sobre vocês levante o seu rosto e lhes dê a paz.”
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Essa parte se assemelha muito a Êxodo 15.22-18.27).
Após a partida das várias “famílias”, “os filhos de Israel partiram do deserto do Sinai (Nm 10.12).
Após receber as leis para a organização da comunidade israelita, retoma-se a marcha.
Nessa viagem pelo deserto inclui algumas paradas até chegar à planície de Moabe, localizada além do Jordão, próxima a Terra Prometida.
A história do povo em marcha pelo deserto é cheia de altos e baixos.
O povo se queixa do maná (Nm 11.6) e a falta da carne (Nm 11.4); brigas entre lideranças (Nm 12); reclama da falta da água (Nm 20.1-11); enfrenta a praga de cobras venenosas (Nm 21.6); cai na idolatria e na devassidão.
Diante das quedas e reclamações do povo, Deus se mostra paciente e misericordioso, perdoa a culpa e a rebeldia (Nm 14.20).
Outras leis sobre sacrifícios e poderes dos sacerdotes e levitas (Nm 15-19).
A busca de uma vida melhor nem sempre é conquista fácil. Essas narrativas ensinam lições importantes sobre as infidelidades a Deus e os conflitos surgidos ao longo da caminhada pelo deserto. O deserto é sempre um desafio, que nem todos conseguem encarar.
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 9
A. A Celebração da Páscoa Nm 9.1-14
A. A Celebração da Páscoa Nm 9.1-14
Foi a primeira celebração dessa festa desde o êxodo e, possivelmente, a única no deserto, A páscoa foi celebrada por ocasião do êxodo, mas era mister incorporá-la à experiência de Israel no deserto. Se os israelitas tivessem sido obedientes, a segunda páscoa teria ocorrido na terra de Canaã. Mas, com não obedeceram, precisam observá-la no deserto, em meio às suas vagueações.
Todo judeu deveria observá-la, sob pena de ser excluindo da comunidade israelita. Elementos da Pascoa, deveria constar de pão asmo, isto, e, sem fermento, ervas amargas, como almeirão, e um cordeiro ou cabrito, cujos ossos não deveriam ser quebrados. O cordeiro pascoal era figura do Cordeiro de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, cujos ossos não foram quebrados, e cujos sangue foi vertido na Cruz do Calvário para a nossa redenção.
Surgiu um problema. Alguns homens haviam tocado um cadáver e estavam cerimonialmente impuros; não se permitia que celebrassem a páscoa, mas seriam cortados de Israel se não a observassem. Moisés consultou o Senhor e recebeu a resposta. Ser-lhes-ia permitido celebrá-la um mês depois.
B. A Nuvem do Tabernáculo Nm 9.15-23
B. A Nuvem do Tabernáculo Nm 9.15-23
Esta nuvem tinha o propósito de servir de sinal e símbolo visível da presença de Deus em meio de Israel. Deste modo, somos ensinados a ver a Deus sempre perto de nós, dia e noite. Enquanto a nuvem permanecia sobre o tabernáculo, eles permaneciam no mesmo lugar. não, não é perda de tempo esperar o tempo de Deus. Quando a nuvem se levantava, eles partiam, por cômodos que estivessem em seu acampamento. Nós somos mantidos na incerteza em que ao tempo em que deveremos despojar-nos de nossa casa terrena, deste tabernáculo, para que estejamos sempre prestes a partir em quanto o Senhor o ordenar. Muito seguro e grato é partir quando vemos a Deus diante de nós, e descansar onde Ele nos mande repousar.
Todas as vezes os fenômenos da nuvem e do fogo surtiam efeito, e isso prosseguiu por todo o tempo em que Israel ficou vagueando pelo deserto. Porém, uma vez que chegaram na Terra Prometida, não havia mais necessidade de tal orientação. E assim, em nossos próprios tempos de vagueação e dúvida, contamos com meios especiais de norteamento.
C. APLICAÇÃO
C. APLICAÇÃO
A pascoa era uma lembrança do passado, uma realizacao do presente e uma antecipacao do futuro. Assim tambem e a Ceia do Senhor, que contem o Evangelho inteiro, Os problemas e as dificuldades devem ser levados a Deus em oracao, Deus acampa conosco, seja na froma de uma nuvem no passado ou seja pela presenca do Santo Espírito que é ocaso nestes séculos depois do dia de Pentecostes, É um Deus que deseja salvar, a nuvem e a coluna se comparam bem a Salvacao e a Seguranca que Cristo nos concede.
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 10
A. As duas trombetas de prata Nm 10.1-10
A. As duas trombetas de prata Nm 10.1-10
Um sistema de sinais precisava ser criado a fim de alertar o povo de Israel sobre quando ele deveria pôr-se em movimento. Esse sistema consistiu no uso de duas trombetas especiais, feita de prata. Quando ambas as trombetas eram tocadas, todo o povo de Israel precisava reunir-se. Quando somente uma era tocada, apenas os líderes do povo se reuniam. Mas quando elas eram tocadas com um som diferente (talvez com uma oitava abaixo ou acima) então estava sendo dado um sinal de partida.
As trombetas deviam ser tocadas segundo as regras estabelecidas para a convocação do povo, fosse para a paz, ou para a guerra.
a) Convocar a congregação para a reunião diante do tabernáculo.
b) Reunir os príncipes das tribos diante de Moisés.
c) Indicar às tribos acampadas ao oriente do acampamento o momento de pôr-se a caminho.
d) Preparar Israel para a guerra.
e) Lembrar ao Senhor a necessidade de seu povo e conseguir a ajuda divina.
f) Para que o Senhor se lembrasse de seu povo durante as festas sagradas e dos sacrifícios de paz e holocaustos.
Os sacerdotes tocavam as trombetas indicando que todo o acampamento estava sob a ordem de Deus. Ensina-nos igualmente que Deus deseja que seu povo trabalhe unido para levar a cabo a obra espiritual. Finalmente, é de notar que a segunda vinda de Cristo será acompanhada do som de trombetas. Indicam que a igreja tem de partir no êxodo mais impressionante de toda a história.
B. A viagem do Sinai a Cades-Barneia Nm 10.11-36
B. A viagem do Sinai a Cades-Barneia Nm 10.11-36
Quando os israelitas levavam quase um ano completo no monte Sinai e tudo tinha sido estabelecido em quanto ao que seria o culto no futuro, empreenderam a marcha rumo a Canaã, empreenderam a viagem conforme o mandamento do Senhor:
— O Senhor, nosso Deus, nos falou em Horebe, dizendo: “Vocês já ficaram bastante tempo neste monte. Voltem e sigam viagem. Vão à região montanhosa dos amorreus, a todos os seus vizinhos, na Arabá, à região montanhosa, à Sefelá, ao Neguebe, à costa marítima, terra dos cananeus, e ao Líbano, até o grande rio Eufrates.
Israel, uma nação de mais de dois milhões de pessoas, começou a marcha em perfeita ordem militar, cada tribo em seu posto, as bandeiras no alto e todos conduzidos pela nuvem.
Não e mais uma marcha desordenada como na saída do Egito, mas sim, tudo obedece um sistema preestabelecido. A tenda da congregação ficaria no meio das tribos. A frente iam os materiais pesados do tabernáculo, de modo que, com a chegada dos coatitas justamente com o santurario, tudo já estaria preparado para a sua instalação,
Moisés convidou seu cunhado para ser o guia de Israel. Hobabe conhecia bem o deserto e sabia onde estavam os mananciais, os oásis e os melhores lugares para acampar.
O convite mencionava dois motivos pelos quais Hobabe devia unir-se a Israel: "E te faremos bem; porque o Senhor falou bem sobre Israel", e "de olhos nos servirás". A primeira apelava para o próprio interesse de Hobabe, e a segunda para seu desejo de ser útil, de fazer algo grande para o bem de outros. Não se assemelha ao convite cristão feito ao incrédulo?Conquanto Hobabe não o tenha aceitado no princípio, evidentemente mudou de idéia e acompanhou Israel porque encontramos referência a seus descendentes em Canaã na época dos juizes (Juízes 1:16 ; 4:11).
C. APLICAÇÃO
C. APLICAÇÃO
A trombeta é símbolo de anúncios. As mensagens de Deus eram enviadas mediante as trombetas. Assim, a mensagem de Deus é a trombeta de Deus, anunciando boas novas aos homens. A prata é um metal precioso e durável. O evangelho é a prata de Deus, livre de escória e altamente puro e eficaz quanto à tarefa que lhe cabe.
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 11
A. As murmurações dos Israelita Nm 11.1-9
A. As murmurações dos Israelita Nm 11.1-9
Dentro em breve Israel desviou seu olhar de Deus e começou a queixar-se no deserto. Quão depressa se esqueceram da dura escravidão do Egito e do milagroso livramento operado por Deus. Israel murmura contra Deus e contra Moises, queixando-se contra o mana do céu, queria carne, quando tinham rebanhos em abundancia e numa revolta de incredulidade, disse: “Quem nos dará carne a comer.” V 4
1. Populacho:
1. Populacho:
o termo hebraico assim traduzido é ‘asapsup, que se acha apenas aqui, em todo o Antigo Testamento. O termo tem o sentido básico de “coleção", pois estavam em foco aquelas pessoas que haviam sido “coletadas” ao longo do caminho, pessoas indesejáveis, que não pertenciam ao povo de Israel, mas tinham acompanhado os israelitas, de alguma maneira, fugindo dos egípcios por uma série de razões. No Egito, muita outra gente vivia escravizada no Egito, e não somente os hebreus. É provável que muitos dentre aquela “coleção” fossem escravos de outras raças, que se tinham aproveitado da emancipação dos israelitas para escaparem.
A multidão mista deu inicio à murmuração, mas os israelitas também estavam descontentes com a alimentação e com as condições de viagem. Foi um descontentamento generalizado que ameaçava estourar na forma de uma rebelião universal.
Nesses versos de 1 a 9 nos ensinam porque não nos devemos queixar, porque isto revela uma falta de confiança em Deus, porque e falta de visão, porque nos traz grandes prejuízos, porque e a própria ingratidão.
B. Moisés acha seu cargo pesado e os 70 anciãos - Nm 11.10-30
B. Moisés acha seu cargo pesado e os 70 anciãos - Nm 11.10-30
Aqui vemos Moisés como servo de Deus vencido pelo excessivo trabalho e pela frustração de não poder satisfazer às necessidades do povo. Já se julga impotente, cansado, impaciente com o povo e desejoso de deixar seu encargo. Moisés chegou a preferir a morte. Ele estava desesperado. Não mais agüentava o programa diário que envolvia o trabalho em demasia. E assim pediu uma drástica intervenção divina: a morte. Muitos dos mais nobres homens de Deus têm tido, às vezes, a mesma experiência.
A misericórdia de Deus se revela na Acao de dar alivio ao Seu servo sobrecarregado, Deus solucionou o problema de Moisés comunicando seu Espírito aos setenta anciãos a fim de que eles pudessem levar algo da carga que Moisés vinha levando sozinho. Estes setenta anciaos são apontados para ser lideres religiosos, assistindo no tabernáculo, cheio do Espirito. Profetizavam. Dar-se-ia o caso de que falassem em outras línguas como os cento e vinte discípulos no Cenáculo? Quando Eldade e Medade profetizaram, Josué preocupou--se com a posição de liderança de Moisés. Mas o nobre líder não sentia nenhuma inveja ou temor de que outro lhe tomasse o lugar. Seu único desejo era que a obra do Senhor prosperasse. Sua resposta foi profética:
Porém Moisés lhe disse: — Você está com ciúmes por mim? Eu gostaria que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito!
E se cumpriu no dia de Pentecoste Jl 2.28 ; At 2.16).
C. As Codornizes - Nm 11.31-35
C. As Codornizes - Nm 11.31-35
Novamente Deus trouxe, por meio de um vento, codornizes que caíram exaustas no arraial. Os israelitas, em sua ganância, provavelmente comeram a carne crua e muitos morreram da praga que sobreveio. De igual maneira, se persistirmos em pedir coisas materiais que desejamos sem consultar a vontade de Deus, ele às vezes nos concede estas petições, porém sofremos as consequências espirituais:
Concedeu-lhes o que pediram, mas enviou-lhes também uma doença terrível.
D. APLICAÇÃO
D. APLICAÇÃO
O descontentamento e fruto da falta de fé em Deus e constitui um perigo espiritual muito grave, a influencia dos de fora pode influir na espiritualidade dos fieis, Deus revela compaixão e misericórdia aos seus filhos errantes.
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 12
A. A sedição de Miriã e Arão
A. A sedição de Miriã e Arão
A paciência de Moisés foi provada em sua própria família, assim como pelo povo o pretexto foi que tinha-se casado com uma estrangeira; isso levou Miriã e Arão a murmurar, e a principal acusação deles é que Moisés se tornara um ditador que dominava a tudo. Somente ele obtinha mensagens da parte de Deus; somente ele podia dar ordens, Miriã e Arão queriam remover Moisés do poder, ou pelo menos para reduzir sua autoridade, com vistas a tomarem uma parte dessa autoridade.
Não há que duvidar de que o caso envolvia inveja.
E disseram: — Será que o Senhor falou somente por meio de Moisés? Será que não falou também por meio de nós? E o Senhor ouviu o que eles disseram.
Não estavam contentes com ocupar o segundo posto em Israel; à semelhança de muitos perturbadores, esqueceram-se de que Deus os escutava.
A queixa chegou à atenção de Deus, pelo que o juízo divino já estava a caminho. Deus interveio. O Senhor entrou em ação súbita e rapidamente. Ele cortou a rebeldia pela raiz, ainda no começo. Deus convocou Moisés, Miriã e Arão ao tabernáculo, onde manifestou a Sua presença, indicando qual era a Sua vontade. E todos os três foram compelidos a obedecer prontamente. Deus não permitiu que um câncer se desenvolvesse.
Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa.
Essas palavras mostram a superioridade de Moisés em relação aos demais profetas. Todavia, é algo lindo receber sonhos e visões espirituais, que são modos de comunicação divina, porém. Moisés, contudo, gozava de um tipo de comunicação superior a isso. Ele se encontrava com Deus face a face, e recebia revelações diretas.
O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com o seu amigo. Depois Moisés voltava para o arraial. Porém o moço Josué, seu auxiliar, filho de Num, não se afastava da tenda.
Miria foi ferida com lepra, diz-se que Miriã foi a instigadora da crítica, pois somente ela foi castigada
Quando a nuvem se afastou de sobre a tenda, eis que Miriã estava leprosa, branca como a neve. Arão olhou para Miriã, e eis que ela estava coberta de lepra.
A intercessão de Moisés foi recompensada com a cura de Miriã, porém ela teve de ser expulsa do arraial por sete dias, como uma advertência de quão grave é criticar os servos do Senhor.
B. APLICAÇÃO
B. APLICAÇÃO
O silencio e a melhor resposta as acusações falsas, o próprio Deus e o melhor defensor e campeão da Sua própria honra e do Seu povo,
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 13
A. Os Dozes Espias Nm 13.1-24
A. Os Dozes Espias Nm 13.1-24
Depois de viajar trezentos e vinte quilômetros através de passagens escarpadas, montanhas e elevadas mesetas do deserto de Parã, os israelitas chegaram a Cades na fronteira de Canaá. Deus confirmou seu propósito de dar-lhes a terra. Tudo o que tinham de fazer era conquistá-la e tomar posse dela. Foi a hora crítica na história de Israel no deserto. Demonstrou que os hebreus não estavam preparados para apropriar-se da promessa de Deus. Fracassaram por sua incredulidade e tiveram de permanecer trinta e oito anos mais no deserto. É um dos relatos mais dramáticos da Bíblia e repleto de lições espirituais.
B. O relatório dos espias Nm 13.24-33
B. O relatório dos espias Nm 13.24-33
Empregaram quarenta dias nessa viagem e, depois de considerarem bastante a natureza do país e de estarem muito particularmente informados da maneira de viver dos seus habitantes, fizeram uma relação do que tinham visto e trouxeram frutos daquela terra, cujo tamanho e beleza animaram o povo a conquistá-la. Mas, ao mesmo tempo, todos esses enviados, exceto dois, desanimaram o povo pela dificuldade da empresa, dizendo que era necessário atravessar grandes rios, muito profundos, escalar montanhas quase inacessíveis, atacar cidades muito fortes e poderosas, combater os gigantes com se haviam deparado em Hebrom e que nada haviam encontrado de tão temível depois de haverem saído do Egito.
De igual maneira aumentou o terror dos israelitas ao ouvirem o relatório. Calebe acalmou o povo com palavras de ânimo e fé. Não negou o que os dez espias disseram, mas colocou sua esperança no que Israel podia fazer com a ajuda de Deus. Para ele e Josué não se tratava de Israel contra os gigantes, mas de Deus contra os gigantes. Porém os dez espias o contradiziam. Excluíam a Deus e exageravam seu relatório original. Agora todos os cananeus eram gigantes na opinião deles. Não poderiam conquistar Canaã, diziam.
C. APLICAÇÃO
C. APLICAÇÃO
A falta de confiança do povo na Palavra de Deus foi a causa desta ordem divina de mandar os espias, pois Deus tinha prometido dar a terra ao povo sem perguntas e qualificativas, a diferença das atitudes dos Dez e dos Dois, aqueles viram os gigantes e se esqueceram de Deus e estes tinham uma visão de Deus, não temendo,
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 14
A. A rebelião de Israel – Nm 14.1-10
A. A rebelião de Israel – Nm 14.1-10
A falta de visão espiritual estava levando o povo de Israel a perecer. Tinham ouvido as pessoas erradas; tinham aceitado uma avaliação pessimista; os israelitas preferiram aceitar o critério dos dez espias a depositar sua fé no Deus invisível. tinham-se esquecido da promessa feita a Abraão acerca daquelas terras. Que quadro vergonhoso o dos israelitas, dando gritos de desespero e chorando a noite inteira! Quiseram nomear outro líder e voltar para o Egito. Reconheceram que o Senhor os havia conduzido até ali, mas chegaram ao auge dizendo que ele os havia trazido a uma armadilha para matar os homens a espada e fazer suas mulheres e filhos escravos dos cananeus.
Pensaram no perigo de guerrear, mas não no de voltar ao Egito sem Moisés, sem a nuvem, sem o maná e sem a proteção do Senhor! Como os receberiam os egípcios? Poderiam agüentar novamente o jugo da servidão? Se há dificuldades no caminho do crente, quanto mais haverá no daquele que volta atrás.
Os quatro fiéis procuraram dissuadir os rebeldes de seu erro. Josué argumentava: "O Senhor é conosco; não os temais." Mas a multidão deu rédea solta à sua paixão e falou de apedrejá-los. Naquele momento Deus interveio mostrando sua glória no tabernáculo.
B. A intercessão de Moisés – Nm 14.11-19
B. A intercessão de Moisés – Nm 14.11-19
Este trecho ilustra como a intercessão de um homem de Deus pode salvar uma nação de ser destruída. Os argumentos de Moisés baseavam-se na reputação de Deus e em sua insondável misericórdia. O grande mediador pediu a Deus que manifestasse seu caráter e poder perdoando ao povo.
A palavra jesed traduzida "beneficência" e "benignidade" nos versículos 18 e 19 é de grande significado. Expressa lealdade, fidelidade, amizade e constância. Deus é fiel a seu pacto e a suas obrigações.
C. Perdão e castigo – Nm 14.20-38
C. Perdão e castigo – Nm 14.20-38
Conquanto Deus tenha perdoado a Israel, também o disciplinou.
Queria ensinar-lhes (Jr 2.19).
Os dez espias morreram e o povo foi condenado a peregrinar quarenta anos no deserto, um ano para cada dia da exploração de Canaã. Todos os homens maiores de vinte anos morreriam no deserto, salvo os dois espias fiéis.
Era a incredulidade de Israel que o impedia de conquistar Canaã e o excluía da terra prometida. Não estavam em condições de tomar posse dela. Se tivessem entrado com semelhante incredulidade, teriam sofrido uma horrível matança.
Tenham cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha um coração mau e descrente, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, animem uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, a fim de que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado. Porque temos nos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até o fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos. Como se diz: “Hoje, se ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como foi na rebelião.”
D. A vã tentativa dos israelitas: Nm 14.39-45
D. A vã tentativa dos israelitas: Nm 14.39-45
Os judeus da geração mais antiga quiseram então entrar em ação devido a um novo temor a Deus, e resolveram iniciar imediatamente a invasão, mas era tarde demais. Pecaram ao caluniar a terra prometida, provocam enormemente a Deus alguns dos israelitas agora queriam sinceramente ir e entrar em Canaã, mas já era demasiado tarde , Arrependeram-se de sua rebeldia e trataram de conquistar Canaã por suas próprias forças, porém já era tarde. Haviam perdido a oportunidade de apossar-se da terra, e somente lhes restava a lúgubre perspectiva de peregrinar mais trinta e oito anos no deserto.
E. APLICAÇÃO
E. APLICAÇÃO
Dentro de 15 dias o povo poderia ter entrado no gozo que Deus preparara, a desobediência causou um atraso de quarenta anos, o perdão que Deus nos concede nem sempre anula as consequências dos nossos atos pecaminosos.
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 15
Talvez as leis do capítulo 15 tenham sido dadas pouco depois de o Senhor haver decretado que a incrédula geração hebreia morresse no deserto, a qual havia recusado entrar em Canaã. Os preceitos referentes aos sacrifícios que haviam de ser oferecidos quando Israel entrasse em Canaã (Nm 15.1-21), animariam os hebreus jovens a crer que em geral a nação se apropriaria da terra prometida.
A provisão para expiar as faltas inadvertidas (Nm 15.22-29) contrasta acentuadamente com o castigo severo do pecado consciente (Nm 15.30-31). Talvez os israelitas arrependidos de haverem sido incrédulos em Cades-Barneia tivessem perdido a esperança de poder agradar a Deus. O Senhor animou-os recordando-lhes a misericórdia que podia ser obtida mediante sacrifícios que expiassem pecados cometidos por ignorância (Levítico 4-5). Toda desobediência, ainda que não intencional, era pecado, mas se não fosse deliberada, podia ser expiada. Por outro lado, o israelita e também o estrangeiro radicado em Israel, que com plena consciência "injuriasse ao Senhor", desprezando sua Palavra e quebrando o seu mandamento, seria destruído. O castigo do homem que foi encontrado ajuntando lenha no dia de descanso servia de exemplo e advertência de quão grave é à vista do Senhor o pecado intencional (Nm 15.32-36).
A. APLICAÇÃO
A. APLICAÇÃO
Os tristes resultados da desobediência de um membro do povo de Deus
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 16
Core e seus seguidores estavam cheios de inveja, de presuncao de atrevimento, de falsa religiosidade, de desrespeito para com a casa de Arao, porque esta fora escolhida por Deus para o sacerdócio, ao passo que a de Core fora escolhida para o serviço do tabernáculo. A contestação de Core à autoridade religiosa de Aarão e o desafio de Data e Abirão ao governo de Moisés constituem uma das ameaças mais sérias que os líderes tiveram de enfrentar porque abrangia dois aspectos: religioso e político. Core era levita, e parece que cobiçava o sacerdócio:
Ele fez chegar você, Corá, e todos os seus irmãos, os filhos de Levi, com você. E agora vocês buscam também o sacerdócio?
Data e Abirão, estes dois se achavam no direito de liderar o povo por serem descendentes de Rúben, primogênito de Jacó, pensavam que a autoridade civil pertencia a eles. As duas facções formaram uma aliança político-religiosa e conseguiram o apoio de duzentos e cinqüenta príncipes de Israel. Denunciavam que Moisés e Aarão haviam-se apegado aos postos de autoridade por tempo indefinido e argumentavam assim: "Por que haviam de ser estes ofícios conferidos aos dois irmãos? Acaso não era toda a congregação santa? E não poderiam outros, tanto quanto eles, gozar da presença de Deus?"
Toda a nação era santa, consagrada a Deus, mas os rebeldes voltaram as costas para o fato de o Deus de Israel haver escolhido Moisés e Aarão para desempenhar os dois cargos principais e portanto a rebelião era contra o próprio Deus.
Nm 16.11
Data e Abirão descreveram o Egito como uma "terra que mana leite e mel" Nm 16.13, e esta zombaria demonstra sua falta absoluta de reverência.
Moisés não fez esforço algum por justificar sua posição nem a de Aarão. Não recordou aos israelitas o que havia feito por eles, nem falou de seus abnegados labores, mas levou o problema diretamente a Deus em oração. A prova que Moisés a seguir propôs permitia que fosse Deus quem indicasse quais eram os detentores do sacerdócio e da autoridade. O terrível juízo divino sobre os rebeldes demonstra quão grave é levantar-se contra as autoridades que Deus pôs sobre a congregação.
Os "homens que pertenciam a Core" que foram tragados pela terra (Nm 16:32) provavelmente eram servos de Coré; não os filhos de Coré, porque
Mas os filhos de Corá não morreram.
Evidenciou-se a má atitude da congregação de Israel durante a prova efetuada por Moisés no dia seguinte. Aparentemente muitos israelitas se desviaram pelas palavras insolentes dos amotinados contra Aarão e Moisés. Sua cegueira e obstinação chegaram ao cúmulo de culpar Moisés do escarmento terrível dos rebeldes. Deus interveio para ensinar-lhes a respeitar seus servos, e o triste resultado foi que quatorze mil e setecentas pessoas morreram em uma praga.
A. APLICAÇÃO
A. APLICAÇÃO
O pecado da soberba pelo qual não havia sacrifícios expiatórios Nm 15.30, tem um efeito serio sobre outras pessoa, a consciência da inocência que, com fe e humildade, pode entregar seu caso as mãos de Deus,
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 17
A. A Vara de Arão floresce
A. A Vara de Arão floresce
Conquanto Deus já tivesse dito que somente a família de Aarão e seus descendentes serviriam como sacerdotes (Nm 16:40), deu a Israel prova adicional da superioridade da tribo de Levi e da família de Aarão em assuntos religiosos: a vara de Aarão floresceu. A vara era tida por símbolo de autoridade e preeminência, um cetro. Posto que a vara não podia reverdecer por si própria, a prova demonstrou que o sacerdócio de Aarão não se baseava em seus dons naturais mas na eleição divina. A vara foi colocada no tabernáculo para lembrar continuamente aos hebreus que a vontade de Deus é soberana quanto ao sacerdócio.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
A mensagem geral do Livro de Números, tem dois lados; o fracasso do Homem e a Vitoria das promessas de Deus, O proposito de Deus que era que Seu povo entrasse imediatamente na plenitude do Seu gozo, descansando num pais que simboliza as benção da verdadeira vida cristã. A exigência de Deus, simplesmente crer e observar. A provisão de Deus, os sacrifícios, os sacerdócios a coluna de nuvem e de fogo, o líder, a comida e o amparo, A decepção de ver Seu povo vencido pelo medo que cancelou sua fé, assim como seu egoísmo cancelara sua comunhão com Deus, O castigo de Deus; durante uma geração inteira de peregrinações, o povo foi afastado das delícias que Deus preparara. A clemencia de Deus, revela quando Deus não abandonou seu povo no deserto, mas sim, Suas promessas duraram ate o fim. A chamada de Deus, aos fieis do dia de hoje, lida no cinco avisos que, achando-se na Epístola de Hebreus, se baseiam no histórico contido no Livro de Números.
Em Cristo.
Pr. Fábio Felipe
Julho de 2021
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
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SCOFIELD, Cyrus Ingerson, Bíblia de Estudo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 5ª edição, 2014
ROCHA, Aldery Nelson, Santa Bíblia, versão di Nelson, Sociedade Bíblico do Verso, 1ª Edição, 2013
HOFF, Paul, O Pentateuco, VIDA, 6ª Impressão 1995.
Champlin, R.N. - O Antigo testamento interpretado versículo por versículo, HAGNOS, 2ª Edição 2001.
HENRY, Matheus – Comentário Bíblico, CPAD, 1ª Edição 1999.
JOSEFO, Flávio, História dos Hebreus, CPAD, 8ª Edição 2004.
DAVIDSON, F. – O Novo Comentario da Biblia, Vida Nova 3ª Edicao 1997
CAVALCANTE, Marcos Emanuel Barros – Pentateuco, FAETESP, 1ª Edição 2004.-