DRAMA 6
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Transcript
A grande história Bíblica está no momento do fim. Depois de uma criação perfeita, o homem cai em pecado e o enredo de sua história narra várias consequências terríveis. Homicídio, poligamia, orgulho, vaidade e todo o tipo de mal devasta o homem integralmente. Os filhos dos homens, descendentes da serpente, seguem a jornada de Caim, que era do maligno e nunca se voltou ao Senhor, mesmo tendo oportunidades para isso. Os filhos dos homens, descendentes da mulher, crescem com um povo voltado para a adoração a Deus, porém acabam se corrompendo ao se aliançarem com as filhas dos filhos dos homens. Esse casamento com o pecado leva pesar ao coração de Deus, que decreta destruição a tudo.
“As coisas chegaram a uma situação tão degradante que Deus decide destruir o mundo por meio de um grande Dilúvio com o intuito de começar tudo de novo. Noé será como um novo Adão”.
O dilúvio era o juízo decretado e irrevogável. A pregação de Noé apontando o pecado e o símbolo de salvação, que era a Arca, era a GRAÇA.
Para Deus todas as outras pessoas eram más, e havia violência por toda parte. Deus olhou para o mundo e viu que estava cheio de pecado, pois todas as pessoas só faziam coisas más.
Deus disse a Noé:
— Resolvi acabar com todos os seres humanos. Eu os destruirei completamente e destruirei também a terra, pois está cheia de violência. Pegue madeira boa e construa para você uma grande barca. Faça divisões nela e tape todos os buracos com piche, por dentro e por fora.
Estamos também em corrupção e violência. Situação degradante de um mundo distante do Criador. O fim é certo, e os sinais estão por toda parte, mas a Salvação está disponível em Jesus, pois se no tempo de Noé a ordem foi “faze uma arca”, para nós Deus decretou “faça-se a Cruz”. Quem der ouvidos às Palavras de Salvação em Cristo, e somente a Cristo, é alcançado por Sua graça Salvadora. Deus prepara para os Seus uma Cidade Nova, sem corrupção e pecado.
No tempo de Noé Deus fez uma recriação, e isso é muito claro nos paralelos que existem com a criação de Gênesis 1.
Lembrou-se Deus de Noé e de todos os animais selváticos e de todos os animais domésticos que com ele estavam na arca; Deus fez soprar um vento sobre a terra, e baixaram as águas.
No capítulo 1.2 Deus sopra Seu Espírito, que paira sobre as águas. No versículo 1 do capítulo 8, acontece o mesmo. No segundo dia da criação Deus fez separação de águas, exatamente o que acontece no capítulo 8.
Fecharam-se as fontes do abismo e também as comportas dos céus, e a copiosa chuva dos céus se deteve.
No terceiro dia Deus ajuntou as águas e um lugar, aparecendo assim a terra. Isso Ele realiza no capítulo 8.
As águas iam-se escoando continuamente de sobre a terra e minguaram ao cabo de cento e cinquenta dias. No dia dezessete do sétimo mês, a arca repousou sobre as montanhas de Ararate. E as águas foram minguando até ao décimo mês, em cujo primeiro dia apareceram os cimos dos montes.
O quinto dia houve mostrou as aves tomando o céu, como no capítulo 8.
Ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela que fizera na arca e soltou um corvo, o qual, tendo saído, ia e voltava, até que se secaram as águas de sobre a terra. Depois, soltou uma pomba para ver se as águas teriam já minguado da superfície da terra; mas a pomba, não achando onde pousar o pé, tornou a ele para a arca; porque as águas cobriam ainda a terra. Noé, estendendo a mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca. Esperou ainda outros sete dias e de novo soltou a pomba fora da arca. À tarde, ela voltou a ele; trazia no bico uma folha nova de oliveira; assim entendeu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra. Então, esperou ainda mais sete dias e soltou a pomba; ela, porém, já não tornou a ele.
No sexto dia as criaturas viventes ocuparam o solo, e no capítulo 8 acontece o mesmo.
Os animais que estão contigo, de toda carne, tanto aves como gado, e todo réptil que rasteja sobre a terra, faze sair a todos, para que povoem a terra, sejam fecundos e nela se multipliquem. Saiu, pois, Noé, com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos. E também saíram da arca todos os animais, todos os répteis, todas as aves e tudo o que se move sobre a terra, segundo as suas famílias.
A poligamia iniciada em Maleque é desfeita, tendo o relacionamento conjugal de homem com uma mulher retomada. Deus abençoa a família, e a exemplo da criação, ordena que sejam frutíferos.
Abençoou Deus a Noé e a seus filhos e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra.
Muita semelhança mostra que em Noé, vemos uma nova criação, e o sinal da aliança de Deus com o homem é colocado no céu.
Estabeleço a minha aliança convosco: não será mais destruída toda carne por águas de dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra. Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações: porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra. Sucederá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco, então, me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne. O arco estará nas nuvens; vê-lo-ei e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes de toda carne que há sobre a terra.
No Hebraico esse arco aponta para arma de guerra, que está pendurada, simbolizando o compromisso de Deus.
Mas os paralelos com a criação não param, e chegamos a um ponto em que Noé toma o fruto da terra, faz uma bebida e se embriaga, e de forma insana, mostra sua nudez.
Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda.
Aqui completa-se a ceia da vergonha, começada no Éden quando o homem tomou e comeu. Aqui,Noé tomou e bebeu. A vergonhosa nudez é descoberta e é necessário ser vestido para cobrir a vergonha.
Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber, fora, a seus dois irmãos. Então, Sem e Jafé tomaram uma capa, puseram-na sobre os próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do pai, sem que a vissem.
A nudez de Noé ocasiona o pecado de seu filho Cam, que fixa o olhar na nudez do pai, e o expõe ao vexame com seus irmãos. Noé, assim, amaldiçoa Canaã, filho de Cam, e volta a ter, na criação, duas descendências distintas; uma abençoada, a de Sem e outra maldita. Uma semente da mulher, e outra semente da serpente.
Despertando Noé do seu vinho, soube o que lhe fizera o filho mais moço e disse:
Maldito seja Canaã;
seja servo dos servos a seus irmãos.
E ajuntou:
Bendito seja o Senhor, Deus de Sem;
e Canaã lhe seja servo.
Engrandeça Deus a Jafé,
e habite ele nas tendas de Sem;
e Canaã lhe seja servo.
Noé, passado o dilúvio, viveu ainda trezentos e cinquenta anos.
O pecado de Adão e Eva devastou a humanidade. O homem por si só é incapaz de levantar-se do estado de putrefação espiritual em que se encontra, mas sempre se acha habilitado a viver sem Deus. E da descendência maldita de Cam emerge pessoas fortes, valentes, inteligentes, que fazem proezas e criam cidades desenvolvidas e com cultura preparada para andar sem Deus. Destaco o nome de um descendente de Cam, chamado Ninrode.
Os filhos de Cam: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã. Os filhos de Cuxe: Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; e os filhos de Raamá: Sabá e Dedã. Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra. Foi valente caçador diante do Senhor; daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor. O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. Daquela terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir e Calá.
Ninrode significa “rebelião”, e ele não edificou altares ao Senhor, mas edificou cidades, com destaques para Babel, Babilônia, Assíria e Nínive. Essas cidades sanguinárias, anos mais tarde seriam grandes entraves na vida do povo de Deus.
A terra se enchia novamente, originária dos filhos de Noé, em que existe uma distinção clara entre benditos e malditos. As pessoas, encabeçadas por Ninrode, constroem Babel e nela uma torre enorme, para asseverar com ênfase sua própria vontade contra o desejo de Deus, que era “encham a terra”. Babel representa oposição ao Criador.
Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra. Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; e o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro. Destarte, o Senhor os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra e dali o Senhor os dispersou por toda a superfície dela.