ESPERANÇA VIVA
Evangelismo setembro de 2021 • Sermon • Submitted
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ESPERANÇA VIVA
INTRODUÇÃO
Muitos anos atrás, pesquisadores realizaram um experimento para ver o efeito que a esperança tem naqueles que passam por dificuldades. Dois grupos de ratos de laboratório foram colocados em reservatórios de água separados. Os pesquisadores deixaram um grupo na água e descobriram que, em uma hora, todos haviam se afogado. Os outros ratos eram periodicamente retirados da água e então devolvidos. Quando isso aconteceu, o segundo grupo de ratos nadou por mais de 24 horas. Por quê? Não porque tiveram um descanso, mas porque de repente eles tiveram esperança!
De alguma forma, aqueles animais esperavam que, se conseguissem flutuar só um pouco mais, alguém os alcançaria e os resgataria. Se a esperança detém tanto poder sobre roedores irracionais, quão maior deve ser seu efeito em nossas vidas.
O diretor de uma clínica médica falou sobre um jovem com uma doença terminal que veio fazer seu tratamento usual. Um novo médico que estava de plantão disse de forma casual e cruel: “Você sabe, né? Você não passa deste ano”.
Quando saiu, o jovem parou na mesa do diretor e chorou. “Aquele homem tirou minha esperança”, desabafou.
“Eu acho que tirou”, respondeu o diretor. “Talvez seja hora de encontrar uma nova.”
Ao comentar sobre esse incidente, Lewis Smedes escreveu: “Há esperança quando ela é retirada? Há esperança quando a situação é irremediável? Essa pergunta nos leva à esperança cristã, pois, na Bíblia, a esperança não é mais uma paixão pelo possível. Ela se torna uma paixão pela promessa”.
A Bíblia está cheia de promessas esperançosas. Um dos grandes propósitos das Escrituras é nos dar esperança é o que afirma Paulo em: “Pois tudo o que no passado foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Romanos 15:4).
Note com atenção… as experiências dos crentes do Antigo Testamento foram registradas para nos dar esperança. Uma das histórias mais desencorajadoras, embora esperançosas, do Antigo Testamento é a história de Jacó. A história dele é uma história de esperança em meio ao fracasso. É uma história de esperança em meio à derrota. É uma história de engano, mentiras, raiva e relacionamentos quebrantados, mas também é uma história de arrependimento, perdão, mudança e alegria. É uma história de fugir de Deus e encontrar Deus. É a história de Deus transformando aquilo que parecia ser um desastre em uma bênção. E a história de Jacó é especial e muito relevante ao povo dos fins dos tempos, pois eles passarão pelo que as Escrituras chamam de “Tempo da Angústia de Jacó”.
I – O ENGANO DE REBECA E JACÓ
Jacó e Esaú, os filhos de Isaque e Rebeca, eram gêmeos. Esaú nasceu um pouco antes de Jacó. Como consequência, ele era o verdadeiro herdeiro das bênçãos da primogenitura. No entanto, no nascimento de Jacó, Deus deu a Rebeca esta promessa encontrada em Gênesis 25:23: “E o Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor”. O mais velho, Esaú, serviria a seu irmão Jacó.
Em outras palavras, o filho mais novo herdaria a promessa do primogênito. À medida que os garotos cresciam, Esaú amava caçar, e Jacó adorava uma vida mais calma perto de casa. Jacó era mais um líder espiritual, e Esaú, mais um homem aventureiro ao ar livre.
Como Deus havia prometido a bênção da primogenitura a Jacó, Rebeca começou a conspirar com ele como conseguir o que Deus prometeu.
Encontramos a história em Gênesis 27. Rebeca ouviu uma conversa entre Isaque e Esaú em relação à bênção da primogenitura. Quando Esaú saiu a campo para caçar a comida preferida do pai e, então, preparar a refeição em harmonia com o conceito de banquete antes de conceder a bênção, Rebeca entrou em ação.
Ela incentivou Jacó a se vestir como Esaú, colocar sobre si roupas peludas como Esaú e se aproximar de seu pai com a mentira de que ele era seu irmão. Embora um pouco duvidoso, Isaque acreditou na mentira e abençoou Jacó com o direito de progenitura. Aqui está o apelo de Jacó para o pai em Gênesis 27:19: “Jacó disse a seu pai: ‘Sou Esaú, seu filho mais velho. Fiz como o senhor me disse. Agora, assente-se e coma do que cacei para que me abençoe’”.
Em vez de esperar o tempo de Deus e permitir que Deus resolvesse o problema à Sua própria maneira, Jacó e sua mãe, Rebeca, recorreram ao engano, à mentira e à deturpação.
Impelido por sua mãe, Jacó enganou seu pai e mentiu sobre sua identidade. Ele desejava a primogenitura que estava prestes a ser dada a seu irmão mais velho, Esaú.
Qual era a raiz do problema de falta de fé e autopiedade de Jacó? Na cultura hebraica, a primogenitura carregava pelo menos três responsabilidades significativas:
1. O primogênito tinha a superioridade sobre todos na família.
2. O primogênito era o líder espiritual da família.
3. O primogênito era o herdeiro da maior parte da riqueza do pai.
Esaú tinha pouco interesse nas coisas espirituais. Ele queria a riqueza de seu pai. Ao ver a falta de liderança e espiritualidade dele, Rebeca pressionou seu marido Isaque a dar a primogenitura a Jacó. Na verdade, Deus havia prometido que a primogenitura seria de Jacó. No livro Patriarcas e Profetas, Ellen White faz esta declaração perspicaz:
“Jacó e Rebeca foram bem-sucedidos em seu propósito, mas ganharam apenas inquietações e tristeza por seu engano. Deus declarara que Jacó receberia a primogenitura, e Sua palavra ter-se-ia cumprido ao tempo que Lhe aprouvesse, se tivessem pela fé esperado por Ele a fim de operar em favor deles. Mas, semelhantes a muitos que hoje professam ser filhos de Deus, não estiveram dispostos a deixar esta questão em Suas mãos. Rebeca arrependera-se amargamente do mau conselho que dera a seu filho; tal fora o meio de separá-lo dela, e nunca mais lhe viu o rosto. Desde a hora em que recebeu a primogenitura, Jacó sentiu sobre si o peso da condenação própria. Tinha pecado contra o pai, o irmão, a própria alma, e contra Deus. Em uma rápida hora, efetuara uma ação para o arrependimento de uma vida. Vívida se achava esta cena diante dele nos anos posteriores, quando o procedimento ímpio de seus próprios filhos lhe oprimia a alma” (Patriarcas e Profetas, p. 123).
Jacó acreditava que o direito de primogenitura deveria ser dele e não de seu irmão. Ele se sentiu excluído e tratado injustamente. Sua atitude pode ser resumida nestas palavras: “Coitadinho de mim! Meu irmão está recebendo a primogenitura e eu não”.
O autor Stephen Fry faz esta declaração perspicaz sobre a autopiedade: “A autopiedade vai destruir relacionamentos, vai destruir qualquer coisa que seja boa, vai cumprir todas as profecias realizadas e deixar apenas a si mesma. E é tão simples achar que você é prejudicado, que as coisas são injustas, que você é subestimado e que se você apenas tivesse tido a oportunidade nisso, tivesse tido a oportunidade naquilo, as coisas teriam sido melhores, você seria mais feliz se apenas isso tivesse acontecido, que você é azarado. Todas essas coisas. E algumas até podem ser verdade. Mas ter pena de si mesmo como resultado delas é prestar a si mesmo um enorme desserviço”.
A autopiedade levou à mentira e ao engano. A mentira e o engano levaram a um relacionamento rompido com seu irmão Esaú. Isso o levou a fugir de casa cheio de culpa.
Quando Esaú voltou de sua expedição de caça e descobriu que seu pai havia dado a primogenitura a Jacó, ele ficou furioso. Seu único desejo agora era matar seu irmão.
II – JACÓ FOGE
Rebeca ouviu os planos de Esaú e incitou Jacó a fugir. O pecado tem consequências. Cheio de culpa, Jacó fugiu. Ele não veria sua mãe novamente. O relacionamento que uma vez eles tiveram acabou para sempre. Guiado por uma consciência condenadora, a longa e árdua jornada de Berseba a Harã, a terra do irmão de sua mãe, Labão.
Ele vagueou sozinho desde Berseba até Harã, cerca de 800 km. Berseba fica no sul de Israel, e Harã está na fronteira com a Turquia. Após viajar por dois dias pelo árido deserto, Jacó estava exausto e parou para descansar durante a noite.
Seu coração estava pesado. Ele estava consumido pela culpa. Ele havia mentido para seu pai, enganado seu irmão e agora estava separado de sua mãe.
III – A GARANTIA DE DEUS
Cansado e sozinho, exausto e cheio de culpa, cansado demais para dar outro passo, Jacó se deitou no chão frio com uma pedra como travesseiro e dormiu, mas foi então que Deus apareceu em um sonho e deu ao fugitivo em fuga a garantia de Sua presença.
Gênesis 28:11-12 “Chegando a determinado lugar, parou para pernoitar, porque o sol já se havia posto. Tomando uma das pedras dali, usou-a como travesseiro e deitou-se. E teve um sonho no qual viu uma escada apoiada na terra; o seu topo alcançava os céus, e os anjos de Deus subiam e desciam por ela.” Deus falou com Jacó em Gênesis 28:15: “Estou com você e cuidarei de você, aonde quer que vá; e eu o trarei de volta a esta terra. Não o deixarei enquanto não fizer o que lhe prometi”.
Aqui está a incrível boa-nova do evangelho: a escada o alcançou Jacó em sua culpa, desespero e solidão, e ela alcança você também, onde você está? Por qual deserto tem vagueado? Qual a solidão que toma conta de sua vida? A escada, é claro, representa Jesus, Aquele que conecta a humanidade caída com as delícias eternas do mundo perfeito do Céu. Jesus chega aonde você está, qualquer que seja sua circunstância Ele vai te ajudar.
Relacionamento quebrado, amizade rompida, casamento ferido, a escada o alcança onde você estiver. Falhas, erros, culpa, condenação, um passado que o assombra, a escada o alcança onde você está. Fraqueza, fragilidade espiritual, complacência, mornidão, a escada o alcança onde você está. Apesar das falhas de Jacó, apesar de sua mentira e engano, apesar de seu egoísmo e cobiça, apesar de sua falta de fé e desajustada confiança, Deus ainda tinha um plano para a vida de Jacó. A escada o alcançou onde ele estava.
Betel foi o lugar onde Jacó encontrou Deus e recomeçou. Esta noite pode ser o Betel de alguém, o lugar onde Deus toca você e você recomeça. A escada o alcança onde você está. Na manhã seguinte, Jacó seguiu para Harã com um novo ânimo em seus passos e uma nova resolução em seu coração de servir a Deus. Ele havia encontrado Deus em Betel, e isso fez toda a diferença. A jornada não pareceu mais tão longa. Quando viajamos pela estrada da vida com Jesus, a jornada mais desafiadora é mais fácil. Ao chegar a Harã, Jacó conheceu Raquel e quase instantaneamente sentiu que ela era a escolhida de Deus para ele. O amor cresceu em seu coração, e ele estava disposto a trabalhar sete anos por ela. Mas note algo extremamente fascinante.
IV – NOSSAS AÇÕES TÊM CONSEQUÊNCIAS
Jacó enganou seu irmão, e seu futuro sogro o enganou. Ele trabalhou sete anos por Raquel e recebeu Lia. Então, ele precisou trabalhar mais sete anos.
Pense sobre a lei da semeadura e da colheita na Bíblia:
1. Os três valorosos hebreus foram lançados em uma fornalha ardente, e aqueles que os lançaram são consumidos.
2. Daniel foi lançado na cova dos leões, e aqueles que o lançaram para dentro eventualmente são comidos pelos leões.
3. Hamã foi enforcado na forca que ele tinha feito para Mordecai.
4. Asa colocou o profeta na prisão e acorrentou seus pés. Asa terminou com uma doença nos pés.
5. Davi cometeu adultério com Bate-Seba e fez com que o marido dela, Urias, fosse assassinado; o filho de seu adultério morreu, e Davi viveu uma vida de profundo luto e perda.
Gálatas 6:7 é claro neste ponto: “De Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá”. Colhemos o que semeamos.
“Semeie um pensamento, e você colherá uma ação. Semeia uma ação, e você colherá um hábito. Semeie um hábito, e você colherá um caráter. Semeie um caráter, e você colherá um destino” (Ralph Waldo Emerson).
Após servir fielmente a Labão por vinte anos, Jacó sentiu que era hora de voltar para casa. Embora ele tivesse medo do que Esaú poderia fazer, ele sabia que precisava voltar à terra de sua infância. Cada milha da longa jornada criava uma ansiedade maior. Ele temia por sua própria segurança e pela segurança de sua família.
Gênesis 32:7 declara: “Então Jacó temeu muito e angustiou-se; e repartiu o povo que com ele estava, e as ovelhas, e as vacas, e os camelos, em dois bandos”.
Não é difícil ver a estratégia de Jacó aqui. Se um grupo fosse atacado, o outro poderia fugir em segurança. Ele não via seu irmão por 20 anos e estava incerto de como ele reagiria. Ele sabia que seu irmão era um guerreiro e, quando soube que ele se aproximava com quatrocentos homens, ficou com muito medo.
V – JACÓ LUTA COM DEUS
Gênesis 32:22-32, Oséias 14:4
Jacó se arrependeu... Jacó orou... Jacó perseverou… Jacó triunfou.
Gênesis 32:10: “Não sou digno de toda a bondade e lealdade com que trataste o teu servo”.
O primeiro passo para se reconciliar com outros é nos acertarmos com Deus. Jacó não procurou uma justificativa para suas ações. Ele não culpou Esaú pelo que ele havia feito. Ele se arrependeu diante de Deus. Gênesis 32:24 acrescenta: “E Jacó ficou sozinho. Então veio um homem que se pôs a lutar com ele até o amanhecer”.
No livro Patriarcas e Profetas, eu li: “Pela humilhação, arrependimento e entrega de si mesmo, este pecaminoso e falível mortal prevaleceu com a Majestade do Céu. Firmara suas mãos trêmulas nas promessas de Deus, e o coração do Amor infinito não podia desviar o rogo do pecador” (p. 137).
Há algumas coisas pelas quais vale a pena lutar: o relacionamento de Jacó com Deus foi restaurado... seu relacionamento com seu irmão foi restaurando, seus relacionamentos dentro de sua própria família foram restaurados.
VI – QUATRO LIÇÕES DA NOITE DE LUTA DE JACÓ COM DEUS
1. Jacó reconheceu suas falhas.
2. Jacó procurou Deus em arrependimento.
3. Jacó perseverou até triunfar.
4. Jacó recebeu forças para enfrentar seu irmão porque ele viu a face de Deus.
Após 20 anos, Jacó encontrou seu irmão Esaú. Gênesis 33:4: “Mas Esaú correu ao encontro de Jacó e abraçou-se ao seu pescoço, e o beijou. E eles choraram”. Deus ainda restaura relacionamentos. Deus ainda cura corações partidos. Deus ainda reconstrói vidas fragmentadas. Quando Jacó estava lutando em oração com Deus durante a noite, o que estava acontecendo na vida de Esaú? Ellen White abre as cortinas e nos dá uma visão divina.
“Enquanto Jacó estava a lutar com o Anjo, outro mensageiro celeste foi enviado a Esaú. Em sonho viu Esaú seu irmão, que durante vinte anos fora um exilado da casa de seu pai, testemunhou-lhe a dor ao encontrar morta a mãe, viu-o rodeado pelos exércitos de Deus. Este sonho foi relatado por Esaú aos seus soldados, com a ordem de não fazerem mal a Jacó; pois o Deus de seu pai estava com ele” (Patriarcas e Profetas, p. 136).
Jacó perseverou em oração, e Deus começou a trabalhar enviando um anjo a Esaú para amolecer seu coração e prepará-lo para encontrar Jacó em paz. Quando oramos, Deus envia anjos para trabalhar no coração daqueles por quem oramos. Jacó aprendeu uma lição vital que ele não havia aprendido 20 anos antes: não se apoiar em sua própria força, mas confiar nas promessas de Deus.
CONCLUSÃO
Imagine esta cena… Os guerreiros de Esaú estão se aproximando de Jacó. Medo preenche seu coração... ele luta a noite toda com o anjo do Senhor, Jesus Cristo.
Esse é o tempo de angústia de Jacó. Um exército de inimigos se aproxima. Ele não tem poder algum contra eles. Tudo ao seu redor grita derrota. Todo apoio terreno é removido. O futuro parece sombrio. A morte parece certa. O profeta Jeremias, escrevendo sobre isso cerca de mil anos depois desse evento, nos lança para o fim dos tempos.
Jeremias 30:5-7: “Assim diz o Senhor: ‘Ouvem-se gritos de pânico, de pavor e não de paz. Pergunte e veja: Pode um homem dar à luz? Por que vejo, então, todos os homens com as mãos no estômago, como uma mulher em trabalho de parto? Por que estão pálidos todos os rostos? Como será terrível aquele dia! Sem comparação! Será tempo de angústia para Jacó; mas ele será salvo’”.
Há um paralelo entre a noite de luta de Jacó com Deus, em oração em seu tempo de angústia e o povo de Deus passando pelo tempo de angústia nos últimos dias. O comentário de Ellen White sobre a angústia de Jacó deixa claro: “Assim como Jacó foi ameaçado de morte por seu irmão irado, o povo de Deus estará em perigo por parte dos ímpios, que procurarão destruí-los. E assim como o patriarca lutou toda a noite para conseguir livramento da mão de Esaú, clamarão os justos a Deus dia e noite por livramento dos inimigos que os cercam” (Patriarcas e Profetas, p. 137).
No esquema dos últimos dias, a angústia de Jacó começa no encerramento do período da graça. Todo mundo já tomou sua decisão final e irrevogável. Como o Apocalipse declara enfaticamente: “Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça” (Apocalipse 22:11). No momento em que cada ser humano do planeta Terra tiver decidido a favor ou contra Cristo, a porta da graça se fechará e logo depois o tempo de angústia de Jacó começará.
O que será necessário para passar pelo tempo das pragas quando, todo o apoio terreno for removido? Será necessária uma experiência de fé duradoura, oração fervorosa e compromisso total. Quando você acha que aprenderemos essas lições de fé? Quando você acha que descobriremos os segredos da oração vitoriosa? Quando você acha que seremos levados a assumir todo o nosso compromisso com Cristo? Quando você acha que Deus está nos ensinando a defender o correto apesar da queda do Céu? Será que Deus não está ansiando nos ensinar essas lições agora? Lições de verdade, lições de absoluta dependência a Ele, lições de total comprometimento.
Jacó reconheceu que não tinha outra ajuda e que se Deus não operasse um milagre, sua vida teria acabado. Enquanto ele orava, Deus o reassegurou de Sua mão protetora. No mesmo momento de sua oração, Deus enviou anjos para amolecer o coração de Esaú, e, após vinte anos, os dois irmãos se encontraram, se abraçaram e choraram.
APELO
Recebemos um último vislumbre de Jacó no último livro da Bíblia, Apocalipse, capítulo 21, nos versos 12, 13.
Lembre-se de que o nome de Jacó foi mudado de Jacó, o enganador, para Israel, aquele que prevaleceu. Ao descrever a Cidade Santa e os portões da cidade, Apocalipse revela que os nomes das doze tribos de Israel estão acima dos portões. A princípio, isso pode ser surpreendente. Os filhos de Jacó poderiam ser julgados em uma corte por roubo, adultério, assassinato e tantos outros crimes e ainda assim seus nomes estariam acima dos portões da Cidade Santa? Por quê? Porque eles foram pecadores salvos pela graça. Eles aceitaram o conselho divino, arrependeram-se de seus pecados, experimentaram a graça salvadora de Deus e foram vitoriosos.
Seus nomes estão escritos lá para nos dar esperança. Se eles conseguiram, nós também conseguimos. Se eles estão lá, nós também podemos estar. Se a família de Jacó, que passou por tanto conflito e adversidade, luta e dificuldades, relações quebrantadas e disfuncionalidade, pode estar lá, nós também podemos estar lá com nossas famílias. Nunca desista, meu amigo. Há esperança para você, para seus filhos, para sua família, porque Jesus, o poderoso guerreiro, está do seu lado.