Feliz é o homem que teme ao Senhor

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Explicação

Por que o Salmo 1 é o primeiro salmo?
Quem quer que tenha feito a coletânea dos Salmos em um só volume, seja Esdras ou alguma outra pessoa, parece ter colocado este Salmo no início à guisa de prefácio, no qual o autor inculca a todos os piedosos o dever de se meditar na lei de Deus. A suma e substância de todo o Salmo consistem em que são bem-aventurados os que aplicam seus corações a buscar a sabedoria celestial; ao passo que, os profanos desprezadores de Deus, ainda que por algum tempo se julguem felizes, por fim terão o mais miserável fim. (Calvino)
Em conjunto, os Salmos 1 e 2 formam duas chaves que nos ajudam a entender todo o livro. Esta primeira chave começa contrastando os dois caminhos nos quais as pessoas podem e devem viver. Esta abertura se propõe a desafiar os leitores a se comprometerem com o Senhor e com sua lei. (Allan Harman)
O Salmo 1 é um salmo de sabedoria
O significado disso é que não podemos entendê-lo como:
Uma promessa promessa propriamente dita propriamente dita.
A princípio ele é um a constatação da realidade geral.
Isso evitará agir como os amigos de Jó diante do sofrimento de um homem justo (Bem-aventurado) ou na crise de Asafe no Salmo 73 ao observar a prosperidade dos ímpios. O Salmo 1 não está dizendo que o justo não sofre, mas que ele é firme como um árvores bem plantada e que no final permanecerá com o Senhor.
Jesus nos ensina nas bem-aventuranças que os que temem ao Senhor são bem aventurados porque receberão recompensas do Senhor no futuro, embora no presente sejam perseguidos e eles são igualmente bem aventurados por isso.
Assim, a felicidade consiste em temer a Deus e afastar-se do mal.
Provérbios 3.1–8 RA
1 Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos; 2 porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz. 3 Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao pescoço; escreve-as na tábua do teu coração 4 e acharás graça e boa compreensão diante de Deus e dos homens. 5 Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. 6 Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. 7 Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal; 8 será isto saúde para o teu corpo e refrigério, para os teus ossos.
No Salmo 1 o temor a Deus se manifesta no prazer que o homem tem na Palavra de Deus e em fazer dela a sua meditação diuturna.
Salmo 1.2 RA
2 Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.

Exposição

O homem bem-aventurado não “congrega” com o ímpio

Salmo 1.1 RA
1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
No Salmo 1 os homens que não temem a Deus são identificados por vário adjetivos:
Ímpios
Pecadores
Escarnecedores
Perversos (v. 5)
O homem bem-aventurado ele não comunga com o ímpio: ele não toma seus conselhos, nem compartilha de seu modo de vida, nem faz deles a sua companhia.
Aqui, portanto, o homem bem-aventurado é identificado pelo que não faz: ele não congrega com o ímpio e sua impiedade.

O homem bem-aventurado ama a lei de Deus (ao contrário)

Salmo 1.2 RA
2 Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
Veja que não é só uma questão de obediência servil (mesmo um ímpio pode fazer isso), mas de amor pela lei, que é o mesmo de amar a Deus. Seu prazer está em Deus, em seus mandamentos e pensamentos. Ele descobriu que a vontade de Deus é o bom, o perfeito e o agradável (Rm 12.2). Ele descobriu o espírito da lei e não apenas a sua letra. Por isso, ele se mantem em meditação constante, buscando não apenas conhecer, mas também aplicar a lei de à sua vida.

Duas comparações esclarecedoras

O homem bem-aventurado é como um árvore
Salmo 1.3 “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.”
Essa comparação evoca permanência e prosperidade. A constante meditação na Lei do Senhor está para o homem bem-aventurado como as correntes de águas estão para a árvore. O resultado disso é que esse homem dá fruto (boas obras), é constante e será bem sucedido em tudo quanto fizer. (Entenderemos melhor isso no final - v. 6)
Os ímpios são como palha
Salmo 1.4 RA
4 Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa.
Enquanto o homem bem-aventurado é uma árvore, o ímpio é palha ao vento. Ser conduzido pelo vento na linguagem da saberia expressa um vida sem sentido, cujo os tesouros se vão e que no final tudo o que tem como real é a morte e o encontro com Deus. Isso não é bom. Os ímpios são infelizes e não sabem disso. A liberdade aparente do vento os está conduzindo para destruição, mas eles não estão considerando nisso.

O ímpio não congregará com o homem bem-aventurado

Salmo 1.5 RA
5 Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos.

O Senhor ama o homem bem-aventurado

Salmo 1.6 RA
6 Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá.

Conclusão

O homem bem-aventurado é Jesus Cristo.
Quando eu vejo a descrição deste homem no Salmo 1 não é difícil perceber que eu não me enquadro perfeitamente. Não que eu não queira ser assim: eu tenho orado e me esforçado, tem sido uma busca para mim. Mas ainda não posso dizer que este Salmo é sobre e não posso me sentir confiante a respeito do versículo 5, não por meus próprio méritos.
Mesmo assim estou seguro! Pois tenho um Salvador. Jesus se enquadro perfeitamente no Salmo 1. Ele tem prazer na Lei, meditou nela e a obedeceu perfeitamente e sofreu seu castigo por mim e por todos os que creem Nele. Sou um homem bem-aventurado porque creio em Jesus e por causa Dele eu abandonei o caminho dos ímpios (Espirito) e tenho certeza que permanecerei na congregação do justo e mais ainda. Sei que Deus me ama é por isso que o amo também.
O Salmo 1 é um convite a que creiamos em Jesus.
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