DEUS, JUSTO JUIZ
Mt 25:31–46; Jo 5:22–30; Jo 8:16; At 10:42; At 17:31; 2Co 5:10; 2Tm 4:1–8; Ap 19:11
21. Aquele, porém, que pratica a verdade. Esta aparenta ser uma afirmação imprópria e absurda, a não ser que o leitor prefira admitir que alguns são retos e verdadeiros mesmo antes que tenham sido renovados pelo Espírito de Deus, o que de forma algum se harmoniza com a doutrina uniforme da Escritura. Pois bem sabemos que a fé é a raiz da qual procedem os frutos das boas obras. Com vista a resolver esta dificuldade, Agostinho diz que praticar a verdade significa “reconhecer que somos miseráveis e destituídos de todo poder de praticar o bem”; e, por certo, é uma genuína preparação para a fé quando a convicção de nossa pobreza nos compele a fugir para a graça de Deus. Mas tudo isso é amplamente removido da intenção de Cristo, pois ele pretendia simplesmente dizer que aqueles que agem sinceramente nada desejam mais solicitamente do que a luz, para que suas obras sejam julgadas. Porque, quando tal prova é feita, torna-se mais evidente que, à vista de Deus, falam a verdade e são isentos de toda falsidade.
A CONDENAÇÃO JÁ EXISTIA
2 Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, 2 nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. 3 Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira.
DEUS É JUSTO
DEUS DÁ OPÇÃO
Há os que creem
Há os que não creem
Essa é a primeira e fundamental “prática” da verdade. “Praticar a verdade”, portanto, em primeiríssimo lugar significa o mesmo que aquilo que chamamos de “arrepender-se”. É deixar a escuridão que nos encobre e entrar na luz, na qual obviamente são expostas nossas obras, nossas obras más por natureza. Podemos nos arriscar a dar esse passo somente quando essa luz reveladora de Deus em Jesus é reconhecida simultaneamente como luz salvadora e renovadora. Arrependimento verdadeiro, sem restrições, acontece unicamente diante da cruz. No entanto, essa penitência, esse tornar-se verdadeiro na luz e, ainda, essa “fé” no Filho de Deus exaltado na cruz, o Salvador dos que estão perdidos em si mesmos, essas são obras “feitas em Deus”. Isso se confirma pela própria resposta de Jesus à pergunta de como se pode “realizar as obras de Deus”. “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6:28s).