CONFIANDO NOSSO FILHO A JESUS
Sermon • Submitted
0 ratings
· 7 viewsNotes
Transcript
Diz o nosso texto que Jairo era “um dos principais da sinagoga”, ou seja, tinha uma posição de respeito, certamente não teria chegado a tal posição na hierarquia entre os judeus se não demonstrasse qualificações intelectuais e morais. Era visto, portanto, como homem de exemplo. Um líder religioso que conhecia a Palavra de Deus e buscava praticá-la. Provavelmente auxiliava no serviço religioso no sábado, bem como no oficio do ensino e administração de finanças e justiça durante a semana. Mas além desta posição de destaque, Jairo era pai. E, ao que tudo indica, pelo uso do grau diminutivo “filhinha”, um pai zeloso e carinhoso, disposto, inclusive, a arriscar sua posição social indo ao encontro de Jesus para ver sua filha curada. Enfim, a família de Jairo é o protótipo daquilo que comumente chamamos de um lar estável: posição religiosa e social de destaque, bons costumes, boa moral.
Entretanto, a estabilidade de um lar não garante que a família não passará por dificuldades e tribulações. No caso da família de Jairo, a tribulação era a enfermidade da filha que não tinha cura. Podemos perceber no texto (vv.22 e 23) três ações de Jairo em busca da cura para a filha.
1. A primeira delas diz respeito ao fato de Jairo ir ao encontro de Jesus. Ele coloca sua reputação em jogo.
Diante das dificuldades que todo pai de família tende a encontrar na caminhada. Momentos turbulentos que a família enfrenta a quem temos buscado?
Principalmente nesse cenário que passamos, numa pandemia que mexeu não apenas no cenário da saúde, mas também com as finanças.
Certamente seria questionado pelos irmãos da sinagoga. Ainda assim ele arrisca tudo para ver sua filhinha curada. Ele vai até Jesus do qual ouviu falar.
2. Como segunda ação, Jairo demonstra uma atitude de adoração a Cristo.
O ato de se jogar aos pés de alguém é o ato de prostrar-se, ou seja, ato de adoração que um judeu, especialmente na posição de Jairo, não faria de maneira leviana.
Vemos outras ocasiões na Bíblia que o ato de se prostrar demonstrava um ato de adoração, como em Atos 10: 25-26).
“E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e,prostrando-se a seus pés o adorou.
Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.”
E a Bíblia nos exorta e é clara que diante do nome de Jesus podemos e devemos dobrar nossos joelhos , demonstrando a mesma atitude e humildade que o próprio Senhor demonstrou.
“Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;
Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.”(Filipenses 2:7-11).
3. E, como terceira ação, Jairo não somente adora a Cristo, mas suplica insistentemente.
A súplica é a oração de extrema necessidade. Suplicamos quando não temos mais esperança de encontrar socorro de outra forma. Jairo suplica pela sua filhinha. Note que Jairo, diferente do que ouvimos em cultos e palestras televisivas, não determinou, não decretou, nem proclamou ou liberou a fé. Jairo simplesmente suplicou. Afinal, uma oração nunca pode ser substituída por qualquer demonstração de obras humanas perante Deus, mas ela é somente o entregar-se à graça e misericórdia de Deus.
O evangelho de Marcos mostra Jairo sendo “desinstalado” de sua vida tranquila e segura. São dois os momentos. O primeiro deles é o sofrimento pessoal de Jairo com a grave enfermidade de sua filha, situação que o motiva a se prostrar e suplicar a Jesus como sua última alternativa. Como segundo momento, convido a imaginarmos a aflição e o desespero de um pai que tem uma filha morrendo em casa e, já tendo encontrado o remédio, tarda a chegar.
Como Jairo, não importa quem sejamos, deixemos o orgulho e a arrogância de nossa posição pessoal, profissional e social de lado, e levemos a nossa dor aos cuidados do Cristo. Ele ouvirá e ajudará com o melhor. Afinal, por este texto, percebemos que nossas dores, independente de quais forem, tem o propósito de nos levar a Cristo e a, mais do que compreender, viver a fé existencialmente.
CONCLUSÃO