DEUS, JUSTO JUIZ

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Mt 25:31–46; Jo 5:22–30; Jo 8:16; At 10:42; At 17:31; 2Co 5:10; 2Tm 4:1–8; Ap 19:11

Nova Versão Internacional (3.1 O Encontro de Jesus com Nicodemos)
16 “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. 18 Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. 19 Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. 20 Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas. 21 Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus”
Evangelho Segundo João, Vols. 1 e 2 (Capítulo 3) John Calvin
A palavra julgar é aqui posta em lugar de condenar, como é o caso em muitas outras passagens. Ao declarar que não veio para condenar o mundo, ele assim realça o desígnio real de sua vinda, pois que necessidade havia para Cristo vir com o fim de destruir-nos, nós que estávamos completamente arruinados? Não devemos, pois, buscar em Cristo algo mais além do fato de que Deus, de sua infinita bondade, quis estender seu auxílio para salvar-nos, a nós que estávamos perdidos. E sempre que nossos pecados nos oprimam – sempre que Satanás nos conduza ao desespero –, devemos correr para este refúgio, a saber: que Deus não deseja que sejamos esmagados por perene destruição, visto que ele designara seu Filho para ser o salvador do mundo.
Evangelho Segundo João, Vols. 1 e 2 (Capítulo 3) John Calvin
Um notável exemplo disso pode ser visto no evangelho, pois ainda que ele seja estritamente o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crê [Rm 1.16], a ingratidão de muitos o converte em morte para os mesmos. Ambas as coisas foram bem expressas por Paulo, quando ele vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência [2 Co 10.6]. O significado equivale a isto: que o evangelho é especialmente, e em primeira instância, designado para os crentes, a fim de que a salvação lhes pertença, mas que, depois, os descrentes não escaparão impunes, caso desprezem a graça de Cristo e decidam tê-lo como o Autor da morte, em vez de o Autor da vida.
Evangelho Segundo João, Vols. 1 e 2 (Capítulo 3) John Calvin
Há quem pense que o que ele aqui realça nada mais é que o selo da condenação. Todavia, o desígnio de Cristo é restringir a perversidade dos homens a fim de que, segundo seu costume, não contendam nem argumentem contra Deus, como se ele os tratasse injustamente, quando pune a incredulidade com a morte eterna. Ele mostra que tal condenação é justa, e não está sujeita a qualquer reprovação, não só porque tais homens agem impiamente, que preferem as trevas à luz e recusam a luz que lhes é graciosamente oferecida, mas porque tal ódio pela luz só brota de uma mente que é perversa e cônscia de sua culpabilidade.

21. Aquele, porém, que pratica a verdade. Esta aparenta ser uma afirmação imprópria e absurda, a não ser que o leitor prefira admitir que alguns são retos e verdadeiros mesmo antes que tenham sido renovados pelo Espírito de Deus, o que de forma algum se harmoniza com a doutrina uniforme da Escritura. Pois bem sabemos que a fé é a raiz da qual procedem os frutos das boas obras. Com vista a resolver esta dificuldade, Agostinho diz que praticar a verdade significa “reconhecer que somos miseráveis e destituídos de todo poder de praticar o bem”; e, por certo, é uma genuína preparação para a fé quando a convicção de nossa pobreza nos compele a fugir para a graça de Deus. Mas tudo isso é amplamente removido da intenção de Cristo, pois ele pretendia simplesmente dizer que aqueles que agem sinceramente nada desejam mais solicitamente do que a luz, para que suas obras sejam julgadas. Porque, quando tal prova é feita, torna-se mais evidente que, à vista de Deus, falam a verdade e são isentos de toda falsidade.

A CONDENAÇÃO JÁ EXISTIA

17 Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele.
Nova Versão Internacional 2.1 A Nova Vida em Cristo

2 Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, 2 nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. 3 Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira.

DEUS É JUSTO

16 “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele.
v. 16 Ele nos ama e, portanto, não julga movido por um sentimento de vingança e quer que todos sejam salvos
v. 17 Ele é justo ao julgaR, pois providenciou o pagamento da penalidade para que todos possam ser salvos
v. 18a “Quem nele crê não é condenado”
Evangelho de João (O DIÁLOGO COM NICODEMOS – João 3:1–21) Werner de Boor
18 “Quem nele crê não é julgado.” Quanto está contido nessa pequena frase! Como é estranho que, ao contrário do que diz essa frase, geralmente pregamos nas igrejas que também os que creem terão de sofrer o juízo que virá sobre o mundo. Com base na clara palavra de Jesus, cada pessoa que crê tem o privilégio de viver e morrer com a bendita certeza “Não serei julgado.”

DEUS DÁ OPÇÃO

v. 18 Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus.
Evangelho de João (O DIÁLOGO COM NICODEMOS – João 3:1–21) Werner de Boor
“O que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do único Filho de Deus.” No grego usa-se para “não” um termo que não apenas constata um fato, mas que expressa uma atitude negativa, defensiva. Praticamente poderíamos traduzir assim: “Quem não quer crer, já está julgado.” Faz parte do mistério da fé que ela certamente é dádiva e produto da parte de Deus, mas que apesar disso não exclui nossa vontade própria. Ninguém chega à fé e permanece nela sem uma decisão em sua vontade pessoal. Seja como for, negar-se a crer é uma ação da própria pessoa. Por natureza é rejeição do amor salvador de Deus em sua forma mais clara e brutal. Em última análise, essa rejeição origina-se no orgulho do ser humano, que pensa que não necessita desse amor, porque não quer admitir sua perdição. Não ter “crido no nome do único Filho de Deus”, portanto, não é dizer não a uma concordância forçada com quaisquer assertivas dogmáticas! A verdadeira “incredulidade” sempre tem razões profundas e essenciais na pessoa, motivo pelo qual é uma decisão da pessoa, que a transforma em alguém que já está julgado. Quem não quer aceitar o ato redentor de Deus na entrega do Filho está forçosamente sujeito ao juízo e, conseqüentemente, já está julgado, ainda que isso venha a ser definitivamente manifesto apenas naquele dia diante do grande trono (Ap 20:11ss).

Há os que creem

v. 18 Quem nele crê não é condenado

Há os que não creem

v. 18...mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus.
19 Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. 20 Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas. 21 Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus”
Evangelho de João (O DIÁLOGO COM NICODEMOS – João 3:1–21) Werner de Boor
19 Jesus ainda diz uma palavra esclarecedora a respeito dessa questão importante. Não para julgar, mas para salvar Deus enviou Jesus ao mundo. Precisamente nisso, porém, processa-se um juízo que é mais assustador e inescapável do que qualquer juízo a partir da lei. Quando a lei pronuncia a sentença de morte sobre nossos pecados, na realidade ela tem razão. Apesar disso, uma pessoa jamais precisa perder-se em seus pecados, por mais hediondos que eles sejam. O amor salvador de Deus leva embora todos os pecados. Porém, quem rejeita esse amor salvador entrega-se a si mesmo à perdição. O que vem ao mundo como “salvação” a partir do amor de Deus, i. é, como o oposto a qualquer “juízo”, apesar disso passa a ser o juízo derradeiro. “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz.” A luz veio ao mundo; isso é pura graça da nascente do amor. O que mais poderia ter movido a luz a brilhar nas trevas (Jo 1:5)? Por si mesma a luz não deseja outra coisa além de graça – ela quer iluminar, salvar da escuridão, conceder na luz a vida. Porém, fica patente que justamente essa graça se torna juízo. Fica evidente que “as pessoas amam mais as trevas do que a luz.” Jesus pode afirmar isso porque “sabe o que está no ser humano” (Jo 2:25). Ele não se entrega a ilusões com vistas a Nicodemos e os círculos dirigentes do povo. Para Jesus, essa terrível “predileção” das pessoas pelas trevas acarretará a cruz, mas também seus emissários sofrerão grande parte dela (cf., p. ex., At 13:46; 2 Co 1:15s; 4:4). A experiência no mundo inteiro corrobora o que foi dito aqui.
Evangelho de João O DIÁLOGO COM NICODEMOS – João 3:1–21

Essa é a primeira e fundamental “prática” da verdade. “Praticar a verdade”, portanto, em primeiríssimo lugar significa o mesmo que aquilo que chamamos de “arrepender-se”. É deixar a escuridão que nos encobre e entrar na luz, na qual obviamente são expostas nossas obras, nossas obras más por natureza. Podemos nos arriscar a dar esse passo somente quando essa luz reveladora de Deus em Jesus é reconhecida simultaneamente como luz salvadora e renovadora. Arrependimento verdadeiro, sem restrições, acontece unicamente diante da cruz. No entanto, essa penitência, esse tornar-se verdadeiro na luz e, ainda, essa “fé” no Filho de Deus exaltado na cruz, o Salvador dos que estão perdidos em si mesmos, essas são obras “feitas em Deus”. Isso se confirma pela própria resposta de Jesus à pergunta de como se pode “realizar as obras de Deus”. “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6:28s).

HÁ SENTENÇA JÁ EXISTE

v. 18 ....quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus.
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