A Supremacia do Evangelho Incomparável e Suficiente

Contexto

A Carta de Colossenses surge da Necessidade de Epafras de combater uma versão insipiente do que seria conhecido no segundo século como gnosticismo (religião de mistério), já por volta de 61 d.C O que o motivou a sair de Colossos e pedir apoio ao apóstolo preso em Roma, o que provavelmente causou a sua própria prisão.

As características dessa heresia se adequavam a cultura de Colosso formada por gregos (filosofia), Judeus (Legalismo e ascetismo) e Frígios (Misticismo).

Os Cidadãos do Reino são Identificados pelo Testemunho e Necessitam de Intercessão [1.1-14]

[1.3-4]

Apesar dos desafios que a igreja vinha enfrentando Paulo não tinha dúvidas de que se tratava de cidadãos do reino de Deus que passavam por um momento desafiador de suas vidas e histórias. Diante de pressões internas e externas esses irmãos eram identificados por seu testemunho que chegara até os ouvidos de Paulo. Apesar de salvos em Cristo Jesus eles necessitavam da intercessão do apóstolo e eram alvos da preocupação de Epafras.

A Supremacia de Cristo e sua Obra [1.15-23]

[1.18, 20]

Diante do grande desafio que a igreja sofria do “evangelho mais” Paulo precisa deixar claro e esse é o principal ponto teológico de toda a carta, Cristo é supremo a qualquer coisa desde a criação até a consumação e por consequência a sua obra também é suficiente e superior!

Os Colossenses não deveriam ter duvidas de que o evangelho é suficiente e superior a qualquer outra estrutura que pudesse aparecer, afinal Cristo é superior a todos e sua obra Superior a Tudo.

A Supremacia de Cristo e sua Obra Exige um Servo Dedicado [1.24-2.5]

[1.24]

Após identificar os leitores como cidadãos do reino de Deus e deixar claro a grandeza incomparável da pessoa e obra de Cristo, Paulo começa a aplicar o significado dessas realidades no dia a dia dos seus leitores.

Ele, Paulo, era o modelo de ministro de um ministério incomparável porque era derivado da pessoa e obra incomparável de Cristo de modo que sua dedicação era total e sem limites ao compreender a relevância do seu papel dentro do corpo de Cristo. Já preparando os leitores para uma confrontação mais direta ele deixa claro que o faz por amor e zelo ao ministério dado por Deus e por amor aos colossenses.

A Supremacia de Cristo e sua Obra Exige uma Espiritualidade Incomparável [2.6-23]

[2.8]

A aplicação da Supremacia de Cristo mais desafiadora talvez foi na espiritualidade. Os colossenses eram confrontados pelos legalistas judeus, místicos frígios e filósofos gregos para complementar de algum modo a obra de Cristo. Ao que Paulo desafia os colossenses a não se apegar a vãs filosofias e ensinos humanos, mas a revelação de Cristo para uma vida transformada segunda a sua imagem.

Eles não precisariam se sujeitar a sacrifícios pessoais ou cerimoniai, visto que Cristo cumpriu a lei e seu sacrifício é suficiente não sendo necessário nenhum complemente. Do mesmo modo não deveriam se sujeitar a experiencias sobrenaturais ou a filosofias humanas, visto que a obra de Cristo foi completa independente do nosso sentimento ou manifestações sobrenaturais que mais derivam da mente humana do que da revelação.

Assim o evangelho vai na contra mão de toda espiritualidade ou religiosidade humana apontando sempre para Cristo e nada mais, ainda que esse seja um grande desafio e contrário a nossa tendencia que muitas vezes necessita de símbolos, experiencias sobrenaturais ou regulamentações para definir quem é espiritual ou não.

Paulo desafia os colossenses a olhar para Cristo somente e não esperar uma espiritualidade semelhante aos seus semelhantes, afinal o evangelho tem sua origem em Deus e não nos homens.

A Supremacia de Cristo e sua Obra Exige uma Conduta Incomparável tanto na Vida Privada quanto na Pública que só pode ser alcançada por meio do Relacionamento Pessoal com Cristo [3.1-4.1]

[3.1-4]

Visto que Cristo é supremo e a espiritualidade também, ou seja, a forma de se relacionar com a divindade também é suprema, assim é natural que isso impacta de igual modo a conduta do cristão.

Na vida pessoal a ética cristã se assemelha com a de Cristo e na pública tem um padrão extremamente alto em relação a família (ciclo amplo) e sociedade.

O grande diferencial da conduta cristã (em contraste com os hereges) é a dependência do relacionamento com Cristo sendo o fator capacitador para tal conduta que é exigida, afinal o cristão não tem duas facetas, serve apenas a Cristo e vive de modo adequado dentro e fora do circulo cristão.

Supremacia da Pessoa e Obra de Cristo Exigem uma Vida de Oração e Dependência para superar os Desafios do Dia a Dia e Extensão do Reino de Deus [4.2-6]

[4.2]

A ferramenta que Deus deixa para a excelê Evanncia é a oração! De modo que ela é necessária para o bom testemunho, espiritualidade, boa conduta e pregação do evangelho em qualquer instancia da vida cristã sendo uma ordem dada pelo apóstolo a igreja para permanecer firme diante dos desafios.

A Supremacia do Evangelho é Ilustrada nos Exemplos de Dedicação de seus Servos [4.7-18]

Encerra a carta com várias orientações temporais, agradecimento e menções de como servos de Deus tem apoiado seu ministério e a igreja em colosso de modo que sua dedicação a esse evangelho supremo deve servir de modelo aos colossenses.

Princípios Eternos

O cidadão do Reino deve agir de acordo com o Rei

O cristão deve ser alvo da intercessão da liderança

A Pessoa de Cristo é incomparável

Cristo é o único meio de reconciliação com Deus

A obra de Cristo é perfeita e não precisa de complementos

A dedicação do cristão ao ministério é completa, afinal deriva de uma obra incomparável

A Espiritualidade cristã não depende de experiencias sobrenaturais, ritos, conhecimento ou sacrifícios pessoais

A conduta cristã em sua ética ou família não depende das tendencias da sociedade, mas derivam de um relacionamento com Cristo

A oração, atenção e gratidão são necessárias para superar os desafios do dia a dia

O cristão deve interceder por seus lideres e para que o evangelho seja pregado e pessoas alcançadas

O Cristão deve aproveitar as oportunidades que Deus lhe dá de pregar

Homens de Deus são modelos que revelam a supremacia do evangelho na prática do dia a dia

A superioridade e suficiência da pessoa de Cristo e de sua obra como Cabeça da igreja exigem dedicação exclusiva em comportamento e ação.

Desafios

Quais áreas da sua Vida Cristo e sua Obra precisam ser suficientes e não tem sido?

De que modo a grandeza da obra de Cristo deve impactar os seu cotidiano?