Tudo tem seu tempo determinado
Deus estruturou o tempo de maneira soberana (3:1–8). Pinto, C. O. C. (2006). Foco e Desenvolvimento no Antigo Testamento (p. 572). São Paulo: Editora Hagnos.
Alguém tem as horas?
Michael Kelley observou que
A qualidade precisa da rebelião do homem está em sua suprema aspiração de fazer com que a natureza e a história sirvam e glorifiquem o homem. Para realizar esse objetivo, ele deve ter o domínio absoluto do tempo e seu conteúdo.3
A intenção do Mestre aqui não é diretamente fazer prescrições para a vida, mas principalmente oferecer pronunciamentos sobre o fato de que, da perspectiva de Deus, é ele quem ordena todos os aspectos da vida e das ações das pessoas.
Deus estabeleceu tanto o dia do nosso nascimento como o dia do nosso funeral.
No antigo paganismo… o homem humanista procurava governar o tempo por meio de ritos cujo propósito era controlar o tempo e a natureza. Nos cultos de fertilidade e caos, os homens acreditavam poder tornar frutífera novamente a natureza, apagar a história e pecados passados, reverter o tempo e a ordem, e gerar, eles próprios, a natureza e a história.4
Há um tempo para a execução de assassinos ou para destruir inimigos numa guerra justa (v. 3).
A propósito, essa ação contra assassinos é favorecida na Escritura, não porque os seres humanos são soberanos ou a sociedade e as vítimas enlutadas são de algum modo beneficiadas, mas sim porque as pessoas são imensamente importantes para Deus – elas são criadas à imagem de Deus [Gn 9.6]. Matar outra pessoa por maldade, ficando deliberadamente à espreita para fazer tal coisa (homicídio em primeiro grau), é matar Deus em sua imagem. Assim, quando a culpa pode ser comprovada acima de toda dúvida aceitável, a única alternativa para o estado, agente devidamente autorizado por Deus nesse caso, é mostrar respeito por Deus e pelo valor da imagem de Deus no homem, mediante a execução do assassino.
Junto com tirar a vida nessas ocasiões indicadas, o plano de Deus inclui um tempo para “curar”, ou, literalmente, “costurar”, “curar uma ferida”.