Preparando-se para a batalha!

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Transcript
Handout

Introdução

Link com o Pentateuco
Peregrinação sem sucesso no deserto
Espias na Terra Prometida
Nm 13.27-28 “Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque.”
Primeiros 4 capítulos (preparação para a travessia do Jordão, espias em Jericó (Raabe), travessia miraculosa do Jordão)
Bom dia a todos. Estamos aqui hoje para continuar nossa série de mensagens relacionadas com a revista que estamos estudando na E.B.D. No caso as salas ainda não chegaram nesse livro, porém logo chegarão!
Mês passado refletimos sobre o Pentateuco e em algumas características que Deus revela e as importância delas diretamente em nossas vidas. Vimos Deus como um Deus soberano, que escolheu um povo para ser Dele e através desse povo Ele deveria ser identificado. Vimos um Deus que faz uma promessa para os patriarcas, promessa em que o povo seria estabelecido em uma “Terra Prometida” e poderia usufruir de todos os benefícios que essa terra lhes traria.
Porém depois de muita desobediência, idolatria e murmuração do povo para com Deus, mesmo depois Dele ter realizado tantos milagres, Deus pune aquela geração com a proibição de entrar na Terra Prometida, e eles ficam rodando no deserto durante 40 anos, até que todos os adultos que haviam saído do Egito morressem, restando somente a nova geração, liderados por Josué, para receberem a benção de entrar na terra.
Para lembrarmos um pouco de como era a terra, após a expedição para reconhecimento em Nm 13.27-28 “Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque.” Ou seja, a terra era muito boa, mas também viviam ali povos muito fortes e para tomar posse deveriam batalhar! Como todos sabem, apenas Josué e Calebe confiam na promessa do Senhor e creem que Deus já havia entregado aquela terra para eles, independente de quem estivesse ali vivendo. E é exatamente nesse ponto que o livro de Josué começa, com o povo prestes a tomar posse da tão sonhada “Terra Prometida”

Estratégia de guerra (5.1)

Leitura do texto
Comparação da igreja com um exército
Ef 6.12 “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”
Explicação de onde o povo estava e qual estratégia militar óbvia para o momento
Josué tinha outras prioridades no momento
Aplicação:
- As vezes o mais óbvio a ser feito não é a vontade de Deus
- Os assuntos espirituais devem ser sempre prioridades em nossa vida
O Livro de Josué retrata uma série de batalhas militares da conquista do povo de Israel para tomar posse da Terra, praticamente do capítulo 1 ao 12 do texto, são retratos das batalhas que Josué liderou o povo, na sua grande maioria com vitórias e é sobre isso que quero refletir hoje. Normalmente a igreja é vista como um hospital, mas hoje quero mostrar que o povo de Deus também pode ser visto como um exército, alias, como Paulo mesmo nos instrui em Efésios, precisamos nos vestir da armadura de Deus para estarmos preparados para as batalhas, Ef 6.12 “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”
No capítulo 5 o povo havia acabado de atravessar o rio Jordão de forma miraculosa, Deus havia feito com que a correnteza parasse para que o povo pudesse atravessar, um milagre muito semelhante com o que havia feito através da vida de Moisés, o que servia para mostrar para o povo também que agora Ele estaria com Josué.
Quando os outros povos ficaram sabendo de mais um milagre de Deus para o povo de Israel, como diz no versículo 1, ficaram com medo e desanimados. E para qualquer um aqui que já assistiu algum filme de guerra, deve saber que a estratégia mais comum e básica para quando o adversário demonstra abatimento e desânimo é atacar sem dar tempo para a recuperação. Os israelitas haviam acabado de atravessar um rio em terra seca, os inimigos estavam desanimados, o mais óbvio era aproveitar esse momento para atacar. Mas não é isso que Josué faz. Josué segue o direcionamento de Deus e antes de atacar instrui o povo a realizar algumas outras coisas que eram mais importantes.
O que podemos aprender de maneira rápida com essa primeira atitude de Josué:
1- Devemos sempre estar em sintonia com Deus para entendermos quais as melhores estratégias para a nossa vida. Muitas vezes aos nossos olhos humanos a coisa “padrão” a se fazer é muito clara, mas nem sempre é o que Deus quer que façamos, as vezes o plano Dele é outro!
2- As coisas de Deus devem ser prioridades em nossa vida independente da circunstância! Militarmente aquele era o momento certo de atacar, mas espiritualmente não! Por isso Josué obedece a Deus e instrui o povo a cumprir as exigências espirituais primeiro para depois cumprir as estratégias humanas. Isso demonstra que a prioridade de Josué era Deus, pois ele sabia que aquela guerra era Dele e que se Ele falou pra esperar, o certo era esperar, que depois Ele daria a vitória de qualquer forma.

1ª Etapa de preparação - Circuncisão / Pertencer (5.2-9)

Preparação “estranha” para um período de guerra
GN 17.12-13 “O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro, que não for da tua estirpe. Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua.”
Circuncisão com símbolo/sinal da aliança, pertencer ao povo/exército de Deus
Objetivo de deixar claro que a Terra seria dada pelas mão de Deus para o povo Dele apenas
Atualmente temos o batismo como símbolo público de confissão de fé
Termos certeza que fazemos parte do exército correto antes das batalhas
Só venceremos as batalhas e entraremos no céu se fizermos parte do exército
A primeira “preparação” espiritual que Deus instruí Josué é para que circuncidasse todos os homens do povo! Eram homens de cerca de 40 anos para baixo que não haviam sido circuncidados. Deus fala para Josué fazer facas de pedras e circuncidar todos eles.
Imagina só a situação, você vendo o povo que você iria atacar com medo e ao invés de atacar, seu líder diz para todos fazerem uma “pequena cirurgia”, sem anestesia, sem hospital para recuperação, em todos os homens do exército de uma vez! Que coisa maluca! Isso era pedir para ser atacado, era pedir para ser morto! A distância de onde estavam acampados para Jericó que era a cidade mais próxima era de aproximadamente 3km, ou seja, muito perto! Militarmente eles estavam correndo um risco muito grande!
E porque será que Deus fez isso? E porque nesse momento? A circuncisão era o símbolo da aliança de Deus com o seu povo, era o “símbolo público” de que eles pertenciam ao povo escolhido por Deus e para mostrar que aquela era a batalha Dele, Deus ordena que eles sejam circuncidados naquele momento, para mostrar que Ele estava dando aquela Terra para o povo Dele e que era somente por meio Dele que eles haveriam de conquistar e não por seus méritos militares! O povo era de Deus, e Ele estava presenteando-os com a terra que Ele conquistaria e daria para o povo da promessa!
Trazendo para nossa vida, o nosso símbolo público de confissão de fé e de pertencer ao povo de Deus é o batismo, recentemente tivemos batismo aqui em nossa igreja em que pessoas reafirmaram seus compromissos publicamente. E para podermos nos batizar (circuncidar), precisamos ter certeza que fazemos parte do povo de Deus, antes de enfrentarmos a nossa vida de batalhas aqui nessa terra, contra principados e potestades, precisamos ter certeza absoluta que fazemos parte desse exército para poder lutar essa batalha! Infelizmente existem muitas pessoas que vivem na igreja, falam em nome de Jesus, mas como Ele mesmo disse, não as conhece! Fazer parte da igreja não significa pertencer ao exército de Deus e se tentarmos lutar nossas batalhas fora desse exército é como lutarmos como um cavaleiro solitário! Precisamos ter certeza da nossa salvação, precisamos ter certeza que fazemos parte do exército, precisamos ter certeza que estamos do lado certo da guerra! Se você ainda não tem essa certeza, não perca mais tempo, você precisa reconhecer sua dependência de Cristo, reconhecê-lo que somente através Dele poderá alcançar sua “terra prometida” que é o céu, que se dependesse de você não chegaria a lugar nenhum, assim como a geração anterior não chegou no deserto.
Antes de lutar qualquer guerra, qualquer batalha, entregue sua vida para Cristo, vista-se da armadura de Deus, esteja na dependência do grande General, que assim você terá certeza que será abençoado

2ª Etapa de preparação - Páscoa / Comunhão (5.10)

Js 5.10 “Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó.”
40 anos sem celebrar a Páscoa
Páscoa significava a libertação da escravidão do Egito e essa Páscoa significava o fim da peregrinação no deserto
Josué deixa claro que antes de qualquer coisa precisava buscar a comunhão com Deus
Para nós o memorial que simboliza a libertação da escravidão do pecado é a ceia
Devemos buscar a comunhão com Deus para estarmos preparados para as batalhas, a ceia também serve para isso.
A segunda estratégia que podemos enxergar no texto está no versículo. Antes da batalha Josué reúne o povo para voltar a celebrar a Páscoa como nação. Durante os 40 anos em que o povo de Israel ficou peregrinando no deserto, eles deixaram de comemorar a Páscoa, uma celebração que chamava a atenção do povo para a libertação da escravidão do Egito, quando o “anjo da morte” passou e matou todos os primogênitos egípcios, poupando os judeus. A Páscoa trazia a memória mais uma vez que pela graça de Deus eles haviam sido libertos, não pela força deles, mas pelo agir de Deus haviam sido libertos da escravidão.
Para nós, o memorial que simboliza a libertação dos pecados através da morte de Cristo na cruz e ressurreição ao terceiro dia, é a ceia do Senhor, que celebramos todos os meses. Através dessa celebração, assim como o povo de Israel devia fazer naquele momento, nós devemos trazer a memória o sacrifício de Jesus por nós que nos deu libertação. Através da ceia exercemos a nossa comunhão com Deus,trazemos a memória o nosso pertencimento ao corpo de Cristo que é a igreja, por isso naturalmente cremos que primeiro precisamos no batizar, tornando público o nosso pertencer a Cristo e depois comungar da ceia, juntos, como corpo, como igreja, buscando uma vida de santificação, aproximação e comunhão com Deus, para aí sim estarmos preparados para lhe dar com o que vem de fora.
Assim como a primeira Páscoa celebrava o término do período de escravidão no Egito, essa Páscoa celebrada por Josué simbolizava o término do período de peregrinação no deserto, havia chegado a hora da promessa que Deus havia feito, mas para poder tomar posse dessa promessa, eles precisavam estar em comunhão com Deus. Assim como nós, precisamos relembrar a todo momento o sacrifício de Jesus por nós, buscando uma vida de maior comunhão a cada dia.

3ª Etapa de preparação - Comer do fruto da terra / Fazer nossa parte (5.11-12)

Js 5.11-12 “Comeram do fruto da terra, no dia seguinte à Páscoa; pães asmos e cereais tostados comeram nesse mesmo dia. No dia imediato, depois que comeram do produto da terra, cessou o maná, e não o tiveram mais os filhos de Israel; mas, naquele ano, comeram das novidades da terra de Canaã.”
Lembrar da promessa feita por Deus para o Maná
Ex 16.4 “Então, disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda na minha lei ou não.”
1 - Deus não faz milagre “a toa”, fará quando for necessário (exemplo revelação/Bíblia)
2 - Ele deseja que façamos nossa parte e nos dá as ferramentas para isso
3 - O comer do fruto era uma amostra do que haveriam de receber quando tomassem a terra toda. Era um incentivo, assim como deve ser também para nós, com o alvo no lar celestial
A terceira etapa de preparação para as batalhas podemos enxergar nesses versículos e aqui vale lembrar da passagem descrita em
Ex 16.4 “Então, disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda na minha lei ou não.”
Onde o povo se queixa a Moisés por terem saído do Egito e não terem o que comer, e Deus providencia diariamente para o povo a porção do Maná que caia do céu na quantidade correta para que o povo pudesse ser sustentado. Acontece que agora o povo entra na terra prometida e come dos primeiros frutos, no mesmo momento Deus cessa com a provisão do Maná, dizendo, a minha parte eu fiz, trouxe vocês até a terra que “mana leite e mel”, a partir de agora é com vocês.
O que entendemos com isso? Primeiro, Deus não faz “milagre a toa”. Deus não vai realizar milagres sobrenaturais se Ele te dá os caminhos para conseguir aquilo que deseja. Por exemplo, Deus não vai ficar se manifestando de forma sobrenatural par passar uma mensagem para nós se ele já providenciou a palavra Dele para que encontrássemos aquilo que Ele desejou revelar. Claro que não estou limitando o poder de Deus, mas o “modos operandi” Dele não é ficar realizando milagres a todo momento onde não há necessidade. Se fosse assim estaríamos mau acostumados e o povo de Israel também ficaria.
Segundo, Ele providencia as formas para que possamos fazer a nossa parte e desfrutar das bençãos. Se Ele quisesse poderia continuar derramando o Maná para o povo, mas o que Ele queria era que a partir daquele momento o povo começasse a caminhar com as próprias pernas. “Provi e sustentei vocês até aqui, continuarei junto com vocês, continuarei direcionando para que vençam as batalhas, mas vocês precisam fazer a parte de vocês, plantar, cultivar, trabalhar na Terra que lhes presenteei.
Assim acontece conosco também, não adianta nos encostarmos em nossas vidas e ficar esperando Deus agir o tempo todo de forma sobrenatural proporcionando aquilo que desejamos. Devemos sim estarmos atentos e sensíveis ao direcionamento de Deus, mas precisamos agir, precisamos plantar, trabalhar, perceber os meios que Deus nos proporciona para alcançarmos os objetivos dados por Ele. Não podemos ficar parados!
Terceiro, o comer do fruto traz para o povo de Israel uma motivação maior ainda para tomar posse da terra! Finalmente eles estavam provando daquilo que Deus havia prometido, eles estavam comendo e ficando com o “gostinho de quero mais na boca”. Deus estava dizendo: “Olha o que preparei para vocês, vocês são meu povo e terão muito mais do que isso, vamos em frente, não desanime”
Conosco é a mesma coisa, aqui na terra vivemos apenas uma parte do reino dos céus, mas já vivemos! Aqui podemos e devemos compartilhar das bençãos de Deus como igreja, como família, como amigos. Tudo isso com a esperança e objetivo de chegarmos logo a “nossa Terra Prometida” e poder viver as bençãos em abundância!

Conclusão

O livro de Josué traz uma mensagem de alívio
Josué lidera o povo em frequentes vitórias, até conquistar toda a terra que Deus havia prometido, pois estava preparado para as batalhas!
Nossas batalhas não são militares, mas são espirituais e também físicas, para superá-las somente:
- Fazendo parte do exército correto
- Estando em comunhão com o general
- Indo para a batalha sem medo, fazendo a nossa parte e confiando naquele que já nos prometeu a vitória.
Josué prepara todo o povo para as batalhas que viriam pela frente e até o capítulo 12 acontecem várias delas, praticamente todas com vitórias pois estavam preparados como exército e povo de Deus. Do capítulo 12 em diante vemos o povo desfrutando da Terra Prometida e se estabelecendo como nação, no final do livro Josué renova a aliança do povo com Deus mais uma vez, deixando claro que eles seriam o povo de Deus enquanto ele estivesse na liderança.
Com nossa vida devemos fazer o mesmo, devemos estar preparados para as batalhas espirituais que passaremos ou estamos passando. Precisamos ter certeza que fazemos parte do exército, estar em comunhão com o exército e principalmente com o general e fazer nossa parte!
Deus abençoe a todos!
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