Tu és o Cristo de Deus
Quem é Jesus • Sermon • Submitted
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Transcript
Quem é este?
Quem é este?
Os ventos estavam fortes e o barco parecia que ia se romper pela força da tempestade. Jesus se levantou e com algumas palavras, repreendeu os ventos e o mar... De repente a tempestade se transformou em calmaria. E os que estavam no barco se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? Mateus 8:27
Era uma festa grande na casa de Simão, um dos líder religioso do grupo dos fariseus. Entrou uma mulher tida com pecadora e Derramou sobre Jesus um perfume muito precioso, cobrindo os pés do mestre de beijos. O Senhor, encheu-se de compaixão e virando-se para aquela mulher e perdoo-lhe seus pecados. Mas os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados? Lucas 7:49
Quem é este a quem nós adoramos? Quem é com quem conversamos em nossas orações? Quem é este a quem o mundo inteiro reverencia? Quem é este a quem a igreja declara sua lealdade? Quem é este a quem louvamos com o coração compungido e de mãos levantadas? Quem é Jesus?
Quando Jesus perguntou, foi Pedro quem respondeu: “Tu és o Cristo. O filho do Deus vivo”. Essa afirmação de Pedro é o fundamento sobre a qual está edificada a Igreja de Cristo e foi revelada a ele pelo próprio Deus. Por isso Jesus respondeu a Pedro dizendo:
17 Respondeu Jesus: “Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus.
Ninguém pode chegar à verdade sobre Jesus sem que o próprio Deus lhe revele isso. A compreensão de Pedro não era uma dedução humana, Deus mesmo tinha revelado essa verdade a ele.
Tu és o Cristo
Tu és o Cristo
Talvez você nunca tenha ouvido isso, mas Cristo não era o segundo nome de Jesus e nem tampouco o seu sobrenome. Então qual o significado de Jesus ser “o Cristo” e que implicações isso tem em nossas vidas? Essa será a nossa reflexão hoje à noite.
(1) Primeiro vamos tratar do significado da Palavra cristo, usada para reis, profetas e sacerdotes; (2) depois iremos ver a natureza dessas funções e o que elas tem a ver com Jesus; (3) em seguida vamos entender a origem da espera por um messias e (4) por último vamos conversar sobre a necessidade que temos do Cristo de Deus.
O significado da palavra
O significado da palavra
A palavra cristos (χριστός ) aparece mais de 500 vezes no novo testamento. Ela está presente nos evangelhos, no atos dos apóstolos, nas cartas e no apocalipse.
SACERDOTES
O termo se aplicava aos sacerdotes que eram ungidos (χριστός) com o óleo sagrado, especialmente o sumo sacerdote.
PROFETAS
Além dos sacerdotes, os profetas também recebiam o nome de “os ungidos de Deus" ou seja χριστός de Deus
REIS
E também o rei de Israel, em algumas ocasiões, era mencionado como "o ungido (χριστός) do Senhor".
De certa forma reis, sacerdotes e profetas eram “χριστός”, isto é, pessoas separadas especialmente por Deus para o cumprimento de suas missões ou ofícios. Portanto, ao dizer que Jesus é o Cristo de Deus, Pedro já o estava colocando na companhia dos reis, sacerdotes e profetas que receberam de Deus uma função, uma missão especial a cumprir.
Rei, profeta e sacerdote
Rei, profeta e sacerdote
É importante entender porque reis, profetas e sacerdotes se tornaram necessários. Isso tem relação direta com a revelação de que Jesus é o Cristo.
Deus criou o ser humano a sua imagem e semelhança. Ele passeava ao final da tarde para ver como sua criação estava. Não havia qualquer tipo de intermediários entre o criador e a sua criação.
Deus governava todas as coisas através de Adão que foi incumbido de administrar o Jardim. Não havia reis, Deus mesmo era o Rei.
Deus dizia diretamente ao casal o que ele desejava. Foi assim com as orientações sobre as árvores do jardim. Não havia profetas, Deus mesmo era o profeta.
Não havia a necessidade de ninguém para interceder por Adão e Eva ou mesmo para falar a Deus em nome deles. Deus os ouvia sem intermediários. Não havia sacerdotes, Deus mesmo era o Sacerdote.
No entanto, depois do dia fatídico em que o casal comeu da árvore que não deveria comer, romperam-se os laços de confiança no Criador e o ser humano passou a fugir da presença de Deus.
Quando mais longe a gente vai da presença do Senhor, mais a gente se esquece de quem Ele é, do que ele faz, de como ele trata sua criação. A gente vai entrando lentamente num mundo de silêncio a respeito de Deus e por isso nosso relacionamento com ele e com as pessoas vai se tornando confuso e desordenado.
Para nos lembrar de quem ele é e nos ajudar a ordenar esses relacionamentos, Deus instituiu Profetas, Sacerdotes e Reis como pontos de contato entre Ele e nós.
Deus sabia que essas pessoas eram imperfeitas, por isso prometeu que na plenitude dos tempos enviaria alguém capaz de fazer com perfeição essa ligação. Como disse o escritor de Hebreus, aqueles homens eram sombras do prometido, o Cristo perfeito de Deus.
Portanto, quando Pedro chamou Jesus de Cristo estava dizendo que reconhecia Jesus como “o” ungido especial de Deus, enviado para cumprir com perfeição a função de ser a presença de Deus neste mundo, capacitado para exercer com perfeição a tríplice função de Rei, Profeta e Sacerdote. Esse era “o” cristo a quem Pedro estava se referindo quando respondeu a pergunta de Jesus.
O descendente
O descendente
Mas qual a origem dessa ideia de que Deus enviaria alguém para fazer diferença na vida da humanidade? Essa expectativa dos dias de Jesus por um messias tinha algum fundamento real? Para descobrirmos precisamos voltar ao princípio. Vejamos o que nos fala o livro de gênesis:
14 Então o Senhor Deus declarou à serpente: “Uma vez que você fez isso, maldita é você entre todos os rebanhos domésticos e entre todos os animais selvagens! Sobre o seu ventre você rastejará, e pó comerá todos os dias da sua vida.
15 Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar”.
Lá no Jardim do Éden, ainda lidando com o pecado do primeiro casal, Deus prometeu que nasceria um descendente de Eva que seria capaz de ferir de morte as forças espirituais rebeldes personificadas na serpente. Assim, desde o Gênesis se aguarda a vinda desse enviado especial de Deus.
Portanto a expectativa dos dias de Jesus agarrava-se à promessa feita pelo próprio Deus, de que através do Messias toda a ação destruidora da serpente seria aniquilada. Assim a desconfiança e o medo, que invadiram o jardim e levaram à desobediência do primeiro casal, seriam banidos para sempre e o ser humano voltaria a manter comunhão com seu criador.
Por isso, ao chamar Jesus de Cristo, além de afirmar que Jesus era o enviado de Deus capaz de cumprir com perfeição as funções sacerdotais, proféticas e reais, Pedro reconheceu que Jesus era o descendente da mulher, prometido por Deus no jardim, para esmagar a cabeça da serpente.
A Escritura
A Escritura
Tu és o Cristo. Era isso que Pedro estava dizendo. Tu és aquele que foi prometido por Deus. Jesus afirmou que Pedro estava falando inspirado por Deus apoiado nas Escrituras.
A Escritura testemunha de Cristo
A Escritura testemunha de Cristo
Jesus afirmou que Moisés escrevera sobre ele.
39 Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras, porque pensam que nelas vocês têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito;
46 Se vocês cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito.
A Escritura converge para Cristo
A Escritura converge para Cristo
Jesus explicou isso a alguns discípulos no caminho de Emaús.
27 E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras.
A Escritura se cumpre em Cristo
A Escritura se cumpre em Cristo
Isto é, quando você tem Cristo, você terá tudo o mais que Deus prometeu através dele.
19 Pois Jesus Cristo, o Filho de Deus, que foi anunciado entre vocês por Silas, por Timóteo e por mim mesmo, não é “sim” e “não” ao mesmo tempo. Pelo contrário, ele é o “sim” de Deus
20 porque é o “sim” de todas as promessas de Deus. Por isso dizemos “amém”, por meio de Jesus Cristo, para a glória de Deus.
Precisamos do Cristo
Precisamos do Cristo
Os judeus entendiam que eles precisavam do Cristo prometido. Nos dias do ministério de Jesus eles ansiavam pelo Cristo de Deus, o seu ungido perfeito, porque as profecias diziam que Ele libertaria Israel. Vejamos duas cenas dessa expectativa:
63 Mas Jesus permaneceu em silêncio. O sumo sacerdote lhe disse: “Exijo que você jure pelo Deus vivo: se você é o Cristo, o Filho de Deus, diga-nos”.
15 O povo estava em grande expectativa, questionando em seu coração se acaso João não seria o Cristo.
16 João respondeu a todos: “Eu os batizo com água. Mas virá alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de desamarrar as correias das suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Israel achava que precisava de Cristo porque estavam sob o jugo romano e aguardavam sua libertação pelas mãos do messias. Mas Jesus compreendia de forma diferente essa libertação. Sempre que ele falava de liberdade, os religiosos de sua época pareciam não compreender, como foi registrado por João:
31 Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos.
32 E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.
33 Eles lhe responderam: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres?”
Acontece da mesma forma com a gente. Temos a promessa de libertação dada por Cristo, mas nem sempre a gente entende do que ele de fato quer nos libertar. Muita gente acha que precisa de Cristo para libertar-se das aflições e problemas da vida. Querem ser livres, mas têm sua própria lista:
Das dívidas, da liseira;
Do emprego, do chefe;
Da sogra, do marido, dos filhos;
Dos compromissos, das responsabilidades, das obrigações;
Da casa velha, do carro velho, das roupas velhas;
Das doenças, das dores e de tudo que nos desagrada;
Mas Jesus explicou bem direitinho de que liberdade ele estava falando. Olha o que ele disse:
34 Jesus respondeu: “Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado.
35 O escravo não tem lugar permanente na família, mas o filho pertence a ela para sempre.
36 Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres.
É por causa do pecado que você precisa de Jesus, o Cristo de Deus. Não é por causa daquela lista que li antes; é porque só Jesus pode libertá-lo desse isolamento que você vive de Deus, situação em que você chegou por causa de sua desconfiança nele e de sua desobediência a ele.
Jesus apostou a própria vida nos planos de Deus para a humanidade. Ele pagou o preço da sua desconfiança, meu amigo, ele sofreu as dores do seu pecado, para que um caminho de volta a Deus pudesse ser aberto para você. Por isso, você PRECISA SIM de Jesus, o Cristo de Deus.
A soberania de Deus
A soberania de Deus
Você precisa de Jesus porque você não sabe mais o que é viver sob a autoridade de um rei completamente confiável.
Olhando para Jesus você vai descobrir que Deus é esse Rei; não um rei qualquer, mas um rei digno, verdadeiro, justo, amoroso, cheio de graça e misericórdia. Um rei que entregou o próprio filho para que você voltasse a confiar no amor dele.
Você precisa de Jesus para libertar-se do medo da vontade de Deus e aprender a viver uma vida de confiança na soberania dele sobre sua vida.
Jesus confiou inteiramente em Deus para demonstrar que Deus é completamente confiável em sua vontade a nosso respeito. Assim, em Jesus, Deus volta a ser o Rei.
A intimidade com Deus
A intimidade com Deus
Você precisa de Jesus porque para ouvir a Deus você ainda depende de alguém que traga um recado dele. Você não sabe falar com Deus face a face, como faziam Adão e Eva.
Olhando para Jesus você vai descobrir um Deus que nos procura e deseja ser conhecido. Não é preciso que ninguém o traduza para você, e ele mesmo se faz presente em sua vida .
Você precisa de Jesus para libertar-se do medo da presença de Deus e aprender a viver uma vida em que a voz de Deus deixa ser um espanto e se tornar parte do dia-a-dia.
Jesus obedeceu completamente a à voz de Deus para que você visse que ouvir a Deus não é uma insanidade. Ele é um Deus que fala, ama e se relaciona. Assim, em Jesus, Deus volta a ser o profeta.
A suficiência de Deus
A suficiência de Deus
Você precisa de Jesus porque continua fazendo sacrifícios para Deus. Você faz promessas, votos, vigílias, correntes, e todo tipo de acordo, pensando que dessa forma você vai trazer Deus para o seu lado.
Olhando para Jesus você vai descobri que sua dívida é é impagável. Não há nada que você mesmo possa fazer, porque o preço a pagar é a sua própria vida. Mas vai descobrir também que Jesus entregou a vida dele para que você não precisasse perder a sua.
Você precisa de Jesus para libertar-se das falsas barganhas e por meio da fé receber a vida plena que vem de Deus, aprendendo a viver na dependência do amor dele demonstrado por Jesus na cruz do calvário.
Jesus entregou-se a Deus para que você visse que não há necessidade de sacrifícios para se relacionar com ele. Assim, em Jesus, Deus volta a ser o sacerdote.
O plano de Deus
O plano de Deus
Qual é o plano de Deus nisso tudo. O Plano é que você faça como Pedro e responda do fundo de sua alma: Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo, e renda-se a Jesus como sua única oportunidade para viver a vida plena que Deus preparou para você. Não perca tempo. O tempo é agora.