Superando a morte

Introdução

A diferença fundamental entre o cristianismo e as outras religiões, é a afirmação que Jesus Cristo ressuicitou. Todas as outras religiões são baseadas nos ensinos dos seus fundadores, e todos esses morreram. O cristianismo é a única religião que existe basicamente no fato que seu fundador ressucitou. Isso não significa que os ensinos de Jesus não tenham importância, mas que a ressurreição é o ponto fundamental. Se a gente tira a ressurreição o cristianismo se torna em apenas em uma religião moralista como muitas outras, ou uma religião que ensina fazer o bem como muitas outras também.

Mas a idéia que alguém ressucitou sempre vai encontrar oposição, porque para o homem natural a morte é o fim. A ressurreição de Jesus encontra ainda mais oposição, porque ela não é uma ressureição qualquer, como as que Ele mesmo promoveu durante seu ministério (Ex. Lázaro). Todas essas pessoas tornaram a morrer, Jesus foi o único que ressucitou e permanece vivo. Essa realidade é um escândalo para o homem natural, e a oposição ao fato que Jesus ressucitou era uma realidade na igreja de Corinto, e quando essa doutrina fundamental é ameaçada a igreja ela caminha a passos largos para a morte.

1Coríntios 15.1–13 NAA

1 Irmãos, venho lembrar-lhes o evangelho que anunciei a vocês, o qual vocês receberam e no qual continuam firmes. 2 Por meio dele vocês também são salvos, se retiverem a palavra assim tal como a preguei a vocês, a menos que tenham crido em vão. 3 Antes de tudo, entreguei a vocês o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. 5 E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. 6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria ainda vive; porém alguns já dormem. 7 Depois, foi visto por Tiago e, mais tarde, por todos os apóstolos. 8 Por último, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo. 9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, e nem mesmo sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus. 10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou. E a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã. Pelo contrário, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo. 11 Portanto, seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim vocês creram. 12 Ora, se o que se prega é que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês afirmam que não há ressurreição de mortos? 13 E, se não há ressurreição de mortos, então Cristo não ressuscitou.

Como vimos no texto, havia ali na igreja de Corinto um grupo de pessoas que refutava a ressurreição e colocava aquela igreja em uma posição de risco, os crentes que cediam a essa idéia estavam tendo sua fé completamente abalada. Negar a ressureição é negar o próprio Deus, porque se de fato cremos em Deus da forma como Ele mesmo se apresenta na bíblia, sabemos que Ele é poderoso suficiente para ressucitar. Por isso Paulo exorta aquela igreja sobre esse risco, e refuta esses falsos ensinos que estavam se infiltrando naquela igreja.

Agora, talvez você me pergunte o que nós temos a ver com isso, que aquela realidade não é a mesma dos dias de hoje. Mas a oposição a ressuireição sempre ocorreu sempre será uma realidade para a igreja. A ressurreição como doutrina fundamental para a fé cristã, ela sempre será atacada. O problema que as vezes não percebemos por conta da forma que essa oposição chega até nós.

"Uma eventual futura ditadura anticristã seria provavelmente muito mais sutil do que conhecemos até hoje. Será, aparentemente, favorável à religião, mas sob a condição de não sejam postos em questão os seus modelos de comportamento e pensamento"Joseph Ratzinger, 1996

Como vemos na prática essa citação do Ratzinguer de 1996? Com idéias como essa do video. Essa oposição não vem diretamente descontruindo ou desacreditando a existência de Jesus, mas desconstruindo sua dividnade. O que vimos no video é fruto de ensinos como do alemão Rudolf Bultamann que viveu por volta dos anos 1880 que entre seus escritos há uma obra chamada "Demitologização". Por isso defender a ressureição identificando as oposições que a igreja enfrenta a respeito deste tema devem ser valorizados.

Como defendemos e entendemos a importância da ressureição?

A ressurreição é fundamental para a mensagem cristã.

Paulo apela para a mensagem dos profetas do Antigo Testamento que apontavam para a a vinda, morte e ressureição de Jesus. Paulo apela também para as testemunhas oculares da ressureição (os apóstolos), e também que a partir dessa experiência os apóstolos fundamentaram como doutrina para a igreja.

2. A ressurreição é fundamental para a fé cristã.

A segurança que eu tenho no fato que vou ressucitar é porque de fato creio que Jesus ressucitou.

1Coríntios 15.14–28 NAA

14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e é vã a fé que vocês têm. 15 Além disso, somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos testemunhado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. 16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a fé que vocês têm, e vocês ainda permanecem nos seus pecados. 18 E ainda mais: os que adormeceram em Cristo estão perdidos. 19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos as pessoas mais infelizes deste mundo. 20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. 21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. 22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. 23 Cada um, porém, na sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. 24 E então virá o fim, quando ele entregar o Reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. 25 Porque é necessário que ele reine até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. 26 O último inimigo a ser destruído é a morte. 27 Porque “ele sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés”. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente exclui aquele que tudo lhe sujeitou. 28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.

Paulo continua argumentando sobre a importância prática desta verdade concluindo que não tem como ser cristão sem crer na ressurreição. Se a ressurreição não existe, automaticamente estamos afirmando que os apóstolos mentiram.

O outro impacto prático para nós caso a ressurreição não seja uma verdade é que isso significa que a nossa conta ainda não foi paga e continuamos em débito com o nosso Criador. Desta forma somos descritos como os mais infelizes da Terra porque perdemos a pespectiva da eternidade, a vida se limita do berço a sepultura.

1Coríntios 15.29–34 NAA

29 De outra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se de fato os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles? 30 E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora? 31 Dia após dia, morro! Eu afirmo isso, irmãos, pelo orgulho que tenho de vocês, em Cristo Jesus, nosso Senhor. 32 Se, como homem, lutei em Éfeso contra feras, qual foi o meu proveito? Se os mortos não ressuscitam, “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”. 33 Não se enganem: “As más companhias corrompem os bons costumes.” 34 Voltem à sobriedade, como convém, e não pequem. Porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus. Digo isto para vergonha de vocês.

Paulo cita os pagãos que se batizavam pelos mortos, e diz que se dizer cristão e não crer na ressurreição é tão errado quanto os pagãos, com um agravante: Eles pelo menos são mais coerentes nos seus erros. Se não há ressureição só nos resta nos redermos ao pragmatismo, ao hedonismo e ao existencialismo.

Aplicação

Observe o conteúdo objetivo e histórico do evangelho. A mensagem cristã não é apenas uma outra visão de mundo. Não se trata fundamentalmente de como você encontra sucesso em seu trabalho, satisfação em seu casamento ou obtém cura para um problema de saúde que você tem. Ele diz respeito a algo que Cristo fez por nós - Ele morreu pelos nossos pecados.

Buscar a Cristo com expectativas apenas existenciais é negar de forma prática a ressurreição. Isso não quer dizer que o evangelho não produza algo novo na sua vida afim de resolver questões relacionadas a sua existência. Mas estou falando de algo maior, o evangelho aponta para a eternidade onde de fato experimentaremos uma nova realidade completamente livre de qualquer um desses problemas que já enfrentamos e certamente enfrentaremos durante a nossa história.